Equinócio escrita por Jules


Capítulo 4
Nova


Notas iniciais do capítulo

Hum... esse tá ajeitadinho kkkkkkk
A partir daqui quem conta a história é a Juliet.



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O primeiro dia de aula foi melhor do que eu pensei que seria. Acho que ter alguém conhecido lá, mesmo que eu os conheça muito pouco, foi bom.

Era incrível o jeito como Jacob olhava Renesmee. Ela era só uma criança, mas não era assustador ver um menino grande como ele ter adoração por ela. Não havia maldade no seu olhar, apenas admiração e compromisso.

Levantei cedo, ainda estava escuro. Faz anos que eu vou para a escola no período da manhã, mas eu ainda não estou acostumada em acordar cedo. Eu mal tinha disposição para trocar de roupa, muito menos para me maquiar ou coisa do tipo. Só passava o dedo pelos cabelos e já estava bom. Admiro muito meninas que se produzem toda para irem à escola – como Nessie que ia como uma boneca – eu jamais conseguiria fazer isso. Além de ter bochechas rosa demais e isso ser um motivo para chamar atenção.

Eu sou bem popular naquela escola – não, isso não é uma coisa boa – eu era a menina esquisita e estrangeira. Todos os professores me obrigaram a dizer meu nome na frente de todos e – como recompensa pelo tempo que eu tomei dos alunos – eu tentei dizer meu nome em meio de gaguejos e risadas de algum aluno maldoso.

Quando cheguei a escola o pátio estava vazio. Eu ia a pé e estava preocupada em chegar atrasada, talvez eu tivesse ido cedo demais. Sentei em uma das mesas de madeiras e comecei a desenhar em meus cadernos. Ouvi um barulho de carro chegando mas não olhei para ver quem era, até que Nessie colocou a mão em meu ombro.

- Oi Nessie – eu disse.

- Oi Jules! – ela respondeu animadamente.

O resto dos Cullen vieram me cumprimentar e Jacob e Nessie se sentaram ao meu lado.

- Oi Jules – disse Jake.

- Oi.

- Ah, obrigado por ter levado meu caderno para casa ontem. Vou parar de anotar meu endereço em qualquer lugar – ele disse sorrindo.

- Não tem de que – eu disse esticando o canto dos lábios – é bom mesmo, assim ninguém mais vai ter que passar pelo interrogatório do seu pai.

Nós rimos.

- Ele te pressionou muito? – ele disse forçando uma careta de indignação

- Me amarrou numa cadeira elétrica – eu disse fingindo estar indignada – me fez contar todos os meus segredos e como foi o seu primeiro dia de aula na escola. Contou-me também o que você fez com o seu primeiro caderninho.

- É mesmo?

- Você o matou. – eu disse balançando a cabeça.

Ele deu uma risada silenciosa.

O dia passou se arrastando, talvez por que eu já soubesse todas aquelas coisas. Algumas pessoas vieram falar comigo e acabaram virando minhas amigas. Quando o sinal da ultima aula tocou, arrumei minhas coisas e – como sempre – fui uma das últimas a saírem da sala.

No caminho de volta para a casa não conseguia prestar atenção em nada que não fosse o bosque bem na frente da minha casa. Ele era tão lindo! A propósito, o lugar onde eu morava era todo lindo. . Tudo era verde: as árvores, os troncos cobertos de musgo, os galhos que pendiam das copas, a terra coberta de samambaias. Até o ar filtrava o verde das folhas. Eu sempre gostei de lugares assim.

Cheguei em casa e  joguei minhas coisas em cima da mesa. A casa que meus pais tinham comprado para mim era grande. Tinha dois andares. A porta da frente dava para a cozinha americana, que tinhas as paredes de azulejo verde-água e que se juntava com a sala. Meu quarto era no andar de cima, tinha o piso de uma madeira escura, as paredes amareladas, com uma única janela e cortinas de renda branca. A cama de casal com uma colcha roxa – é eu ocupava bastante espaço.

Decidi que ia conhecer melhor o lugar onde eu morava. Eu era inutilmente desastrada e não tinha o mínimo senso de direção. Tropecei umas dez vezes até eu vi um lobo marrom avermelhado enorme e que parecia estar rindo.

Revirei os olhos e comecei a rir.

- Não ria da minha desgraça – eu disse chacoalhando o dedo indicador – Oi Jake.


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