Diários da Noite escrita por MsWritter


Capítulo 2
Infância- primeira fase


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Bom, não creio que vão ler isso tão cedo... ms quis postar mesmo assim. Mesmo essa série tendo poucas palavras por capítulo é muito difícil de escrever..¬¬', mas de que estou falando? Queria desejar a todos um feliz ano novo! Se 2010 já foi excelente, 2011 será ainda melhor!
Só eu mesmo, mandando vibrações de boa sorte com um drma... mas vcs me perdoam não?



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“Quem semeia vento, colhe tempestade” (Ditado popular)

Comecei a ler as primeiras páginas do primeiro diário hoje. Pegando o objeto nas mãos e folheando os escritos originais percebo o quanto são antigos. A letra ainda não tão perfeita escrita em traços trêmulos e desiguais, Vlad era uma criança ainda aprendendo a escrever, e se esforçando para fazê-lo da melhor forma possível. Pra que tamanho desejo em alcançar a perfeição nas letras? Ele não estava destinado a viver nos campos de batalha? Certamente ele não precisava estudar tanto. Alucard me disse isso uma vez. Posso achar apenas triste então o fato de uma criança ávida por conhecimento ser submetida ao tipo de vida que Vlad levou.

Comecei a ler a tradução, percebendo que ele devia ter 11 anos naquela época. Logo após o sequestro? Nas primeiras linhas ele falava sobre pensamentos confusos, frases soltas e desiguais. Não estava certo sobre o que escrever.

Em seguida vejo que escreve sobre heróis e dragões, criaturas fantásticas e contos para crianças. Ele estava inventando um mundo para si. Um mundo de criança, onde tudo era seguro e bonito.

Não pude terminar. Não aguentei vê-lo imaginando, reafirmando para si em cada linha que estava tudo bem, quando claramente não estava. Uma criança não devia ter que passar por aquilo. Mas onde ele buscaria refúgio?

Sentei-me na minha poltrona e me descobri relembrando o que aconteceu naquele dia, então descarrego tudo neste pedaço de papel, na esperança que esses pensamentos deixem minha mente. Assim como aquela criança em 1442, onde mais eu buscaria refúgio?

A Rainha tinha me mandado falar com Joseph. Eu não queria, mesmo assim obedeci. Quando o vi acabei por admirando seu peito semi exposto, sua beleza cara e comprada. Em seguida tive nojo, nojo dele, nojo de mim, e nojo da Rainha. Então nos perdemos naquela conversa boba e trivial de sempre, não tão educada assim, mas enfim... E ele me deu a entender que havia vencido algum jogo que não me lembrava de ter iniciado com ele. O que ele sabia que eu não sabia?

Voltei a passos apressados para a mesa de chá, apenas para ouvir da Rainha que me casaria com Vlad. Eles negociaram meu casamento? Era isso que Joseph sabia? Não entendi nada naquele momento. Afinal, por que Joseph estaria feliz com isso? Será que achava ser ele o noivo? Ou era apenas por saber que meu orgulho tão afiadamente construído tinha desmoronado com aquela ordem?

Olhei para Vlad, que permanecia imóvel. Ele não tinha me defendido. Droga! Por que ele não tinha feito nada?

Tentei me controlar, tentei fingir que não sabia de nada, mas não foi possível. Não com ele no banco do passageiro, olhando as árvores passarem. Aquele silencio era definitivamente insuportável!

Parei o carro no meio da estrada e explodi: “O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?”

Ele me fitou com olhos assustados, cínico! Encostei a cabeça no volante e bufei. Virei-me novamente para encará-lo, foi a última vez que o olhei nos olhos. O mandei retirar o cinto e sair do carro. Ele continuou me encarando, quando fechou os olhos e me perguntou do que se tratava aquilo tudo. Eu gritei com ele, não me lembro das palavras exatas agora, mas sei que foi um erro. O acusei de muitas coisas naquela hora. Ele as ouviu mudo, retirou o cinto e abriu a porta. Antes que saísse pousou a mão no meu ombro, não sei se tentando se desculpar, consertar as coisas ou e despedir. Isso eu nunca vou saber. Naquele exato instante, momentos antes de sustentarmos o olhar, senti um baque forte atrás de nós, meu pescoço violentamente sendo atirado para frente. O carro se moveu, e a última coisa que vi antes de apagar foi Vlad atravessando o pára-brisa, sendo atirado para frente. Se ao menos ele ainda estivesse com o cinto de segurança...

Na hora não entendi como ele foi arremessado com tanta força se o carro estava parado. Quando acordei no hospital no dia seguinte fiquei sabendo que um caminhão tinha perdido o controle, e nos atirado barranco abaixo. O pára-brisa provavelmente se rompeu na queda, menos mal. Então Vlad não o quebrou com o corpo, apenas passou por ele. Quase sorri com o pensamento. Disseram-me que eu estava bem, apenas alguns ferimentos, mas que ficaria lá sob observação. Quando perguntei de Vlad, já esperando que me dissessem que estava acordado e por que não, perguntando por mim, o médico fez um sinal de negação discreto com a cabeça, disse-me que precisava descansar e saiu do quarto sem maiores explicações, naquele dia, meu inferno pessoal começou.


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Notas finais do capítulo

Cada review deixado, é um sorriso que nasce em 2011!



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