Os Caminhos sempre se Encontram escrita por MissBlackWolfie


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Eu demoro mas eu posto...e oh vem um capitulo enormeeeeeeBem, temos mta coisa aki, mtos segredos...Lembrem-se do nome da fic:os caminhos sempre se encontram... negativamente ou positivamente.me fala no final... o que acharamah me empolguei escrevendo a historia da May, é assim gente, vou escrevendo e deixando a coisa fluir.



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Pov da May

Meu celular toca, eu vestia meu roupão saindo do banho, uma mensagem avisando que os ingressos já haviam chegado, um rapaz entregaria a mim na minha porta. Todos dentro de casa, como no apartamento de baixo, estavam em meio a preparativos de arrumação para show do U2.

Caminhei pelo o apartamento apressada, enxugando meu cabelo numa toalha, no meio trajeto escuto Bella trocando juras de amor com Jacob no quarto dela, mesmo de porta fechada é fácil ouvir com sentidos tão apurados. Sorrio, sei o quanto minha irmã sonhou em ter o grande amor da sua vida em seus braços.

Chegando próximo a porta sinto um cheiro já conhecido por mim, isso me faz alargar mais o sorriso da minha boca, desenhando um sensual agora, abro a porta e vejo Embry numa postura semelhante a minha, tentando mostrar despretensão, encostado no batente da porta.Os dois jogadores, isso seria interessante.

Vestido lindamente, calça jeans de lavagem clara, blusa preta de botões com as mangas dobradas até os cotovelos, com cabelo molhado e super cheiroso, logico com um sorriso lindo marcando sua boca levemente carnuda. Só de ver aquilo meu lado predadora remexeu inquieta, mas sei que ele é tão jogador quanto eu na arte de sedução.

Quando seus olhos notaram a minha figura de roupão na sua frente, houve um brilho de luxuria cintilarem em sua orbita, junto com um passar leve de língua nos lábios. Qualquer outra mulher ficaria envergonhada, coraria, porém nunca fui de ter medo, não seria um lobo a fazer isso comigo.

Mantive meu rosto erguido, ainda sorri calmamente e ainda impliquei:

-Precisa de um babador Embry? - ele riu, mas eu não tinha acabado. - Acho que tem uma baba escorrendo no canto da boca.

A sua figura parou na minha frente, somente um passo nos separava, colocou os polegares dentro dos bolsos e respondeu:

-Vai me receber sempre assim? - Sua vista varreu meu corpo de maneira maliciosa mostrando o quanto aprovou a minha vestimenta.

Inclinei a cabeça para o lado, rindo fraco, com sobrancelhas arqueadas de maneira debochada. Toda minha movimentação o deixava com sorriso de vitoria, nesse instante escutamos o apitar do elevador anunciando a chegada do entregador, escutei ele bufar.

Embry virou para ver quem atrapalhava o nosso momento, bem, pra ele poderia ter sido irritante, porque eu não daria mais chance ali, não entregaria o ouro ali, gosto de conquistar aos poucos. Sim, sou má. Esse lobo acha que vai conseguir tudo fácil demais? Não, sou eu que dito as regras.

Para a minha felicidade suprema, quem veio para entregar foi um gato, loiro de olhos verdes, de um corpo maravilhoso, esse deus nordico usava regata e calça jeans rasgada, sempre despachado, mas na medida certa. Logico que eu tive a bela oportunidade de usufruir de tais atributos físicos por uma noite anteriormente, na verdade mais do que uma, homem daquele tipo sempre bom repetir. Isso seria interessante.

-Oi gata. - Richard, esse é o nome desse belo exemplar masculino. Veio na minha direção já me abraçando abstraindo a presença do lobo, isso me fez rir internamente.

-Oi querido. - Respondi próximo ao ouvido dele, dando um beijo discreto ali, isso o fez ele se arrepiar como o coração bater rápido.

-Aqui estão os seus ingressos. - ele se afastou e entregou um pacote para mim. - Adoro essa sua vestimenta, principalmente o que ela esconde por baixo.

Com sorriso safado a mão dele foi na cordinha do meu roupão, esfregou os dedos ali, mas não com a intenção de tirar, e sim de provocar. Isso fez a respiração de Embry suspender, começar a tremer e trincar os dentes. Como é divertido provocar os outros. Sou assim desde de pequena provocadora.

-Você vai ao show? - Perguntei sedutora, sim também fingi não existir Embry. Enfim quero deixar claro que não sou uma das meninas roceiras que ele esta acostumado a sair, sou uma mulher que pode ter o homem que quiser.

