Escolha Difícil escrita por narutonyah


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

toh ficando triste com a falta de reviews ........... por favor , mandem reviews!!



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Um beijo certamente não é algo que se deva distribuir por aí, sem a mínima distinção entre sexos. E Ino aprendera bem essa lição naquela manhã tão conturbada. O dia mal começara para a Vila e muita correria, lágrimas, confusão e dois beijos já haviam aparecido. A loira apenas parou ali, no alto do mirante, vislumbrando por um momento o vilarejo, e pensando nos ocorridos até ali. Em seus lábios, um sorriso, em seus olhos, a confusão característica de alguém que acaba de passar por uma sucessão de fatos emocionalmente fortes e ao mesmo tempo muito rápidos.

- Pois é, Hinata... Acho que ele entendeu errado afinal – disse Ino, sozinha onde estava.

Soltou um pequeno riso, como se desdenhasse da situação, e levantou-se. Foi até a grade de proteção e recostou-se ali, para pôr a cabeça em seu lugar. Uma mescla de vergonha, prazer e surpresa fazia da mente da loira um caos, entretanto, tudo o que Ino era capaz de fazer se resumia a rir. Ria da encrenca em que se metera, mal parecia se tratar dela o problema.

"Eu fui capaz de armar essa confusão toda... Meu Deus! Eu beijei outra garota!", as palavras ecoavam na mente de Ino sem ao menos terem sido ditas, mas não precisavam. "Eu acho que estraguei tudo, no fim das contas. Se o Naruto não quiser mais olhar nos meus olhos eu vou compreender", no momento em que essa linha de raciocínio atingiu a consciência da loira, uma lágrima escorreu discreta de seu olho, "Uma... lágrima? Eu estou chorando? Esquisito... Por que?".

Hinata ia pulando de telhado em telhado o mais rápido que podia, rumando novamente para onde julgava nunca ter saído. O acontecido naquela manhã já era o suficiente para deixá-la em casa pelo resto do dia, e talvez pelo dia que se seguisse. Precisava parar para colocar sua cabeça no lugar, e decidir seus próximos movimentos com cuidado, pois isso poderia significar o desenrolar de fatos que certamente não seriam agradáveis, e principalmente se Naruto resolvesse contar a alguém sobre o que vira no alto do mirante.

"Meu Deus... Eu tive meu primeiro beijo com... uma garota! O que será que Naruto-kun deve pensar de mim agora? Provavelmente ele deve achar que eu sou... algo que não sou. Nossa, que manhã agitada, eu preciso mesmo descansar", Hinata, absorta em seus pensamentos, mal sentiu o tempo passar e quando deu por si mesma, já estava em frente a sua casa dentro do clã Hyuuga.

Adentrou seu lar, temendo que encontrasse algum familiar em seu caminho até seu quarto. Vagarosamente passou pelos jardins e entrou na casa em si. Ia subindo as escadas sem fazer qualquer tipo de ruído, mas no final tudo se mostrou infrutífero, já que Hanabi estava vigiando a entrada da mansão o tempo todo. Quando finalmente a mais velha das duas terminou de subir as escadas, Hanabi já a esperava com um sorriso curioso e olha indagador. Hinata deu um suspiro e continuou andando, rumo a seu quarto.

- Então, nee-chan, como foi lá? – indagou a mais nova, sem, no entanto, receber qualquer resposta.

Não poderia contar à sua irmã sobre o ocorrido naquela manhã, principalmente sobre o que houve entre ela e Ino. De forma alguma. Resolveu apenas passar com um menear positivo de cabeça e prosseguir para seu quarto. Mas Hanabi não é como sua irmã, que se contenta com uma resposta muda. Achando estranha a reação de sua irmã, foi até Neji.

- Neji! – chamou Hanabi, logo em seguida colando em seu braço.

- Sim, Hanabi – respondeu seco como sempre o gênio Hyuuga.

- A nee-chan voltou muito estranha!

