Os Opostos também se Atraem Vol. Iv escrita por estherly


Capítulo 3
Perdas, voltas e descobertas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Leiam o final, é importante!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/116495/chapter/3

- Marcelly venha me ajudar! – gritou Lílian chamando a filha.

- Não! – gritou Marcelly em resposta.

- Não sei o que fazer com ela. – suspirou Lílian cansada.

- Ignora. – aconselhou Valeska. – É o melhor. – disse ela. Lílian sorriu e beijou o topo da cabeça da filha mais nova.

- Filha, o seu avô vem aqui hoje. – disse Lílian.

- O Vovô Raul? – perguntou Valeska. Lílian deu uma fungada.

- Sim filha. – respondeu Lílian respirando fundo. Queria se mostrar forte para a filha.

- Não gosto de ver você assim. – disse Valeska abraçando a mãe.

- O que houve? – perguntou Jake chegando na cozinha.

- A mãe ta triste por causa do Vovô Harry. – respondeu Valeska se afastando da mãe que foi puxada para um abraço pelo pai.

- Pronto. – disse Jake alisando os cabelos de Lílian. – Nós estamos aqui.

- Oh Jake. – murmurou Lílian o apertando num abraço sufocador. – Faz cinco anos.

- Querida, você quer visitar-lo? – perguntou Jake. Lílian ainda com o rosto escondido no ombro de Jake fez que sim com a cabeça. – Valeska...

- Eu vou para a casa da tia Rô. – disse Valeska. – A mana quer ir na casa da amiga dela.

- Eu vou chamar-la. – disse Jake saindo da cozinha. Valeska ficou observando a mãe.

- Mãe, não fique assim. – pediu Valeska abraçando a mãe que a apertou num abraço.

- Eu ti amo querida. – disse Lílian.

- Eu também mãe. Muito. – disse Valeska antes de se separar da mãe. – Eu vou para a casa da tia. – disse ela. – Tchau. – se despediu Valeska.

- Cuidado querida! – pediu Lílian Valeska fez uma careta.

- Tchau pai. – se despediu Valeska.

- Tchau princesa. – disse Jake vendo a filha ser consumida pelas chamas verdes.

- Dallas, já falamos sobre isso milhões de vezes! – exclamou Rafaela. Dallas estava sentada de cabeça baixa no sofá da casa do pai. Marcelo estava se braços cruzados e sério. – Estamos separados! Temos que conhecer novas pessoas!

- Mas você e o papai devem ficar juntos! – exclamou Dallas indignada.

- Dallas! Não devemos. – disse Rafaela. – Não temos obrigação!

- Mas... – começou Dallas sentindo-se injustiçada.

- Peixinho. – começou Marcelo. Ele se ajoelhou para ficar na altura da filha. – Olha, eu sei que você nos ama. Nós também ti amamos, mas sua mãe escolheu não morar comigo. Mesmo amando a sua mãe, - começou ele rindo internamente dos olhos brilhantes de esperança de Dallas. – nós não voltaremos. Na verdade, ela não quer voltar.

- Viu mãe? Papai ainda ti ama! – disse Dallas como se aquilo fosse um bom motivo para eles voltarem.

- Mas eu não amo ele! – exclamou Rafaela vermelha. Nunca mentiu tanto na sua vida.

- Na próxima, seja mais discreta. – murmurou Marcelo saindo dali. Dallas olhou feio para a mãe. Rafaela suspirou vencida.

- Eu vou falar com ele. – murmurou ela emburrada.

- Eu vou para os Malfoy enquanto vocês conversam. – disse ela indo para a lareira.

- Marcelo... – começou Rafaela. Marcelo estava na cozinha, as duas mãos apoiadas no balcão, olhava para baixo.

