O Amor Pode Dar Certo escrita por liz


Capítulo 28
Capítulo 16 - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *-*



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Logo a sexta-feira chegou, depois da aula o quarteto se encontrou, como haviam combinado antes.

– Não, Mike, eu não vou fazer esse trabalho com você! – Clara afirmava com certeza. John e Lizzie se entreolharam: mais uma discussão!

– Porque não, Clara? Vamos lá, eu estou sem dupla para o trabalho e você também! – Mike e Clara estavam tão envolvidos em mais uma de suas inúmeras discussões, que mal perceberam a presença de John e Lizzie.

– Você quer sabe por quê? Simples, eu não quero tirar nota baixa!

– Clara, você sabe que burro eu não sou!

– EU não sei de nada! Vamos, prove!

Mike percebeu que agora estava sem argumentos.

– O John sabe que eu nunca tirei uma nota abaixo da média! – Mike apelou.

– Eu também não sei de nada. Aliás, sabe o que minha avó costumava dizer? – John perguntou sorrindo.

– O que?

– Que em briga de marido e mulher a gente não deve se intrometer! – John comentou rindo.

– Até parece!  - Clara riu sarcástica

– Afinal, porque vocês estavam discutindo? – Lizzie perguntou e recebeu um olhar desesperado de John.

– Você não devia ter perguntado – Ele comentou e depois Lizzie entendeu o porquê: Clara  e Mike começaram a falar, ou melhor gritar, ao mesmo tempo. Cada um achando que tinha mais razão que o outro.

– Eu não sou obrigada a ficar agüento-o!

– Ela só sabe falar mal de mim!

Enquanto os dois discutiam, Lizzie e John começaram a andar em direção ao carro, conversando animadamente.

Já dentro do carro, indo em direção à caso dos Spencer, Clara e Mike continuava discutindo, se duvidasse já nem saberiam mais o motivo da discussão. Após, finalmente, um tempo de silêncio, Mike volta-se para John e pergunta:

– Pra onde a gente está indo mesmo?

Isso foi o suficiente para todos rirem, inclusive o motorista do carro.

– Depois diz que não é burro! – Clara comenta rindo e recendo um olhar mortal de Mike, que ela apenas ignorou.

Os quatro conversavam, ou no caso de Mike e Clara brigavam, tão animadamente que não perceberam o tempo se fechando, e as nuvens ficando pesadas, de chuva.

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– Hey, cadê o meu tapete vermelho? – Mike perguntou fingindo estar indignado.

– Que tapete vermelho? – Clara perguntou sem entender

– Ora, Clara, eu sou praticamente um Deus, não posso ficar pisando no mesmo chão que vocês, meros mortais – Mike explicou fazendo todos rirem.

– Desculpe, Vossa Majestade, não sabia que você era tão sensível – John entrou na brincadeira.

– Não sei porque eu ainda perco tempo perguntando – Clara comentou parecendo decepcionada consigo mesmo.

– Admita, Clara, você adora minhas respostas super inteligentes! – Mike falou abraçando Clara por trás

Suuper inteligentes! – Clara comentou com ironia, mas não deixando de reparar na proximidade com Mike, que a abraçou mais forte, rindo.

– Cadê seu pai? – Lizzie perguntou à John.

– Ele viajou, para variar, provavelmente só vai voltar terça ou quarta-feira.

– Sandra! – Clara gritou assim que todos entraram na casa.

Uma senhora já de idade, meio gordinha, cabelos já brancos pelo tempo, olhos claros e brilhantes e bochechas extremamente rosadas surgiu vindo da cozinha.

– Pois não, Srta. Spencer – Apesar do pronome de tratamento, sua voz era carinhosa.

– Sandra, já lhe pedi para parar de me chamar assim, não gosto. Só Clara já está bom.

– Desculpe, Srta. Clara.

– Então, o almoço já está perto de ficar pronto? Estou faminta! Acabei não comendo nada na escola hoje... Não gosto muito da comida de lá... – Clara perguntou enquanto se sentava, ou melhor se jogava, no grande sofá bege da sala –Ah, sentem-se!

A empregada saiu, voltando para a cozinha. Só então Lizzie pôde reparar na decoração da casa em quem estava. A garota já estivera lá duas vezes, mas em ambas não reparou na decoração e na grandiosidade da casa, que estava mais para mansão. A primeira vez, bem, porque pensava que fosse um Buffet. E na segunda não reparou, por que, sejamos sinceras, ela tinha coisa melhor para olhar! (N/A: Como o John! xP).

