O Retorno escrita por Abraxas


Capítulo 2
Capítulo 2: Mestre dos Magos




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O grupo de amigos saem da van e constata que estão numa espécie de réplica de um parque de diversões. Réplica. Porque não há visitantes, só vigilantes, funcionários e cientistas. Presto tem um "deja vú" quando vê a casa de espelhos. Em seguida, o mágico pergunta para o empresário se é o mesmo parque.

- Não. - responde seco. Infelizmente, havia um shopping center que fiz questão de derrubar. Foram 250 milhões de dólares anuais que viraram pó para que pudéssimos fazer uma turne cósmica rumo a um Mundo que nós não reconhecemos mais. Bem... É isso. - e Eric sorri.

- Quanto é avaliada a sua fortuna? - pergunta Presto.

- Uns 11 bilhões de dólares. Quando fui àquele Mundo, minha família não tinha uma fortuna tão grande assim. Mesmo com todos os bens, o total líquido era menos de três milhões de doláres. Sou um homem de muita Sorte.

- É verdade... - concorda Presto.

- Deus dá nozes para quem não tem dentes, Presto. - ironiza Diana.

- Acho justo. Assim nós podemos fazer a farinha, mingau, papinha... - diz em tom irônico o empresário.

- Des que alguém faça isso para você, não é? - debocha Diana.

Ao ouvir isso, Eric vira o rosto em sinal de desprezo.

Em seguida, todos são recebidos pelo Dr. Garacosi.

- Olá a todos! - diz o romeno. Espero que este lugar tragam muitas lembranças. O real motivo para este saudosismo é que a Magia daquele Mundo talvez seja ativada no sub-consciente de todos os, digamos, "abduzidos".

Observadora, Diana pergunta:

- Magia?! Um cientista que acredita em Magia?! Essa é boa!!!

Sem perder a pose, o cientista explica:

- Bem... Se você está dizendo daquela coisa mística e psíquica que é controlada por símbolos e gestos teatrais, não é isto que estamos lidando. Estamos diante da uma Magia alienígena. Algo que está milhões de anos avanços tecnológicos. Segundo as minhas pesquisas, estamos diante da Nano-taquionlogia.

Todos ficam confusos.

- A Nano-taquionlogia são micro robôs compostos de táquions. Digamos que a Nano-tecnologia que conhecemos é composto de milhões de pequenos robôs que tem a capacidade de alterar os átomos de qualquer matéria. Fazendo que Chumbo se transforme em Ouro. Na verdade, é mais fácil transformar Mercúrio em Ouro, pois a diferença entre os dois elementos é de um eletron.

- Agradeço ao doutor por triplicar a minha fortuna. - diz sem escrúpulos Eric.

Diana faz uma cara de nojo.

- Os Nano-robôs são a mais avançada invenção imaginada pelo homem. Em breve, a cura de inúmeras doenças tidas como incuráveis serão sanadas. Avanços em todas as áreas concebidos pelo homem serão possíveis. - continua o romeno. Entretanto, o que é este conhecimento que vocês chamam de Magia é algo que está além da capacidade humana. São micro-robôs compostos de táquions, que é um elemento que consegue se deslocar em velocidades superiores a da Luz.

Scheila arqueia a sombrancelha.

- Não existe uma teoria na Física que diz que a Matéria não pode ultrapassar a velocidade da Luz? - Pergunta a bibliotecária.

- Sim! Mas quem disse que os táquions são Matéria? Nós, seres humanos, temos os nossos limites. Acho que nós podemos, apenas, manipular a Matéria, porém algum povo sapientíssimo no Universo conseguiu criar ou controlar essa tecnologia. Enquanto os nano-robôs manupulam a Matéria, os nano-táquions podem viajar no Tempo-espaço, alterar objetos em qualquer extremo do Universo, mudar a realidade segundo a sua vontade. Só limitado por sua imaginação.

