Uma Garota da Noite escrita por marymacs, vivianne, juubiss2


Capítulo 2
Capítulo 2- A flor da pele


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi escrito pela: Marymacs

A Vih quem fez a roupinha da Bells, espero que gostem *-*

E comentem



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Pov Bella

“EU NÃO VOU EMBORA” gritei esperando que minha mãe me ouvisse, bati a porta do meu quarto com força

Fui direto para o meu armário pegar minha bolsa, não aguentava mais ter que respirar o mesmo ar que Esme. Coloquei minha calça mais colada, um corpete, tentando não chorar de tanta raiva que eu agora sentia, no meu banheiro realcei minha maquiagem, bem pesada nos olhos e um batom provocante

O meu visual estava o mais rebelde possível, algo que se Esme visse não aprovaria

Roupa da Bella: http://www.polyvore.com/cap_bella-uma_garota_da_noite/set?id=26531928

Respirei fundo mais uma vez, com medo que a minha raiva estragasse minha guitarra, a velha “Bee”. Peguei o meu capacete, com a mochila e “Bee” nas costas sai correndo sem querer ser pega pela minha mãe

“Onde pensa que vai, mocinha?” Esme apareceu na minha frente toda autoritária

“Vou dar uma volta, mãe” falei a última palavra de uma forma bem irônica

“Você não vai sair hoje” ela ia me puxar para ir ao meu quarto, mas me desviei

“Por que não? Hoje é sábado, tenho de 18 anos e uma mãe egoísta e chata” debochei da cara patetica que ela me lançou “Eu cresci, tá legal?”

Fui direto para a porta, sem ao menos olhar para trás, estava cansada de ser reprimida, principalmente por ela. Peguei a minha moto vermelha, colocando o meu capacete, encarei mais uma vez a casa que eu talvez jamais veria. Dei partida na moto, mostrando o dedo do meio para a minha vidinha mediocre. Sorte que Esme não me viu com aquele gesto

A velocidade era uma das coisas que mais me acalmava, por isso acelerei a minha moto gritando, tentando extravasar todas as minhas frustações. Fiquei rodando Nova York sem destino, só sentindo o vento pela minha viseira aberta

É claro que eu estava frustada, ver tudo o que mais amava ser deixado para trás, respirei lentamente acelerando mais. Porra, como Esme podia fazer isso com agente? A minha vida e da Rose era toda nessa grande cidade

Cada vez me afastava mais da cidade, quase fora dos seus limites. Parei no barzinho de sempre, querendo dar uma relaxada e quem sabe pegar alguém. A dona do local sempre me acolia ali, quando eu bebia demais, por essa razão eu já tinha um quartinho, só precisava pagar 50 paus por mês, uma miséria

Se você está se perguntando: o que me levou a fugir de casa? Aqui vai a resposta

°°Mini Flashback°°

Depois de um demorado banho por causa dos meus exercícios diários, fui para a cozinha pegar os meus cereais preferidos, meus cabelos quase secos pendiam no meu roupão roxo

“Bella e Rose precisamos conversar” Esme apareceu na cozinha com Rosalie ao seu lado. Eu peguei minha xícara com o leite e me sentei na famosa ‘mesinha da bronca’, revirei os olhos já esperando pela mesma chatice de sempre

Rose se sentou ao meu lado, ela era uma loira fatal, longas e torneadas pernas, a pele não tão branca quanto a minha, seus traços eram finos e delicados, mas Rosalie sempre parecia maliciosa. Minha irmã era inteligente, um pouco excêntrica, gastava como se dinheiro fosse lixo (nosso defeito em comum) e era um tanto metida com tanta beleza em um ser só

Apesar de sermos irmãs, nós não tinhamos nada em comum. Nosso grau de beleza era similar, meu cabelo escuro era ligeiramente enrolado nas pontas, com a estatura mediana maracava presença com o meu busto e bunda, apesar de mais nova. Todos nos chamavam de as Fatais do colégio, eu era a morena e ela a loira fatal

