Os dias que se seguiram foram tranqüilos, a não ser por uma noite em que Angelina acordou pela madrugada e, frustrada pela proximidade entre Jack e Elizabeth, tomou uma boa garrafa de rum que haviam deixado em cima de um barril no convés. A garrafa estava pela metade, mas mesmo assim foi o suficiente para deixa-la mais "alegrinha".

Ela então deixou a garrafa vazia de volta no barril e seguiu para a cabine de Jack. Abriu a porta com cuidado para não fazer barulho. 

Jack estava deitado de barriga pra cima, as mãos atrás da cabeça. 

Ela se aproximou da cama com cuidado, já que estava escuro. Já sem controle sobre seu corpo, ela se viu se deitando sobre o corpo dele. No mesmo instante Jack acordou assustado. 

- Shiii... - sussurrou ela com os lábios a centímetros dos dele. 

Jack não podia ver quem era, já que ali estava escuro. Mas podia sentir um hálito de rum. 

Ela roçou os lábios nos dele. e então o beijou com volúpia. Ele retribuiu o beijo, não sabendo quem era a mulher que estava ali. Elizabeth ou Angelina? Bem, Angelina não poderia ser, já que ela não teria coragem de fazer aquilo, e muito menos beber. Então, só podia ser Elizabeth. 

Ele deu um pequeno sorriso passando a mão na coxa dela enquanto pensava no corno do Will. 

Ele escutou-a gemer quando apertou a sua coxa. Sentiu os lábios dela descerem para seu pescoço e começarem a beijar, morder e lamber aquele local de uma forma deliciosa. Gemendo ele sussurrou o nome dela:

- Elizabeth... - quando disse isso sentiu-a congelar. 

Ela tirou os lábios de seu pescoço e levantou a cabeça. Se não estivesse tão escuro ali com certeza ela estaria o olhando.

De repente Jack sentiu algo gelado escorregar para seu pescoço, então ele pode perceber a tremenda burrice que tinha acabado de fazer. Percebeu que aquela não era Elizabeth, mas sim Angelina, que aquele objeto um seu pescoço era, sem duvidas, o presente que havia dado a ela.

Ele tentou falar alguma coisa, mas antes que pudesse, ela saiu de cima de seu corpo e saiu correndo para fora da cabine, batendo a porta atrás de si.

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Ela correu o mais longe que pode daquele lugar, e só parou porque percebeu que já tinha alcançado a proa do navio. 

Se sentou no chão de madeira, lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto pensava no quanto havia sido imbecil de ter feito aquilo, enquanto escutava em sua cabeça, pela centésima vez, a voz de Jack chamando pelo nome da outra.