O Retorno escrita por Abraxas


Capítulo 1
Capítulo 1: A ponte estrelar.


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos!

Lá vamos, mais uma vez, ao começo de uma nova jornada.
Toda história tem a sua marca, característica e personalidade. Quando escrevo é como tivesse retirando essas qualidades em cada conto. Como fosse um filho que ajudamos a nascer e oferecemos ao Mundo.
Não é diferente no caso dos Fanfics.
Mesmo que o cenário e personagens não sejam seus, parte de suas experiências, idéias e essência são suas. Daí eles são seus por adoção.
Nós escrevemos porque amamos e amamos porque escrevemos. Por Amor que nos motiva a continuar mesmo que tudo esteja contra nós.
Motivação é o escopo dessa aventura.
Um desenho lançado no meio dos anos oitenta, Caverna do Dragão marcou uma geração. Preparou, na década seguinte, a grande entrada dos RPGs em nosso país. Um sucesso que dura até hoje. ( Apesar de tudo. )
D&D ( Dungeons & Dragons ) é o mais famoso e antigo cenário de RPG e compôe uma vasta gama de Mundos e aventuras que todos jogadores conhecem tão bem. A Fantasia medieval é o cenário deste jogo, certamente, o favorito pela maioria.
Afinal, que pretendo com a elaboração deste Fic?
Bem... Há muito tempo queria escrever uma história com elementos de Fantasia e Ficção científica sem que ficasse maçante. ntão encontrei no desenho Caverna do Dragão todos os elementos básicos para a realização desse objetivo. Sinceramente, agradou-me muito a idéia deste projeto. Como fosse um desafio continuar uma história que não tivesse uma conclusão. ( Bem, oficialmente falando. )
Caverna do Dragão trata da chegada de seis garotos, quarto meninos e duas meninas, num Mundo fantástico, auxiliados por um Ser poderoso chamado Mestre dos Magos. Hank, Scheila, Presto, Diana, Bob e Eric enfrentam um Ser maléfico, o terrível Vingador, para conseguirem retornar ao seu Mundo de origem. Nos desenhos, eles não retornam, mas existe um Fanfic ( ou um roteiro não oficial ) de um dos roteiristas da época. este chama-se "Réquem" que põe um ponto final na história. ( Deixando ao cargo dos garotos, o retorno ou não ao seu Mundo. )
Aqui, neste ponto, que começa o meu Fic.
Escolhi pelo retorno deles para o seu Mundo.
Escolhi, também, que se passassem quinze anos.
Escolhi que tivessem a oportunidade que voltassem àquele Mundo mágico.
As questões são: Será que serão as mesmas pessoas? Será que aquele Mundo é o mesmo? Será que serão necessária a presença deles lá?
Fica as perguntas, porém espero responde-las no decorrer da série...
Espero que gostem deste novo trabalho.
Boa leitura.
O autor.



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Diante do laboratório de pesquisas avançadas da Corporação Knight INC., os carros de reportagem entravam com uma freqüência tamanha que pensava-se que era uma inauguração de algum shopping center. Apesar que parecia algo assim olhando de outro ângulo... A espaçosa sala de conferencias estava lotada. Joranalistas do mundo todo estavam se amontuando e tentando se posicionar na melhor forma possível para a entrevista com o jovem presidente da corporação que, em poucos anos, revolucionou as pesquisas aero-especiais. O anúncio de uma nova e revolucionária máquina era o resultado de anos de pesquisa de um gênio. O romeno Nicolai Garacosi. Depois do término de instalação dos repórteres em suas respectivas cadeiras, a porta-voz anuncia a chegada do jovem presidente da Corporação Knight, o senhor Eric Summors.

- Agradeço a presença de todos em nossa empresa. - diz o sorridente Presidente. Assim gostaria que ficassem bem confortáveis e fizessem as perguntas de uma forma ordeira. Creio que vocês sabem como é o nosso procedimento...

Os repórteres observam o jovem presidente dos seus 28 anos, cabelos curtos e pretos, com um bigode farto, mas muito bem aparado, terno, gravata, sapatos italianos impecáveis, sua aparência típica dos homens de sucesso. Em seguida, sobe ao palco o mistérioso cientista Nicolai Garacosi. Sinceramente, ele não aparenta ser um cientista. Parece mais um jovem funcionário da empresa. Com cabelos curtos e bem aparados, com camisa da empresa, calça jeans, tênis, jaleco branco ( a única identificação como cientista ), caucasiano de cabelos castanhos e olhos verdes que causaria furor entre suas colegas universitárias. Entretanto, ele é uma pessoa voltada as suas pesquisas e invenções.

- Apresento-vos o maior gênio do século XXI, sem nenhuma modéstia, o doutor Nicolai Garacosi!!! - aponta o jovem presidente.

Uma salva de palmas ecoa no salão.

 - Gênio?! Houve uma vez, uma colega que me disse que eu era um gênio. Disse-lhe que não. Pois onde um sujeito é tão atrapalhado como eu. Aí o meu colega respondeu: "Einstein e você" Mas retruquei, einstein não recebeu um estilhaço na cabeça. Ainda por cima, nunca tive tanto talento para controlar a minha conta bancária, que só fica no vermelho, já você... - o jovem para o seu presidente.

