Nunca é tarde para Recomeçar escrita por EmyBS


Capítulo 4
Capítulo 4




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Gina passou o dia pensativa com as palavras da filha: será que poderia realmente recomeçar tudo novamente? Tinha duvidas e incertezas. Parecia tão surreal. Não conseguia se imaginar sem Harry ao seu lado, sempre tinha sido assim. Ficou contente ao receber a carta de Hermione confirmando o almoço para o dia seguinte, sentia saudade dela e dos irmãos.

- Tia Gina! Tio Harry! – mal tinham aparatado em frente a casa de Rony e Hermione e Hugo gritou por eles, não era segredo para ninguém que Gina e Harry eram os tios e padrinhos preferidos dele.

- Hugo! Como você está garoto? – Harry sorriu recebendo o abraço do sobrinho.

- Bem, estava agora mesmo perguntando para Tiago sobre vocês! – o garoto sorriu acompanhando os tios para dentro da casa.

- Pai! Mãe! – ouviram Tiago chamar assim que chegaram na casa.

- Olá querido! – Gina sorriu acariciando o rosto do filho que a abraçou antes que ela conseguisse esboçar reação.

- Como você ta mamãe? – Tiago sussurrou no seu ouvido – Estamos preocupados! – colocou a testa na dela encarando os olhos castanhos esverdeados tão parecidos com os seus.

- Eu estou bem querido! – ela sussurrou de volta puxando o filho para lhe beijar a testa.

- Sra. Potter! – ouviu uma voz meiga atrás do filho chamar – Olá Sra. Potter! Como vai?

- Bem Margo! – Gina sorriu para a futura nora que era pequena como ela e tinha os cabelos castanhos claro quase loiros cacheados – Como está Neville?

- Oh papai está bem! Hogwarts ainda toma muito tempo dele, eu brinco que ele irá acabar se tornando diretor qualquer dia. – a garota sorriu.

- Bom, ele já é diretor da Grifinória, não é? – Gina também sorriu adorava a pequena Longbottom.

- É o que eu sempre digo para ele. – a garota sorriu ainda mais e foi comprimentar Harry.

- Gina!

- Mione! – abriu os braços sorrindo para abraçar a amiga e cunhada – Que saudade!

- Você sumiu! – Hermione lhe lançou um olhar reprovador.

- É o trabalho Mi, muito trabalho. – Gina respondeu meigamente, fazendo Hermione bufar contrariada.

- Você e o Harry vivem dizendo que é trabalho, não aparecem mais para os almoços de domingo, não vem nos visitar, parece que andam se escondendo.

Hermione falava séria e isso fez Gina corar levemente e desviar o olhar para longe.

- Não adianta querer escapar, Sra. Potter, seus filhos já falaram comigo – Gina arregalou os olhos assustada – Esqueceu que Alvo e Lily vivem aqui por causa de Rose e Scorpius?

- Como eles estão? – Gina tentou disfarçar o nervosismo com um sorriso.

- Bem, Rony já se acostumou um pouco mais... – Hermione suspirou – Eu nunca imaginei na minha vida que teria um Malfoy enfurnado dentro da minha casa dessa maneira.

Gina riu junto com a amiga, mas logo se calaram ao ouvirem uma voz arrastada ao lado delas.

- Sabe Sra. Weasley, eu gosto muito da sua filha, mas se a senhora preferir eu posso passar a não freqüentar mais a sua casa.

Gina olhou o rapaz com o típico sorriso arrogante no rosto e de braços cruzados, Scorpius Malfoy era idêntico a Draco, assim como Alvo era com Harry e ver os dois garotos lado a lado era no mínimo intrigante.

- Não seja bobo Scorpius! – Hermione ralhou sorrindo para o garoto – Você sabe que não é nada com você, muito pelo contrario, mas tenho certeza que você conhece bem a história.

- Ah sim, meu pai faz questão de me lembrar umas mil vezes por dia. – o sorriso arrogante e irritante do garoto conseguiu se ampliar se isso era possível.

- Como está seu pai? – Gina perguntou educada e viu a pose arrogante do rapaz se desmanchar.

- Bem... – o garoto começou hesitante – Trabalhando muito... – ele revirou os olhos – É tudo o que ele faz atualmente só trabalha, trabalha...

- Isso é no mínimo inusitado pelo adolescente que ele foi. – Hermione sorriu acariciando o ombro do rapaz.

- É o que me dizem. – ele voltou ao sorriso irônico no rosto. – Foi bom revê-la Sra. Potter! – ele estendeu a mão pegando a de Gina e levando-a aos seus lábios antes de sorrir e piscar um olho – Até mais Sra. Weasley! – fez o mesmo com Hermione e saiu em direção a Rose que conversava animada com Lily, Roxanne e Lucy perto da lareira.

- Ninguém merece esse menino! – Hermione riu da cara de Gina para o garoto – Ele é um bom rapaz, tem um quê de Malfoy que irrita as vezes, mas é um bom rapaz.

- Talvez o Malfoy o mereça. – Gina sorriu balançando a cabeça. – E contando que faça Rose feliz!

