Os Opostos também se Atraem Vol. Iv escrita por estherly


Capítulo 8
Os Scarpari


Notas iniciais do capítulo

Aqui irei destacar mais os Scarpari...
Bjs



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- Ryan, volte aqui! – gritou uma morena correndo atrás dele.

- Venha me pegar! – gritou Ryan correndo da pessoa.

            Ele ria, se sentia tão leve e feliz que nem reparou na pessoa que o seguia.

- LOIRO! – gritou a pessoa mais atrás. Ryan parou na hora. Lentamente se virou a tempo de ver a menina morena cair sobre ele. – Seu chato, por que parou?

- Dallas? – perguntou Ryan estranhando a amiga estar sobre ele.

- Quem mais? – perguntou ela rindo. Ryan ficou mais confuso ainda. Ela riu mais ainda, deu um selinho nele e, ainda rindo, saiu de cima dele para ir correr para uma árvore.

            Ryan ficou olhando estático para ela. Que diabos estava acontecendo ali?

- Dallas... – chamou Ryan.

- Que diabos você está sonhando comigo?! – exclamou Dallas jogando um travesseiro nele. Sobressaltado, Ryan sentou na cama, esfregou os olhos e viu onde estava e com quem estava. – Ein loiro? – perguntou Dallas erguendo a sobrancelha.

- Sonhei que estavam ti matando. – brincou ele. Ele não falaria “sonhei que namorávamos”.

- Vai se catar loiro. – falou Dallas jogando os travesseiros nele.

- Você joga muito fraquinho, peixinho. – brincou ele fazendo biquinho ao chamar a amiga pelo apelido dado pelo pai. Dallas ficou vermelha. Ninguém podia chamar-la assim, só o pai!

            A menina se atirou sobre a cama dele e começou a socar-lo, mais forte agora, com os travesseiros. Ryan não deixou barato. Começou a bater com os travesseiros nas pernas dela. Pena saltava para todos os lados.

- Ai! – gritou ela colocando a mão no pé e fazendo uma careta de dor.

- O que foi? – perguntou ele parando de bater. Ele deixou as almofadas de lado e se aproximou da amiga. – Você está bem?

- Agora estou. – disse ela deitando em cima dele. Prendendo-o embaixo do seu corpo. Ele fez uma careta de desgosto.

- Não vale. – murmurou ele. Dallas deu um sorriso de orgulho, já Ryan deu um maroto. Ele impulsionou o corpo, virando o jogo.

- Isso que não vale. – resmungou ela. Ele sorriu e ela mostrou a língua para ele.

- Vou arrancar fora a sua língua. – disse ele.

- Tente. – desafiou ela fechando a boca. Ryan sorriu malicioso e aproximou seu rosto do dela. – Ryan... – sussurrou Dallas fazendo o loiro parar a milímetros de distancia. Ryan observava a amiga de olhos fechados sob ele. Sorriu para ela, sabia que a amiga estava meio hesitante. Carinhosamente deu um beijo na testa da amiga. Dallas sorriu e abriu os olhos a tempo de ver o amigo se afastar. Ela sentou na cama e suspirou.  

- Cheguei! – exclamou Rafaela jogando sua mala no sofá da sala e indo para o quarto da filha. Sabia que era dia de semana de lua cheia, apenas Dallas estaria em casa. – Querida? – chamou Rafaela temerosa.

            Rafaela andava pela casa nervosa. Sentia o clima pesado. Olhava de quarto em quarto. Inexplicavelmente o medo crescia nela.

- DALLAS! – gritou Rafaela. O coração batendo cada vez mais forte. A loira ia em direção da escada, iria para o quarto da filha. – Deus. – murmurou ela assustada. Sua voz soltava toda a preocupação que sentia. Sua vontade era de gritar e ver Marcelo e Rafaela ali, ao seu lado, dizendo que todo aquele sangue que escorria pelos degraus da escada era de alguma carne que eles trouxeram para assar e não de alguém.

            Rafaela sabia que Marcelo estava na floresta e que a única pessoa ali era...

- DALLAS! – gritou Rafaela. A loira subiu as escadas da casa, seu coração a mil. O sangue percorria rapidamente todo seu corpo, para chegar no cérebro e acreditar que não era Dallas. – NÃO! – gritou Rafaela correndo para o corpo da filha jogado no chão.

            Rafaela estava paralisada. Nada saia do seu corpo a não ser as lágrimas. Lágrimas que demonstravam uma pequena parte da dor que ela sentia. Ela olhava abismada para o corpo da filha ensangüentado. A faca jogada mais adiante empapada de sangue.

- DALLAS! – gritou Rafaela como se os gritos fossem acordar a filha morta nos seus pés.

