- Nick! Ela não vai acordar! Pelo menos não agora. – Disse ela séria e triste ao mesmo tempo.

Voltei a olhar para Steph com lágrimas a caírem-me pelos olhos, quando dei por mim cai apoiando-me na sua cama, agarrei na sua mão e cai num choro de desespero, enquanto a chama pelo seu nome, praticamente aos gritos.

Stephanie POV

Quando ouvi a Alex dizer o nome de Nick, foi como se uma luz se acendesse dentro de mim, cheia de esperança, que aumentou o meu ritmo cardíaco. Conseguia ouvir a máquina ao meu lado acusar o novo batimento que tinha, rapidamente me controlei, ouvindo a discussão e desespero do Nick que se desenrolava. Agora, ele havia adormecido profundamente e toda a gente havia saído do quarto, deixando que as coisas acalmassem. Sentia uma vontade enorme de acordar e puder abraçá-lo, sentir o seu cheiro e os seus lábios nos meus, mas parecia que não conseguia mexer-me, estava a perder uma oportunidade de ver a cara do meu anjo antes que algo pior viesse a acontecer.

Respirei fundo e tentei abrir os olhos, com sucesso, pouco tempo depois consegui abri-los por completo, tentei falar, mas a voz não saia, sentia a garganta seca. Mexi a mão, qual ele agarrava e tinha a cabeça em cima, porém senti dores, mas estava tão determinada a faze-lo acordar, que ignorei-as e voltei a tentar, para minha sorte ele apercebeu-se e rapidamente abriu os olhos.

- Steph! – Exclamou ele em voz alta, o que me fez doer a cabeça. Queixei-me, fechando os olhos com força, para que ele se apercebesse.

- Oh desculpa anjo meu. – Disse ele com a voz mais baixa. Abri a boca tentando falar, mas não saiu nada. – Queres água? – Acenei com a cabeça, em sinal de sim.

Agarrou no copo de água que estava numa pequena mesa ao meu lado e pôs a palhinha na minha boca. Bebi até não haver mais no copo e voltei a encostar-me.

- Estás melhor? – Perguntou-me.

- Sim. – Consegui finalmente responder.

- Isto é tudo culpa minha. Eu não devia de ter discutido contigo sobre uma coisa tão estúpida. Não sei como não me lembrei que podias voltar para a casa do teu pai. Eu não mereço o teu perdão. – Começou, olhando para a minha mão, que voltara a agarrar.

- Neste momento não quero saber de nada Nick, apenas quero descansar… - voltou a olhar-me nos olhos. - …contigo.

Sorriu, tal como eu. Aproximou-se para me beijar, mas parou.

- Não, tu não queres que eu faça isto… - Disse, recuando.

- Anda cá, seu tolo mais lindo que eu conheço. – Com isto ele sorriu de novo e beijou-me apaixonadamente.

Tinha saudades de sentir a sua mão na minha bochecha e outra a agarrar a minha, dos seus lábios quentes e doces a tocarem nos meus, fazendo com que a dor passa-se. Do meu coração a acelerar, como que a reagir à doçura. Ele havia puxado a minha mão para mais perto do seu peito, onde consegui sentir o seu coração a acelerar ao mesmo ritmo que o meu. O beijo parou quando a máquina começou a acusar pulsações mais fortes e mais rápidas.

Permanecemos a olhar-nos nos olhos, com as testas encostadas e os corações acelerados, até que me apeteceu mais.

- E se me desses um daqueles beijos ainda mais…tu sabes, apaixonados…hãn? – Pedi-lhe. Ele deu um riso abafado com a proposta, fazendo-lhe um sorriso maroto.

- Não estás doente de mais para receberes beijos desses? – Retribuiu com um sorriso maroto.

- Faz-me bem.

- OK, convenceste-me.

Já estava na borda da cama, desejando estar sentada. As nossas bocas e línguas reencontraram-se mais uma vez, as nossas respirações mal se ouviam debaixo do barulho irritante que a máquina fazia devido à minha pulsação. De repente, era como se estivessem a abrir-me as feridas de novo, o meu coração não aguentou e senti-o a apertar-se, como se fosse parar. O Nick continuava a beijar-me e afastei-o apressadamente, quando reparei que ele tinha a mão dentro de uma ferida, era ele quem me apertava o coração, fazendo com que deixasse de respirar.

- Agora já não queres que te beije, pois não? – Perguntou sério, começando a rir maldosamente em seguida.

Por fim, acordei, gritando. Todos me olhavam, era apenas um sonho. Porém tinha-me sentado na cama, o que fez com que rasgasse pontos e, com a adrenalina a passar e a imagem do sangue a sair do meu corpo, gritei de dores, enquanto todos me olhavam preocupados. O Nick, como o meu irmão, o Taylor e todos os outros, aproximaram-se, mas ainda assustada e não acreditando que tudo havia sido um sonho que acabara momentos atrás, gritei para que Nick se fosse embora, e para que não me fizesse mal, enquanto me encolhia, pressionando todas as feridas que conseguia, com lágrimas de dor e tristeza a correrem-me pela cara.