- Não Rafaela. – cortou Marcelo. Rafaela ficou quieta. – Eu ti amo caramba. Ti amo desde o dia que eu ti vi naquela chuva! Eu me encantei pelos seus cabelos loiros pelos seus olhos violetas, por você! – disse ele. Rafaela ficou quieta. – Eu fiquei do teu lado quando soubemos que não podia engravidar. Eu dei a idéia de adotarmos uma criança para você não ficar triste. Criamos Dallas juntos. E então você foi raptada. Fiquei abalado com isso. Fiquei furioso com a situação. PASSEI HORAS ESTUDANDO A PORCARIA DA MITOLOGIA GREGA PARA SABER COMO CHEGAR ATÉ VOCÊ O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! EU FUI ATÉ O INFERNO RESGATAR VOCÊS! PASSEI POR SEREIAS, ESCALEI MORROS DE 2000 METROS DE ALTURA, TIVE PESADELOS TERRIVEIS, E CHEGUEI NA MEDUSA! O SER MAIS ABOMINAVEL DA TERRA PARA TI RESGATAR! POR QUE EU TI AMAVA! AINDA TI AMO! PASSEI POR TUDO ISSO PARA QUÊ? PARA CHEGARMOS AQUI E VOCÊ ME DIZER QUE NÃO ME AMA MAIS? QUE QUER SEPARAÇÃO POR QUE É O MELHOR? POR FAVOR! – gritou ele passando por ela. Ele parou e se virou para ela. – Saiba que apesar de tudo, eu ainda ti amo. – disse ele indo em direção da porta.

- Marcelo. – chamou Rafaela se aproximando dele. Ele se virou e se assustou com a aproximação de ambos. – Eu também ti amo. – disse ela puxando ele pela nuca.

            Marcelo apertava sua cintura forte enquanto Rafaela o puxava pelos cabelos.

- Não se afaste de mim. Não me deixe. – suplicava Marcelo beijando o pescoço nu da loira.

- Não farei. Prometo. – disse ela aproveitando a sensação de sentir os lábios macios de Marcelo mordiscando avidamente seu pescoço. – Eu ti quero.

- Eu ti quero há oito anos. – disse ele encaixando ela na sua cintura e sumindo pelos corredores.

- Oh pai. – murmurou Lílian sentada na grama úmida. – Por que teve que ir? Dar uma de herói? – perguntava Lílian. – Eu sinto tanto a sua falta. – começou Lílian. A ruiva não escondia as lágrimas que passeavam pelo seu rosto. – Lembro dos momentos que passamos juntos, das brigas, das brincadeiras. Lembro de quando fizemos a sabotagem para o Alvo no aniversário dele. Lembro de quando eu fui andar de bicicleta e cai. O senhor deve se lembrar. Eu me machuquei feio e você me curou. Você era o meu herói. Ainda é. Mesmo eu sendo adulta, casada e mãe, você sempre será o meu herói. Você lutava com os bichos papões do meu quarto e eu ti admirava. Você me dava tudo o que eu queria por que não queria passar pelo o que você passou e eu ti amava. Você era o melhor. Você é muito mais que O Eleito, o Menino Que Sobreviveu. Você é o meu pai. O homem que me viu nascer, o homem que me deu seus olhos lindos, o homem que lutava com comensais e seres das trevas e chegava na hora do jantar. O homem que unia a família. Mamãe também, mas você mostrava que precisava de uma. Na nossa idade você nunca passou dos seus tios. O homem que ficou bobo com os netos.

- Querida... – começou Jake se sentando do lado de Lílian e a abraçando pelos ombros. Lílian ainda olhava para a foto de Harry na lápide.

- Então você foi numa missão. E voltou doente. – Lília soluçava. – Cuidamos do senhor, mas eu tinha filhas para cuidar. E então você partiu. Deixando uma família. Mulher, filhos, netos, amigos. Uma legião de pessoas que não se esquecerão do senhor e talvez esse é o problema. Não se esquecer de você. Eu sinto a sua falta. Eu quero você aqui comigo, quero poder deitar no seu colo e saber que tudo ficará bem. Quero sentir o seu abraço e me sentir segura. Por que eu sei que você me protegerá. Eu quero você de volta, mas é impossível. Estou acostumada com tantas perdas tanto nas guerras que tivemos quanto no hospital e não me acostumei com a sua. Talvez por que pareça impossível ou talvez por que a ficha não caiu ainda. Independente do que é, ti perdemos.

- Ruiva... – começou Jake. Não gostava de ver ela assim. Partia seu coração.

- Já estou terminando amor. – assegurou ela. – Eu sei que eu devia ter dito tudo isso quando você foi enterrado ao lado da vovó e do vovô, mas parecia impossível. O Menino que sobreviveu do Lord mais destemido, o menino que lutou contra ele, o homem que viu a morte, que lutou em várias guerras, estar morto. Mas você está. E temos que aceitar isso. Por mais duro que possa ser. – Lílian suspirou e se levantou. Jake a acompanhou. - Eu ti amo meu herói. – disse Lílian depositando um lírio branco na grama que cobria o caixão de Harry Potter.