- Como assim estranha? – indagou o jovem, receoso.

- Ela foi visitar o Garoto-Kyuubi, e quando voltou parecia que ela tinha chorado muito e quando eu perguntei se estava tudo bem, ela apenas balançou a cabeça e passou direto por mim. Tem algo errado aí Neji – Hanabi parecia legitimamente preocupada.

Neji largou sua prima mais nova onde estava e foi correndo ver o que havia acontecido com Hinata, afinal, sua função era protegê-la. Subiu as escadas pulando de três em três degraus, e rapidamente alcançou a porta do quarto da primogênita Hyuuga.

Hinata sentia que precisava de um outro banho para lavar não seu corpo, mas sim sua mente. Decidiu por usar a suíte anexada a seu quarto ao invés do lago onde sempre se banhava. Despiu-se ali mesmo, já que estava com a porta fechada, jogando as roupas num pequeno cesto cujo destino era a lavanderia. E exatamente naquele momento outro acontecimento atípico se sucedia na vida da Hyuuga. Neji abriu abruptamente a porta, sem ao menos bater ou avisar que entrava, seu rosto denunciando a preocupação com o bem-estar da jovem a sua frente.

O tempo parou por um instante. Hinata corou, Neji também. O queixo do jovem caiu, e um fio de sangue passou a escorrer de uma de suas narinas. "Calma Neji, vá se afastando vagarosamente, isso, um pé após o outro". Neji começou a sair de fininho, sem dar as costas para sua prima, que ainda estava paralisada com a atitude impensada de seu guardião. Mas o garoto não fora rápido o suficiente.

- Kyaaa! Neji! Seu hentai nii-san! Eronii-san! – pela segunda vez na história Hinata gritava.

A porta se fechou tão rápido quanto se abriu. Neji ainda tomava distância quando ouviu o baque provocado por Hinata. O garoto se virou para observar o corredor vazio, a perversão tomando conta de seu ser. "Ela estava... nua... Essa foi a primeira vez que em um tempo que eu vejo isso... Quero mais", ousando mais do que deveria, o Hyuuga foi pé ante pé retornando para o quarto de sua prima. O sangramento em seu nariz estancara, mas o rubor em sua face permanecia inalterado. Parou ao lado da porta para verificar se ela estava prestando atenção, e se vinha alguém no corredor. Nada.

Nesse mesmo momento Naruto arfava com o cansaço. Correr de um lado para outro de Konoha durante toda a manhã não é algo que se consiga fazer sem se cansar, e o loiro agora sentia o peso do esforço recair principalmente sobre seus pulmões, agora tentando puxar o máximo de ar possível. Suava bicas, já que o dia estava ensolarado, mas seu rosto permanecia pálido de susto. Parou um momento, se recostando num poste para parar e respirar fundo. Foi quando sentiu uma mão em seu ombro.

- Naruto?

- Ah... ah... ah... Oi, Shikamaru... Ah... – o loiro mal conseguia falar. Não sabia se era o susto ou a falta de ar.

- Tudo bem contigo? – Shikamaru estranhou muito as feições aterrorizadas do loiro a sua frente.

- Tudo...

- Então por que está assim a essa hora da manhã?

- Beijo... Digo, é um objetivo que eu almejo! Se eu quero ser Hokage um dia, preciso treinar duro! – "Se eu der com a língua nos dentes a Ino me mata e o pai da Hinata me ressuscita para me matar de novo, logo, isso tem que ficar escondido".

- Bem, se você diz... Eu vou indo, Tsunade-sama me convocou na sala dela, e eu vou me atrasar se não chegar logo... Até a próxima então... Que saco, serviços assim são tão problemáticos – e ainda resmungando, o Nara continuou seguindo seu caminho. Um pouco depois Naruto resolveu ir caminhando até em casa, já que não faltava muito mesmo.