- Quer dizer que alguém de outro sistema estrelar pode escolher seis garotos para se aventurar num MUndo bastanto desejar? - Pergunta Bob.

- Se quiser, uma cidade ou país. Dependendo da quantidade de nano-táquions ou Mana. - e o romeno sorri ao dar a explicação.

Um calafrio corta a todos.

- Doutor Garacosi, esses, nano-táquions, estão ativos até hoje? - pergunta Diana.

O romeno pede, a uns funcionários, umas caixas metálicas que é prontamente atendido. Depois pede a todos os presentes que abram os recipientes. Logo se descobre que são roupas.

- São as nossas roupas quando estávamos naquele Mundo! - diz Scheila. Espere aí! Eles não deveriam ser menores?!

Eric faz o seu comentário:

- Deveria, mas quem disse que estes uniformes são simples roupas de algodão e poliester?

Quando Presto vestia o seu uniforme, observou que aquela túnica verde, como a calça e sapatos ponteagudos cabiam como luvas. Ele não acredita que são as mesmas roupas, mas nunca tinha sentido um sapato tão confortável tão... Perfeito...

Devidamente vestido e usando os seus óculos, o mágico se vê no espelho e admira-se. E diz para si mesmo:

- Cara... Estou ridículo, mas sabe que ainda fico bem com esse cavanhaque. - fazendo um beicinho e aperta o queixo com o polegar e o indicador.

Súbito, ouve-se batidas na porta.

- Quem é?! - pergunta o mágico.

- Sou um funcionário do Sr. Eric. Ele o aguarda no local combinado.

Não é preciso dizer que Presto parte para o local indicado. Ao chegar, ele encontra Hank. Surpreso, o mágico comenta:

- Só falta o arco...

- Se tiver... - retruca o loiro.

- Como?

- Acha mesmo que vai estar lá, as nossas armas?

- Bem... - completa Presto. Se tiver um Mestre dos Magos...

Hank ri.

- Que loucura estamos fazendo. - comenta o loiro. Nós não temos mais idade para isso.

- Normalmente, são os loucos que mudam o Mundo. - filosofa Presto. Nos seus sonhos insanos, é que eles tem coragem para fazer coisas que a maioria não faria.

- Deve ser por isso que você é tão amigo do Eric. Lembro-me na época, vocês brincavam muito juntos.

Com um toque de nostalgia, Presto comenta:

- Naqueles tempos éramos muito mais amigos do que agora. Depois que retornamos, Eric mudou muito e me procurou pouco. Está certo que me ajudou no curso de mágica na Europa, mas nunca ajudou em minha carreira profissional. Não é que estou cobrando dele, mas esperava mais...

- Acho que ele tinha outros planos, Presto.

- Tem razão. Este! - e aponta para o uniforme.

- Do que estão reclamando aí? - pergunta alguém.

- Estamos relembrando os velhos tempos, Bob... - e quando vira-se na direção da voz, Hank começa a dar uma risada.

- Isto aqui é motivo para reclamar. Pô! Por que, meu Deus? POR QUÊ?!
Lembram qual é o uniforme do Bob? Pois é... Ele tem motivo para reclamar.

- Eu não sabia que o chifre tinha crescido? - debocha Presto.

Hank tenta segurar o riso, mas não consegue.

- Cara, lembrei!!! - exclama Presto e depois de 45 segundos de lá, lá, lá, explode a palavra. HE-MAN!!!

Bob explode em palavrões. Logo os rapazes descobrem que o "pequeno Bob" tem um vocabulário extenso. Tais palavras alcançam a dupla de mulheres que chegavam ao local. Ao contrario dos rapazes, os uniformes ficaram maravilhosos nelas. A sensualidade de Scheila e as poderosas pernas brilhantes de Diana deixam os rapazes atordoados.

- Deus... - balbucia Presto.

- O que foi? Ficou mal? - pergunta Scheila.