“Meninas vocês sabem que foi uma decisão muito difícil aceitar a erança e vir morar aqui” Esme estava grávida da Rose quando se mudou da Nova Zelândia para cá, graças a uma erança de um tio avô. Minha mãe se mudou, porque NZ era muito pacata e seu negócio de turismo não tinha dado muito certo

“Mãe isso nós sabemos” as vezes aquele sotaque da Nova Zelândia me fazia querer socar Rose

Esme nunca foi uma santa na sua juventude, nos teve nova e mudou radicalmente de vida “Vocês, por terem nascido aqui tem a nacionalidade garantida, mas eu... Vou ser bem direta, o meu visto expirou a um tempo e não contratam pessoas ilegais” ela deu um longo suspiro

“O que estou tentando dizer é que: Vamos voltar para a nossa verdadeira casa” Esme terminou infatizando casa

“A minha casa é aqui” gritei revoltada

“Sente-se Bella” minha mãe tentou soar brava, mas estava um pouco infeliz com a minha reação

“Se você acha que eu vou voltar para aquela terrinha mediocre, longe de tudo que eu amo está muito enganada. Daqui eu não saio” disse fria largando meu lanche para lá

“O que você ama é a sua família” Esme se revoltou

“Pare de ser tão egoísta, nunca pensou que a minha vida lá é uma merda, só nas férias eu já me sinto enojada de tanto tédio” apesar de linda NZ me levava a loucura, não era o que jovens queriam

“Mãe eu também não quero ir” esse sotaque que va a merda

“Rosalie, manda essa porra de sotaque a merda, sua loira” gritei com ela “Esme, eu não vou embora”

“Você vai sim, pare de tratar sua irmã assim e vai embora com agente” ela apontou para as escadas, o conhecido sinal ‘já para o seu quarto mocinha’

“Vá a merda todas vocês” gritei subindo aquela escada “Eu não vou embora”

°°Fim do Miniflashback°°

Me deitei na cama esfriando a cabeça, não ia ficar me torturando, eu não vou embora, está mais que decidido. Eu diferente da Rosalie, me livrei de tudo que me lembrasse aquela terrinha, ela manteve seu sotaque (ódio, as vezes queria bater a cabeça dela na mesa), eu me tornei uma americana legítima.

Respirei fundo mais umas vezes e me levantei disposta a entornar no barzinho

Tirei meu capacete da cama e fui para a bancada “Oi Joe” comprimentei a dona do local, ela já sabia meu nome e endereço

No bar estava cheio jovens revoltados, facinho pegar alguém ali, iria mergulhar todas as minhas frustações em um bom homem. Analisei o território, vendo um cara muito gostoso, cabelo preto e olhos azuis, logo me excitei

Sai rebolando pelo recinto atraindo vários olhares, meu rosto deveria estar mais malicioso que o normal, pois ainda não tinha me esquecido o que Esme me fez passar

Me sentei em um banquinho pedindo uma vodka, e o cara ao meu lado logo cresceu os olhos em mim, encarando as minhas pernas e o meu decote, totalmente a mostra

“Prazer John” ele estendeu a mão para mim, não pareceu passar do 19

“Oi, sou a Bella” apertei a sua mão, depois bebi um pouco do copo, fazendo uma cara bem sensual

“Quer dançar?” como eu disse fácil

“Claro” peguei sua mão e nós fomos para a pista de dança, começamos a rebolar no ritmo da música, só bebendo cada vez mais

Depois de algum tempo o tal John estava bêbado e nós dois estavamos prontos para provar um pouco um do outro

“Bella, fica comigo?” ele me perguntou e no mesmo instante eu o agarrei, deixando todo o gosto das bebidas na minha boca. Ele não dava moleza, não tive nem tempo de experimetar um pouco dos seus lábios, nossas línguas já se moviam

Eu fiquei um pouco drogada pelo seu cheiro, minha mão foi ate sua nuca, traçando um caminho ate agarrar seus macios fios pretos. Sua boca beijou todo meu pescoço, e a mão do safado foi ao encontro da minha bunda. Eu normalmente não deixo chegarem lá, mas nessa noite ia fazer tudo que Esme menos aprovava