- RAFA! – gritou Ana Luiza, uma companheira de trabalho de Rafaela. – RAFA!

- DALLAS! – gritou Rafaela suando.

- Você ta bem? – perguntou Ana Luiza se afastando, possibilitando a loira de pegar o celular.

- Merda! – esbravejou ela errando o número do celular da filha.

- RAFAELA! – gritou Ana Luiza. Rafaela parou o que fazia e observou a parceira. – O que houve?

- A minha filha! – exclamou Rafaela. Lágrimas saiam dos olhos violetas dela. – Eu quero a minha filha.

- Calma! – exclamou Ana. – O que houve?

- Eu sonhei que a minha filha estava morta. – disse ela chorando se lembrando da filha ensangüentada. – Ana, eu quero ligar para ela!

- Pegue. – murmurou Ana entregando o celular para a parceira.   

- Vem Dallas! – chamou Cal puxando a amiga pela mão, para juntos pularem na piscina.

- MERLIN! – gritou Marcelly que estava na casa da madrinha lendo uma revista, agora molhada.

- Vamos, atenda. – sussurrava Rafaela nervosa.

            Ele corria. Estava atrás do alvo, mal sabia que ele também era. As árvores passavam por seus olhos como borrões verdes. Seus olhos estavam focados na mata que se movia indicando o alvo dele. Queria proteger sua família, nem que fosse preciso ficar dias sem ir para casa.

- Para seu louco! – mandou Dallas que acabara de voltar para a superfície. – Volte aqui seu loiro aguado! – gritou Dallas nadando atrás de Ryan. O barulho da água se movendo devido a energia deles, não permitia que Dallas ouvisse o seu celular tocar.

- Dallas pelo amor de Deus. – suplicava Rafaela não escondia as lágrimas. – Atenda filha.

- Filho da mãe! ­– xingava Marcelo. Acabara de perder seu alvo e a possibilidade de saber o que era o mesmo. Ouviu um barulho e ônibus e por instinto olhou. Sentiu seu coração saltar ao ver a pessoa na janela o olhando. Discretamente, sorriu.

- Não aconteceu nada. – dizia Ana que tentava, em vão, consolar Rafaela. – Você vai voltar para casa e ver Dallas e Marcelo. – dizia Ana. Rafaela fungou e olhou para o lado.

- Marcelo. – murmurou Rafaela ao olhar para o lado e ver um lobo escuro. – Merlin. – murmurou ela ao ver que ele sorriu para ela. Rafaela sorriu abertamente para ele. Se sentia um pouco mais aliviada. Sabia que pelo menos ele, estava bem. O problema agora era saber se Dallas estava.

- Rose. – chamou Scorpius aparatando. Um silêncio reinou na sala. Anne e Valeska pararam de montar o quebra cabeça. Lílian parou de conversar com Rose. – Eu não vou me separar de você. – começou ele. Rose se levantou.

- Por favor. – pedia ela. Não queria briga.

- Não Rose. Eu vou falar e você não vai me impedir. – disse ele.

- Não vou ficar ouvindo suas mentiras e ofensas. – disse ela se virando.

            Scorpius bufou e a puxou pelo pulso virando-a para ficar de frente a ele. Sem pensar duas vezes e com medo de perder-la, ele encostou a ponta da varinha no pescoço dela. Todos prenderam a respiração naquela hora.

- Você vai me ouvir nem que eu tenha que ti azarar. – ameaçou ele. Rose engoliu em seco. Sabia que ele não a atacaria, mas também não arriscaria. – Como é que era? Ah, sim! “- Então você fica com cada uma, como se fosse um teste para procurar a sua alma gêmea?”. – recordou ele. – Lembra o que você falou quando eu falei que sim?

- Que era uma idiotice. – respondeu Rose se lembrando da conversa no primeiro encontro deles.

- Não era. Graças a essas ficadas eu descobri que elas não eram minha alma gêmea. Por que a minha alma gêmea é você! – exclamou ele. Rose apenas ouvia. – Eu fiquei besta quando ti beijei pela primeira vez no parque. Eu ti acho, desde a primeira vez que eu ti vi, a pessoa mais bonita desse planeta. Sei que pode parecer estranho, mas eu não comi quando soube que ia voltar para casa e que aquela seria a última dança que teria com você.

- Scorpius... – começou ela. Por alguma razão não gostava de lembrar aquela época.

- Não Rose. Eu fiquei do seu lado nos pesadelos, nas maldições, na guerra. Por que eu ti amava. Tive vontade de acabar com Marcelo quando ele ti pediu em namoro nas duas vezes. Fiquei com Belle no vilarejo por que achava que você não me queria. Morri junto contigo quando você partiu. Você foi a primeira pessoa que eu tive a dança quando casado, acha que Belle se importou? Não, por que ela sabia que eu te amava. E nada mudou. Ainda te amo. Tanto que me casei contigo, sou pai de dois filhos maravilhosos onde você é a mãe.