- Você limita-se a salvar a Humanidade e eu, a lucrar com isso. - retruca Eric. - Agora, cá entre nós, quem é o gênio?! - olhando para os repórteres.

O público ri. O cientista pede que comece a entrevista.

- Dr. Garacosi, o que é o projeto Stargate? - pergunta uma repórter.

Como num relâmpago, responde:

- A ponte estrelar é uma distorção no espaço-tempo controlado por instrumentos. Seria viajar da Terra à Io, uma Lua de Júpiter, como atravessa-se da sala para a cozinha. Milhões de quilometros em poucos centimentos. Imagine a economia financeira quando o projeto estiver pronto.

- Parece Ficção científica, doutor... - comenta um outro jornalista. Sei que o senhor inventou a propusão Plasmo-iônica que revolucionou o deslocamento no espaço. Até mesmo, as naves eletro-magnéticas, eliminando a necessidade daquela quantidade absurda de combustível.

- Tive a idéia estudando os "Discos voadores"... - interrompe o agitado cientista.

- Sim. Mas uma ponte tem que ligar de uma margem a outra. Como será feito esta ligação?

- Isto é segredo, por enquanto. Mas garanto que vocês serão os primeiros a saber.

- Um outro cientista diz que a ponte estrelar, só pode ser feita com a utilização do chamado "buraco de verme" , uma distrosão espaço-temporal instável. Doutor, a viagem será segura?

O romeno faz uma careta e diz:

- Ora... Com os mesmos riscos de uma viagem de avião. Afinal, nenhuma viagem é 100% segura. Sempre haverá riscos.

- Quando ficar pronta, para onde irá a ponte estrelar?

Direto, o cientista responde:

- Gama de Órion.

Os repórteres ficam surpresos e perguntam por quê?

- É para lá que fui quando criança e prentendo retornar. - e dá um sorriso engraçado.

Todos riem da piada do cientista.

Depois da entrevista, o doutor Garacosi agradece a presença de todos e sai acomapnhado de Eric o seu patrão e amigo.

Um pouco contraíado, Eric comenta:

- Droga, Nicolas! Já disse não se deve fazer este tipo de brincadeira!!!

- Tem medo que acreditem?

- Tenho medo que me roubem. - censura. Sou presidente da mais bem sucedida empresa particular aero-espacial do Mundo. Vendo equipamentos para inúmeros países. A cada país tem, pelo menos, uma agência de informações. Eu não gostaria que os nossos segredos parem nas mãos deles.

Despreocupado, o romeno diz:

- Sabe muito bem que desde da descoberta do "código" não temos mais este tipo de procupação. - e sorri. Quando vai visitar o seu amigo?

- O Presto?! Na semana que vem, se fortudo como previste.

- E os outros?

- Diana está em todos os jornais. Scheila está em Ohio. Bob está em Chicago. Hank é o único que não foi localizado.

- Hank sempre será a nossa maior dor de cabeça.

- Ele é um mala! - retruca Eric. Todo certinho. O pilar da ética.

- E fez aquela sacanagem com a... - e o cientista é interrompido.

O celular toca e o jovem presidente atente.

Depois de alguns minutos, Eric, diz: - Hank foi localizado. Está no Novo México. Você não vai acreditar no que ele faz para viver.

- Prostitução?

- Hank?! Orgulhoso como é?! Nem morto! Depois te conto.

- Pô, Cavaleiro! Conta vai!

Subitamente, vira-se sério e diz:

- Já te disse que não gosto que me chame assim!!! Traz más lenbranças...

- Desculpe, chefe. Acariciando o seu farto bigode, Eric comenta para si mesmo. - E... Nós estamos voltando...

Uma semana mais tarde, a limosine chega a um teatro pé-de-chinelo na cidade de Fênix, Arizona. Lá dentro, há um homem ruivo, de cabelos compridos e amarrado à rabo de cavalo, de cavanhaque, óculos de grau e instruindo as suas assistentes.

- Tereza, meu amor... Você tem que sair da caixa exatamente trinta e nove segundos depois da quanta batida. Entendeu? - - responde em espanhol.

Entre os dentes, grune:

- Malditos, chicanos...

- Ora! Ora! Ainda tem dificuldade em fazer Magia, Presto? - pergunta uma voz bem conhecida.

O ruivo vira-se e reconhece o amigo.

- Eric! Quanto tempo!?! - e vira-se para as assistentes. Pausa! Vão dar um passeio ou coisa parecia. Xô! Xô! - e bate palmas.

- Cabron...

- Eu ouvi isso, Laila! Suma antes que te entregue à imigração. Ah! Voltem em uma hora! As belas chicanas somem como num encanto.

- Presto... Elas são gostasas. Por que as trata assim? Poderia...

- Como eu as trato é problema meu.

- Ahn... Certo... - balbucia um pouco surpreso. Antigamente, você não era assim.