- Venha. – conduziu Jake calmamente até o final do cemitério. – Vamos tomar alguma coisa? – sugeriu Jake.

- Eu ti amo Jake. – disse Lílian se virando para ele. O moreno sorriu.

- Eu também me amo. – disse ele. Ela começou a rir.

- Seu bobo. – disse ela rindo. Jake parou de andar e puxou pelo braço fazendo ela ficar perto dele.

- Um bobo que ti ama. – disse ele aproximando o seu rosto do dela e a beijando.

- Oi gente. – disse Valeska saindo da lareira. Tinha um sorriso natural no seu rosto, mas quando viu a situação na casa dos Malfoy seu sorriso desapareceu. Sentiu as chamas voltarem e alguém aparecer.

- Valeska! Oi. – cumprimentou Dallas apertando a amiga num abraço.

- Oi Dallas. – disse Valeska com um sorriso. – Parece que todos tiveram a mesma idéia.

- O que aconteceu? – perguntou Dallas saindo da lareira e se aproximando de Ryan.

- A Rose desmaiou. – disse ele.

- E o que isso tem de mais? – perguntou Dallas com a sobrancelha erguida.

- A Rose tinha uma cicatriz e quando ela caiu, ela caiu sobre os pratos quebrados.

- Ai... – murmurou Dallas.

- Tio, ela ta bem? – perguntou Valeska.

- Valeska! O que faz aqui? Raul não ia visitar vocês? – perguntou Scorpius.

- Acho que ainda vai, mas a mamãe ficou com saudades do vovô Harry.

- Ah, claro! – disse Scorpius.

- Oi tio, ela vai ficar bem né? – perguntou Dallas.

- Vocês combinaram ou o quê? – perguntou Scorpius novamente. Dallas ergueu a sobrancelha. – Sim, ela vai ficar.

- E o ferimento? – perguntou Dallas apontando para a cicatriz novamente aberta no corpo de Rose.

- Consegui controlar. – disse ele. Ouviram alguém se remexer e todos os olhares se focaram nela. – Amor, você está bem? – perguntou Scorpius se agachando e ficando na altura que ela estava no sofá.

- O que aconteceu?

- Ti encontramos desmaiada.

- Eu desmaiei?

- Sim.

- Por que?

- Não sabemos. – respondeu Scorpius. Rose começou a se lembrar. Ryan foi mexer na panela e ela colocar os pratos quando viu Isabelle. Depois de Ryan ter saído, Isabelle falou com ela.

- Belle... – murmurou ela.

- O quê? – perguntou Scorpius confuso. Ryan ergueu a cabeça e ficou olhando para Rose, esperando ela terminar de falar. - O quê a Belle tem haver com isso?

- Eu vi ela. – disse Rose nervosa. Não sabia qual seria a reação do marido. 

- Rose eu acho melhor você descansar. – disse ele frio saindo dali. Rose viu o loiro sair e voltou a olhar para as crianças ali.

- O que fazem aqui? – perguntou ela.

- Mamãe foi visitar o vô Harry. – respondeu Valeska.

- E os meus pais estão conversando. – respondeu Dallas.

- Mãe, você está bem? – perguntou Anne.

- Sim meu bem. – disse Rose apertando a filha num abraço. – Por que está chorando?

- Eu tive medo de perder você. – respondeu ela escondendo o rosto no peito da mãe.

- Você não vai me perder. – disse Rose.

- Promete?

- Prometo. – disse ela sorrindo para a filha. – Por que vocês não vão brincar?

- Tá bom. – disse as crianças. Anne deu um beijo na bochecha da mãe e saiu.

            Rose suspirou. Ela não estava ficando louca! Ela viu Isabelle na sua frente. Ela viu! Não poderia ter ficado doida! Isabelle chegou a falar com ela! Merlin, ela não estava ficando louca, estava?

- Merlin, estou delirando. – murmurou Rose pegando um copo com água e bebericando.

- Não está. – disse Isabelle no mesmo canto que estava. Rose deixou o copo cair também, estava vermelha. Pegou a varinha e apontou para Isabelle.