- Scorpius... – começou ela novamente.

- Você me conhece faz anos. Sabe como é minha família e a idéia que eles tinham dos nascidos trouxas. Você sabe que eu me estouro e falo besteira. – exclamou ele. – Você é o meu oposto. Enquanto eu sou imperfeito para você, você é perfeita para mim. – disse ele. – Eu te amo. – disse ele finalizando. Rose sorria, sem querer saber, o puxou pela nuca selando um beijo. Scorpius a puxou para um abraço. Adorava sentir o corpo dela perto do seu.

- Não se solte de mim. – pediu ela.

- Nunca mais. – prometeu ele beijando o pescoço dela.

- Como é que é essa história do dindo? – perguntou Anne rindo levemente. Rose e Scorpius se separaram rindo.

- Eu fui namorada dele. – respondeu Rose. – Faz tempo isso. – acrescentou ela abraçando Scorpius.

- Cara, essa família é muito estranha. – comentou Anne voltando a montar o quebra cabeça. Rose riu e encostou o rosto no peito de Scorpius, mas logo se afastou quando sentiu o celular tocar.

- Alô. Oi Rafa. – exclamou Rose. Todos olharam para Rose. – Não, ela está lá em casa. Por... Calma! Não adianta ficar assim. Notícia ruim sempre vem rápido. Tudo bem que você... Liga! Liga... Espera aí. – pediu ela afastando o telefone do rosto. – O Jake está lá em casa?

- Está por que? – perguntou Scorpius.

- Tudo bem. Liga para ele ou para... Tá, antes de tudo respire. Beleza.

- Rose... – chamava Scorpius preocupado com a conversa delas.

- Você o quê?! – exclamou ela chocada. – Merlin, onde isso? Mas o que ele fazia aí? Tá, tudo bem. Beijos. – se despediu Rose desligando o celular.

- O que houve? – perguntou Lílian preocupada.

- Conseguiu?

- Foi por pouco.

- Mas conseguiu?

- Ele começou a vir atrás de mim. Deixei para lá mesmo. Mas, como eu vi que não conseguiria, fiz o plano de outro jeito. Mas acho que deu certo.

- Dallas você está bem? – perguntou Ryan deitando a amiga no chão frio. Ele sacudia a morena. – Cal, traz... Traz... Bosta. Traz...

- Toalhas! – disse ele entrando na casa.

- DALLAS! – gritou Ryan ajoelhado ao lado da amiga encharcada. – Vamos acender a lareira. Ela está congelando. – disse Ryan. – Valeu Cal. – agradeceu Ryan pegando as toalhas e secando a amiga. Uma tossida.

- Cof cof cof cof... – começou Dallas.

- Você está bem? – perguntou ele.

- Eu... – começou ela tonta. – Está girando.

- Se acalme. – pediu Ryan aconchegando ela nos braços.

- Tá frio. – disse ela se aconchegando nele.

- Eu estou aqui. Relaxe. – pediu Ryan. – Consegue levantar?

- Acho que sim. – murmurou ela. Ryan ajudou ela a se levantar e juntos foram para a lareira.

            Merda. Não pode começar a chover agora. Não agora. Só mais um pouco. Eu consigo sentir o cheiro do alvo. Merlin, tudo de volta não. Tenho que trabalhar, hoje é a penúltima noite de lua cheia. Suspiro e volto a farejar.

- Você está bem? – perguntou Ryan tirando alguns fios de cabelo do rosto dela.

- Fique comigo. – pediu Dallas se aconchegando no colo de Ryan.

- Sempre peixinho. – disse Ryan vendo Dallas sorrir.

- Só vocês podem me chamar assim. – murmurou ela. Ryan sorriu e beijou a testa da amiga. – Estou com sono.

- Vá para o sofá. – aconselhou Ryan.

- Vai chover. Eu quero ir para a rua. – disse ela. – Na chuva.

- Você não pode.

- Está no meu sangue. – murmurou ela sonolenta. Ryan lembrou do pai biológico de Dallas e suspirou.

- Tem sacada lá em cima. – murmurou ele.

- Na verdade, eu fico aqui. A chuva está diferente. – respondeu ela sonolenta.

- Venha. – chamou Ryan e erguendo Dallas que estava cambaleante. – Deite peixinho.

- Fica comigo. – pediu ela puxando Ryan pelo braço fazendo-o deitar ao lado dela.

- Agora dorme.  – pediu ele vendo ela relaxar nos seus braços.


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Notas finais do capítulo

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