- Está linda, irmã... - diz Bob.

Então a ruiva olha para Hank que desvia o olhar, é algo que Presto não consegue. A mini-saia e as meias três-quartos de Scheila tira a respiração do mágico. Na época, ele nunca tinha reparado como a Scheila era sexy, antes era apenas uma ruivinha sardenta, agora é uma mulher linda e escultural.

- Ô Presto! Pare de cobiçar a noiva do Hank!

- Eric! - exclama Diana. Por que temos que usar estes uniformes? Nós não somos mais crianças.

Com a sua roupa de cavaleiro, o empresário faz uma pose de super-herói e diz:

- Estas roupas são os nossos passaportes para aquele Mundo. Elas são feitas de nano-táquions e devidamente sincronizadas para um planeta localizado na estrela chamada Gama de Órion. Segundo o Dr. Garacosi, o planeta de origem dessas roupas.

Súbito, Eric respira fundo e diz:

- Vamos logo fazer essa bendita viagem!!!

Diante do trem fantasma o grupo sente um calafrio que corta as suas espinhas. Há um clima de hesitação de todos os presentes, exceto...

- Aí está! O meio de transporte que vai nos levar para aquele Mundo. - apresenta Eric. Para as explicações técnicas, deixo com o Dr. Garacosi.

- Obrigado, senhor. - agradeçe o cientista. Bem, nas minhas pesquisas, descobri que essas roupas que usam são compostas da nano-táquions que tem a capacidade de protege-los e adapta-los para os, talvez, rigores daquele Mundo. Quero avisa-los que, uma vez dentro do trem fantasma, ativa, automaticamente, o encanto ou programação dos nano-táquions. Eles farão uma distorção espaço-tempo chamado "buraco de verme" que irá levá-los para o sistema de Gama de Órion. Como fui também um viajante, eu irei, sozinho, em outro trem, aproveitando a trilha aberta por vocês.

- Por que você iria conosco? - pergunta Hank. Nós estávamos pensando que seria uma viagem sem volta.

Diana olha com surpresa para Hank, ela não tinha pensado nisso.

- Sem volta?! - exclama Eric. É alguma piada?! Eu não estou financiando uma espécie de "suícido coletivo". Sou um empresário e pesquisador. Se vou a algum lugar, eu tenho que voltar.

- Assim você poderia lucrar com isso, Eric. - diz Diana com desprezo. tudo que faz é por dinheiro.

- Todos sabiam disso, Diana querida. - diz o empresário em tom de deboche. Será que não percebeu o quanto vão lucrar com isso? Todos! A humanidade inteira! Essa viagem vai mudar para sempre o destino da espécie humana. Creio que isto esteja acima das "mesquinharias" de um certo executivo que tentou "violentar" uma mulher que o despreza. Ou é para mostrar para essa mulher que ele pode dar um Mundo para ela se... - e tira uma caixinha preta do bolso. ...unisse com ele. Sempre quis fazer esta pergunta. Diana, quer se casar comigo? - e mostra o anel de brilhantes.

Diana fica pálida.

Todos ficam.

- Construi isto tudo para tê-la ao meu lado. Quero provar para esta mulher que não sou mais um "covarde" ou "monstro". Sou um homem que deseja uma mulher e que não sabe mais o que fazer para conquista-la.

Diana fica encabulada.

- Eu... Eu... Preciso de tempo... - balbucia a atleta.

- Terá todo tempo que precisar. - diz decidido Eric.

- Senhor... - diz o romeno.Tempo é o que não temos e sabe disso...

- Sei! Sei! Vamos logo embarcar nessa bendita viagem! Diana... - e pega na mão dela. Quando tudo terminar, dei-me a resposta. Por favor.

A bela negra vira delicadamente o rosto para não encarar o empresário. Não resistindo a postura feminina da mulher, ele a abraça. Dessa vez, Diana não o rejeitou. Em seguida, ele entra no trem fantasma depois a própria Diana, mas beeeem longe de Eric. Seguidos por Presto, Bob, Scheila e Hank.