- Existem umas coisas chamadas, impostos, dívidas, aluguéis, turnes e mulheres... - e faz uma cara demoníaca. O que faz aqui? Garanto que não é para patrocinar os meus "espetáculos circenses".

- Tem razão, amigo. Tenho uma pergunta para te fazer. Se tivesse a chance de voltar para aquele Mundo mágico e fantástico, você voltaria?

O mágico olha para o empresário e diz:

- Tá me zoando, não é?

Eric sorri.

Diana Wiston é uma atleta olímpica. Na sua carreira conseguiu duas medalhas de ouro, três de prata e cinco de bronze. Ela é o orgulho de sua família, cidade e país. Porém, completou 28 anos. O tempo cobra o seu preço... O salto com vara, o lançamento de dardo e os 400 metros com barreiras foram as modalidades que Diana foi premiada. Por isso a atleta prepara os futuros campeões olímpicos. Ganha razoalmente bem na Universidade onde trabalha. Recentimente, a equipe de atletismo dessa Universidade ganhou, pelos menos, uma medalha em cada prova que disputaram. Uma façanha extraordinária. Os jornais não se cansam de elogia-la... Diana nasceu para vencer. Durante os treinamentos, a bela negra exige o máximo de sua equipe. Treinar, treinar, treinar. Exige também um período proporcional de descanso físico e mental. Os estudos das regras olímpicas, das leis físicas, anatomia, fisiologia, visitas regulares aos médicos são exigências da Mestra aos seus discípulos. Como também quer que eles tenham aulas de Filosofia, Matemática... Diana não quer só vencedores olímpicos, quer vencedores para a Vida.

Na pista de atletismo da Universidade, Diana corre num ritmo firme e cadenciado. A mulher dá uma volta completa na pista, na linha de chegada, vê um homem de cabelos curtos e de terno. A medida que se aproxima reconhece quem é o tal sujeito. Assim que cruza a linha, Diana diminui o ritmo até parar.

Em seguida, o homem diz:

- Fez um excelente tempo, Diana! - diz segurando o cronômetro. Você não perde a forma...

- O que faz aqui, Eric?

- Ora, vim vistar uma velha amiga.

- Você pode ser qualquer coisa, menos "amigo". - diz em tom de desprezo.

- Puuuuxa, Diana!!! Que isso?! Sou um dos seus melhores patrocinadores. Você vale cada centavo investido.

- Anda logo, Eric! O que quer?!

O homem de bigode olha para o seu belo corpo suado.

- Isto sim é uma bela máquina... - escapa o comentário dos seus lábios.

- Não faço serviço de acompanhante, seu porco! Pega ali a minha toalha! - ordena.

O bilhonário atente o pedido da atleta.

- Sabe, até hoje não me arrependo de ter a agarrado. Você é muito suculenta...

- Pena que não possa dizer o mesmo. Arrependo-me muito por não acusa-lo de assédio sexual.

- Ora... Foi em nome de nossa amizade. - e sorri.

- Deveríamos tê-lo deixado naquele Mundo.

- Bem, acho que terás uma segunda chance...

Surpresa, Diana exclama:

- Como assim?!

- Descobri um meio de voltarmos. Está interessada em fazer uma nova viagem?

Numa biblioteca de uma cidade interiorana do estado de Ohio, normalmente frenqüentada por estudantes e alguns leitores ativos. O ambiente é calmo e tranqüilo. As cinco bibliotecárias cuidam da arrumação. Os códigos nas lombadas dos livros são a garantia de uma perfeita ordem.

Uma dessas bibliotecárias é um pouco diferente das demais. O comum é elas serem discretas, não são muito sociáveis e não se distacam por sua beleza. Não é o caso de uma bela ruiva. A mulher é a própria fantasia sexual de qualquer tarado, só que ela não colabora para este delírio pervertido. A bibliotecária usa roupas recatadas e fechadas, só que o seu corpo a traí. Ela é escultural. Os seus olhos verdes já levaram a perdição de inúmeros estudantes e homens de todas as idades. Só que ela recusou todos. Se fosse só os homens, ela tiraria de letra. O problema é inveja alheia.

- Veja só a meia-calça nova dela! - comenta uma colega.

- Miserável! Adora que os homens se joguem aos seus pés. Safada!!! - pragueja outra.

- Semana passada o delegado a convidou para sair... -

 Aquele príncipe?! Deus!!! É aí?!

- Ela recusou.

- Desgraçada!!!

- Sabe, sabia que a juíza Stayton, convidou a dondoca para passar um final de semana nas Bahamas e a sujeitinha recusou.

- A JUÍZA!?! Noooooossssaaaa!!!

- Éééééé... Tudo sabe que ela desencaminhou a filha do vereador Giffs.

- Que bomba!!!

Súbito, surge o alvo dos dos comentários. Séria e direta, diz para o par de fofoqueiras:

- Vou catalogar o arquivo 32. Semana que vem virá os arquivos novos. Quero adiantar o serviço.

- Claro, querida! - diz uma sorridente colega.

