Fazia seis anos que um jovem casal recém casado havia acordado de madrugada com o choro de um bebê na porta de casa, primeiro pensaram em levar ao orfanato se não fosse a carta que tinham em mãos:

Esta menina que seguram é meu bem mais precioso, cuidem dela com amor e carinho, ela não é uma criança comum, ela é uma bruxa, podem achar loucura, mas quando notarem vão mudar seus pensamentos, não vou lhes dizer o nome dela, deem o nome que desejarem, um dia ela conhecerá o mundo do qual pertencem, não digam a ela sobre isso, pode ser perigoso pois haverá uma guerra em meu mundo, pessoas podem morrer, não apenas bruxos, assim que notarem que magia é real quero que se mudem, mesmo que eu ou minha mulher sobrevivamos não vamos toma-la para nós por causa dos riscos, espero sinceramente que a façam feliz.

Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore ( pai ).

Quando acabaram de ler a carta se dobrou como um origami, em formato de boca, ela levitava e disse:

– Crei-o que agora acreditaram.- então a carta pegou fogo, caindo um montinho de cinzas.

Eles se mudaram como a carta recomendou que fisessem, mas não gostavam do bebê lhes tiraram sua liberdade, desde o começo do casamento não queriam filhos, assim contrataram uma babá em periodo integral, mas depois de seis anos a demitiram, era muito caro, o nome da menina ficou sendo Alex Rickberry, ela tinha cabelos e olhos castanhos, o cabelo era bem liso, estava um pouco acima do ombro, era magra e baixa para a idade, afinal desde que a babá fora demitida não a alimentavam direito, mandavam ela fazer o serviço dentro de casa, só não arriscavam o de fora por causa dos vizinhos, ela também ia para a escola sozinha. Alex acordou de noite assustada e chorando, estava perto do final do período escolar, não sabia porque chorava, estava triste, dormiu novamente mas foi conturbado, um sentimento ruim se alastrava por ela, no dia seguinte fez o café da manhã, vestiu as roupas usadas de um primo rico que vivia em outro lugar, ela não sabia onde era pois nunca foi ver a casa, pegou a bolça e foi andando para a escola, dessa vez como das outras não cantava, algo lhe chamou a atenção no parquinho perto, tinha uma ave enorme lá olhando para ela como um convite, ela foi até a ave, que também parecia triste, ela era vermelha com dourado, parecia ser forte também:

– Perece triste também.- disse ela fazendo carinho na ave. - Tenho que ir para a escola, tchau.

Alex continuou seu caminho sem notar que era observada por um janela, olhos negros a espreitam de dentro de uma casa, então sumiram sem serem notados pela criança, foi um dia ruim para ela na escola, como todo o resto do dia em casa, apanhou e ficou sem jantar tendo que dormir com fome, tinha queimado o arroz.