#Tryssila

Passaram alguns meses e eu e Lore não tivemos mais noticias dos Kaulitz. A nossa vida estava normal de mais. Como sempre continuamos as estrelas da faculdade de música por sermos as filhas do dono e é claro, as mais talentosas, estilizas e as únicas que conseguiram ser amigas de Pietro Bellinni.

Pietro acabou se tornando meio que nosso melhor amigo e confidente. Ele inspirava confiança de um jeito diferente. Na segunda semana de amizade eu já estava contando os meus segredos para ele e com Lore não foi diferente.

Ninguém mais naquela faculdade e em nenhum outro lugar conseguia ofuscar o brilho que nós três tínhamos quando estávamos juntos.

Meu pai falou que essa semana teria uma palestra de uma banda alemã e que faz sucesso. Perguntei qual era a banda, mas ele disse que seria uma surpresa e que eu e Lore iríamos adorar. Talvez seja Scorpions ou Aloha From Hell. Ah, e a banda ainda vai dar maio que aulas nas turmas e de noite eles vão fazer um show na faculdade.

#Tom

Passaram-se alguns meses depois do aniversário do Georg e nunca mais nem ele, nem o Gust e nem Laryssa falam das Russolli. Mas graças ao investigador que colocamos para vigiá-las descobrimos que o pai delas ainda é dono da tradicional faculdade de música da família Russolli.

Eu e o Bill ficamos sabendo de um projeto que a faculdade fazia de levar bandas anônimas para tocarem lá. Muitas começaram o sucesso depois de fazerem a palestra e o show lá. Eu e o meu irmão Fomos falar com Paulo. Ele nos recebeu bem, conversamos bastante depois falamos o que realmente queríamos. Paulo concordou em fingir que vai convidar a nossa banda para tocar, fazer palestra e dá umas aulas na faculdade dele esse anos. E é claro, a banda vai aceitar.

Pedimos para que ele não falasse nada para as Russolli. Queríamos fazer surpresa.

Agora já estava faltando menos de uma semana para irmos naquela escola e vermos as Russolli novamente, talvez até conseguíssemos conversar com elas.

#Tryssila

- Paulo falou quem vai tocar daqui a três dias? – Perguntou Pietro para mim e minha irmão.

- Não, ele disse que quer fazer surpresa, mas ele disse que vamos adorar a banda e que já conhecemos.

- Então é surpresa?

- Parece que sim.

Fomos para aula e como sempre ouvindo comentários sobre nós, mas nem ligamos mais.

~//~

Já estava no dia do tal show da tal banda. Papai pediu para eu e Lore irmos mais cedo para ajudarmos ele na administração. Pietro se ofereceu para nos ajudar, mas preferimos não aceitar. Quando chegamos já tinham terminado de montar o palco. Os instrumentos da tal banda iriam chegar a menos de 1 hora. Ainda eram quase 7 da manhã sendo que a banda só chegaria as 10.

Depois de um tempo chegaram os instrumentos. E pelo o que eu pude perceber a banda tinham quatro integrantes. Então não era Scorpions. Eu e a minha irmã ajudamos a afinar e limpar os instrumentos. Aproveitamos e passamos o som também. Estava tudo pronto. Era só a banda chegar e tocar.

Depois de algumas horas os alunos já haviam chegado. Eu e a minha irmã estávamos na aula de projeto de música onde tínhamos que sentar em trio, então ficou eu, Lore e Pietro. Já sabíamos que a banda estava chegando a nossa sala para dar meio que uma aula de música. Falaram que eram 4 garotos. Ou seja, não era Aloha From Hell. Então qual banda alemã era?

As piranhas da minha sala estavam todas assanhadas ajeitando cabelo, retocando a maquiagem e passando perfume. Aquela sala parecia um clube secreto das piranhas. Depois de mais um tempo meu pai bateu a porta.

- Licença turma, trago para vocês a banda que vai dar uma aulinha. Tokio Hotel! – Olhei para a minha irmã na mesma hora com aquele clássico olhar de “Pronto, Fudeu!”. Agora não tinha como, teríamos que enfrentar.

- Rápido, abaixa a cabeça. – Disse Lore de uma forma que só eu escutasse. Abaixamos a cabeça na mesma hora.

- Isso não é meio infantil? – Disse eu baixo para que só ela escutasse.

- Pelo menos vamos tentar não olhar para eles.

- Eu gostaria que toda a classe se levantasse para recebê-los. – Disse meu pai adorando fuder comigo e a minha irmã.

Levantamos tentando manter a calma.

- Vocês estão bem? – Nos perguntou Pietro.

- Mas é claro que sim. Por que não estaríamos bem? – Eu respondi meio nervosa. Aquele encontro que eu e Lore tentamos adiar de todas as formas agora não tinha como.

- Vamos pular pela janela correndo! – Disse Lore.

