A noite havia caido quente.

Angelina estava no convés, olhando para o mar. Já Jack estava com a Tal de Elizabeth, trancados na cabine dele, fazendo o que ela não sabia.

Ela olhou para o reflexo da lua no mar e começou a se abanar com seu leque.

Colocou a mão sobre o medalhão em seu pescoço, que estava frio, como uma pedra nos dias frio de inverno. Ela o apertou contra sua pele. Talvez assim seu calor diminuísse em pouco. Enquanto fazia isso desejou tanto descobrir mais sobre aquele medalhão. Quem sabe assim Jack daria mais atenção a ela do que aquela mulherzinha que estava lá com ele.

De repente um vento forte passou e a envolveu, fazendo-a rodar como em um redemoinho. Ela gritou enquanto sentia o chão de madeira do convés fugir de seus pés.

Ela girou por um bom tempo, até que caiu no chão. Mas aquele não era o piso de madeira do navio. O chão era feito de pedra.

Ela se levantou com dificuldade, olhou para os lados tentando entender aonde estava. E pelo que podia ver com a pouca luz da lua, com certeza aquele não era o navio. Parecia algo como uma caverna.

Ela deu alguns passos e viu algo brilhando no chão. Se abaixou para pegar o objeto, fechando os olhos, para protege-los do brilho forte que saia dele. Mas quando conseguiu tocar o objeto no chão, ouviu alguém a chamando. 

Ela tirou a mão do objeto e procurou na escuridão, não havia ninguém. 

Voltou a pega-lo em suas mãos, então se assustou quando sentiu que alguém segurava em seus braços.

Ela se debateu tentando assim se libertar daquelas mãos invisíveis.

- Angelina? - chamou Jack a segurando enquanto ela se debatia.

Ela abriu os olhos assustada e pode perceber que estava de volta ao navio, e Jack estava debruçado sobre ela segurando seus pulsos, para que ela parasse de se debater.

- Calma, calma... - disse ele a soltando. - O que aconteceu?

- Eu não sei... eu... Eu estava aqui, e de repente apareceu um vento forte e tudo começou a rodar... 

Sr. Gibbs, que estava em volta dos dois, assim como o resto da tripulação, interrompeu ela.

- Mas não houve vento algum. Na verdade a senhorita caiu de repente no chão.

- Mas como? Eu... Eu... - ela olhou para a mão e viu que o objeto que tinha pegado na tal caverna ainda estava nela.

Jack acompanhou o olhar dela.

- O que é isso? - perguntou pegando o objeto.

O tal objeto era um punhal. Havia um cabra enrolada no cabo dele, e ambos eram de ouro, sendo que a cobra era coberta de esmeraldas e o punhal de rubis. 

- Onde conseguiu isso? - perguntou Jack olhando o objeto com interesse. 

- Não sei... eu... - ela parou de falar ao sentir algo quente entre os seus seios. 

Rapidamente ela puxou o medalhão para longe de seu corpo. Ele estava vermelho.

Jack fez o mesmo com o seu , e este estava do mesmo jeito que o dela. 

Os dois de repente brilharam com uma forte luz, e pequenas letras se formaram nos dois. 

- Apunhale-o no coração. - leu Jack em voz alta.

- O que isso quer dizer? - perguntou Angelia a Jack. 

- Não faço idéia. - disse ele a ajudando a ficar de pé. - Você está bem? - perguntou ele.

Ela balançou a cabeça, dizendo que sim.

Os três, Jack, Angelina e Elizabeth, foram para a cabine dele.

Quando entrou Angelina não conseguiu evitar de dar uma olhada para a cama. Ela estava desarrumada. 

" - Eles não fizeram o que eu penso que eles fizeram, fizeram?" - pensou ela olhando para os dois que estavam sentados, próximos demais na visão dela, enquanto olhavam para o mapa. 

Ela se sentou em uma cadeira próxima dos dois e ficou os observando. 

Sentia raiva por Jack estar tão próximo de Elizabeth e não dela. Será que estavam com ciúmes? Talvez seria, já que sempre tivera ciúmes de seus amigos.

Mas será que esse ciúmes era por causa da amizade que tinha por Jack, ou existia algo mais em seu coração? Isso ela não sabia, só sabia que queria tirar aquela mulher de perto dele.