- Falando em felicidade...

- Depois Hermione, depois... primeiro quero falar com meus irmãos. – Gina disse num tom imperativo e Hermione aceitou a contragosto.

- Se você insiste. – e saiu para procurar Harry com quem ainda não tinha falado.

- Gininha! – ouviu alguém gritar do meio da sala.

- Jorge! – correu para abraçar o irmão – Como estão Angelina, as crianças e a loja? – Gina disparou a falar fazendo o irmão rir.

- Eí maninha! Uma pergunta de cada vez! – ele riu abraçando a irmã caçula apertado.

- Uma das perguntas eu respondo! – ouviu a voz de Angelina ao seu lado. – Eu estou ótima!

- Angelina! – soltou o irmão e abraçou a cunhada.

- E Fred deve estar no campo junto com Dominique, Louis, Molly, Hugo e Alvo. – Jorge arregalou o olho assustado – Nossa! Quanta criança!

- Crianças? – Angelina riu do marido – A nossa Roxanne é a caçula dos Weasley e já está quase terminando Hogwarts!

- Você está sugerindo que eu estou velho, docinho? – Jorge levantou uma sobrancelha fazendo Gina rir.

- Acho que estamos todos velhos, Jorge! – Gina sorriu da careta do irmão.

- Eu não estou velho! – Jorge fez bico e cruzou os braços.

- Claro que não! – Angelina sorriu abraçando o marido – Minha eterna criança! – isso fez Jorge abrir um enorme sorriso.

- Gina! – um ruivo enorme a abraçou por trás.

- Rony! – ela acariciou o rosto do irmão. – Como você ta?

- Bem, mas... – Rony começou ficando extremamente vermelho.

- Ah não... – Gina o cortou colocando a mão na cintura – Você também não!

- Mas Gina... – Rony falou baixinho fazendo-a chegar perto para escutar – Você é minha irmãzinha e ele o meu melhor amigo.

- Rony, por favor... – Gina disse olhando nos olhos azuis do irmão.

- Se você insiste! – Rony riu acariciando o rosto dela – Mamãe está na cozinha junto com Fleur e Victoire.

Gina sorriu, deu um beijo na filha e nas sobrinhas próximas a lareira antes de se dirigir para a cozinha onde a sua mãe conversava nervosa com a nora e neta. Parou no batente da porta observando a cena. Molly Weasley estava realmente uma senhora, mas não perdia o pique de jeito nenhum, na mesa, encarregadas de ajudar na refeição as duas, Fleur e Victorire eram de uma beleza contrastante com a casa. Com a pele clara quase perolada, seus cabelos loiros escorridos e olhos claros mal podia se dizer que eram Weasleys.

- Gina! – ouviu a mãe berrar vindo lhe abraçar. – Minha pequena!

- Olá mamãe! – Gina sorriu abraçando a mãe carinhosamente – Quer ajuda?

- Não precisa tia, já estamos terminando! – Victorie sorriu e Gina foi até ela lhe dar um abraço e depois na cunhada.

- Como está o bebê? – Gina perguntou sorrindo vendo a barriga da sobrinha bem maior do que lembrava.

- O pequeno Lupim está dando trabalho tia! – Victorie sorriu passando a mão na barriga – Tenho enjôos constantes e mudanças de humor que estão deixando Ted louco!

- Também não é assim! – Ted reclamou aparecendo na porta da cozinha – Ela só não consegue se decidir se quer que eu durma, faça massagem, vá comprar comida ou...

- Ted! – ralhou Victorie se levantando para beijar o marido.

Gina, Fleur e a Sra. Weasley ficaram rindo do casal que agora se abraçava de maneira carinhosa com Ted acariciando a barriga da esposa.

- Como você está Ted? – perguntou Gina indo dar um beijo no afilhado.

- Radiante! – respondeu o rapaz mudando a cor dos cabelos espetos para todos os lados tantas vezes que era difícil acompanhar.

- Estamos vendo, querido. – a Sra. Weasley riu passando a mão pelo cabelo multicolorido dele – Você lembra tanto seus pais!

- Cadê papai falando nisso? – perguntou Gina olhando para os lados.

- Deve estar com Gui e Carlinhos lá atrás. – disse a Sra. Weasley rindo limpando as mãos no avental florido e voltando a prestar atenção na comida – Toda a vez que os meninos vêm eles ficam conversando na parte de trás da casa. – ampliou o sorriso e indicou a porta dos fundos – Vá lá, seu pai sente sua falta!

- Gui e Carlinhos também. – Fleur completou sorrindo.

- Eu também sinto falta deles! – Gina disse corando e seguindo pela porta indicada.

A sair encontrou um pequeno quintal e bem no centro havia uma mesa onde três homens conversavam animados bebendo algo que ela imaginou ser firewisk. Seu pai capturou seu olhar assim que entrou no lugar, estava tão velho, parecia menor, mais curvado com os anos, os cabelos ruivos totalmente esbranquiçados. Sorriu caminhando até ele.