No trem, tem espaço para seis lugares, em duplas. Na primeira fileira estão Eric e Presto, depois Scheila e Bob e, por último, Hank e Diana.

- Ative já, Nicolai! - ordena Eric.

- Sim, senhor! - e ativa o trem.

O veículo começa a se movimentar lentamente sobre os trilhos.

O deslocamento do trem vai lentamente aumentando e logo assumi uma velocidade assustadora. As mulheres começam a gritar, em seguida, todos gritam. Uma estranha energia os envolve.

Na mesa de controle, Nicolai Garacosi acompanha os acontecimentos e dizendo termos técnicos, o romeno ativa um estranho círculo ou melhor um conjunto de círculos que formam um túnel entorno dos trilhos. Quando o grupo entra neste túnel, subitamente, todos desaparecem.

A viagem continua. Uma distorção espaço-temporal é provocada. Tudo é bizarro. Como no filme "2001". A viagem é um espetáculo de Luz e sons. Todos sentem corpos passando por eles, energias, coisas... Tudo passa em torno deles.

E como começou, termina.

O trem é jogado numa área de terra plana e seca. Devido a inércia, a velocidade é mantida e o atrito com o solo provoca uma trepidação no veículo, porém a velocidade diminui até cessar totalmente.

Quando o trem pára, todos estão atordoados. Leva-se um tempo até que Eric saia do veículo semi-destruido.

- O-onde estamos?! - pergunta Presto um pouco tonto.

- Bem... Seja lá onde for, chegamos! - diz Eric.

- Será que estamos vivos?! - pergunta Bob.

- NÃO SEJA IDIOTA!!! - enfurece. Claro que estamos! Eu não ia gastar bilhões de dóleres para morrer desintegrado.

- Esta é uma hipótese que tem se considerar, Eric... - diz Hank tirando o cinto.

- É mesmo?! - retruca Eric. Você já esteve morto antes, Hank?! Quantos fantasmas retirariam o cinto dessa maneira?!

- Pode ser uma impressão residual das nossas mentes. - diz Scheila. Provocando uma ilusão coletiva. Afinal nós não temos certeza que estamos mortos.

- Vocês estão vendo filmes demais... - desdenha Eric.

- Aonde estamos? - insiste Presto.

- Sei lá! - reclama Eric. Temos que explorar o local .

- Se o plano deu certo, quando virá o tal Dr. Garacosi? - pergunta Diana.

- Devido a distorção temporal dos dois mundos, talvez dentro de três a nove horas. Na pior das hipóteses, daqui uns dias.

- Posso perguntar como vamos sobreviver sem água, comida e abrigo? - pergunta Bob.

Eric olha para o justiceiro.

- No interior do trem, há um estoque de água para três dias, também comida, roupas para o frio, há também uma barraca. Trouxe armas e facas, cordas, alguns livros, fósforos e materiais pessoais.

- Imagino que pensou em tudo. - conclui Hank.

- Isto vai nos manter vivos por uns dias, se for por mais tempo, só vai depender de Deus. - diz Eric. Bem, vamos fazer o acampamento. Presto, Bob e Hank, vamos retirar tudo que está num compartimento que está no interior do trem e montar a barraca. As meninas serão responsáveis pelo estoque e eu e Hank vamos explorar o local depois de montarmos o acampamento. Combinado? Ou tem alguém contra? - e olha para o caçador de recompensas.

- Tudo bem, Eric. Você está no comando. - e vai ajudar os outros a retirar as coisas.

Depois de tudo pronto, a dupla caminha para explorar o local. É uma área plana, mas com muitas pedras e nenhuma planta.

- Nós estamos dentro de uma cratera. - comenta Hank.

- Pelo menos, o céu é azul. - completa Eric. O ar é respirável. Parece muito com o nosso Mundo.