- Os rapazes vão ajuda-la a arrumar os arquivos? - pergunta venenosa a outra.

- Não sei. Mas toda ajuda é bem-vinda. - e pisca o olho. Até, Betty, Libby... - e sai.

- MANIPULADORA!!! BRUXA!!! SERPENTE!!! - amaldioçoa entre os dentes.

- Bom dia! - interrompe um homem de bigode. Scheila Willians trabalha aqui?

- Sim. O que quer com ela? - pergunta.

- Sou um amigo de infância. - e sorri. Por favor, diga-lhe que é Eric. ela sabe quem é.

Com um pouco de má vontade, a funcionária conduz o homem até a ruiva sensual. A mulher aponta para a bibiotecária que arruma, com afinco, o arquivo.

Quando Eric vai em direção da amiga, a fuxiqueira se esconde atrás de uma estante para ouvir a conversa dos dois.

- Caramba!!! Como o Hank pôde deixar uma Deusa dessa?! Sempre o achei um idiota! - diz o empresário para a amiga.

Scheila pára de fazer o que estava fazendo e olha para o rosto de Eric.

- Ah, você! Hank pode ser um idiota, mas não é covarde como certos indivíduos...

- Ainda apaixonada?! Como pode?! O cara te larga no altar, vestida de noiva e você ainda o defende?

Neste momento, Scheila levanta-se e encara o "amigo".

- Eric... Até hoje, eu não sei o motivo que levou o Hank a abandonar-me no altar, mas acredito que seja algo muito sério.

- É mesmo?! Quanto tempo faz? Dois anos?

- Um ano e duzentos e oitenta e sete dias. - responde a ruiva encarando, fria, o empresário.

- Eu invejo o Hank. Nunca vi uma mulher tão apaixonada.

- Isso, Eric, eu já sabia. - diz Scheila com desprezo. Libby, a nossa conversa acabou! Já pode sair atrás da estante!

A mulher sai, sem graça, do local que estava escondida e dando um monte de desculpadas esfarrapadas e sai rapidamente dali. Scheila estava prestes a se despidir do "amigo", quando Eric diz para a Deusa de olhos verdes.

- Eu sei onde estão o seu irmão e seu noivo! Quer saber o paradeiro deles e reencontra-los?

Scheila fica paralizada.

A cidade de Cicago era o palco para o lendário mafioso Al Capone e seus aequi-inimigos "Os Intocáveis". Atualmente, a polícia está as voltas de uma terrível gangue de motoqueiros criminosos chamados os "Hunos". Todos, considerados, criminosos da pior espécie. Estorções, estupros, assassinatos, seqüestros. Essa gangue é acusada por todos estes crimes. Entretanto a Verdade não é essa...

Os "Hunos" são justiceiros. Eles fazem tudo que a polícia não pode fazer. E seu atual líder, Robert "Barbarian", é o responsável por isso. Tanto traficantes, quando os policiais querem a cabeça dele. Robert tem 23 anos, loiro, cabelos em desalinho, barba mal feita e rala, jaqueta típica dos motoqueiros, calça jeans, botas de vaqueiro e é um homem forte e inteligente. O líder tem uma moto toda branca com um estranho corno em cima do farol. Ele dá o nome da moto de "Uni". O ciúme da moto é tamanha que ele é capaz de espancar qualquer um que se atreva a subir nela. Coisa que já fizeram antes... E se arrependeram amargamente... Robert é uma pessoa extravagante. Numa mostra o seu rosto verdadeiro, por motivos óbvios. Usa sempre disfarces ou mascaras. Só pessoas de extrema cofiança conhece o seu verdadeiro rosto.

Os "Hunos" tem apoio em certos seguimentos da polícia e recebem dinheiro de comerciantes e empresários, pois são valiosos para conseguir informações do sub-mundo. Muitos seqüestros foram resolvidos graças a interferência deste exótico grupo de fora-da-Lei. Aos olhos de certas pessoas, os "Hunos" são heróis.

Toda Sexta-feira, Robert vai beber num bar bem conhecido e sem mascara. Óbvio que ninguém sabe quem é o jovem loiro de cabelos curtos e bem alinhados, roupas impecáveis, parece um playboy. Lógico que sua aparência atrai as belas moças do lugar. Só que hoje, uma mulher em especial vai balançar o seu coração.

- JESUS CRISTO!!! Que mulher é aquela!?! - pergunta o rapaz que estava ao lado de Robert.

O jovem olha para a mulher, abaixa a cabeça e diz ao colega ao seu lado:

- Aposto dez dólares que ela vem falar comigo.

- Feito! Dou cem se ela te beijar.

Robert sorri.

- Feito! - e aperta a mão do desconhecido.

A belíssima mulher olha em várias direções até ir em direção do loiro.

- Eu não acredito!!! - diz o homem. Ela está vindo pra cá!!! Os lindos olhos verdes se fixam aos olhos de Robert.

- Bob... - diz ela.

- Oi. Quanto tempo? - e sorri.

Uma lágrima escorre dos olhos da bela mulher.

- Aonde você estava? Eu te procurei tanto...