-Eu não estava animado, mas depois que recebi a sua ligação falando que iria, me empolguei. - Richard respondeu me dando um sorriso facilmente classificado como indecente.

Agora olhar de Embry era fulminante para nós dois, juro que eu achava aquilo engraçado. Enfim escutei ele dando uma tossida de leve, uma clara intenção de deixa explicita sua presença ali. Virei meu rosto para ele ainda sorrindo e apresentei:

-Richard, esse é meu amigo Embry. - O loiro esticou a mão, lobo aceitou o cumprimento. - Embry, esse Richard o meu comprador particular de ingressos e bom amigo.

Pela cara de dor de Richard, que tentou disfarçar, sei que o rapaz de La push usou uma força desnecessária no aperto de mão. Homens, sempre querendo mostrar superioridade perante outro e ainda querendo marcar território.

O meu comprador de ingresso firmou o olhar contra Embry, mesmo sentindo dor, poderia sentir faísca saindo dos olhos dos dois. Isso tudo aconteceu em segundos, mas não posso deixar prolongar, afinal temos um transformo nesse confronto, não sei o quanto controlado ele é.

-Te encontro lá. - eu falei para o loiro, interferindo naquela pequena guerra de testosterona, encostei minha mão levemente no ombro de embry, que desviou sua atenção para mim.

-vou procurar por você. - richard respondeu e me deu um beijo no meu rosto, ouvi embry rosnar numa altura que só nós dois ouvimos. - Tchau gata.

-Tchau.

Richard, sem noção nenhuma do ser mistico na sua frente, encara Embry mais uma vez e só faz um aceno de cabeça. Quando o elevador fechou a porta, o lobo me olhou sério e falou:

-Você é sempre cheia de amigos desse tipo?

-Nem aconteceu nada entre nós. - Expliquei apontando para mim e ele, encarei ele bem de perto, passando minha mão nos ombros dele, fiquei próxima do rosto dele e terminei. - Você acha que pode ter ciumes?

Não deixei ele responder, sai andando, quando próxima do corredor eu estava, parei e por cima do ombro falei numa altura que sei que ele ouviria:

-Vou te receber com menos isso, mas isso caso você consiga me fazer tirar tudo antes. - Sai andando toda rebolativa. Só escutei uma risada baixa.

Entrei no meu quarto e comecei a me arrumar, tudo estava planejado, roupa escolhida juntamente com os sapatos, maquiagem já planejada. Sempre faço isso mais rápido, devido meus anos como modelo.

Tudo que aprendi sobre moda foram nos cinco anos que trabalhei nessa área, por isso mesmo não precisando mais, financeiramente, trabalhar, pois Sarah nos dá tudo necessitado por nós. Mesmo assim amo o mundo fashion, por isso tenho minha linha de roupa, vendo pela net, só peças exclusivas.

Comecei a me maquiar, enquanto estava procurando minha sombra da Mac preta, lembrei de minha avó, lá no Brasil. Uma índia linda de cabelos longos e negros, possuo os seus cabelos, como minha mãe também, ela sempre dizia não entender porque as brancas usavam tantas tintas na cara, a beleza natural feminina é maior joia de qualquer mulher.

Ah minha avó, deu a sua filha aos pais do meu pai, temendo que ela se tornasse monstro como ela. Sim, para minha velha avó ser transformo tem um peso, as pessoas que amamos se vão, como maridos e filhos, além de outros sacrificios.

Na minha tribo somente as mulheres se transformavam em panteras, mas eram poucas, os vampiros apareciam ocasionalmente, pois sabiam que por aquelas terras eram caçados e aniquilados.

Temendo essa vida, minha velha avó entregou minha mãe jovem, com onze anos para os fazendeiros mais perto da tribo, isso dava quase 80 quilômetros distancia.

O xamã da tribo avisou a ela a nova raça de sugadores de vida iria resurgir, mais forte. O mesmo que ela combateu junto com a mulher de olhos coloridos e seus “filhos do coração” iriam retornar, seria uma guerra onde um dos lado seria dizimado, muitas vidas seriam perdidas no caminho, muitas que amamos.

Com o coração aflito, ele continuou que se quisesse poupar a filha da vida de pantera a sua pequena teria que levá-la quanto antes, pois as estrelas e os espíritos diziam os novos sugadores de vidas iam surgir, muitos deles, os dois sabiam que isso era suficiente para uma nova pantera surgir.

Assim minha mãe foi entregue para os meus avôs paternos, que aceitaram a menina de pele morena escura, olhos de jabuticaba e cabelo liso enorme e negro como a noite com agrado. Com passar dos anos, aquela jovem se tornou uma linda mulher, isso fez meu pai se encantar nascendo um lindo amor entre eles.