- Ta biruta? Temos 21 anos. Temos que começar a enfrentar as coisas.

- Então vamos lá né.

Nessa hora o meu celular começou a tocar a música E.T da Katy Perry. Na mesma hora todos eles olharam para mim. Fiquei morta de vergonha. Gust olhou para mim meio que com um sorriso de “Oi” e o Georg estava tendo crise com a vergonha que eu estava passando. Tom e Bill olhavam para mim e para a minha irmã meio que paralisados.

- Filha, você deveria dar exemplo e deixar o celular desligado na aula.

- Ah pai, sabe como é, tenho uns contatos que nem na aula posso me desligar.

- Então não vai atender?

- Err... Vou né. – Quando atendi era mais um garoto que conseguiu meu número e que queria sair comigo, pedi para que ele ligasse depois. – Pronto, podemos continuar?

- Claro. Alunos, essa é a banda Tokio Hotel. Eles vão dar duas aulas para vocês hoje. – Ele se virou para os meninos e continuou: - Qualquer problema me chame.

- Pode ser. – Respondeu Georg já que o Bill e o Tom estavam paralisados olhando para mim e minha irmã. Eles meio que sacudiram os dois para meio que acordarem.

- Err... Olá, como eu acho que a maioria de vocês já nos conhece, acho que vamos despensar apresentações. Bem, vamos falar de cada um de vocês. Quero saber sobre vocês. É isso. – O Bill estava visivelmente nervoso. – Podemos começar por você. – Apontou para a minha irmã.

- Eu? – Perguntou ela sem entender isso.

- Sim, você.

- Por que não começa como todos os outros professores? Começa pelo aluno que ta sentado na primeira carteira de alguma fila do canto?

- Porque eu quero fazer uma história aleatoriamente. Então comece você falando. Err... Você é daqui de Los Angeles mesmo?

- Você sabe muito bem que não. – Lore olhou para ele com um olhar desafiador que o fez engolir a seco o que ela disse. Ela não gostou da forma que ele falou com ele.

#Lorena

Bill Kaulitz resolveu ser um professor clássico perguntando sobre a vida dos alunos. Mas eu nem imaginava que ele não seria clássico, mas sim uma pessoa arranjando um pretexto para fazer perguntas da minha vida. E ainda me deu um fora. Ele não vai receber respostas clássicas, com certeza não.

- E você tem irmãos?

- Você também já sabe a resposta dessa pergunta. – A turma não entendia as minhas respostas, mas foda-se, eu queria era deixar ele constrangido e nervoso, e isso eu já estava conseguindo.

- Não, eu não sei a resposta. Adoraria se você me respondesse.

- Ah, então quer dizer que não deixou de ser mentiroso?

- Você poderia responder as minhas perguntas sem me atacar com palavras?

- Não, não poderia. Acho melhor ir perguntar a outra pessoa. – Ele desviou os olhos de mim e se virou para outra pessoa e começou a perguntar.

A aula ocorreu normal depois disso. Eu e minha irmã só respondíamos bem as perguntas do Gust e do Georg. As garotas da sala só faltavam se jogar em cima deles. As que estavam de decote se inclinavam para o Tom e para o Bill. O tom olhava, mas depois olhava para Tryssi e fingia que não olhou para o decote. O Bill nem se dava o trabalho de olhar para elas.

- Céus, Lore, o que deu em você pra falar daquele jeito com o Bill? – Perguntou a minha irmã assustada.

- Não sei. Na hora me deu raiva por ele ter mentido para nós há 11 anos atrás. Não sei como, mas eu falei aqui tudo.

Nosso pai nos chamou para o camarim deles para explicar por onde eles iriam entrar no palco, a hora, etc, essas coisas... Chegando lá Georg e Gust vieram nos abraçarem felizes e os Kautitz ficaram boiando. Eles apenas ficaram olhando para mim e minha irmã quietos, mas o Bill me olhava com um pouco de raiva. Tom olhava como se fosse devorar a minha irmã.

Eles fizeram um show simplesmente perfeito, com músicas antigas e novas, com todas as músicas novas, até as que vieram de bônus no novo CD. Depois do show eles iriam tomar banho. Aproveitei para ir até a biblioteca para pegar algum livro.

Os corredores estavam vazios, todos estavam no ginásio da escola onde teve o show. Eu estava andando distraída pelo corredor quando eu me senti sendo puxada para dentro de uma das salas. Doeu um pouco quando as minhas costas bateram nas paredes fias e senti o meu corpo sendo pressionado e meu braço sendo segurado com força. Eu tinha fechado os olhos por causa da dor doas minhas costas e soltei um “Ai”. Senti uma respiração quente e pesada em meu rosto. Quando abri os olhos Bill olhava bem no fundo dos meus olhos e com um pouco de raiva.

- Nós precisamos conversar. – No que aquele garoto meigo se transformou?