- Desculpa por te deixar tão preocupada.

- Bob! Oh, Bob!!! - e abraça e começa a beija-lo.

Robert estende a mão para o desconhecido que, derrotado, paga a quantia combinada.

- Calma, irmãzinha querida... Vamos lá para fora. - e pisca o olho para o homem que fica muito irritado.

No lado de fora do bar, Bob toca no rosto de sua bela irmã.

- Conte-me tudo! Sua Vida de casada com Hank. Desculpa eu não ter ido ao casamento. Sei que está bem. As lágrimas aumentam.

- Bob... Hank me deixou no altar.

O jovem fica perplexo.

- HANK FEZ O QUE!?!

Um tricículo arrasta um rapaz no meio deserto. O piloto está vestido como um típico caubói, chapéu, sobre-tudo, camisa, calça e sapatos cinzas, devido a poeira. As luvas com as pontas dos dedos cortados completam o visual do jovem de barba farta e loira, um bigode vasto, que dava a impressão de ter mais idade.

No seu tricículo, na antena, está uma bandeira confederada, o rapaz negro, em farrapos, que está algemado, reclama:

- Pomba, seu nazista!!! Por que não pára?! Tô com sêde! Nunca ouviu falar nos direitos humanos?!

O homem, subitamente, pára o veículo.

- Até que enfim! Estes patins estão queimando!

O piloto sai da moto de três rodas e diz para o rapaz:

- Eu devia te arrastar pelo deserto sem estes patins, mas como estou com pressa, vou me privar desse prazer.

- Que isso, cara!?! Eu estou sendo acusado injustamente.

- Estão oferecendo uma boa recompensa por sua cabeça. Por isso, cale a boca! - e o homem bebe a água do seu cantil.

- Você podia, pelos menos, dar-me um pouco dessa água.

Súbito, o caubói joga o cantil nas mãos algemadas do rapaz que faz um marabarismo para segura-lo. Quando consegue tocar os lábios no recipiciente, constata que a quantidade não era bastante para matar a sua sêde. O preso fica furioso.

- Pô, sacanagem!!! Se eu morrer, não vou valer nada para você!!!

O caubói dá um sorriso debochado.

- Não faz diferença, vivo ou morto, o preço é o mesmo.

Subitamente, o rapaz começa a xinga-lo.

- Calma... Daqui há meia-hora de viagem, o seu sofrimento vai terminar. Basta joga-lo numa cela e terá todo o conforto que merece.

A viagem continua até sua conclusão. O caubói entrega o pacote e espera o seu pagamento lendo um jornal local.

- Puxa, Hank... Que decadência... De analista de sistemas a caçador de recompensas. - comenta um homem que está sentado nas suas costas numa dessas poltronas coletivas.

O loiro fica em silêncio e continua lendo o seu jornal.

- Sabia que tua amada Scheila espera por seu noivo até hoje?

Continua o silêncio.

- Pelo menos pegou o estuprador de sua adorável irmã, arqueiro?

Subitamente, o loiro se levanta e olha fixo para o homem de costas.

- Como soube disso, Eric!?!

Neste momento, o empresário se vira na direção do loiro barbudo.

- Você não imagina o que o dinheiro é capaz de fazer, velho amigo... Olhe para você. Tá um bagaço. Parece que saiu do velho oeste, fedendo e violento.

- A Vida me fez assim...

- Você era o nosso líder, o modelo ético, o nosso herói! Agora o que vejo? Um morto-vivo em busca de vingança. Afinal, Hank, você conseguiu o que queria? Vingar-se?

Hank abaixa a cabeça.

- O que foi?! A sua caçada foi em vão?!

- Não, Eric! Eu não sou mais o mesmo homem.

- Por que? Você falhou em prender o cachorro?

- Não. Eu falhei em salvar a minha própria alma...

Presto andava de um lado para outro na grande sala com uma mesa central com várias cadeiras executivas. O mágico profissional não gostava de ficar sozinho desde de criança. As suas lembranças o levam para um passado muito antigo quando os seus amigos caminhavam naquele Mundo mágico e especial. Todos tinham um objetivo, voltar para casa. E agora, neste Mundo, qual é o objetivo? Realizar os seus sonhos? Ser feliz? A que preço? Lá tinha-se uma definição do Bem e do Mal, e agora? Neste Mundo não há uma clareza tão evidente. Presto tem uma mascara, quer parecer mau, mas não o é. No fundo, continuava o mesmo garoto tímido, sonhador e retraido de sempre.

O susto foi grande quando viu Diana entrar na sala.

- Presto!?! - exclama a atleta.

- Diana!!! - e vai na direção dela.

O abraço foi longo e apertado. Os dois conversaram amenidades e curiosidades sobre as suas vidas. Presto sentia-se aliviado por não se sentir mais sozinho.

Em seguida, chegavam os irmãos Willians. Presto e Diana vibram ao ver os irmãos. A conversa rende e o quarteto bota o papo em dia, até a chegada de Eric.

Só aí houve um silêncio na sala.

