Simplesmente nos deparamos com o nada, tudo estava escuro, e a velha Tóquio não estava mais iluminada, puxei meu celular, e atravessei a prova, os outros fizeram o mesmo, então percebi uma mudança, meu celular, um daqueles velhos, que abre e fecha se transformou em um potente Iphone.

Logo após isso, também senti outra coisa, algo pesando nas minhas costas, quando toco na coisa, Tóquio volta às luzes e o cheiro de fumaça de sempre.

Senti frio com a mão, resolvi puxar o que estava em minha camisa, uma lamina fria saiu de uma bainha que estava pendurada, e a lamina de apenas um gume, parecia ser da era Sengoku, é, admito, sou um pouco nerd em relação a historia japonesa.

Voltando ao assunto, ela tinha uma lamina de corte, e pesava bastante, sem duvida podia matar. Mas eu não, era um garoto meigo, segundo minha mãe, nunca mataria uma mosca. Ao menos ao ver dela...

Minha vantagem estava que já pratiquei Kendo, no ano passado, sabia um pouco sobre lutas com espadas, simples.

Se me deram isso, tem algum motivo aparente, acho que teremos que lutar por nossas vidas. Para salvar a vida, eu farei o necessário.

De repente, meu celular vibra, tocando repentinamente Objects of my Affection, quando clico com o dedo no botão verde, a voz de Igor emerge do nada.

–Se lembra de seu contrato garoto? Ele entra em validade agora, no seu celular, tem um aplicativo com um “P” no símbolo, em uma luta, se precisar de ajuda, é só clicar nele, nunca se esqueça de perguntar o nome... – Falou Igor, saindo do telefone.

–Perguntar o nome? Estranho... – Falo eu.

Resolvermos em andar, andar pela velha Tóquio, sem rumo, sem amigos, sem gente, só prédios, e um grupo de jovens armados, ao menos é isso que pensávamos.

No entanto, ouvimos um grito, um grito súbito, parecia ser de uma garota.

Corremos em direção, uma atmosfera pesada foi se gerando enquanto aquilo ocorria, depois de um tempo, realizei que não sabia o nome dos outros adolescentes armados.

–Meu nome é Kuroi. Já que estamos em combate, é bom saber o nome de vocês.

–Jocelyn. – Fala a garota ofegante

–Kyle – Fala o garoto.

Apertei o passo e cheguei antes deles. Pegando o triste momento, um monstro gigante, todo negro, com uma mascara e uma numeração em numerais romanos, acho que era 16, não vi direito.

Sangue se espalhava por todo o recinto que o monstro estava, pernas e braços jogados pelos cantos, e em um lugar, o símbolo de todos os outros assassinatos também se encontrava, a cabeça pendurada por uma corda, derramando sangue, o monstro lambia, lambia com gosto as miseras gotas de sangue que caiam.

Tive ânsias de vomito, logo os outros chegaram, e o monstro foi ficando inquieto puxei a espada.

O monstro ao ouvir o tintilar da espada, enlouqueceu, pulou em cima de mim, nada fiz além de pular pro lado, em forma de reflexo, o monstro passou reto, deslizando no sangue do recinto, bateu na parede e ficou atordoado, aproveitei e pulei em cima com minha espada, enquanto os outros estavam estáticos olhando para a cabeça da garota.

Encravei minha espada no pescoço da fera, e um sangue negro jorrou em minha face, logo evaporou, e o monstro aquietou-se.

–Tudo acab... – Falo eu sendo interrompido por um grito de dor e sofrimento, que soou tão alto como um motor de uma daquelas motos de milhares de cilindradas.

–AGORA A PORRA FICOU SERIA! – diz Kyle correndo.

Aperto o botão que Igor falou, tentando não acertar outra coisa, nada acontece.

Então grito desesperado:

–QUAL É O SEU NOME? – Uma coisa saiu de meu Iphone.

Não sabia por que, nem pra que, apenas uma voz ressoou em minha cabeça: “Shinigami”

O monstro foi retalhado pelas pistolas do meu monstro, ou seja lá o que era aquilo.

A coisa voltou para meu Iphone, Igor ligou Logo após o fim do conflito.

–Capture o monstro, é só fazer que nem você via os Power Rangers fazendo, aponta o seu celular pra ele, e só.

Fiz, e então o monstro foi subitamente engolido pelo celular.