A Lua que Eu Te Dei escrita por Samsung


Capítulo 8
A Sereia


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! :D



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Luíze

Acordei com alguns raios de sol invadindo o meu “quarto”. Abri os olhos com preguiça tentando me acostumar com a luz que machucavam meus olhos, depois de um tempo me sentei enquanto esfregava os olhos e olhava para o lado e via Lúcia e Susana deitadas nas outras camas, ainda dormindo. Mordi o lábio inferior pensando no sonho que tive com o Edmundo, nós estávamos nos... Beijando. Devo dizer que essa idéia me parece ótima.

Balancei a cabeça tentando tirar isso da mente, então fui me trocar e acordar as outras.

Caspian havia nos ditos que conseguiu localizar uma praia, mas pediu para que três pessoas fossem lá antes que aconteça algo quando todos estiverem lá buscando peixes. Eu, Susana e Edmundo nos candidatamos para ir, chamei dois grifos para nos levarem. Susana foi comigo em um, enquanto Edmundo foi no outro sozinho, não demoramos muito para acharmos a praia que Caspian havia nos dito, descemos e ficamos olhando o lugar.

-Interessante... –falou Susana.

-Em que sentido?-perguntei enquanto andava pela areia.

-Em todos. –ela deu de ombros.

-Vamos logo, essa praia não está me dando boas sensações. –Edmundo saiu andando na frente.

-Eu vou sobrevoar o local. –voltei para o meu grifo e subi nele voando por uma pequena extensão da praia. –Parece tudo normal pra mim, não acha? –o grifo acenou com a cabeça afirmando, logo voltamos para onde Edmundo e Susana estavam.

-Achou algo anormal? –perguntou Susana.

-Não.

-Estranho, nenhum animal? –Edmundo me perguntou, eu apenas balancei a cabeça negando.

-E na água?

-Nada. –suspirei.

-Estão escutando isso? –perguntou Edmundo.

-O que Ed? –a irmã o olhou sem entender nada.

-Não estão escutando uma música? –ele nos olhou buscando respostas, nós apenas balançamos a cabeça negando. –Mas eu estou. –ele começou a andar sem rumo para perto da água, eu e Susana apenas o seguíamos querendo saber o porquê de seu comportamento, então ele entrou na água e foi nadando mais para o fundo, olhei para Susana.

-O que vamos fazer? –perguntei.

-O que você acha? Vamos entrar! –ela já estava pronta para entrar na água, mas eu a parei. –O que foi?

-Não vamos entrar na água, vá buscar ajuda e eu entro na água atrás dele. –a encarei tentando buscar apoio, então ela balançou a cabeça afirmando.

-Vamos. –voltamos para os grifos. Susana foi atrás dos outros, enquanto eu saí voando para ver onde estava Edmundo. O menino estava longe da praia e nada mais ainda para o fundo, olhei para frente e vi uma menina, uma menina não uma sereia. Ela cantava e estava enfeitiçando o Edmundo. Acho que ela não reparou em mim, só foi reparar depois que eu pulei na água na frente de Edmundo tentando pará-lo.

-Edmundo acorda! –eu jogava água em seu rosto tentando acordá-lo. Algo me puxou pelo pé e me puxou para o fundo, era a sereia. Realmente acho que ela não gosta muito de companhia, a não ser a dos meninos. Edmundo também mergulhou a procura da “menina” dele, eu consegui me soltar dela e voltei para a superfície para respirar. Retomei meu fôlego e mergulhei de volta, a sereia sorria para Edmundo enquanto o bobão ficava enfeitiçado por ela.

A sereia olhou pra mim e nadou direto tentando me atacar, eu defendi só que a mesma ainda tinha um ajudante. Edmundo me deu um soco na barriga, por pouco não perdi o fôlego, depois ele segurou meu cabelo me fazendo olhar para o mesmo. Eu o chutei e voltei para a superfície para respirar novamente, mas foi tempo o suficiente para o Edmundo também voltar e começar a me agredir ali mesmo. Ele realmente era forte, e na água eu não tinha tanta agilidade quanto eu tenho na terra.