- Bom dia a todos! - diz sorridente. A viagem de vocês foi boa? Creio que sim. Afinal, foi na primeira classe... Fico feliz que tenham gostado deste encontro social.

Diana olha fixo para Eric e pergunta:

- Que história é essa que nós podemos voltar para aquele Mundo? Da onde tirou essa doideira, Eric?

- Eu só vou explicar quando o úlitmo convidado chegar. Até lá, aguardem...

Neste momento, um raio gélido corta o ar.

Subitamente, a porta principal se abre e surge aquele que todos aguardavam.

Hank estava de jaqueta de couro clara, barbeado, camisa social azul, calça jeans, tênis e um olhar cabisbaixo. O clima fica pesado.

Para quebrar o gelo, Diana vai cumprimentar o seu velho amigo.

- Oi, Hank! Quanto tempo?

- Verdade, Diana. - Bem eu vou ao toalete. Presto, você podia mostrar onde é?

- Ahn, claro! - quando passa pelo loiro, ele dá um cumprimento rápido e sai da sala junto com Diana.

Bob olha fixo para Hank, diz umas palavras com a sua irmã e dirige-se ao loiro.

- Oi, Hank!

- Oi, Bob.

- Espero que seja muito boa a explicação que vai dar a minha irmã.

Hank fica em silêncio.

- Até mais, cara! - e sai.

Eric fica de braços cruzados, Scheila fica em silêncio e Hank olha para o empresário.

- Tá bom! Tá bom! Eu entendi!!! - e sai.

Um silêncio constrangedor continua até que Scheila pergunta direta:

- Por que, Hank? Por quê?

O loiro fica em silêncio, mais uns instantes e começa a sua narrativa.

- Scheila, em primeiro lugar, perdão! Eu deveria ter contado sobre a minha irmã desaparecida, a Sharon. Eu tinha a encontrado. A ruiva pisca os olhos, pois Hank contou sobre ela, mas não sabia que ele tinha a encontrado. - Ela ficou num orfanato por muitos anos. - continua a narrativa. Mas como ela era muito bonita, dispertou a cobiça de certo tipo de gente... Eu ia apresenta-la no dia do nosso casamento, mas...

- Era?! Ela morreu?!

- Sim. Sharon foi estuprada e morta no dia de nosso casamento a caminho para a igreja. Ela foi seqüestrada bem na minha frente e tentei salva-la, mas a perdi... Fiquei rodando a cidade inteira até encontra-la. O corpo dela estava no chão, ainda viva, mas agonizando. Os monstros ainda estavam lá, satisfeitos e tripudiando dela. Eu não aguentei...

- Como assim?! - Sabe aquele curso de arteas marciais? Usei todas as técnicas proíbidas e matei todos eles! Eu matei! - e as lágrimas escorriam. Sou um assassino, Scheila!!! Você não podia se casar comigo. Entende?! Precisava manter segredo sobre a minha irmã... Eu não podia ir para a cadeia por causa daqueles vermes! Não podia!!! - e chora copiosamente.

Scheila ampara o seu ex-noivo...

- Então foi isso que aconteceu... - conclui Eric. Se tivesse me chamado, teria botado aqueles cães no corredor da morte.

- Eles teriam fugido. - diz Bob. Levaria anos o processo. Aí começariam escrever livros e comissões de diretos humanos queriam que comutassem a pena para prisão perpétua. Hank, tô contigo!

- Pessoal... O Hank teve um acesso de fúria e é natural que perdesse o controle. - diz Diana. Era a irmã dele.

- Certamente iriam coloca-lo na cadeia. - cogita Presto. Mofar no xilindró por causa de assassinos e estupradores? Eu não acho certo.

- Hank... Você deveria ter contado para gente. - diz Scheila. Nós daríamos um jeito.

- Obrigado, mas não queria envolve-los nisso. Aí vocês seriam cumplices de um crime que cometi.

- Você é o nosso lider, Hank! - diz Diana. Se você matou aqueles monstros, está certíssimo!!! Eu faria o mesmo!

- Gente... - chama a atenção Eric. Nós não somos justiceiros. Nós não estamos acima da Lei. O sistema não pode ser a dos melhores, mas é o que temos.

- Eric tem razão. - diz Hank. Eu não estou acima da Lei. Tenho que pagar pelo meu crime. Todos abaixam a cabeça.

- Sabe... Hank é uma pessoa que tem uma visão radical. Preto e branco. Acho que não conhece o cinza. Se contratar o melhor advogado do país, será que, dentro da Lei, podemos transformar a punição do Hank em um ato de heroísmo. Afinal, ele é o herói e não o vilão. - conclui o empresário.

Todos olham para Eric.

- Hank, meu velho... - e põe a mão no ombro dele. A sua situação está resolvida. Afinal somos todos amigos aqui. Agora vamos conversar o por quê estamos aqui. Lembram que disse que podíamos voltar para aquele Mundo mágico? Bem, eu consegui. Agora a questão é: Vocês querem voltar para lá comigo?

Todos ficam surpresos.