- Já chega. – disse Rose irritada. – Riddikulus.

- Eu não sou um bicho papão. – disse ela. – Ei, você tem medo de mim? – perguntou a loira divertida com a sobrancelha erguida.

- Não, é que... – começou Rose. Definitivamente estava ficando louca. – É que não existe outra explicação para mim além de você ser um bicho papão.

- Não posso ser um fantasma? – perguntou Isabelle.

- Isso seria impossível.

- Tão impossível que estou aqui. Estou morta. – disse ela apontando para manchas que tinha na sua roupa. Mancha escura, sangue. – E estou aqui. Hogwarts não tinha fantasma?

- Por que está aqui? – perguntou Rose sentindo-se tola por estar falando com ela.

- Por que não achei a luz. – disse Isabelle brincando. Rose riu.

- Você faz falta para nós. – disse Rose. Isabelle sorriu.

- Eu sei. – respondeu ela passeando pela cozinha. – Como ele está grande.

- Cresceu né?- comentou Rose ao lado de Isabelle vendo as crianças brincarem no pátio.

- Ei, cadê o seu menino? – perguntou Isabelle reparando só ter o seu menino ali no meio.

- Morreu. – disse Rose olhando para baixo. – Na hora do parto, ele estava numa posição errada e se enforcou com o cordão. – disse Rose sentando na cadeira que tinha ali. Lágrimas caiam abertamente pelo seu rosto.

- Amor, me desculpe. Não queria ser grosso contigo. – disse Scorpius aparecendo na cozinha e abraçando Rose. Rose ficou assustada. Olhava para Isabelle que ria silenciosamente.  – É que eu acho impossível isso.

- Hogwarts não tinha fantasma?  - perguntou Rose. Scorpius engoliu em seco.

- Tinha, mas é diferente. – disse ele.

- Por favor. – pediu Rose. Sabia que apenas ela podia ver Isabelle. – Não vamos discutir isso agora.

- Tudo bem. – disse Scorpius suspirando. – Como está o ferimento? – perguntou ele levantando a blusa dela.

- Está bem. Não afetou ele. – disse ela.

- Que bom. – disse Scorpius. Segundos depois, ele percebeu o que ela tinha falado. Ergueu a cabeça e ficou olhando para ela. – Como? Quer dizer que... Que você está...

- Sim. – disse ela. – Um menino.

- Rose, eu ti amo tanto. – disse ele apertando ela num abraço e beijando seus lábios.

- Eu também querido. – disse Rose o apertando no abraço. Olhou para Isabelle e viu ela sorrir feliz. Rose sorriu em resposta e deitou a cabeça no ombro do loiro.

- Vai voltar para casa? – perguntou Marcelo apertando Rafaela num abraço.

- Vai me aceitar? – pergunto ela hesitante.

- Sempre ti aceitarei. – disse ele dando um selinho demorado nela. Marcelo esticou a mão e pegou um objeto no criado mudo. – Rafa?

- Hun? – perguntou ela se aconchegando no peito de Marcelo.

- Casa comigo? – perguntou ele. Ela ficou olhando do anel para ele.

- Claro que sim. – disse ela beijando ele.

- Eu ti amo. – disse ele.

- Eu ti amo mais. – disse ela beijando ele por completo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, alguns recados!
* O bebê do primeiro capítulo, era apenas um personagem qualquer. Era para vocês pensarem que a Rafa estava sendo enterrada.
* Alguns não entenderam o lance da Belle, ela explicou tudo. * E alguns ficaram confusos com o capítulo do terceiro volume, "mas a Rafa não foi petrificada?"... No decorrer da história entenderão.
* Gente, esta fic não tem aventura e guerra. É uma fic familiar, e retrata o dia a dia. Portanto, não será totalmente livre para todas as idades.
* Nos avisos, temos homossexualidade, futuramente verão o motivo.
* Quem tiver idéias para os personagens, estejam a vontade para falar. Por exeplo, uma amiga deu a idéia de alguém ir na livraria com a filha. Entenderam? Deem opiniões!
* Obrigada por ler tuuudo isso. Qualquer dúvida, perguntem! Amo responder!!
* O que acharam do capítulo??
* Beijooosss!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Opostos também se Atraem Vol. Iv" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.