Sorte que os pais dele, meus avôs, não foram preconceituosos com o envolvimento deles, uma empregada com o filho dos patrões poderia perante os olhares repleto de conceitos errados, aquilo fosse um golpe ou coisa do tipo. Mas era amor, na sua forma mais verdadeira.

Dessa união nasceu eu, como homenagem ao seu povo minha mãe colocou a mim o nome de May, a guerreira da mata. Meu parto foi difícil para minha mãe, minha avó materna, apresentada para todos como a irmã da minha mãe, que sempre ficava por perto para nos proteger, ajudou me colocar no mundo. Ela dizia para mim:

“-Você nasceu se mexendo muito e chorando forte, mostrando a sua força.”

Minha infância foi tranquila, cresci na fazenda bem livre, tenho lembranças maravilhosas correndo pelos campos com a minha avó. Depois do meu nascimento a pantera não conseguiu se afastar de nós, mas eu não sabia da sua natureza sobrenatural. Como dizia minha mãe:

“-Você a fascinou com esse seu jeito moleca.”

Como fui feliz, lembro de todos dias com muitas risadas junto a minha avó. Naquele tempo eu não ligava por minha velha avó não ter rugas ou cabelos brancos, como a minha outra avó, não fazia pergunta, na verdade eu ficava maravilhada como ela era linda e forte.

Ainda mais que ela dormia na floresta, lugar proibido para mim, ela dizia que era o segredo magico dela, o nosso segredo juntas era que ela é minha avó, eu achava um máximo ter aquele mistério.

Só brincava com os filhos dos empregados e minha mãe e avó, nunca sai das terras de minha família, nunca deixavam. Meus avôs paternos não entendiam, porém as duas mulheres da minha vida eram categóricas em dizer que não havia motivo. Realmente eu me sentia feliz demais ali, contudo eu tinha curiosidade saber como era o mundo fora do cercado.

Tudo mudou quando um dia chegou um casal na fazenda, eles surgiram do nada, como fantasmas. Eu tinha acabado de completar treze anos, já era muito alta graças a herança genética do meu pai.

A mulher do casal tinha uma beleza magnifica, sua pele tinha cor de porcelana, os olhos dourados, nunca tinha visto daquela cor, mesmo tom do marido dela era negro, mas parecia desbotado.

Lembro-me a primeira vez que os vi, não tinha ninguém da minha família, meus pais tinham saído para cidade junto com meus avôs e minha avó materna tinha ido na tribo resolver uns problemas.

Eu tinha ficado verdadeiramente chateava dela não me levar até lá, entrei dentro de casa muito brava, quando passei pela porta, um cheiro muito enjoativo me retesou. Nesse momento os olhos dos dois caíram em mim, eram curiosos, já dentro de mim surgiu uma repulsa deles, um calor foi gerado dentro de mim, fazendo meus músculos doeram, os sentia esticando como se minhas fibras tivessem prestes a serem rompidas. Isso sobressaltou a minha respiração.

Sai correndo, de uma maneira tão veloz, por mim nunca experimentada. Tinha a sensação que ia explodir, ia ter pedaço meu por toda a volta, era algo agoniante, escutei um dos empregados a me chamar ao fundo, não dei ouvido, agora escutava o martelar frenético do meu peito.

Eu ia morrer, só poderia ser essa explicação, comecei a desfalecer quando entrei na floresta, sempre proibida para mim, mas ela me chamava naquele momento, algo dizia a mim que ali era meu local. Encostei numa arvore, ai percebi a tremedeira nos meus dedos, todo meu corpo tremia, o ar doía ao entrar no meu pulmão.

-Eu vou morrer. - eu dizia para mim mesma, enquanto rasgava o vestido, era um calor apavorante queimando-me viva, como estivesse numa fogueira.

-Você é uma transforma. - O homem negro disse fascinado para mim.

-O que você está falando? Ahhhhhhhhhhhhhhh – Tudo queimava dentro de mim, eu queria morrer, acabar com essa agonia.

-De que tipo de fera você é? - Ele perguntou perto de mim.

A proximidade dele atiçava o calor dentro de mim, meus músculos estavam se rasgando, um bolo enorme crescia em mim, puxava o ar com força, mas aquele cheiro vindo desse estranho piorava as sensações.

-Sai daqui. - eu urrei, uma voz grossa, quase grotesca. - ahhhhhhh, eu vou explodir.

-é a sua primeira transformação? - que perguntas eram aquelas? Eu quero matar esse infeliz.

