O Amor Pode Dar Certo escrita por liz


Capítulo 20
Capítulo 13 - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros, não tive tempo para corrigir.



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Lizzie acordou no outro dia um pouco cedo demais para um domingo, porém ela sabia que aquele era o dia do aniversário de John e se tudo desse certo, Clara iria tentar convence-lo a convidá-la para sair, enquanto a irmã arruma uma festa de aniversário um pouco mais divertida que a anterior. Porém, Lizzie não sabia como seria a reação de John ao saber sobre sua “Festa Surpresa”.

A garota tomou um banho e vestiu uma roupa mais caseira, afinal, ficaria em casa, pelo menos por agora. Quando chegou na sala de sua casa, viu seus pais tomando café da manhã, eles estranharam o motivo da filha ter acordado tão cedo, porém não comentaram nada, apenas a cumprimentaram com um sorriso simpático. Logo após Lizzie tomar o café da manhã, o telefone toca. A garota não pensa duas vezes e atende:

– Alô?

– Liz? – A voz do outro lado perguntou.

– Sim, sou eu. Quem fala? – Lizzie não reconheceu a voz.

– Caramba, obrigada pela consideração, já é a segunda vez que eu ligo para sua casa e você nunca sabe quem é.

– John? – Lizzie perguntou sorrindo.

– Claro, ou tem outros meninos ligando para sua casa? – John perguntou sorrindo.

– Hum... Poderia ter...

– Não, não poderia. Te conheço o suficiente para saber que nenhum outro menino liga para você, a não ser eu.

Lizzie riu, ele tinha toda razão. Os dois então ficarem em silêncio.

– Você me ligou para ficar ouvindo minha respiração? – Lizzie perguntou corando.

– Hum... Eu gosto de ouvir sua respiração... – Ele respondeu.

– John! Fala logo!!

– Hum... Certo... Srta. Lizzie Austen, eu te intimo para sair comigo hoje. – John falou fazendo uma voz mais grossa.

– Sabe, John, no meu tempo as pessoas convidavam e não intimavam – Lizzie riu, fazendo John sorrir também.

– Porém, eu sei que se eu te convidasse você não aceitaria, então eu te intimo.

– Você não sabe se eu aceitaria ou não.

– Então, você aceita?
– Hum... Deixe-me ver – Lizzie fingiu pensar e John riu – Aceito.

– Caramba! Apocalipse!! O mundo vai acabar, a terra se abrir e o céu cair! – John falava alto e exageradamente, fazendo Lizzie gargalhar – Lizzie Austen aceitou sair comigo!

– John! Para!! – Lizzie ria, os pais que estavam na sala, percebendo como a filha estava corada e rindo, começaram a prestar atenção na conversa dela. – Você ainda não me falou para onde a gente vai.

– Hum... Segredo! – Ele sorriu maroto.

– Ah não, eu quero saber para onde nos vamos! Conte-me, por favor!

– Nada disso, é segredo! Quero fazer uma surpresa.

– John! Por favor, me conta!

– Você é muito curiosa, sabia?

– Então, posso ir te pegar daqui há duas horas? – Ele perguntou voltando a seriedade.

– Só se você me contar para onde vamos!

– Certo, daqui há duas horas você irá saber.

– John!!

– Até mais, gatinha – Ele brincou e Lizzie riu.

– Eww! Gatinha!

– Tá bom, até mais feiosa! – Ele se corrigiu e desligou o telefone. Lizzie ainda ria quando se virou para os pais, que olhavam atentamente para ela. Os três ficam em silêncio apenas se olhando, até que alguns segundos depois eles caem na gargalhada.

– Não acredito que vocês estavam ouvindo minha conversa com o John! – Lizzie os acusou, mas estava rindo.

– Não posso fazer nada, você fica rindo aí feito uma boba apaixonada e logicamente chamou a nossa atenção. – Richards falou sorrindo.

– O John merece um prémio!

– Hey, hey! Eu não estou parecendo uma boba apaixonada e vocês, por favor, poderiam ser pais normais?? – Lizzie perguntou sorrindo, achando graça da cara dos pais.

– Oh, minha filhinha está desencalhando!! – A mãe de Lizzie abraçou a filha, fazendo-a corar com o comentário.

– Mãe!!! Eu não estava enchalhada... E também não desencalhei! O John apenas me convidou para sair...

– Para onde? – Richard perguntou.

– Ele não me contou, disse que era segredo, queria fazer surpresa.– Lizzie falou, ela esquecera de contar aos pais os planos que Clara tinha para o aniversário de John. Os pais então se entreolharam e sorriram cúmplices.

– Amor, se lembra quando a gente se beijou pela primeira vez? Foi em um parque de diversões! – Isabelle se virou para o marido, sentando no colo dele, que a segurou pela cintura.

– Claro que me lembro, e pelo que sei, você praticamente se jogou em cima de mim nesse dia – Richard falou rindo e recebeu um olhar ameaçador vindo da esposa.

– Você que era muito lerdo, demorou meses para você perceber que eu estava a fim de você. Mais lerdo que você, só a nossa filha! – Isabelle falou sorrindo e todos riram, inclusive a própria Liz.

– Tenho que começar a me arrumar, ele vai passar aqui daqui à duas hora – Lizzie falou voltando para o quarto.

– Richard, você viu? Ela já está indo se arrumar antes... Nossa filha está crescendo! – Isabelle fez drama, fingindo enxugar uma lágrima dos olhos. O marido apenas riu.

– Mãe, eu já tenho 17 anos! – Lizzie gritou do quarto, fazendo os pais rirem.

