No dia seguinte fui levado por Jake Mason para “conhecer” o acampamento, e até que foi bem legal, até que ele fez a pergunta que todos queriam respondida:

–Rafael, – Este era o meu nome falso – como você, sendo o filho de uma deusa primordial, conseguiu o feito de sobreviver 18 anos?

–Bem, meu pai era viciado em guerras e batalhas gregas, foi assim que atraiu minha mãe sabe, e ele me ensinou a lutar desde os três anos de idade, e me contou quando eu tinha oito, então foi fácil sobreviver.

Após isso o clima de tensão entre nós acabou, e logo todo o acampamento parecia mais tranqüilo, exceto pelo fato de que o capture a bandeira seria daqui a dois dias. Quando a tarde chegou e eu fui treinar arco e flecha com o Quíron e os campistas de Apolo, eu novamente ativei o meu arco, e aquela voz voltou e, através da habilidade dele consegui acertar o centro do alvo cinco de cinco vezes. Os campistas de Apolo me aplaudiram, porém Quíron me olhou com um olhar de interesse, porém para a minha sorte chegou a vez de eu ir treinar esgrima contra os campistas de Ares e de Atena, e eu fiz questão de me dirigir rapidamente para lá. Quando cheguei lá a primeira coisa que vi foi a Clarisse lutando contra o Malcom, irmão da Annabeth, que estava perdendo feio. Mas quando me aproximei a Clarisse parou de lutar contra ele e olhou para mim com um sorriso sanguinário e no momento seguinte pegou sua lança e começou um ataque. Eu desvie com facilidade e peguei minha espada, então repeli mais uma investida da lança com a ponta de minha espada e então cortei o antebraço dela, fazendo-a largar a lança, e no momento seguinte minha espada estava encostada em seu pescoço. Os campistas de Ares estavam incrédulos e os de Atena aplaudiam, e ninguém acreditava na minha habilidade em prever os movimentos da Clarisse, porém eu que já tinha lutado com e contra ela tantas vezes já conhecia seus movimentos quase como se fosse um filme visto muitas vezes. Durante o jantar eu não fui ao pavilhão, ao invés disso pedi a uma ninfa para trazê-lo para mim, eu providenciei uma fogueira e joguei ao fogo parte da minha janta, em parte para Nix, para Apolo e enfim para os outros Olimpianos. Mas depois que terminei de comer e fui para a Casa Grande dei de com Quíron, que logo me perguntou:

–Percy, como você conseguiu atirar tão bem?Sem ofensas.

Eu respondi a verdade:

–Não sei. Te respondo quando descobrir.

E dizendo isso fui para o quarto dormir, mas tive uma noite bem agitada, por causa de um sonho, como sempre. Nele eu via a deusa Ártemis com um rapaz com quem ia se casar, sim, Ártemis ia se casar, contra a opinião do irmão, Apolo. Um dia, quando sua irmã estava indo trocar ele, o sol, por ela, a lua, ele viu que o noivo de sua irmã estava nadando no mar, fugindo do escorpião que ele mesmo havia enviado para matar o rapaz, que estava com apenas a cabeça para fora d’água. Ele então desafiou a irmã, que não havia reconhecido o amado, a acertar o humano. Ela, com sua eximia mira, matou o noivo e o escorpião, que foram levados para a praia pela maré. Quando percebeu o enganou, suplicou entre lágrimas para que seu pai, Zeus, colocasse o amado e o escorpião entre as estrelas, sempre mostrando o amado acompanhado de seu fiel cachorro, a estrela Sírio, fugindo de seu inimigo o escorpião. Então um homem apareceu assim que a memória acabou e eu falei:

–Você... você é Orion, filho de Poseidon e noivo de Artemis.

–Sim Percy, sou seu irmão e o espírito de sua arma, e agora lhe passo minhas habilidades de caçada, porque em sua missão você ira necessitar delas.

–Que missão?

–Você descobrirá mais tarde, e se encontrar Ártemis, diga que a amo e sempre a estarei observando das estrelas.

Então eu de repente acordei assustado e suando, com o colar frio contra meu peito, e depois disso não consegui voltar a dormir, apenas entrar em um estado de sonolência, no qual eu mal percebi o passar do tempo.