Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são meus, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes.

O CASAMENTO

Chiisana Hana

Capítulo XVI

Dias depois.

Seika e Seiya ainda estão no quartinho no porto, mesmo contra a vontade de Saori. Ela, por sua vez, acaba cedendo e indo visitar o namorado.

(Seiya, irônico, ao abrir a porta) Ah, é você? Eu sabia que você viria! (beija Saori) Entre! A casa é sua!

(Saori, bem humorada) Bom dia pra você também. Se você acha que vai me irritar com essas ironias, enganou-se profundamente. (olhando o quartinho todo) Até que com a Seika morando com você esse lugar ficou jeitoso. Acho que o problema era você morar sozinho. Aliás, onde a Seika está? Eu trouxe um presentinho pra ela como pedido de desculpas pela minha ligeira implicância na fazenda.

(Seiya) Ela saiu com o Shun.

(Saori) Eles estão namorando?

(Seiya) Não! Graças a Deus! Ela bem que tenta, mas o Shun não quer nada.

(Saori) Por que “graças a Deus”? O Shun é um menino tão legal.

(Seiya) Porque eu morro de ciúmes da Seika!

(Saori) E de mim você também tem ciúmes?

(Seiya, agarrando Saori) Claro! Eu morro de ciúmes de você também, minha deusa!

(Saori) Fala de novo que eu sou SUA deusa!

(Seiya, beijando Saori) Minha deusa! Minha deusa! Minha deusa!

(Saori) E não é que eu sou deusa mesmo?!

(Seiya, muito empolgado) É! Claro que é! Vem cá, minha deusa!

(Saori, empurrando Seiya para o lado) Pára! Comporte-se, Seiya! Eu sou uma menina de família! “Aquilo” é “só casando”, ouviu bem? Só casando!

(Seiya, desanimado) Então vai demorar pra caramba...

--C--H--I--I--

Ikki resolve seguir o conselho de Seiya e vai procurar um clube de luta livre. Como não encontra nenhum de seu agrado, resolve fundar um clube do ‘eu sozinho’ porque sabe que não tem saco para treinar com uma equipe. Mas logo percebe que precisa de alguns panacas para apanhar, então ele acaba por selecionar alguns lutadores. Pandora torna-se sua empresária. Os costumeiros pesadelos diminuem um pouco e ele consegue levar uma vida razoavelmente tranqüila (se não contarmos as brigas com Pandora, claro).

Shun segue com sua rotina. Da escola pra casa, de casa para a aula de piano e novamente para casa. E ele se sente a mais feliz das criaturas por poder ter uma vida tão normal depois de tudo que passou.

--C--H--I--I--

Rozan.

Shunrei e Shiryu estão jantando. Ela havia preparado gyozá, o prato preferido dele.

(Shiryu) Shunrei, mais alguns, por favor.

(Shunrei) Estou gostando de ver. Cada vez mais guloso! Isso é bom sinal. Já estava cansada de ver você doentinho, machucado, sentindo dor. Quando não era isso, era aquela preocupação constante com a próxima batalha. Agora você está mais leve, menos sisudo.

(Shiryu) É verdade. Acho que agora estou mesmo muito leve. É a felicidade que faz isso. Pela primeira vez estamos tendo uma vida realmente tranqüila como você me pediu meses atrás.

(Shunrei) Agora está tudo perfeito.

(Shiryu) Sim. E tem mais uma coisa. Hoje, quando desci ao povoado, falei com o advogado da Fundação pelo telefone e ele me disse que os documentos necessários para o nosso casamento ficarão prontos em poucas semanas.

(Shunrei, empolgada, abraçando Shiryu) Ai, meu Deus! Que maravilha, Shiryu! Estou tão feliz!

(Shiryu) Eu também, florzinha! Então, nas próximas semanas teremos que ir à capital da província. Precisamos começar a comprar as coisas e você tem que escolher seu vestido de noiva.