A mansão dos Spencer era uma casa excepcionalmente grande, tinha dois andares e três jardins, um deles com um enorme lago. A casa tinha, ao todo, vinte quartos, a maioria deles sem nenhum utilidade, apenas para hóspedes. A sala principal, que era onde todos se encontravam agora, era toda decorada em branco e salmão e, tirando algumas fotos expostas em porta-retratos, não havia mais nada pessoal. Lizzie percebeu que faltava um toque mais feminino na casa, um toque mais pessoal, do jeito que estava parecia mais uma decoração de shopping que de casa. Lizzie a observar a casa. Uma enorme televisão de 72’’, dois sofás beges, um tapete enorme...

– O almoço já está sendo servido, Srta. Clara – Sandra avisou, voltando novamente para a cozinha.

Todos se levantaram e seguiram para a sala de jantar. Todos se sentaram na enorme mesa e alguns minutos depois, os quatro conversavam animadamente enquanto almoçavam.

Depois do almoço eles se encontram novamente na sala, Clara e Mike jogavam boxe no Wii enquanto John e Lizzie apenas riam das idiotices dos dois.

– Clarinha, eu não bato em mulher – Mike tentava argumentar.

– Cala a boca, Mike, senão eu vou ganhar! Tá com medinho, é? – Clara provocava.

– Hey, vem aqui, quero te mostrar uma coisa – John falou para Lizzie, se levantando.

– Também posso ir? – Mike perguntou, ignorando o jogo.

– Clara que não, Mike – Clara lançou-o um olhar ameaçador – Não adianta fugir! Eu vou ganhar!

John e Lizzie se entreolharam, deram de ombros e Lizzie passou a seguir o garoto.

– Aposto que agora você não vai querer me dizer para onde a gente está indo, acertei? –Lizzie perguntou, prestando atenção em todos os cômodos em que passava.

– Hum... Acertou! – John riu.

– Acho que já estou até me acostumando com essa sua mania de surpresas – Lizzie comentou.

– Aposto que você vai adorar...

– Nunca disse que não tinha gostado de nenhuma surpresa sua – Lizzie deu de ombros e John deu mais um daqueles seus sorrisos misteriosos, que faziam Lizzie perder o fôlego.

– Vem, por aqui – John a puxou para uma porta grande, de madeira  - Se lembra da biblioteca que eu te mostrei, no meu aniversário? – Como Lizzie poderia esquecer? – Bem, essa daqui é bem maior, acho que você vai adorar!

E falando isso ele abriu a porta, Lizzie entrou já sorrindo, mas só depois que entrou percebeu a grandiosidade do local. A biblioteca era enorme, umas vinte estantes, todas lotadas de livros, além dos livros que se encontravam em cima, e que só eram acessíveis com uma escada. Lizzie poderia dizer, com toda a certeza, que aquela era a maior biblioteca pessoal que ela já havia ido.

– Q-Quantos livros? Quantos livros têm aqui? – Lizzie quase não conseguia perguntar.

– Um pouco mais de sete mil – John comentou adorando ver a reação de Lizzie.

– Diga-me que você nunca leu todos esses livros!

– É claro que não! – John respondeu como se fosse óbvio.

– Ufa! – Lizzie respirou aliviada e John riu.

Lizzie foi em direção à uma estante, e começou a analisar os títulos, enquanto lia em voz alta.

– “O Misterioso Caso de Styles” ,”O Inimigo Secreto”, “Assassinato no Campo de Golfe”, “Assassinato no Expresso do Oriente”, “O caso dos dez negrinhos”... Todos da Agatha Christie!

– Os livros estão separados por autor. Vêm aqui. – John a chamou para uma mesa que estava no canto da biblioteca, na mesa se encontrava um computador e vários documentos. – Diga um nome de um livro.

– “A Divina Comédia” – Lizzie respondeu após pensar um pouco.

A garota viu John digitar no computador: “Dante Alighieri”.

– Quinta estante, terceira prateleira. – Ele comentou – Vamos lá.

John contou quatro estantes e depois terceira prateleira, após analisar alguns livros ele finalmente encontrou o que estava procurando.

– Aqui: “A Divina Comédia” – Ele sorriu entregando o livro para Lizzie, que também sorriu.

Lizzie olhou o livro e depois colocou-o de volta, olhando ao redor, após alguns minutos de silêncio, John respirou fundo e começou a falar.

– Liz, eu queria falar com você – A voz dele estava meio rouca.

– Pode falar – Ela sorriu, mas seu coração deu um pulo.

Ele respirou profundamente mais uma vez e começou a falar:

– Eu nem sei direito como começar... Na verdade, eu iria começar a falar sobre aquele beijo na biblioteca, mas sei que tudo começou muito antes disso...