Nunca usei tanto o verbo matar, o empreguei de tantas maneiras e tempos como nesses minutos com esse infeliz perto de mim, que fede absurdamente. Mas era algo que gritava agora, matar aquela pessoa na minha frente, algo dizia que não poderia confiar naquele homem.

-Eu vou te matar. - meu tom era sombrio, até eu me assustei.

-Amor. - A mulher surgiu como um vulto, isso me assustou. - Pressinto que temos pouco tempo.

-Com você aqui rapidamente ela vai se transformar. - O homem disse feliz. Que porra de felicidade era aquela?

A raiva entorpecia meu corpo, do nada veio um sentimento mais poderoso, a certeza de que deveria me entregar aquela sensação. Do nada o calor explodiu em mim, surgindo a minha pantera, que urrou e mostrou os dentes para aqueles estranhos.

-Uma pantera. - o Cara dizia feliz, a mulher parecia impressionada.

Minha mente só tinha uma ideia: estraçalhar aqueles dois imundos, da maneira mais eficaz possível. Quando eu ia atacar o homem levantou a mão, formando uma barreira física, mesmo sendo invisível aos olhos, ela era sentida, como uma parede solida, começou a falar:

-Você foi feita para destruir vampiros, como eu e minha esposa.

O que? Vampiros? Ele está doido? Essas foram as palavras saltadas na minha cabeça, tudo era uma loucura, mas a esquisitice não pararia ali, sem duvida ele é o vampiro mais louco que eu conheço:

-Quero sua ajuda para aniquilar os da minha especie. - rosnei de novo. - Somos caçadores de vampiros.

Aquilo parecia um sonho bizarro que eu tinha acabado de entrar, que nem sei bem como vim parar aqui. Pisquei de novo, não, não era um sonho, aquilo era real. Vamos recapitular: eu era uma fera, uma pantera, feita para destruir vampiros, havia dois na minha frente, que por sua vez queriam destruir vampiros. louco? imagina...

-Sinto ela confusa. - a Mulher falou, não a vampira. Meu deus como eles fedem.

-Viemos aqui para te propor nos ajudar a nossa caçada.

Tentei falar, argumentar, mas da minha boca só saiu rugidos. Eu preciso voltar ser humana, será que eu posso voltar? Ou você fera para sempre? Fiquei mais nervosa, queria correr, meu corpo pedia isso, ao mesmo tempo eu tinha um vontade insana de mata eles. Atendi esse pedido avancei, todavia dei de encontro a parede invisível bufei irritada.

-Você não nos ouvirá agora. - o homem disse impaciente. - Ainda nos encontraremos.

-Saiba que não gostamos de ser vampiros, queremos frear eles a transformar as pessoas. Nós fomos vitimas. - a mulher parecia emocionada.

Não queria ficar ali, queria correr minha patas pediam para isso, bem como não poderia matá-los, essa era a minha maior vontade, virei meu corpo e corri pela floresta adentro. Era como se fossemos velhas conhecidas, como se ela fizesse parte de mim, pedaço meu, eu tinha voltado para casa, meu lar.

Corri por horas, o dia foi passando apressado. De repente senti a voz da minha avó na minha mente. As coisas esquitas vão parar? Aquilo me assustou e quase cai dentro de um rio parei a centimilímetro da margem, agradeço os meus reflexos para não ter ficado molhada.

A voz dela era desesperada, não entendia como eu tinha me transformado, ela cuidou tanto de mim evitando isso, afinal não havia sugadores de vida a minha volta. Então lembrei do casal, percebi que ela tinha acesso os meus pensamentos, isso me deixou mais apavorada.

Ela me contou tudo sobre o nosso povo, sobre a nossa missão de proteger a vida humana. A medida que ela ia falando uma magoa crescia em mim, esconderam de mim o que eu era, uma faceta da minha vida, agora eu entendia o motivo de não deixarem eu sair, de sempre me deixarem presa. Sim eu era feliz na minha prisão, entretanto ao mesmo tempo eu era enganada, vivia uma mentira.

Naquele momento senti uma vontade insana de descobri o mundo, cada pedaço dele, de dominá-lo por inteiro, viver intensamente tudo que ele poderia me oferecer. Por fim decidi que era hora de encontrar o meu caminho, aqui já parece pequeno demais para mim.

Voltei para casa, minha avó ajudou eu voltar a minha forma humana, mesmo estando com raiva dela, a amava demais, abracei e agradeci por tudo. Antes de eu ir ela fez um pedido:

-Se por caso um dia precisar de ajuda, volte para casa. - Vendo que não voltaria, continuou. - Ou procure por Sarah. Ela é um anjo na terra, ela te ajudará. Como já salvou o nosso povo. Lembre-se dos seus olhos coloridos.