- Eric? o que houve?! - pergunta Diana. Por que você quer voltar? Você sempre odiou aquele lugar!

O empresário dá nos ombros.

- As pessoas mudam e eu estou cansado deste Mundo mau e conturbado. Onde as pessoas estão perdendo o respeito pelas outras. Seqüestros, roubos, estupros, guerra, violência, impunidade, terrorismo... se soubesse-mos que o nosso Mundo ficaria assim, nós teríamos voltado? Além do mais, analisando a situação da maioria de vocês estão em situações complicadas.

- Como assim, Eric? - pergunta Diana.

- Bem, como podemos ver o caso do Hank, o Mundo foi bastante cruel com o coitado... Vamos ver o caso do Presto, ele é um bom mágico, mas os seus talentos não estão sendo reconhecidos por pura falta de público. Nota-se pela falta de grana do meu amigo. Bob é um procurado pela Justiça e pelo crime organizado...

Neste momento, Scheila exclama.

- Calma, querida. - acalma Eric. O teu irmão vai te explicar o que está acontecendo. Eu sei que Scheila é vítima da intriga e da inveja alheia. Uma violência tão cruel quanto a física. Diana, bem... É a única que está numa situação privilegiada...

- E você, Eric? - pergunta Diana. Pelo que vejo, não é o parece que esteja numa situação ruim.

O empresário sorri.

- O sucesso deste projeto só depende da decisão unanime de todos aqui. Se houver um voto contra, o portal não se abre, perderei bilhões de dólares e ficarei falido...

De súbito, um homem entra na sala:

- Então vocês são os companheiros do Sr. Eric? Prazer! Sou Nicolai Garacosi. Além de ser o cientista-chefe deste projeto, quando criança, eu também estive lá. Naquele... - e completa com desprezo. ...Mundo.

Diana, observadora, aponta.

- Parece que a sua experiência naquele Mundo não foi nada agradável.

Nicolai, que fica de pé diante da mesa de reunião, continua a sua narrativa.

 - Éramos nove crianças romenas. Tínhamos entrado num trem fantasma. Da mesma forma que vocês. Fomos para aquele Mundo convocados pelo tal "Mestre dos Magos" e tínhamos uma missão específica, prender Tiamat.

Os olhos de todos ficaram arregalados.

- Tiamat... - comenta Hank. Taí um nome que não ouço há muito tempo.

- Vocês apenas fugiam dela. Nós temos captura-la. Ela era a rainha dos Dragões e ela devorou quatro dos meus companheiros. O choque tomou conta de todos.

- E o Mestre dos Magos permitiu?! - exclama Scheila.

Eric ri e observa:

- Nicolai, descreva quem era o "Mestre dos Magos"...

- Claro. O "Mestre dos Magos" era um ancião de noventa anos, porém vocês o conhecem como o Vingador.

Todos ficaram chocados.

- Mas ele não tinha ficado bom?! - pergunta Presto.

O romeno observa o ruivo e responde:

- Tiamat era uma criatura muito mais periogosa para aquele Mundo do que na época que vocês estavam lá. A rainha dos Dragões estava destruindo reinos. Ela tinha que ser detida. Claro que o ex-Vingador, que já era inimigo dela, planejou um ataque com crianças alienígenas descartáveis. No fundo, ele nutria um resentimento inconsciente de vocês. Porém ele sabia que não poderia chama-los novamente. Tanto por questões temporais, quanto pessoais... O risco era muito grande. Tinha que contar com total confiança dos seus pupilos, pois sabia que o risco que todos podiam morrer era enorme. Por isso, ele nos treinou muito bem. Ele mesmo nos ajudou na batalha. No final, só eu sobrevivi...

- Mas você disse que Tiamat devorou quatro de vocês? - pergunta Bob.

- Esqueceu que ela é a rainha dos Dragões? Sabe quantos Dragões a serviam? Nós a prendemos, mas a que preço? O Mestre dos Magos se sacrificou para prende-la e devolver-me ao meu Mundo. A ida de vocês naquele Mundo foi um passeio comparado a minha. Perdi mutos amigos ali. Além do mais, quando voltei, a minha família tinha decidido que nós iríamos se mudar da Romênia, por causa do desaparecimento das crianças, para a Bósnia. Pouco tempo depois, houve a guerra, o estilhaço na minha cabeça e o coma. Quando acordei, virei gênio. Decidi que iria voltar para aquele Mundo. Não mais como um garoto assustado e covarde, mas um homem que quer mostrar que sobreviveu e é capaz de enfrentar aquele Dragão novamente.

- É para isso que quer que retorne-mos? - pergunta Diana. Para matar Tiamat?

O gênio olha fixamente para a bela negra e diz:

- A princípio, era. Todavia existe algo, uma observação em pauta. O Tempo entre os dois Mundos. Um dia aqui é equivalente a um ano lá. A nossa ida foi, exatamente, dois meses depois do retorno de vocês.

- Então quer dizer... - balbucia Presto.

- São sessenta anos de diferença. - completa Eric. Agora, imaginem. Se dois meses longe daquele Mundo consumiu tanto tempo assim, imaginem quinze anos em nosso Mundo?