Neji abriu a porta vagarosamente, na esperança de conseguir dar uma espiada em sua prima nua novamente. Entretanto se surpreendeu ao constatar que o quarto estava vazio. "Ela não pode ter saído nua por aí, e esse tempo não é suficiente para ela trocar de roupa. Estranho... Muito estranho". Caminhando em círculos, com seu byakugan desligado, seu uso foi julgado como desnecessário naquele momento, o Hyuuga passou a se indagar sobre a possível localização de sua prima, até ouvir um soluço vindo do armário. Foi quando lhe veio a mente a única justificativa... A suíte. A princípio, ele apenas colou seu ouvido na porta, esperando algum sinal para espiar, mas só ouvia soluços.

- Ah... Naruto-kun... Naruto-kun – dizia Hinata em meio aos soluços.

"Ela soluça, geme e continua repetindo o nome do Naruto. O que isso pode significar?", Neji parou por um momento, até que o mais pervertido dos pensamentos cruzou sua cabeça como um raio, fazendo com que corasse mais violentamente que a própria Hinata, "Estaria ela se mas...", não foi capaz de completar o pensamento pois um jato violento de sangue proveniente de seu nariz o atirou janela afora, fazendo-o bater de cabeça numa pedra do jardim e só ser encontrado desacordado algumas horas depois.

Ino, após aproveitar o momento reflexivo, decidiu tornar a procurar por Naruto. Essa perseguição toda já estava tornando tudo muito cansativo. Por isso, no meio do caminho entre o mirante e Konoha, a loira resolveu não procurar por ele, e sim ir até o apartamento onde toda a confusão começou.

Naruto chegou em casa cansado de tanto correr, por isso foi pegar um copo d'água e sentou-se na cozinha. Ainda suava muito da correria, e na verdade não se sentou, e sim se deixou largar numa das cadeiras e passou a digerir os acontecimentos do dia até então.

- Nossa... Que dia esquisito... O pai da Ino me confunde com o namorado dela, se é que ela tem um. Depois aquela loira maluca me beija... Bem... Hehe... Não que não tenha sido ótimo, na verdade eu nunca me senti tão bem na minha vida, acho que a sensação até compensa o fato de não ter sido com a Sakura-chan. Que seja, a Ino cada vez me deixa mais confuso... Será que ela sente alguma coisa por mim? E se sentir? O que eu faço? Gah! Isso é muito complicado...

Seria péssimo para o jovem Uzumaki se alguém o escutasse pensar alto como fazia naquele momento. E por azar, ele foi ouvido pela última pessoa que ele quisesse que ouvisse seus pensamentos. Ino viu a porta entreaberta e quando estava entrando ouviu a voz de Naruto. Suspeitando que alguém mais estivesse ali com ele, foi discretamente até o lado da porta da cozinha, e começou a ouvir atentamente a tudo que Naruto dizia. "Então... ele gostou do meu beijo?". Ao terminar de escutar a "confissão" do loiro, Ino além de corada, estava com uma sensação esquisita dentro de seu peito.

- Naruto! – disse a loira, saindo de onde estava.

- Gah! Ino! – o susto que Naruto levou foi o suficiente para derrubá-lo no chão.

- Eu vim aqui para... Desculpar-me por tudo – a loira estendeu a mão para ajudar seu amigo a se levantar.

- Oh... Bem... Tudo certo eu acho...

- Então antes que eu finalmente possa começar a te ajudar...

- Epa! E quem disse que eu ainda quero que você me ajude?

- Bom... – o rosto de Ino entristeceu repentinamente, mas apenas por um segundo – Tudo bem se não quiser, mas nunca vai saber o que a Sakura pensa de você realmente – Naruto adotou uma expressão faminta e saliva começou a escorrer pelos cantos de sua boca – Certo, vou encarar essa babada toda como um sim. Mas, eu só te conto isso depois, se você for bonzinho.

- Injusto... – Naruto fez beicinho, mas Ino não caiu nessa.

- Bom, agora que você já sabe que tem ao menos uma garota de Konoha que gosta de você...