- Só vamos saber quando subirmos esta ravina. - e hank escala e tenta colocar o fuzil uma posição mais confortável.

- Sempre gostei da Uzi, mas o AK-47 é melhor para caçar e se defender. - comenta Eric. Essa arma economiza munição. - e Hank fica em silêncio.

Depois de escalar, o loiro diz:

- Pomba! Temos que sair daqui!!! Estamos no interior de um vulcão!!!

- Vulcão?! - exclama Diana. Estamos no interior de um vulcão?!

- Hank tem razão. - diz Eric. Estamos no interior de uma cratera de um vulcão.

- Ele vai explodir? - pergunta preocupada Scheila.

- Não sabemos. - diz Hank. Se algum de nós estudássemos geologia, nós saberíamos o que fazer.

- Pode ser que não faça nada nos próximos dias. Vulcões não estouram assim do nada. Pode ser que este esteja extinto. - conclui Presto.

- Gente, acho que devemos lembra-los que estamos num Mundo alienígena. Não sabemos como funciona os vulcões deste Mundo. - sentencia Bob.

Súbito, Diana toca no chão. Em seguida, comenta:

- O chão não está quente. Acho que não vai haver alguma coisa nos próximos dias. Eric, nos seus livros fala alguma coisa sobre vulcões?

O empresário puxa uma espécie de "Notebook" eletronico de bolso.

- Enciclopédia de bolso, não saia de casa sem ele! - e pisca o olho.

Depois de uma leitura acurada, o empresário não dá uma notícia animadora.

- Os vulcões não precisam dar aviso para explodir. Como o caso do Santa Helena em 1980, estava inativo por quase cem anos e explodiu em cinco minutos. - explica o empresário. Também o Vesúvio em 78 A.C. que destruiram as cidades de Pompéia e Herculano. Temos o Krakatoa, na Indonésia, que destruiu a ilha interia em 1883. Todos em poucos minutos... Acho que ficar aqui não é uma boa idéia.

- Para onde vamos, Eric? - pergunta Scheila.

- Sinceramente, eu não sei. - desabafa. As nossas roupas são a "âncora" do outro trem que virá em seguida. Acho melhor saírmos, o problema é descer a montanha. Acho que ninguém aqui é alpinista. - e completa. Eu, por exemplo, tenho medo de altura...

- Que bom que alguma coisa não mudou em você, Eric... - destila Diana.

- Bem, vamos passar a noite aqui e pensar o que vamos fazer. Amanha, decidimos. - conclui Hank.

E assim foi feito. A noite chega, uma fogueira é acesa com os arbustos que estavam próximos ao cume. A chama alta ilumina o acampamento. Diana olha fixamente para as labaredas e Scheila senta-se ao seu lado. Ao constatar quem estava ao seu lado, a atleta comenta:

- Será que Eric disse a Verdade?

- Não sei, Diana. Os homens são capazes de qualquer coisa para conseguir o que quer da gente...

- Scheila, você e o Hank... - subitamente percebe que cometeu uma gafe. Ahn... Quer dizer...

- Nós não transamos, se é isso que quer saber. Hank é um homem maravilhoso, pelo menos, antes de nosso casamento. Que não aconteceu. Outros homens fizeram de tudo para que eu fosse deles. E não me arrependo de ter que dispensar todos. No fundo, eles só queriam o meu corpo e não a minha alma. Coisa que Hank sempre quis e se preocupou em manter intacto. Eu o amo por isso.

Diana fica surpresa diante este tipo de pensamento estóico. Admira a amiga por seu comportamento austero, disciplinado e, principalmente, apaixonado pelo seu amado. Apesar de toda liberdade sexual, será que este tipo de comportamento celibatário é bem-vinda em nossa sociedade que preza a sexualidade e o erotismo como comércio e poder? A atleta escuta a resposta de sua amiga.