-Edmundo, saí desse transe. –eu desviava dos golpes. Então ele segurou na minha garganta me enforcando, eu comecei a arranhar o braço dele, mas de nada adiantava. Olhei para trás dele e estava aquele demônio que se chama sereia. –Ed-Edmundo, lembre-se d-de quem voc-você é! –falei com dificuldade. Sabia que nada iria adiante se tentasse falar com ele, mas por um momento eu poderia jurar que ele se lembrou de mim, mas foi só a sereia cantar e ele voltou me enforcar. Soltei o braço dele e tirei três adagas da manga da minha blusa, então joguei na direção da sereia. Ela conseguiu desviar de duas mais quando tentou desviar da terceira, eu já tinha jogado mais uma acertando-a no coração. Logo ela parou de cantar, mas ainda sim o efeito do encantamento ainda continuou um pouco. Eu já não tinha mais forças para tenta separá-lo de mim. Mas logo ele parou de me enforcar e olhou para trás procurando a sereia dele, eu mergulhei e voltei à superfície agradecendo por ele ter tentado olhar para trás, mas quando voltei ele continuou a tentar me atacar.

-ah, Edmundo. Para com isso. –pedi para o mesmo enquanto nadava para trás. –Eu não acredito que vou fazer isso, mas acho que pode funcionar. –nadei em direção ao mesmo, antes que ele me socasse eu segurei o rosto dele com as minhas mãos e então o beijei. Senti um soco na minha barriga e perdi o ar, apoiei a cabeça no ombro dele tentando respirar.

-Luíze? –ele perguntou assustado. –O que aconteceu? Por que estamos na água?

-Que legal... Agora que você acorda. –falei ofegante. Ainda me faltava ar.

Edmundo

Eu não lembrava de nada que tinha acontecido, só me lembrava que tinha escutado uma música depois mais nada. Quando fui “acordar” de novo, eu estava todo molhado, na água e Luíze estava com a cabeça deitada no meu ombro.

-Acordar? –perguntei.

-Depois eu te conto a história toda. –ela respirou fundo e me olhou. –Mas é ótimo você ter voltado ao normal.

-Então ta. –sorrir sem graça. –Sabe a parte mais engraçada disso tudo?

-Não. –ela me olhou confusa.

-É que eu senti alguém me beijando. –percebi que ela ficou vermelha de vergonha.

-Eu acho que funcionou. –ela engoliu em seco.

-Foi...Você? –sorrir com a idéia.

-Devo só falar que foi necessário. –ela justificou. –É melhor voltarmos. –ela virou de costas e antes que começasse a nadar, eu a segurei pelos ombros e a virei pra mim.

-Mas e se agora não for necessário? –a puxei para perto de mim e a beijei. No começo acho que ela ficou chocada com a minha ação, mas logo ela retribuiu passando os abraços envolta do meu pescoço e aprofundando o beijo mais ainda. Ela bagunçava o meu cabelo e eu a envolvi meus braços envolta da sua cintura a mantendo perto de mim. Nos separamos pela falta de ar, Luíze ficou de cabeça baixa e eu apenas beijei o topo da cabeça dela.

(...)

Um tempo depois já estávamos de volta para o “esconderijo” e Luíze havia narrado a história para todos e disse que também talvez esteja tudo normal na praia por que ela tinha matado a sereia, mas isso não significava que não poderia existir mais delas. Então ficou decidido das mulheres irem pescar, para não ter riscos de nenhum homem se encantado pelas vozes das sereias.

Apesar de tudo eu achei que a sereia me fez um favor, fez a Luíze me beijar, e isso já estava de bom tamanho. Agora era eu que tinha que fazer as coisas a seguir, e iria conquistá-la. Por que assim, eu a tornaria rainha e seria a minha rainha.


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Notas finais do capítulo

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