- Minha garotinha! – as palavras do pai fizeram seus irmãos se virarem para ela no mesmo instante abrindo um sorriso.

- Papai! – caminhou serena até ele e lhe beijou o rosto. – Como o senhor está?

- Bem melhor agora que minha garotinha chegou.

- Gina, minha princesa, que saudade! – Carlinhos se levantou para abraçar a irmã seguido de Gui.

- Como vocês estão meninos? – Gina sorriu para os irmãos se sentando entre eles.

- Minha drogonesa teve outro dragãozinho! – Carlinhos sorriu feliz e Gina lembrou que na ultima carta do irmão ele dizia estar muito entusiasmado pelo nascimento do dragão que estava quase extinto.

- Que bom, Carlinhos! – Gina disse contente – Mas nenhuma namorada?

- Carlinhos namorando? – Gui interrompeu rindo – Depois eu era o rebelde da família.

- Nada sério, Gi! – Carlinhos respondeu rindo – E você continua sendo o rebelde com esse cabelão e ainda por cima calvo.

- Eí, a Fleur diz que sou muito charmoso assim! – Gui disse feliz.

- Concordo com ela! – respondeu Gina acariciando a cabeça do irmão.

- Você não vale Gi! – recrutou Carlinhos fazendo uma careta – Você é igual a mamãe, vive dizendo que somos lindos!

- Mas que culpa eu tenho se os meus irmãos são os mais gatos que existem! – Gina sorriu abraçando o pai – Claro que puxaram o nosso garotão aqui!

Os três homens riram alto das palavras da caçula.

- Só você, minha pequena! – o pai retribuiu o abraço acariciando o cabelo da filha.

- E Percy? Não o vi. – Gina perguntou se ajeitando na cadeira.

- No Ministério. – seu pai suspirou.

- Se Percy continuar assim vai acabar Ministro da Magia qualquer dia. – comentou Carlinhos despreocupado.

- Bom, esse sempre foi o sonho dele depois de virar Monitor-Chefe em Hogwarts. – Gui sorriu batendo nas costas do irmão.

Todos riram concordando.

- Meninos! – o Sr. Weasley disse sério quando todos pararam de rir – Eu posso dar uma palavrinha com a irmã de vocês?

Gina tremeu.

- Claro pai! – disseram os dois juntos.

- Vamos ajudar o pessoal a arrumar as coisas! – completou Gui sendo seguido por Carlinhos.

- Então Gina? – o Sr. Weasley olhou bem firme nos olhos da filha – Tem algo para me dizer?

Gina desviou o olhar e mordeu o lábio inferior.

- Gina, querida, eu conheço cada um dos meus sete filhos como a palma da minha mão – Ele sorriu mostrando a mão enrugada pela idade – Talvez melhor até! – ele levou a mão para acariciar o rosto da filha e fazê-la voltar a lhe olhar nos olhos – Eu sei quando algo está errado Virginia.

Gina fez uma careta ao ouvir o nome.

- Não somos mais sete! – Gina soltou nervosa, apertando a mão com força, não queria ter aquela conversa com Hermione muito menos com sua mãe e pior ainda com seu pai.

- Sim... – seu pai olhou para o céu e sorriu – Mas eu sempre soube cara diferença entre eles cada parte, cada mínimo detalhe e até hoje vejo essas diferenças em Jorge e é incrível como o pequeno Fred realmente se parece mais com Fred que com Jorge nesses mínimos detalhes.

Gina sorriu e segurou a mão do pai.

- Eu sei que você não está feliz! – ele falou olhando nos olhos dela – Seus olhos nunca mentem Virginia.

Inevitavelmente ela fez outra careta ao ouvir o nome.

- Seu nome é tão bonito! – ele apertou a mão da filha – Eu vejo tristeza também nos olhos de Harry.

Gina voltou a encarar o pai.

- Ele é como nosso filho também, meu e de sua mãe e eu o conheço como conheço meus filhos.

- Eu não sei o que fiz de errado. – Gina abaixou os olhos sentiu uma lágrima surgir.

- Talvez você não tenha feito nada errado. – Gina levantou os olhos para o pai – Nem Harry.

- Mas eu o amei tanto! – Gina soluçou sendo acolhida pelo pai.

- Eu sei, querida, eu sei... – segurou a filha forte nos braços embalando-a como quando ela era criança – Eu estava aqui...

- Eu não queria... – ela soluçou escondendo o rosto no peito do pai.

- Nem sempre conseguimos tudo o que queremos minha querida! – ele continuava a embalá-la como uma criança pequena.

- Mas o que vai ser de mim sem o Harry? Eu não sei o que fazer sem ele! – ela segurou o pai pelos ombros o desespero estampado no rosto delicado.

- É claro que você sabe o que fazer! – seu pai sorriu enrugando ainda mais o rosto – Você sempre soube!

- E o que vai ser de mim e Harry? – ela deixou a cabeça repousar no ombro do pai.

- Isso só o tempo dirá minha pequena, só o tempo dirá.

Eles ainda ficaram um tempo abraçados até serem chamados por Hermione dizendo que o almoço já estava servido.


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