Os Opostos também se Atraem Vol. Iv escrita por estherly


Capítulo 2
Cinco anos...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Mais um capítulo.
Beijos



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Já faz cinco anos. Cinco anos que ti perdemos. Cinco anos que não vimos o seu sorriso no seu rosto. Cinco anos que não ouvimos o seu riso. O nosso caso foi o mais estranho de todos. E depois de tudo que passamos você se vai. Numa atitude heróica devo dizer. Morrer no lugar de alguém que você ama, parece um bom jeito de partir. Poderíamos ter pensado numa solução. Juntos. Você ainda estaria viva e eu não seria pai solteiro. Estamos chocados. Tristes, mas como você diz. Não devemos ficar assim. Mas isso parece impossível.

\t\t  Já me acostumei com a nossa perda. É uma pena você não estar aqui. Perdeu as primeiras palavras de Ryan. Você teria nos matado se ouvisse. A primeira palavra dele era “Pomo”. Tudo bem que “papa” para mim e “mama” para a Rose foi a quarta e a sexta respectivamente, mas o que vale é a intenção. Perdeu também ele dar os primeiros passos. Obviamente depois de andar várias vezes com o andador. Ele andava e caia. Era de dar pena, mas olhe pelo lado positivo. Ele aprendeu que sempre que cai, ele precisa se levantar.

\t\t  Agora que ele dorme no quarto, com uma cama mesmo, ele quis decorar o quarto. Tem várias coisas de quadribol e várias fotos suas. Ele se culpa pela sua morte, diz que se ele não tivesse nascido, você não teria morrido. É um sacrifício fazer ele tirar essa idéia da cabeça e colocar na cabeça dele que nós o amamos muito e que, já que você deu a vida por ele, ele não poderia se culpar. Já que foi uma escolha sua. Mas, não estou aqui para falar sobre as suas decisões. Você escolheu morrer pelo nosso filho, você morreu, passou-se cinco anos, você não voltou e não voltará. Fato.

\t\t  Agora Ryan tem uma irmã. Eu sei que Rose tinha dito que estava grávida de gêmeos, mas... É doloroso falar disso, Rose fica triste. Não posso culpar-la. Sonhos que foram desperdiçados por causa de uma posição. Steve, ele morreu no parto. Foi uma tristeza, Rose não larga Anne. Ryan anda toda hora nos Scarpari. As vezes Dallas aparece aqui. São muito unidos. Queria que você visse o nosso casamento. Rose, resolvera usar um vestido pérola... Lindo nela. Ela já é perfeita, e com o vestido... Merlin!

\t\t  Aqui me despeço. Anne quer que eu vá comprar sorvete com ela, Rose está conversando com Marcelo. Ah! Eu já falei que a Rafaela se separou do Marcelo? Uma semana depois de sairmos daquela caverna. Um dia depois de você ser enterrada. Rose me contou que Rafaela contou o verdadeiro motivo. Ela queria proteger-lo. Sabemos que o perigo nunca dorme, por isso temos que estar em alerta sempre. Ela pensa que longe um do outro, caso ela seja seqüestrada novamente, ele não sofre. Mas, isso é muito sonserino da parte dela. Talvez ela não tenha pensado como ele ficaria com a separação. Ou talvez como ele está. Ela sabe que ele a ama ainda. Mas não. Ela não volta e ele sofre.

\t\t  Jake e Lílian tiveram uma outra menina. Valeska. Uma homenagem a avó paterna do Jake. Ela é da mesma idade que Anne, as duas são unidas.

\t\t  Agora eu tenho que ir. Anne está puxando a manga do meu casaco. Ela ti mandou um beijão. Todos mandam beijos.

\t\t  Descanse em paz. Do seu amigo, Scorpius Malfoy. ”\t\t\t 

- Pai. – chamou a menina pela milésima vez.

- Oi princesa. – respondeu Scorpius se agachando e ficando na altura da morena.

- Vamos tomar o sorvete? – pediu ela. Scorpius sorriu para ela. Ela é perfeita.

- Vamos. – assegurou ele.

- Cadê o mamão? – perguntou ela. Scorpius riu. Desde que Rose leu um livro infantil para ela, Anne chama Ryan de mamão.

- Com Dallas. – respondeu Scorpius como se fosse óbvio. Anne soltou um muxoxo. Scorpius riu e ajeitou ela no braço. – Quer chamar eles?

- Se eu chamar eles posso ganhar um sorvete grandão? – perguntou ela.

- Não. – respondeu Scorpius sério.

- E se só nós dois pai? – perguntou Anne com os olhinhos brilhando. Scorpius olhou para os lados como se contasse um segredo.

- Aí a sua mãe não pode saber. – respondeu ele com um sorriso maroto. Anne sorriu abertamente.

- PARA A SORVETERIA! – exclamou ela.

- Shíí... – falou Scorpius com o dedo na boca. Anne colocou as duas mãozinhas na boca.

- Desculpa. – pediu ela. – Para a sorveteria! – sussurrou ela como se estivesse gritando. Scorpius riu e depois que confirmou que Anne estava firme, ele aparatou.

- Não quero a mamãe com outros caras. – resmungou Dallas desligando a TV.

- Por que? – perguntou Ryan terminando o sorvete.

- Ela gosta do papai. – respondeu ela dando uma bocada no sorvete.

- Mas eles não estão juntos. – respondeu Ryan confuso.

- Adultos são complicados. – murmurou Dallas.

- São mesmo. Rose brigou com o papai por que ele tinha dado sorvete para mim antes do almoço. – murmurou Ryan emburrado. Toc toc.

