Equinócio escrita por Jules


Capítulo 3
Aquilo era mesmo real?


Notas iniciais do capítulo

Gente esse tambem tá mega desarrumado! Desculpa o próximo vai tá bonitinho *u*



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Antes de chegar a casa do Cullen, Edward já tinha lido todos os meus pensamentos e, é lógico, contado tudo a Carlisle que me fez dar uma ficha completa sobre Juliet.

Nessie tinha crescido demais. Ela tinha os olhos da mãe: pequenos e cor de chocolate, os cachos do avô e a pele e a cor dos cabelos do pai. Não havia criança de onze anos que aparentasse ser mais bonita que ela.

Ela cresceu e Edward decidiu colocá-la em uma escola. A escola da cidade. Todos nós íamos estudar juntos, como se fossemos irmãs ou irmãos de Nessie. É claro que não íamos deixá-la sozinha, mesmo que fosse apenas na escola.

Ela passou o fim de semana inteiro comprando coisas para levar a escola. Ela nunca tinha estudado e estava ansiosa demais. Queria ter toda essa disposição para acordar tão cedo e ir estudar de novo.

Na segunda-feira acordei com alguém me chacoalhando.  

- Ei! Ei! Jake acorde! Nós vamos nos atrasar! – Nessie gritou  

- Claro, claro Nessie já estou levantando.  

 - O.K então eu vou te esperar lá fora.  

Coloquei uma roupa e tomei meu café. Lá fora os dois carros dos Cullen me esperavam. Bella me disse que Nessie queria que eu fosse com ela e, quando ela disse isso, Edward não ficou com uma cara muito boa. Entramos no carro e seguimos em silencio para a escola.  Chegando lá ainda faltava vinte minutos para a aula começar então ficamos no estacionamento encostados no carro.

Um cheiro que não era humano encontrou meu nariz. Era um cheiro agradável, de algodão, lilás e mel. Edward pareceu sentir o cheiro, se mexeu desconfortável ao meu lado. Nenhum de nós queria que alguma tragédia acontecesse no primeiro dia de aula da Nessie.

Foi quando a vi. Inconfundível. Todos os meninos que estavam no pátio – e os que chegavam – olhavam para ela. Com passos firmes ela sorriu quando me viu e logo soube que Nessie era meu imprinting. Estava nos olhos delas.

- Olha a Juliet ali – disse para Edward.

- É ela que tem esse cheiro? – Ele disse arregalando os olhos.

- Que cheiro?

- Um cheiro que eu nunca senti, não é ruim mas... é estranho para mim. Nunca senti um cheiro como esse.

Pelo que parecia, Juliet era diferente para cada tipo de criatura. Talvez eu a enxergasse ela diferente do que realmente era. Talvez não.

Bella pediu que a chamasse. Ela era nova na escola e não fazia idéia do que deveria fazer nem aonde deveria ir. Parecia que todos tinham gostado dela, mas Alice concerteza foi a que mais a adorou. Não parava de elogiar as roupas de Juliet que na verdade eram bem simples – uma calça jeans azul escura e uma camiseta regata preta.

- Oi Juliet! – disse Nessie – Tudo bem?

- Oi Renesmee, tudo e com você? Me chame de Jules.

- Estou bem. Me chame de Nessie – Ela disse sorrindo.

O dia pareceu passar bem devagar e eu não conseguia parar de pensar em Nessie. Será que ela estava se divertindo? Mas eu tinha que prestar atenção na aula. Na aula de inglês e na de biologia eu vi a Jules. Não só ela como a Alice e o Jasper. No intervalo todos nós sentamos juntos e ficamos assustados com uma coisa. A Juliet come. Ninguém acreditou no que via. Enquanto ela comia distraidamente a sua maçã todos ficaram a olhando. Até que ela percebeu. 

- É... – disse ela sem graça – aconteceu alguma coisa? 

- Você come? – Perguntou Emmett sem esconder a sua surpresa.

- Como! Só meu irmão que prefere sangue. Para mim, sangue – ela fez uma cara de nojo – tem um gosto horrível.

- Juliet está todo mundo querendo saber – disse Rosalie – Porque você saiu do Brasil e veio para cá?

Juliet ficou pensativa e pareceu ficar chateada também.