Sua mão levou minha coxa ate sua cintura, sem querer interromper peguei o meu celular e apertei o botão para a chamada falsa, não me julguem, não estava com saco para ficar dando para qualquer um

“Sinto muito, mas tenho que atender” passei a mão por todo o seu tanquinho e mordi o lábio inferior “Tchau John” mandei um beijinho e bati na minha bunda provocando, pelo visto ele já estava excitadinho

“Vou dormir aqui Joe” falei com a mulher que já me conhecia bem

Entrei no meu quartinho, coberta pela luxúria de mais um homem me querer, me sentei na cama ligeiramente bêbada, mas ainda puta com a Esme, ela jamais me entenderia. Nova York, essa sim é a minha casa, jamais gostei de NZ e nunca vou gostar, uma perda de tempo.

Peguei a velha “Bee” e me sentei na minha cama, a minha guitarra era vermelha e branca, o sonho de muitos adolescentes mimados. Afinei corda por corda saboreando do lindo som, da paz que ela me fazia sentir e acabei adormecendo

Acordei com o sol entrando pela minha janela, fui ate o banheiro, recordando de tudo que aconteceu na noite passada. Eu acho que fui um pouco grossa com a Esme, respirei e solte lentamente, indo lavar meu rosto na pia

Nunca fui alguém agressiva, mas tem dias que tenho vontade de berrar para todos me ouvirem “Vão a merda, seus filhos da puta”, as vezes sou incompreensível e minha mãe sabe disso, os hormônios da rebeldia afloravam em mim

Sei o quanto foi difícil para Esme sustentar a nossa família trabalhando ilegalmente, as vezes um bom pai faz falta, jamais conheci o cara e isso era algo relativamente bom, eu acho

É claro que a essas horas Esme estaria se descabelando para me procurar e Rosalie deveria ter recortado várias fotos minhas, eu sei patético

Olhei meu celular tocar, na maior preguiça de atender e levar mais uma das famosas broncas. Minha mãe não entendia que eu havia crescido

“Alô” disse com uma cara de bunda, eu estava de ressaca e TPM, olha não é incrível?

“Bella, graças a Deus” minha mãe berrou “Eu tenho uma boa notícia para a senhorita” ela cantarolou

“Que merda Esme, não me liga, me deixe em paz... Não vou me mudar” desliguei na sua cara, percebendo que eu era uma pessoa muito difícil de lidar, quando eu digo muito é muito MESMO

Alguns momentos pensava que eu era a Ovelha negra da família, e não me importava com isso, elas não entendiam que eu era uma Novaioquina nata, estava no sangue

Sei que sou compulsiva, teimosa e mal educada, mas sinceramente não ligava, mas isso não significa que eu não tentava mudar. Acho que não ligava por conseguir quase tudo que eu queria, e sinceramente essa minha vida mediocre as vezes precisava de um balanço. Por isso me concedia o direito de fazer muitas loucuras

Rose sempre me apoiou, mas de uns tempos pra cá começou a ficar rabugenta, como se fosse A MELHOR. Ser a mais nova é um pé no saco, ok adimito eu só reclamo. Mas pensem que eu não sou grata a minha mãe

Esme é uma mãe amiga, sabe aquela que você conta as merdas que você fez e ela ri como se fosse normal (e é normal, somos jovens e assim como ela foi, não eramos santinhas). Rose é um pouco superficial, mas sempre me ajudou

Agora pensando assim acho que sou uma hipócrita, nunca tive muitos amigos, pelo fato de muitas quererem me matar por atrair olhares e ter um gênio difícil, mas não ligava amigas são só concorrência

Existem tantos dilemas na minha cabeça, suspirei pegando a minha mochila

“Valeu Joe” disse dando o meu pagamento mensal adiantado, sorrindo para ela

Arranquei minha moto e acelerei voltando para casa, o vento no meu rosto acariciu minhas bochechas o que me fez sorrir. Cheguei em casa com a “Bee” nas costas, disposta a me desculpar com a minha mãe