Quando o pessoal começa a fazer contas, Nicolai dá o resultado:

- São 5.475 dias em nosso Mundo ou, simplesmente, mais de 5.500 anos daquele Mundo. Acho que não creio que um Dragão dure tanto tempo assim...

Ácido, Eric pergunta:

- Vocês não estão curiosos para saber como está aquele Mundo?

Depois da conversa com Nicolai Garacosi, o grupo dos cincos amigos ficam sozinhos. Claro que é para decidir se vão aceitar retornar àquele Mundo ou não.

Eric sai da sala e deixa sobre a mesa cinco cadernos com a proposta do projeto.

Hank pega um deles e começa a ler. Nisto Diana começa o seu dialogo com todos os presentes.

- Sabe de uma coisa? O que me deixa mais encucada é o fato que Eric querer tanto retornar para aquele Mundo. Chega a ser surreal.

- É verdade! Eric sempre odiou aquele lugar. - aponta Scheila.

- Existem muitas opções para que ele queria voltar para lá. Pode ser saudosismo, interesse financeiro, auto-afirmação, ganancia, vingança, loucura, tédio, autruísmo, curiosidade, realização de um sonho, avanço científico, solidão, etc. Sempre há um motivo. - completa Bob.

Mesmo absorvo em sua leitura, Hank dá a sua opinião.

- Bob, você esqueceu da opção manipulação. Talvez o Dr. Garacosi esteja manipulando o Eric. Afinal, ele foi pupilo do Vingador...

- Acho que Eric mudou muito nestes quinze anos. - observa Presto. Todos nós mudamos. Eric era covarde e mimado, mas no fundo era uma boa pessoa. Ele passou a valorizar muito mais as coisas na Terra, do que na época anterior a ida àquele Mundo. Todos nós aprendemos alguma coisa naquela aventura.

- É verdade. - concorda Scheila. Aprendemos o valor do Bem, companheirismo, da coragem e do Amor. - e olha para o Hank. O Mestre dos Magos sempre ensinava o valor da ética. Ele nos ensinou que, se acreditar-mos, nós podíamos mudar o Mundo.

- Qual Mundo, irmã? - indaga Bob. O nosso? Podíamos lutar contra o impossível, éramos heróis. E aqui?! O que fizemos?! O que este Mundo fez pela gente? Tínhamos um Mestre dos Magos para nos alertar sobre os perigos? Sabe, Scheila. Fui o único que mantive o sonho e lutei contra as injustiças. E descobri que neste Mundo o Vingador não é um, mas inúmeros. Estamos num Mundo violento e Mau. Sabe de uma coisa... Estou com o Eric! Estou cansado. Quero ser herói novamente.

Os olhos azuis de Hank levantam-se e diz:

- Não sou uma pessoa que possa ser considerada como herói. Eu tinha pensado que era, mas neste Mundo me provou que não. Mesmo sabendo que Eric está armando alguma coisa não posso deixar de notar que nós sentimos falta do Mestre dos Magos. Ele era o nosso guia.

- Eu quero voltar! - diz Presto. Já decidi. Não suporto mais este lugar. Sei que Eric precisa da gente. Pelo menos, vou ajuda-lo.

- Você sempre foi o melhor amigo dele, Presto. - observa Diana. Lembro que você que o convidou para írmos para o trem-fantasma.

- Diana, eu vou! - diz Scheila. Quero saber como está aquele Mundo, além de cuidar do meu irmão, pois sei que se decidiu alguma coisa, ele não vai mudar de idéia.

- Diana... Você vai decidir o destino dessa viagem. - aponta Hank. És a única que não tem motivos pessoais ou ideológicas em ir para aquele Mundo.

A atleta olha para o loiro e aperta o botão do interfone avisando o empresário. - Eric, já tomos a nossa decisão.

Ansioso, o homem de cabelos curtos, bigode farto e bem aparado, aguarda a decisão do grupo. Sabendo que Eric ficaria apreensivo, Diana o tortura psicologicamente demorando bastante para dar a resposta.

Depois de quinze minutos de embromação, a atleta resolve dizer o seu veredito.

- Eric... Um de nós decidiu ir para aquele Mundo por amizade a você. Outro, decidiu ir porque odeia o Mundo que vivemos. Outro, só vai pela decisão de alguém muito próximo. Houve uma abistenção. Entretanto a decisão final coube a mim, Eric... Irônico, não? - e ela olha nos olhos do empresário.

- Entendo, Diana. Bem... É a sua chance de dar o troco. Faça o que quiser. Vou respeitar a sua decisão.

- Eric, nós vamos. Antes que você comece a comemorar, quero dizer o porquê da minha decisão. Sabe, eu não vou para aquele Mundo por curiosidade, amizade, desprezo, etc. Vou para descobrir o que você pretende e detê-lo se tiver alguma maracutaia, tramóia ou coisas do gênero.

Com um sorriso de desdém, Eric apenas diz:

- Que seja...


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Notas finais do capítulo

Fim do capítulo 1