- Bom, um dos motivos foi que, quando eu era pequena eu tinha um porte físico inapropriado para qualquer ser humano, agora imaginem para mim que sou uma mistura de tudo que tem – ela riu e nós rimos com ela – E então minha mãe tomou uma decisão: eu devia estar comendo a coisa errada. Eu não tomava sangue eu só comia comida humana. E então depois de alguns anos eu fui caçar com meus pais e o meu irmão. Eu sou muito desastrada. Fiz uma bagunça enorme quando finalmente consegui abater um cervo. Um turista acompanhado de um índio estavam fazendo uma caminhada por aquele local e me viram com a boca cheia de sangue e o animal morto na minha frente. O índio disse algo que eu não consegui entender e o turista que parecia assustado levantou uma faca. Ele ia me matar. ’

‘ Eu sai correndo para perto da minha mãe, ela estava a caminho mas os homens não a viram e então nós fomos para casa. Eu contei o que o índio disse e a minha mãe traduziu pra mim. E então ele disse: Essa criatura é um demônio, você tem que matá-la antes que ela te mate. Tome cuidado com a sua família porque ela vai chupar o sangue deles um por um.’

 ‘ Meus pais chegaram à conclusão de que eu não estava mais segura. Nós viajamos o Brasil inteiro e sempre encontrávamos alguns vampiros, ou alguns lobisomens. E eles sempre me taxavam como uma aberração. ’

- Mas e o seu irmão? – interrompeu Rosalie

 - Eu fiz a minha avó jurar que ia cuidar bem dele e não queria que ele se arriscasse por mim. Eu disse a minha mãe que os homens não tinham visto eles e que eles estavam seguros. Minha mãe e meu pai procuraram no mundo todo um lugar pra eu morar, mas eu nunca consegui. Sempre encontrávamos vampiros e eles ameaçam matar a minha família se eu não fosse embora. Então eu ficava com medo de que meus pais morressem e decidi que eles deviam voltar pro Brasil e me deixar aqui.  

  Foi muito difícil conseguir isso mais enfim – ela soltou um suspiro pesado – eu consegui e hoje finalmente eu fiquei em um lugar por mais de um mês.

O resto do dia passou se arrastando. A melhor parte foi a aula de educação física. Ter que jogar vôlei contra Jules, Bella, Alice e Rosalie foi sensacional. Não tinha vez para ninguém. A bola só ficava entre mim, Edward, Jasper e Emmett e no time das garotas só elas tinham chance de bloquear alguma coisa.

Mas mesmo assim, no fim do jogo, Jules já era amiga de todos. Ela tinha a mesma coisa que Nessie tem. Não se pode conversar com nenhuma delas por sequer um minuto pois no outro já estava apaixonado e – honestamente – não era tão difícil se apaixonar por Juliet.

Quando bateu o sinal da ultima aula peguei meus livros e sai correndo. Fui direto para o carro. 

  - Você acha que devemos esperar a Juliet? – Perguntou Bella.  

- Não – eu disse – acho que ela tem carona hoje.  

 Então o carro deu partida.   Quando chegamos a casa dos Cullen lembrei que ia levar o meu pai no supermercado. Ele queria preparar um jantar para o Charlie. Avisei a todos e fui correndo para casa

Quando cheguei em casa Billy me esperava perto da geladeira.     

  - Você podia me avisar que ia termos visita – ele disse – eu teria me arrumado mais.

- Sobre o que você está falando pai?

- Aquela menina que veio aqui hoje... Qual era mesmo o nome dela? Joanna... Julia...

- Juliet? – Eu disse

- Isso mesmo- disse Billy – ela veio entregar o seu caderno. Ela disse que você saiu correndo tão rápido que se esqueceu de pegar.

- Ah...

- Ela disse para você olhar na ultima folha – disse ele entregando o caderno.

Na ultima folha tinha um recado escrito com um tinta preta em uma caligrafia perfeita e elegante:

Jake – É assim que te chamam?  Você esqueceu o seu caderno. Você deveria parar de anotar seu endereço na capa, qualquer um pode invadir sua casa – eu por exemplo – ela desenhou uma carinha envergonhada na folha – De qualquer forma, foi bom ficar com vocês hoje. Obrigada por ter me ajudado a me enturmar tão depressa.

Juliet

Obs: Adorei a sua letra. Quer trocar?


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