Fui para o quarto e deixei minha guitarra lá, descendo para tomar um café da manhã, mas ao chegar encontrei um bilhete:

Bella,

Sei que se está lendo esse bilhete é, porque está em casa. Infelizmente eu e a sua irmã saimos... Esfrie a sua cabeça e pegue o dinheiro para comer algo na rua

Beijos

Mamãe

Fiquei desarmada com o amor da Esme, ela me conhecia muito bem, um dia ate me disse que eu era a sua versão mais teimosa e rebelde e por esse motivo ela sabia o que eu fazia

Peguei a nota de vinte dolares (eu comeria bem) e dei mais uma vez partida na moto. Parei na primeira lanchonete que eu visitei aqui em NY, era deliciosa e conchegante

“Traz um capuccino e panquecas” pedi sorrindo para a atendente, meu humor mudara

“Qual o caminho mais rápido ate o seu coração?” minhas mãos se fecharam em punhos

“Que tal uma morrer e nascer duas vezes, plásticas e botóx?” perguntei sarcastica sem ao menos ver o rosto da pessoa, eu não queria ter que escutar choros ou alguém me amolando

“Não está me reconhecendo?” o cara insistiu

“Eu tenho certeza que não te vi nos meus sonhos” revirei os olhos e fui encarar quem me atormentava. De primeira vista não acreditei, seria mesmo possível? “Ohhh meu deus, ohhh meu deus, desculpaaa” gritei ali mesmo sem me importar e abracei a pessoa que não via a muito tempo

“Oi Bella” Seth me abraçou e senti os seu corpo contra o meu, tão familiar

“Eu achei que fosse um qualquer” olhei para o seu cabelo preto e olhos azuis, apesar da coincidência ele não se parecia com o John. Seth é o meu melhor amigo, mas ele morava em NZ, assim as vezes nos viamos “Como você está gostoso” gargalhamos alto

“Você também Bells” ele sorriu para mim, Seth era aquele cara que todas queriam e eu amava ele, sempre me protegeu dos caras que me cantavam e se passou várias vezes por meu namorado, mas as coisas entre agente era só amizade

“Cara, você cresceu” ele sempre foi musculoso, mas agora ele ficou mais alto e muito mais bonito “Por que não me ligou?” Dei um chute nele por baixo da mesa

“Perdi seu número e sua mãe tentou te ligar, mas vocês brigaram” ele me encarou e eu me perdi nos seus olhos, acabei chegando mais perto para sentir seu cheiro

“Ela quer que eu vá para Nova Zelândia, mas por mais que eu te ame, não quero ir para lá, poxa minha vida está aqui” desabafei com a única pessoa que suportava as minhas crises sentimentais

“Tudo bem, parece que ela estava tentando resolver esse problema”

“Não brinca” quase gritei e a garçonete trouxe o meu café da manhã, e eu quase engoli  tudo inteiro de tanta fome que eu estava “E aí tá namorando?”

“Não Bella” ele disse pegando o garfo e roubando um pedaço da minha comida

“Tá dando mole” disse rindo dele “Cara, você tá super lindo, eu pegava” rimos juntos

“E você como que está a vida?” Seth se sentou mais perto e passou o braço a minha volta

“Eu mudei, não sou mais uma tábua viu agora eu tenho peito” sorri para ele, fazia bastante tempo que não nos viamos. Seth riu e eu me senti acolhida

“Estou muto feliz por ter vindo, consegui passar de ano e pude faltar esse último mês” ele continuou a dividir o meu café da manhã

“Tem tanta coisa que eu quero te mostrar, tem cada menina bonita” levantei minha sobrancelha sorrindo “Já te disse que te amo?”

“Não” ele riu me abraçando

“Pois é eu te amo” dei um beijo na sua bochecha, recordando das últimas férias que eu visitei Sue, mãe do Seth


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Notas finais do capítulo

By: Marymacs

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