- As pessoas me taxaram de inúmeras coisas, pois não obedeço as normas de conduta social. Sou casta, por Amor. E serei, se possível.

- Como assim, se possível?

- Diana... O meu corpo não é invulnerável a violência.

- Por acaso foi violentada?

- Não. Mas tentaram... Uma vez... - e ela abaixa a cabeça e começa a chorar.

Diana a abraça.

Neste exato momento, uma voz feminina ecoa na certeza. Surpresos, todos olham na direção do som que diz em uma língua bem terrestre.

- O que vocês estão fazendo no túmulo de Marduc?

Diante da pergunta tão assustadora e inesperada, todos ficam em prontidão. As meninas alertam os rapazes que chegam armados até os dentes. Mas devido a escuridão da noite, não dava para observar um palmo além da iluminosidade da fogueira.

- Quem está aí?! - ordena Hank.

- O que fazem aí?! - retruca a voz.

- Nós somos viajantes de outro Mundo e queremos saber aonde estamos? - pergunta Eric.

- Se são viajantes, como passaram pelos guardiões da cripta? - pergunta a voz feminina.

Ninguém entendeu o que ela quis dizer, porém compreenderam a preocupação dela.

- Por que você não aparece na Luz para que possamos conversar melhor. - pede Diana.

Subitamente, como num encanto, a mulher aparece. Ela é muito bonita e alta, cabelos negros muito compridos, uma espécie de chapéu negro que parece mais um vaso de planta com detalhes em ouro, um vestido preto belíssimo e botas negras amarradas até as suas grossas coxas, as bordas do longo vestido é rasgado, as mangas negras e rasgadas contrastavam com sua pele branquíssima. As luvas negras e joías, colares, anéis, brincos dourados, completam a endumentária dela.

Presto fica encantado com a mulher.

O número de joías é tão grande, quando caminhava parecia que ela tinha guizos. Mesmo assim ela é muito sensual. Apesar de sua beleza e seus lábios carnudos que lembrava uma cigana ou espanhola, ela estava séria.

Com sua voz autoritária, novamente pergunta:

- Quem são vocês e o que fazem aqui?!

Direto, Eric fica diante da mulher.

- Bem, nós somos viajantes de outro Mundo. Nós fizemos um ritual mágico que teletransportou-nos para este Mundo. Por acidente, acabamos por aterrisar neste vulcão.

- Túmulo. - corrige a mulher.

- Que seja. Então estamos esperando um outro viajante que irá nos buscar de volta.

- Outro? É uma invasão?! - exclama.

- Não, querida... Ele simplesmente vai construir uma ponte que vai ligar os dois Mundos. Assim vamos estabelecer uma relação socio-cultural entre os nossos povos. - diz Eric sorridente.

A mulher olha sério para o empresário.

- Como pensei. Uma invasão! Vou mata-los!!! - e levanta as mãos.

Nisto, Hank e Bob apontam as suas armas para a mulher e o clima fica tenso.

Súbito, a mulher abaixa delicadamente as mãos e observa o uniforme de Eric.

- Eu conheço este desenho desse broche... - comenta a mulher.

Num gesto de estalar de dedos, surge um livro que flutua na frente dela, na altura dos olhos.

- Hum... Hum... Além da era Aspuliana... Período da primeira guerra Tiamateana... Ah! Sim! Sim! Período Marduquiano! Não é possível!?! Por acaso vocês usavam armas?!

Eric confirma e é evidente a surpresa da mulher.

- Pelos Deuses!!! São os Guerreiros Sagrados de Marduc!!! Pela energia que sinto, são os penúltimos antes da primeira guerra Tiamateana.

Neste momento, ela se ajoela e diz:

- Perdão! Sou Argana Kamrusepas, a qüingentésima trigésima e quarta Mestre dos Magos do reino unificado de Aspisínea. Sejam bem-vindos.


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Notas finais do capítulo

Fim do capítulo 2



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