Mais ou menos 40 minutos depois, Lizzie já estava pronta, estava no quarto, lendo um livro, para variar. Dessa vez era “Anna Karenina” de Leon Tolstói. A garota escuta uma batida na porta e sua mãe entra no quarto:

– Lizzie, acho que o John já chegou – Isabelle avisou.

– Já?? – Lizzie praticamente soltou da cama, deixou o livro de lado, não sem antes ver qual era a página em que estava. A garota saiu de casa rapidamente e encontrou um carro preto, que ela reconheceu ser o de John, parado em frente ao seu apartamento. Lizzie estava com uma bermuda Jeans, que ia até um pouco abaixo do joelho, uma blusa branca com os ombros um pouco caídos e calçava uma rasteira. Segundo sua mãe ‘a filha estava finalmente tendo um senso de moda’. Como Clara havia dito, a festa de aniversário seria em uma casa com piscina, na qual foram convidados vários amigos de John e Clara. Lizzie não sabia, porém, de quem era a casa. Por precaução, a garota estava levando uma pequena mochila, que continha roupa de banho e mais algumas coisas. Lizzie. sorriu ao ver John sair do carro e ir até ela.

– Você chegou muito cedo, e se eu estivesse me arrumando ainda? – Lizzie perguntou ao ver o garoto abrir a porta do carro para ela.

– Se você ainda estivesse se arrumando eu iria te esperar, oras. A Clara praticamente me expulsou de casa, hoje ela está elétrica. – John falou fazendo uma careta e Lizzie sorriu. – Até porque, pelo o que eu te conheço, você provavelmente estava lendo, não é mesmo?

– É, estava – Lizzie confirmou sorrindo, parece que John a conhecia mesmo muito bem.

– Qual livro? – Ele perguntou interessado.

– Anna Karenina, de...

– Leon Tolstói – Ele completou e Lizzie sorriu maravilhada.

– Você já leu? – Ela perguntou.

– Sim, já li. Você já leu ‘Guerra e Paz’? Também é dele. – Ele perguntou.

– Não, estava procurando para ler, você tem?

– Claro, não te mostrei a biblioteca da minha casa? – Ele perguntou e Lizzie negou – Você vai adorar, tenho certeza.

– John, para onde nós estamos indo?? Eu quero saber!

– Nada disso, quantas vezes vou ter que falar que é uma surpresa!? – John ria da curiosidade de Lizzie.

– Eu tenho que saber, e se você estiver me seqüestrando?? – Ela brincou.

– Se eu estiver te seqüestrando, com certeza eu não vou dizer para onde estamos te levando, sabe, geralmente as vítimas não devem saber onde estão seus cativeiros – John falou e piscou para Lizzie, sorrindo e recebendo leves tapas no ombro.

Os dois ficarem em silêncio. Minutos depois os dois viram o carro parar em um estacionamento que Lizzie não reconhecia.

– Chegamos, Sr. John! – O motorista falou.

– Obrigada, Charles. Lizzie, vou colocar uma venda em seus olhos, ok?

– Eu falei que você estava me seqüestrando!! – Lizzie o acusou rindo. John riu também e pegou uma venda preta que estava atrás do banco e pediu para Lizzie se virar. A garota se virou e John amarrou a venda em seus olhos, certificando-se que Lizzie não poderia enxergar nada. Ele, então, saiu do carro e logo em seguida abriu a porta para Lizzie, ajudando-a a sair, já que ela não enxergava.

O carro buzinou e saiu do estacionamento. John conduzia Lizzie pelos ombros, a garota estava curiosa e sua curiosidade aumentava ainda mais pelo mistério que John fazia.

Lizzie não enxergava nada a sua frente e, por isso, andava devagar, se apoiando em John. Ela confiava nele, confiava muito. Porém, tropeçou em uma pequena pedra, o que a quase fez cair, se não fosse as ágeis mãos de John, que a segurou pela cintura antes que ela caísse.

– Obr... Obrigada! – Lizzie falou procurando pelo braço de John, que ainda estava em sua cintura. O garoto apenas sorriu, mesmo sabendo que Lizzie não conseguia vê-lo.

– Já estamos chegando. – John falou. Lizzie não podia vê-lo, porém sentia a proximidade dos dois, pois sentiu o hálito de John se chocar com seu pescoço. Ela se arrepiou, porém, tentou disfarçar sorrindo nervosa.

John finalmente parou, e logicamente Lizzie fez o mesmo. Ele começou a tirar, lentamente, a venda dos olhos de Lizzie. O que Lizzie viu à sua frente a surpreendeu, e muito. Os dois estavam em frente à London Eye (N/A: A roda gigante de Londres, para quem não sabe). E o melhor, ou pior, não havia ninguém lá. Apenas os dois. Lizzie se virou para o John interrogativa, sem entender muita coisa.

– Aqui estamos...

– Você me trouxe para o London Eye? – Ela perguntou sorrindo.

– Sim, eu reservei ele só para a gente! – John falou orgulhoso de si mesmo.

– Você o que???? – Lizzie perguntou quase gritando, surpresa.

 

Continua...

 


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Notas finais do capítulo

Bom, como ninguém recusou a minha proposta do capítulo anterior,eu vou começar no próximo capítulo falando sobre os personagens, ok? Vou começar pelo Mike.
2100 leitores e 189 reviews? Não estou cobrando reviews, mas é muito importante para mim saber o que acham da história, não esqueçam de comentar, ok? Críticas, sugestões, ou qualquer outro comentário é sempre bem vindo ;D
Beijos