– Tudo? Tudo o que? – Lizzie perguntou com a voz falha.

John sorriu fraco.

– Eu me apaixonar por você.

– Você o que? – Os olhos de Lizzie se arregalaram com a surpresa e pareceu faltar o ar na biblioteca.

– Eu logo percebi que você era uma garota diferente, sempre calma, meiga, inteligente, me conquistou com os mais simples atos. No começo, queria apenas ser seu amigo, mas quando menos percebi já estava completamente apaixonado por você. Aquele beijo na biblioteca não foi coisa do momento, eu simplesmente não consegui mais agüentar. Aquelas coisas que eu te disse, também não foram em vão, eu realmente preciso de você. Você é a única que consegue me entender, que eu não preciso ficar me explicando, nem ter vergonha de mim mesmo. Sabe, Liz? Você me fez perceber que eu posso ser melhor que isso. Pensei que as coisas se resolveriam depois daquele beijo na biblioteca, mas aí veio a Anabela e bem... Você já sabe!

– John... E-Eu – Lizzie não conseguia nem falar, John estava apoiado em uma estante e agora olhava para frente, não saberia se teria coragem de olhar diretamente para Lizzie.

– Por favor, não fala nada – Ele pediu, olhando finalmente para ela – Depois você pode falar o que quiser, se quiser nunca mais olhar na minha cara, não tem problema – Ele falava com um olhar meio triste – Mas eu simplesmente não consigo ser só mais seu amigo, eu passei dias tentando me convencer que o que eu sentia por você era só amizade, mas eu não consigo. Eu fico feliz só de te ver sorrindo, eu adoro quando você fica envergonhada e quando fala daquele seu jeito crítico, adoro como você trata sua mãe e como seus olhos brilham quando falamos sobre livros... E-Eu não consigo mais – John falou escorregando pela estante e sentando-se no chão, com a cabeça entre as mãos.

Lizzie sentiu sua respiração ficar pesada, seu estômago pareceu dar um giro de 306°, ela respirou fundo tentando colocar em ordem todos os seus pensamentos “Isso é mesmo real?”, um arrepio percorreu todo o seu corpo. Ela olhou para baixo e viu John, ainda na mesma posição. Lizzie também se sentou no chão, ficando ao lado de John. Após algum tempo naquela posição, que mais pareciam horas, John finalmente falou, erguendo a cabeça.

– Você não sabe, não é? – Ele perguntou

– O que?

– O quanto eu te amo

– John... E-Eu  - Lizzie tentava falar, mas não conseguia pensar em nada

– Talvez você possa entender... – Ele falou e Lizzie o olhou sem entender. John olhou fixamente para Lizzie, e não pensou duas vezes. Puxou à garota para mais perto dele, selando os lábios. Lizzie ficou meio assustada no início, mas logo fechou os olhos. Ela percebeu John sorrindo no meio do beijo, e ele a puxou pela cintura, deixando os dois ainda mais próximos. John pediu passagem para aprofundar o beijo, o que ela permitiu rapidamente, e assim as línguas se tocaram um arrepio passou pelo corpo de Lizzie. Apesar do beijo ser calmo era, de longe, muito diferente do anterior. Como se o beijo anterior fosse apenas um ensaio para esse. John apertava, ainda que de forma fraca, a cintura de Lizzie, e ela sentia um formigamento passar por todo o corpo. John partiu o beijo, dando vários selinhos, depois deu um beijo no canto da boca de Lizzie e passou o nariz levemente pelo nariz da garota, Lizzie apenas sorria com a onda de sentimentos que a invadia.

– Você não fugiu – Ele falou com a voz fraca, mas com um sorriso extremamente lindo.

– Não – Lizzie também falou.

Eu te amo – John falou dando vários selinhos em Lizzie, que sorria cada vez mais.

– Meu Deus, que bobo – Lizzie sorria, boba de felicidade.

– Ah Lizzie, eu falo que te amo e você diz que eu sou bobo, assim não vale – Ele brincou, aquele sorriso simplesmente não desaparecia do seu rosto.

– Owww, desculpa – Lizzie também sorria, passando a mão levemente pela bochecha dele.

– Tá, eu te perdôo – John sorriu e deu mais um selinho – Nunca mais eu quero me separar de você!

– Nunca mais é muito tempo, John – Lizzie riu.

– Eu sei – Ele falou e voltou a beijá-la.


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Notas finais do capítulo

Bom, pois é né? *-*
Quem quer um John levanta a mão?? **levantando a mão.
Gostaram do capítulo? Não esqueçam de comentar, ok?
É muito importante para mim saber a opinião de vocês
Beijos