Não entendi aquilo, mesmo assim agradeci, com um abraço caloroso. Fui para casa e pedi para meus pais a permissão de viajar, queria ser modelo. Por que essa escolha? Na televisão um dia vi, que modelo viaja o mundo, pela descrição tenho o corpo e beleza para isso.

Meu pai ficou assustado com meu pedido repentino, minha mãe já havia conversado com a minha avó, portanto ela me ajudou convencê-lo a partir. Para ela o ideal sair dali, temia que o casal me levasse a força ou algo do tipo, além que trabalhar com muita gente, estar sempre em evidencia, como modelo, poderia intimidá-los.

Quando eu estava saindo, entrando no carro, minha mãe tirou um colar de pedra verde escura, tipo um cristal, tinha formato de gota aquele pingente. Ela colocou em mim, dando um abraço em seguida e sussurrou no meu ouvido:

-Essa pedra controlará sua transformação quando encontrar com um vampiro, quanto mais aparecerem juntos ela perde o efeito. Foi ela que me protegeu durante anos. Use sempre. - Beijou minha bochecha. - Ligue sempre para mim.

Assenti colocando o colar. Dois dias depois eu estava sentada na poltrona de uma agencia, eu era uma das primeiras modelos brasileiras no mercado. Meu avô conseguiu que um lugar para mim nessa agencia.

Como sempre fui de aprender rápido as coisas, consegui me dar rapidamente bem nesse mercado, aprendi todas as armadilhas, como devo estar atento a todos, em principal a concorrência. Viajei o mundo inteiro, sempre com o colar de couro pendurado no pescoço, ou no pulso, ou no tornozelo.

Minha fera se remexia inquieta quando encontrava algum sugador de vida, conhecia suas características, pois estudei alguns livros antigos, toda cidade diferente, eu arranjava uma brecha na agenda conturbada de desfiles da temporadas, eu ia na biblioteca estudar.

No encontros com os vampiros, nada acontecia de grave, somente um incomodo, contudo eu sentia um vazio imenso em meu peito, como se eu tivesse no lugar errado, fugindo de mim mesma. Conversava com as minhas mulheres, minha mãe e minha avó sobre essa falta, sempre a velha dizia:

“-Você sabe quem você é! Isso que você sente falta.!

Eu achava engraçado logo ela falar isso, mas depois descobri que foi a minha mãe a pedir a ela para esconder a verdade sobre mim. Não há mais magoa minha com elas, eu entendia o lado delas, fizeram por amos. Enfim tudo isso me fez parar no mundo da mado, foi até bom, amei trabalhar com moda, descobri que a parte de criação me encanta.

Conheci muita gente, ainda mais com esse meu jeito comunicativo e extrovertido. Um belo dia, na verdade uma noite, depois de uma semana inteira de desfiles, para mim entendiantes e cansativos por ficar desfilando o dia inteiro, aquilo já não me agradava, queria mais.

Estavam todos da agencia comemorando, uma das inumeras festas, em alguma cobertura de um estilista famoso, surge então um vampiro, a cor da pele branca da morte, o cheiro enjoativo, a temperatura fria.

Onde todas as meninas que ele tocavam, reclamavam do seu toque gélido, para ter certeza, havia minha pantera raivosa dentro de mim a confirmar agitada. Respirei fundo, sinto outros três cheiros, totalmente diferentes de humanos.

Surge então uma mulher de cabelos castanhos, olhos absurdamente azuis, de andar firme num coturno de salto, um homem lindo, de traços forte e másculos, olhos verdes, um Deus, que corpo. Na frente deles uma mulher alta, de vestido longo branco, ela tinha algo de anjo nela, seus cabelos castanhos escuros de ondas perfeitas. Que produto ela usava para ficar com aquela definição de cachos?

No meio da minha indagação de beleza vejo de relance os olhos dela, que por caso, hoje sei que não, se encontraram com os meus. As iris dela eram coloridas, como se tivesse derramado ali toda a paleta de cores, aquilo me deixou intrigada, como um raio a voz da minha velha retornou na minha mente.

“A mulher de olhos multicoloridos.”

Ela veio até mim, com o seu sorriso materno e seu carinho escapando pelos poros. Sem falar nada me abraçou, senti tão bem, tão amada. Tudo começou, ganhei a minha família, hoje estou aqui.

-Você esta aonde pantera? - Lunna me abraçou por atras e falou com meu reflexo.