- Que? Tem? Quem? – a loira não conseguia acreditar na capacidade de seu amigo de ser tapado.

- Você não percebeu que a Hinata é louca por você?

- É? – Naruto parecia impressionado em saber dos sentimentos de Hinata.

- Que seja... Vamos começar pela Hinata, depois vamos conversar direitinho sobre a Sakura. Você agora tem uma missão... Chamar a Hinata para sair.

- Como é?

- Ou vai me dizer que nunca teve um encontro? – Ino indagou ironicamente, mas ao ver que Naruto baixara a cabeça e suspirara desolado, acabou constatando que era verdade.

- Fazer o que...

- Naruto, você é mesmo um zero à esquerda – comentou Ino zombeteira.

- É... Quer dizer, não! – protestou Naruto, agitando suas mãos.

Ino se levantou, com uma idéia fixa na cabeça. Tinha de ajudá-lo de alguma forma, e sabia que só tinha um jeito de torná-lo independente nesse aspecto. Alguém tinha de sair com ele. Deu a volta na mesa, chegando ao lado do loiro, e se inclinou em direção a ele. Pegou seu queixo e deu um leve beijo em seus lábios, sorrindo.

- Venha me pegar as oito, e não se atrase! – disse Ino, já indo embora.

- C-certo...

Após marcarem, de uma forma muito esquisita, um encontro, o dia passou relativamente rápido. O sol já se punha no horizonte quando Ino resolveu começar a se arrumar para seu suposto encontro com Naruto. Não é que sentisse algo por ele para se vestir de forma diferente, mas por alguma razão necessitava de agradá-lo, então estava lá, de frente para o armário esquadrinhando todas as suas roupas, procurando algo que pudesse impressioná-lo. "Não entendo isso... Eu nunca senti nada por ele, então por que isso? Será que eu...?"

Faltavam trinta minutos para a hora combinada, e Naruto estava terminando de se vestir. Trajava uma camisa preta, indo até mais ou menos a metade de suas coxas, uma calça jeans clara e tênis brancos. Nunca tinha experimentado esse visual, mas após procurar Shikamaru resolveu dar uma chance a uma outra cor que não fosse laranja. Abriu seu armário, e pegou um vidrinho verde de forma retangular.

Naruto fazia compras com seu mestre, Jiraya, numa loja particularmente cara. Ainda não sabia exatamente o que seu sensei pretendia fazer naquela loja, já que não podia avistar qualquer mulher que seja minimamente atraente, e também parecia ser um local que vendesse produtos comuns e não de origem duvidosa, como normalmente seu Ero-Sennin adquiria.

- Naruto, venha até aqui - disse Jiraya ao seu pupilo.

- Certo,certo Ero-Sennin - respondeu Naruto, para desgosto de seu mestre.

- Naruto, quantas vezes já te pedi pra não me chamar assim em público? Bem, esquece... Eu quero te dar um presente - e entregou um frasco verde retangular ao garoto.

- Eh? O que é isso?- indagou o shinobi loiro, analisando de perto o frasco.

- É um perfume, mas é uma fragrância especial, que você só deve usar em ocasiões especiais.

Essa era uma ocasião especial, portanto o loiro borrifou a fragrância por seu corpo, esperando que causasse efeitos positivos. Olhou no relógio da cozinha antes de sair, tinha vinte minutos ainda. Foi caminhando, mas a ansiedade que jazia dentro de seu peito o impediu de manter a velocidade baixa, e logo estava chegando na porta da casa dos Yamanaka, dez minutos adiantado. Teve uma idéia antes de tocar a campainha, e após alguns preparativos, apertou o botão, fazendo com que soasse a pequena melodia que indicava a presença de alguém na porta. Para seu azar, quem atendeu a porta foi justamente Yamanaka Inoshi.

- Você! – disse Inoshi, olhando fixamente para o jovem.


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Notas finais do capítulo

bom?



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