(Shunrei) Verdade! Nem tinha pensado ainda no vestido. Amor, parece um sonho!

(Shiryu) Mas é real. Totalmente real.

(Shunrei) A vida inteira eu rezei pedindo coisas a Deus, mas agora eu só agradeço por tudo que Ele tem me dado. Bom, eu ainda peço coisinhas, mas...

(Shiryu) Ah, é? Que tipo de coisinhas? Posso saber?

(Shunrei) É um segredo entre mim e Deus, mas acho que Ele não vai ficar bravo se eu contar pra você.

(Shiryu) Acho que não.

(Shunrei) Bom, agora eu tenho pedido a ele para dar tudo certo no nosso casamento, para continuarmos tendo uma vida feliz, para termos filhos saudáveis, para que não haja mais batalhas e você possa ser simplesmente o Shiryu, meu marido, meu amor.

(Shiryu, sorrindo ternamente) Espero que Deus ouça as suas preces, florzinha.

(Shunrei) Até agora Ele tem ouvido.

(Shiryu) Eu já disse, Ele gosta de você.

--C--H--I--I--

Numa bela manhã de sábado, Saori planeja um passeio com Seiya...

(Saori, para Tatsumi) Mande preparar meu avião! Vou viajar!

(Tatsumi) Assim de repente, senhorita?

(Saori) É. Não discuta comigo! Mande preparar o avião agora! E chame meu motorista! Vou buscar o Seiya!

Mais tarde, Saori vai à casa de Seiya, que acaba de se mudar com Seika para um apartamento de luxo, razoavelmente próximo ao de Shun e Ikki.

(Saori) Bom dia, querido!

(Seiya, bastante sonolento, ainda de pijamas) Ahn? É você? Oi Saori. O que você está fazendo aqui em casa a essa hora da madrugada?

(Saori) Madrugada? São dez horas da manhã!

(Seiya) É?

(Saori) É! (desconfiada) O que você andou fazendo até altas horas?

(Seiya) Nada demais. Eu só tava jogando vídeo game.

(Saori) Assim espero. Vamos, arrume uma malinha com roupas de verão, roupas de banho, essas coisas. Vai! Agilize-se!

(Seiya, sem entender) E por que eu faria isso?

(Saori) Porque eu tenho o fim de semana livre e quero passá-lo com você! Preparei uma surpresa. Vamos lá, arrume a mala. Não seja teimoso.

(Seiya) Tá, tá... Senta aí e espera. (vai para o quarto e, enquanto arruma a mala, pensa alto) Ela sempre faz as coisas sem me consultar. Sorte que hoje eu não estou a fim de brigar. E se eu tivesse outros planos para o meu fim de semana? Opaaaaaaa! Eu tenho! Eu ia levar a Seika no parque novo. Ah, esse vai ser mais um trabalho para o “Super Shun”!! (fecha a mala e a joga na sala, perto de onde Saori está sentada) Espera só mais um pouco que eu preciso ligar para o Shun e deixar um bilhete para Seika. (ao telefone) Oi Shunzinho, irmãozinho do meu coração.

(Shun, desanimado) O que é que você quer, Seiya?

(Seiya) Quebra um galho pra mim?

(Shun) Não.

(Seiya) Quebra! Você é sempre tão bonzinho!

(Shun) Não posso.

(Seiya) Eu te dou uma grana.

(Shun) Não preciso. Felizmente, agora sou rico.

(Seiya) Vai, Shun!

(Shun) Não, não e não!

(Seiya) Pelo amor de Deus, faz uma caridade pra mim!

(Shun) Já disse que não!

(Seiya) Eu consigo uma pelúcia exclusiva do Choccocat! Juro!

(Shun) Hum... que favor você quer? (pensando alto) Para completar minha coleção até que vale a pena fazer algum sacrifício.