-Lembrando como ser pantera começou na minha vida. - respondi olhando para o espelho.

Sempre fomos muito carinhosas uma com as outras, eramos irmãs por opção, não tinha nada imposto, como uma convenção de laços sanguíneos que ligam a maioria das famílias. A gente escolheu estar aqui, amar cada um do seu jeito.

-Está nostálgica? - ela brincou mexendo na minha gaveta de maquiagem.

-Você sabe que não tenho essas frescuras. - continuei a me maquiar.

O cheiro do lobo da minha irmã estava impregnado nela, além do sorriso bobo e apaixonado a enfeitar o rosto lindo dela. Logico que eu tinha que cutucar.

-Perdi a minha parceira de caça. - Sorri enquanto usava o curvex, ela riu. - Com quem que vou dividir as minhas conquistas masculinas?

-Tem Mel. - Ela falou rindo, na sua mão estava um conjunto de sombra de tons lilas e roxo.

-Sabemos que nossa leoa não tem o nosso talento.

-Sei. - ela gargalhou. Mel é da turma das românticas incorrigíveis, nunca será como nós. Criadoras da politica: pego sem me apegar.

-Fico feliz que sua aposentadoria seja com um cara lindo. - Brinquei terminando de passar o blush.

-Talvez você se aposente da caça com um lobo também. - ela se maquiava no espelho.

-Você sabe que não. - terminei os últimos retoques.

-Eu sei. - ela riu pra valer. - Nem quero que seja com o lobo.

A ultima frase eu não entendi, mas antes que eu argumentasse senti o cheiro de Jonh no meu quarto, em seguida ele apareceu e comentou:

-May, ainda de roupão? - seu tom era de bronca. - Você já foi mais rápida. Não quero perder um minuto sequer do show.

Lunna saiu rapidamente, falando que iria ver se Shang precisava de alguma coisa, alegando que ela tinha escutado a chinesa a chamar, não escutei nada. Jonh ficou ali implicando comigo sobre Embry.

-Agora terá no seu currículo amoroso um lobo. - Ele foi para minha cama, se jogando, eu fiquei no banheiro de porta aberta para trocar de roupa.

-Estava faltando isso. - retruquei colocando o vestido verde escuro de couro, de corte moderno. Andei ate ele para pedir um favor. - Fecha o vestido para mim.

-claro. - ele subiu o ziper, virei para ele, que continuou. - Você tem uma lista do tipo de homem que falta para você conquistar?

-A lista é longa. - brinquei.

-Imagino. - o tom dele tinha um pouco de irritação.

-Gostou do vestido? - mudei de assunto.

-Lindo. - um sorriso ganhei de bônus junto com o elogio.

-Combina com o seus olhos. - Falei moleca, colocando minha bota preta.

-Obrigada pela homenagem. - levantei e estiquei a mão para ele para sairmos do quarto.

Caminhamos de braços dados até o bar, ele queria beber algo e perguntou se eu acompanhava num drink, aceitei, quando ele preparava eu perguntei:

-E você, vai colocar na sua lista uma loba? - brindamos, depois de um gole ele respondeu.

-Não sei. Quem sabe. - voltou a beber.

-Ela é muito bonita, tem um corpo incrível.

-Eu notei. - Ele parecia impaciente.

Nesse momento surge Embry, veio conversar conosco, ficou sempre perto de mim, lançando olhares provocativos. Vamos ver como vai ser o restante da noite.

Vc acaharam q tinha acabado .. tem mais

Pov Jacob

Alguém me belisca, só posso estar sonhando, estou na cara do palco no show de uma das bandas mais fantásticas: U2. Ainda mais ao lado do amor da minha vida, junto com os meus irmãos da reserva, mais os novos irmãos conquistados aqui morando com Bells.

O show já esta terminando, Bono canta With or Without, Bells esta em meus braços, ela de costas para mim, sua cabeça repousando no meu peitoral. Ter ela perto de mi, aceitando o meu amor é a minha paz na terra. Anos eu não me sentia tão bem, tão feliz.

Escuto a letra e de maneira não mais dolorosa lembro do meu tempo sem o amor de Bells na minha vida, agora tud passa de uma lembrança ruim, mas que tem um gosto hoje de vitoria, de que tudo valeu a pena.