- Deve ser o Bob. – murmuro Dallas cansada. – Não agüento mais eles.

- Já falou com a Tia Rafa? – perguntou Ryan indo até a porta com ela.

- Já, ela não me escuta. – respondeu ela com a mão na porta. – Cansei. – disse ela antes de abrir a porta. Eles abriram a porta e se depararam com um homem baixo, gordo e quase careca. Os fios escuros na cabeça realçavam os olhos extremamente verdes.

- Oi. Eu vim buscar a Rafaela para o almoço. – disse o homem. Dallas olhou para Ryan e voltou-se para o homem.

- Ah sim. Você deve ser o Jack. – disse Dallas com um sorriso. Ryan entendeu a jogada da menina.

- Não Dallas. Ele é o Scott. – disse ele. O homem começou a ficar confuso e vermelho.

- Não. Ela falou outro nome. Dylan! – disse ela com um sorriso.

- Não Dallas! – exclamou Ryan fingindo estar frustrado. – Dylan é depois de amanhã. Hoje é o... Como é o nome dele... – começou Ryan fechando os olhos fingindo estar pensando.

- BOB! – exclamou Rafaela aparecendo na sala.

- Isso! – exclamou Ryan.

- Estou pronta. – disse Rafaela alisando a saia. Sorrindo, ela viu Bob ficar vermelho.

- Desculpe Rafaela. – disse ele ficando vermelho. – Mas não vou ser o homem de hoje.

- O quê? – perguntou Rafaela confusa.

- Tchau. – disse ele se virando e saindo dali. Rafaela estava estática.

- O... O quê aconteceu? – perguntou ela vendo Bob sair dali.

- Ele se foi. – disse Dallas sorrindo discretamente para Ryan. Rafaela respirou fundo e pesadamente. Estava ficando vermelha.

- Ryan, acho melhor você ir para casa. – disse Rafaela séria ainda olhando para Dallas que olhava para baixo. – Vou conversar com Dallas agora. – disse Rafaela.

- Tá bom. – disse Ryan. – Tchau tia. Tchau Dallas. – disse Ryan batendo no ombro dela e indo para a lareira.

- Dallas Da Silva Scarpari! – exclamou Rafaela. Aquilo foi a última coisa que Ryan ouviu antes de sair na lareira dos Malfoy.

- Rose! – exclamou Ryan andando pela sala.

- Oi querido! – cumprimentou Rose com um avental. – Tão cedo?

- A tia foi brigar com a Dallas. – disse ele. Rose riu.

- Quer vir fazer o almoço comigo? – perguntou Rose apontando para a cozinha.

- Eu quero! – exclamou ele correndo para a cozinha.

- Vamos arrumar a mesa? – perguntou ela. Ryan fez uma careta acompanhada de um muxoxo. – Ok. Você mexe a panela com o molho enquanto eu arrumo a mesa.

- Tá bom. – disse ele subindo num banquinho de madeira.

\t\t  Rose pegou quatro pratos e se dirigia para a mesa quando olhou para Ryan. Mas algo fez sua cabeça e seus olhos se focarem em algo que estava parado no meio do caminho. Nada. Essa foi a reação da morena ao ver aquilo. Deixou os pratos caírem e se espatifarem no chão em mil pedacinhos. Ryan pulou do banquinho assustado. Rose ainda encarava aquilo que a fez deixar cair os quatro pratos.

- Rose, você está bem? – perguntou Ryan se aproximando de Rose.

- Não! – exclamou ela. – Não venha. É perigoso. – disse ele se levantando. Mas Ryan não queria ouvir-la. Queria ajudar a madrasta. Calmamente ele foi até ela, mas por um descuido, ele se cortou.

\t\t  Lágrimas desciam do rosto do loirinho. Rose viu e puxou ele para longe dos cacos de vidro dos pratos. O olhar passava de relance por aquilo. Talvez para se certificar que ainda estava ali ou talvez para ver se estava ou não ficando louca. Rose se ajoelhou e pegou o pequeno braço cortado.

- Calma. – disse ela. – Vai melhorar. – disse ela fazendo um movimento com a varinha. O machucado se fechou. – Melhorou? – perguntou ela carinhosamente. Ryan assentiu com a cabeça. – Pronto. – disse ela por fim.

- Obrigado mãe. – disse ele apertando ela num abraço. Rose ficou estática e pálida em seguida, seus olhos ficaram focados no motivo para ela ter derrubado os pratos.

- Chegamos! – exclamou Scorpius na sala. Ryan se soltou de Rose e foi correndo para a sala. Rose se ergueu e foi em direção daquilo. O som do sapato pisando no cacos de vidro eram ecoados na cozinha silenciosa. Rose andava como se estivesse hipnotizada. Era impossível. Simplesmente impossível. \t    

\t\t  Ela chegou na frente do motivo. Ainda com os olhos vidrados nele, ela esticou o braço. A mão indo de encontro com o motivo, na esperança de ser real. Errado. O mão atravessou o motivo e encostou na parede fria. Os olhos observavam atentamente o motivo.

- Impossível. – murmuro Rose. Foi a única coisa que conseguiu dizer.

- Eu falei que nos veríamos mais tarde. – disse ela com um sorriso. Rose não conseguiu dizer nada. O coração deu uma falhada, tudo rodou rápido de mais. Ela ia perdendo a noção e a postura. Estava ficando tonta e aquela imagem a deixava mais confusa ainda. Perdeu os sentidos e caiu na escuridão, onde a última imagem que ela viu, foi de Isabelle Becker sorrindo para ela.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Valeska foi um nome dado por um amigo. Obrigada!
Comentem!!
Beijooos.



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