(Seiya) Oba! É o seguinte, eu prometi levar Seika ao parque que foi inaugurado ontem, mas Saori veio me buscar para outro passeio. Então, eu quero que você leve a Seika pra passear no meu lugar.

(Shun) Ah... não! Isso não! Sair com a Seika é programa de índio!

(Seiya, irritado) Você está falando da minha irmã!

(Shun) Desculpa, mas a Seika pega no pé pra caramba.

(Seiya) Ô Shun, ela gosta tanto de você. É passear no parque com ela e trazê-la de votla. Você nem vai gastar. Eu pago tudo. É só pra ela não ficar triste no fim de semana. Ela passa o sábado com você e passa o resto dos dias feliz.

(Shun) Você quis dizer: “E passa o resto dos dias ligando pra mim”, né? Não me põe nessa fria. Tenho prova segunda-feira, preciso estudar.

(Seiya) Shun, seu bunda mole!! Eu te dou um Chococat e um Cinnamorroll!

(Shun) Só?

(Seiya) Um Robowan também.

(Shun) E um Badtz-Maru...

(Seiya) Certo. Um desses também.

(Shun) Tá, eu topo. Eu saio com a Seika.

(Seiya) Mercenário, desgraçado e, ainda por cima, fresco. Com quem você está aprendendo isso?

(Shun) Se me ofender eu não vou.

(Seiya) Desculpa. Olha, daqui a pouco você liga pra cá e convida a Seika. Assim que eu chegar do passeio com a Saori, devolvo a grana que você gastar no passeio e dou as porcarias que prometi. Shunzinho, mesmo você sendo um mercenário fresco de uma figa, eu adoro você.

(Shun) Tá, tá... tchau.

(Seiya) Iupiiiiiiiiiiiiiii!! (para Saori) Vou só escrever o bilhete da Seika para podermos ir, certo?

(Saori) Fazer o quê, né? Você já passou uma hora no telefone com o Shun.

Seiya escreve o bilhete e o deixa sobre a mesa.

(Seiya) Vamos?

(Saori) Você vai de pijamas?

(Seiya) Ah, não. Espera aí que eu vou pôr uma roupa.

(Saori, consigo) Ai, por que ele é tão atrapalhado? Eu não podia ter me apaixonado por um cavaleiro de ouro? Alguém mais velho, mais experiente. O Seiya ainda é tão criança! Fazer o quê, se eu gosto dele?!

(Seiya) Agora estou pronto. Vamos? Aliás, para onde é que nós vamos mesmo?

(Saori) Surpresa!

(Seiya) Ih, eu não gosto de surpresas...

Mais tarde...

(Seiya) O que é isso? Aeroporto? Eu pensei que íamos a uma praia perto e você me traz ao aeroporto? Vamos para longe?

(Saori) Mais ou menos. Bom, você sempre reclama que eu não tenho tempo então resolvi tirar uma folga e preparei essa surpresa pra você.

(Seiya, irritado) Diga logo se vamos demorar porque eu deixei um bilhete para Seika dizendo que voltava logo!

(Saori) Vamos demorar um pouco. É só telefonar para ela e dizer que mudamos os planos.

(Seiya) Você mudou! Aliás, você planejou tudo. Por que você sempre faz as coisas sem me consultar?

(Saori) Eu tiro folga, preparo um passeio romântico e você ainda reclama!?

(Seiya) Claro! Eu gostaria que você pelo menos pedisse minha opinião ANTES!! Eu tenho a minha vida, sabia? Não vivo exclusivamente para você!

(Saori, emburrada) Ah, se não está gostando, vá embora! Pode ir, eu não me importo! Passo minha folga sozinha!

(Seiya, conformando-se) Está bem, eu vou com você.Mas posso saber aonde vamos?

(Saori) Maldivas.

(Seiya) Tá. E quanto tempo vai durar esse passeio?

(Saori) Uma semana!

(Seiya, arregalando os olhos) Uma semanaaaaaa!? Ai, meu Deus!

Continua...