See the stone set in your eyes
See the thorn twist in your side
I wait for you
Sleight of hand and twist of fate
On a bed of nails she makes me wait
And I wait... without you

With or without you
With or without you

Veja a pedra jogada em seus olhos
Veja o espinho cravado em seu lado
Eu espero por você
Num passe de mágica e num desvio de destino
Em uma cama de pregos ela me faz esperar
E eu espero... .sem você

Com ou sem você
Com ou sem você

Se alguém me falasse que todo o meu sofrer faria eu chegar o dia de hoje, enfrentaria tudo de novo, sem pestanejar. Porque nenhuma sacrifício é suficiente para viver o que tenho com Bella. A magnitude do nosso amor sempre foi muito forte entre nós, ela sempre soube mesmo quando ficava com o telepata, ela sentia falta de mim, algo a incomodava: a minha ausência.

Passei a mão pela cintura dela, girei o corpo dela para ficar de frente para mim, colei as nossas testas, as mãos dela alisaram o meu rosto com carinho, fechei meus olhos perante o toque dela, sempre me entrego a ela, mesmo nos gestos mais simples. Em seguida senti seus lábios nos meus, num beijo somente de lábios se tocando.

O gosto de Bells para mim era viciante, quando a beijava sinto um tipo de êxtase, quero mais, para mim nunca é suficiente, sempre aprofundo o meu beijo, ela como resposta aceita a minha afobação por mais, me provocando com mordidas pequenas no meu lábio inferior. Quando minha língua adentrou a boca dela, senti ela se remexer nos meu braços, tanto eu quanto ela nos entregamos um ao outro.

Os dedos dela agora estão na minha nuca, outra mão dela esta no meu ombro, me puxando para perto dela. Era engraçado que quando ficamos assim perdido um no outro, parece que mundo some, havendo uma bolha a nossa volta, algo incrível, nada interferia, somente eu e ela.

Oxigênio não era infinito em nossos pulmões, por mais sobrenatural que fossemos, ainda precisamos respirar. Abracei e senti seu cheiro, como era maravilhoso para mim, como Bells é toda perfeita para mim, me afastei e vi nos seus olhos de todas as cores o quanto ela sentia o mesmo. Nosso amor torna tudo tão certo estar um com outro, que é impossível ver outra pessoa mais perfeito do que um ao outro.

-Não sei como é possível Bells, mas eu pareço te amar mais e mais. - Falei passando a mão nas costas dela.

-Se você souber a resposta me fala? - ela brincou. - Porque sinto o mesmo por você, parece que meu peito não vai caber mais amor por você, porém ele sempre dá um jeitinho.

-O meu também. - sorri para ela e dei um selinho.

Ficamos a nos olhar por um tempo, depois ela olhou para lado, estava Leah, Quill, Shang e Mel curtindo o show, ela sorria bastante para loira, que por sua fez era cheia de carinhos para ele. Parece que meu irmão esta tentando arrumar um jeito de viver. Descobri a vida, afinal foram mais de 10 anos preso por uma magia, que não o quis.

-Parece que Embry foi fisgado. - Bella olhou para outro lado.

Lá estava o casal de pegadores, num canto, bem distante, os dois atracados um no outro, num beijo intenso, repleto de mãos escorregando pelo corpo um do outro. De acordo com Bells falou a irmã não se apega a ninguém, como meu irmão também não, acho que vai ficar tudo bem.

-A questão é saber quem fisgou quem. - Eu disse ela riu.

-Acho que nunca saberemos. Não vi Jonh durante o show todo. - Bella olhou ao redor.

-Ele se arrumou no começo do show. - Respondi.

O urso já chegou atacando, lançou seu charme para uma loira linda de olhos azuis, parecia europeia, Embry, antes de se embolar com May, comentou que a garota era modelo da victoria secret. Jonh ficou o tempo todo com ela, bem, eu acho.

Seth e Lunna estavam perto de nós namorando e curtindo o show, os dois não se largam para nada. Mas não posso culpá-los, quando amamos nenhum tempo é suficiente ao lado de quem amamos, ele parece correr veloz, cada minuto que passa parece escapar, há uma ânsia pelo próximo.

Notei a preocupação de Bells sobre o imprinting quando viu sua irmã preferida com Seth, sei que teme que a magia aconteça comigo, mas durante os anos que passei só, li muito sobre as lendas do meu povo. Há uma teoria que o alfa de sangue, de linhagem, marca a sua fêmea, ele escolhe, meu coração já havia feito essa escolha antes do lobo surgi, ele só acatou a minha vontade.

Eu ia contar isso para Bells, mas aconteceu tanta coisa entre nós, mais ainda em pouco tempo, além de que nem mais me lembrava dessa parte magica da minha condição lupina.

Nos juntamos ao grupo, onde já estava Seth e Lunna conversando com os quatro solteiros da noite, o papo era sobre show, havia acabado. Caminhamos até o lado de fora ficamos numa rua sem saída, esperando os outros saírem de lá. Foi incrível, todos concordaram, comentamos sobre as musicas, os acordes para os clássicos. Tudo bem tranquilo.

May chega até nós tremendo, com Embry em seus calcanhares, com a cara de lobo já traçada no seu rosto.

-O que foi? - Perguntei, com meu tom de alfa. Era automático.

-Cheiro de vampiro. - Meu irmão falou.

-eu o conheço. - May falou num rosnado. - ele veio me buscar.

-O que? - Lunna perguntou exasperada.

-Sobre o que você está falando? - Embry perguntou.

-O caçador de vampiros. - A voz da pantera era baixa. - O cheiro dele está na minha memoria, foi o primeiro fedor sentido por mim.

-um vampiro caçador de vampiro? - Seth perguntou tão confuso quanto eu.

-Ela encontrou com esse ser estranho no dia da transformação, foi ele que atiçou o seus genes. - Mel foi explicando a nós.

-Vampiros são estranhos. - Quill disse com nojo.

-Vamos atras dele. - Sugeriu Leah mais loba do que humana.

-Onde está Jonh? - Perguntou Bells preocupada.

-Já estou ligando. - shang com telefone no ouvido. - chama e ninguém atende.

-Cade ele? - May perguntou nervosa.

Antes que pudêssemos falar alguma coisa, sentimos uma barreira invisível a nos empurrar para dentro da rua sem saída, como instinto peguei Bells e abracei. Surge um negro, de pele meio acinzentada, de óculos escuro e roupa de couro.

-Não vim para brigar. - sua voz era bem grossa.

-O que você quer vampiro infeliz? - Pergunto Lunna.

-ele quer que acabemos com ele. - Leah trincou os dentes.

-ainda não transforma. - ele respondeu calmamente. - No final deixarei minha eternidade ser ceifada por você, se assim desejar.

-Terei maior prazer. - a loba acinzentada disse com seu sarcasmo.

-Quero avisar que breve teremos um embate crucial no mundo sobrenatural. - o vampiro dizia. - quero lutar ao lado de Vocês. Aro prepara um exercito altamente qualificado, com muitos dons.

-Irá contra os seus? - Mel perguntou desconfiada.

-Não sou vampiro por desejo ou capricho. Me transformaram, vivi a maldição de sugar vidas. Poderia acabar com a minha existência, mas eles continuarão. Quero cortar o mal pela raiz.

-Sempre desconfiei que vampiros têm um parafuso a menos. - Lunna ponderou.

-Loba terás surpresa. Nada boa.

Isso a fez tremer, sua raiva sacudiu seu corpo violentamente, sem ao menos esperar ela avançou contra o sanguessuga, só que caiu de costas, por causa da barreira dele, rapidamente Seth amparou.

-O que você sabe vampiro? - Ela gritou descontrolada sendo contida por Seth. - O que você fez com ela?

-eu não fiz nada. - o morto vivo falou. - Foi Aro.

-Não importa, eu matarei todos se preciso. - ela rosnou.

-Não trará ela de volta, ela nunca mais será a sua irmã.

Nesse instante escutamos um som no fundo da rua, vimos três vultos, um cheiro eu lembraria para o resto da minha vida, Edward, esse era marcado na minha lista de extermínio, ele encabeçava. Do outro lado o tal Alec, nunca o tinha visto ao vivo, só pelo relatos de Bells, aquela cara de anjo dos demônio.

E no meio um ser com cheiro muito diferente, era uma mistura de fragrâncias, como tivesse colocado tudo dentro de um liquidificador e batesse, sem duvida era uma criatura única. Surge uma mulher de manto negro, vestimenta clássica dos italianos, o rosto numa copia idêntica do de Lunna, só tinha pele de morta, olhos vermelhos como seus cabelos, que no caso eram ondulados.

-Nãooooooooooooooooooooo – Lunna gritou. - Sanny, você....

Ela não conseguia falar, ninguém mais conseguia, todos estavam perplexos. Essa era a dor da loba, a irmã foi levada pelos volturi, se tornou algo bizarro. Sempre vou me surpreender com esse mundo mistico que vivemos.


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Notas finais do capítulo

Genteeeeeeeeeeee que bafo... Lunna sofre pela irmã levada.. mas vms saber direitinho dessa historia...
olha tem algumas ideias... q eu tirei de outras fics, com de outros filmes, como Blaide, ele caçava vampiro sendo um. no caso aqui o vampiro do bloqueio vai ser importante.
Agora o que virou Sanny? ela tem o cheiro diferente.... vms esperar pra vê....brigada pelo carinho sempre gentem....