The Revenge

“Eu não agüentei ver aquela cena, mas era preciso, eu tinha que matar aquela criatura, pelo Tai.”

Estavam todos horrorizados com aquela cena, eu estava sentindo ódio de mim mesmo, por não poder ajudar o meu amigo, mas eu não poderia apenas deixá-lo ir e não fazer nada. O causador da sua morte estava a minha frente nos observando. Era uma pequena criatura muito estranha, parecia uma salamandra obesa, era meio rosada, possuía presas e garras grandes, a princípio andava com quatro patas, mas depois de se alimentar mais um pouco de Tai, já conseguia andar sobre duas patas, seus olhos eram negros, mas ela possuía algo estranho na barriga, parecia um olho, que ficava se mexendo e nos observando. Foi então que ela veio:

- Cuidado com essa criatura, precisamos destruir o coração dela e encontrar o tal chip que o Tai mencionou. – Eu dizia para o grupo.

A criatura continuava a nos observar, parecia que estava escolhendo sua próxima vítima, mas isso não iria acontecer. Depois de tanto observar, ela resolveu dar o bote:

- Saya cuidado! – Gritava Kouta.

- O quê? – Dizia Saya sem ver nada.

Quando ela se virou, via a criatura com as presas abertas, para matá-la, a sorte que Busujima estava por perto, e com apenas um movimento, partiu a criatura no meio com sua espada.

- Uau, que golpe hein. – Disse Igou.

- Acho que isso não foi o suficiente, olhem. – Dizia Saya.

A criatura estava se refazendo, seus músculos separados se prendiam um ao outro, o olho da barriga não parava de se mover e nos olhar mais ainda, precisamos achar o coração dessa criatura o mais rápido possível.

- Busujima tem algum plano? – Disse Rei.

- Temos que achar o coração dessa criatura logo.

- Mas como iremos conseguir você a partiu no meio e ela voltou ao normal. – Disse Kouta.

- Kouta tem razão, será que o coração tem haver com aquele olho estranho? – Disse Saya.

- Será? – Perguntou Igou.

- Vamos arriscar, cuidado ai vem ela. – Avisei aos outros.

Com muita velocidade, a criatura vinha em nossa direção, agora ela vinha com mais raiva, e com intenção de matar todos.

Igou se afastava um pouco, Saya fora para perto de Igou, Kouta ia atrás de Saya.

- Parece que só sobramos nós. – Disse Busujima.

- É vamos para cima dele com tudo. – Disse eu.

- É pelo Tai. – Complementou Rei.

A criatura saltou sem percebemos ela já estava atrás de nós, por sorte Rei não foi ferida. Igou avistou uma barra de ferro e a jogou para mim:

- Komuro pegue isso. – Disse Igou.

Com um reflexo meio aguçado, eu consegui pegar a barra e cheguei a dar uma pancada na criatura.

Ela cambaleou para trás, mas continuou a vir atrás de nós, Busujima fora atrás da criatura, mas por sorte ela não acerta uma gosma verde, que parecia uma espécie de ácido em Busujima.

- Komuro faça algo. – Dizia Saya.

- Eu estou tentando. – Respondi.

- Não parece, reaja, isso é pelo Tai, lembre-se disso.

Depois daquelas palavras de Saya, me toquei que estava agindo feito um idiota, e que se eu continuasse assim, as palavras de Tai sairiam em vão.

- Aqui vamos nós – Falei para eu mesmo.

Corri em uma velocidade surpreendente, mas não podia pegar muita velocidade por causa do tamanho do ginásio, e por causa daquela gosma que a criatura poderia lançar em mim.

- Tome isso! – Gritei.

Meu golpe foi em vão, a criatura saltou, e os raios de sol atravessaram por ela, e através do olho gigante que ela possuía na barriga, eu conseguira ver o coração que estava situado no centro do olho.

- Rei, Busujima, o coração, ele está no centro daquela espécie de olho! – Gritei para que elas pudessem ouvir.

Logo, elas já entraram em posição de batalha e foram atrás da criatura, mas ela era muito rápida, precisávamos de uma distração, mas qual seria, estamos em desvantagem, a criatura era rápida de mais.

Foi quando tive uma brilhante idéia de me entregar para a criatura.

- Ei, venha me pegar! – Gritei para a criatura.

Não sei se ela havia me entendido, mas veio em minha direção.

Estava suando frio, mas era necessário, mesmo que custasse minha vida, eu tinha que proteger a honra de Tai.

Fiquei de braços abertos esperando a morte chegar de olhos fechados. A qualquer momento aquela criatura iria me pegar, foi quando eu escutei um grito:

- Komuro!

Era a voz de Saya, a voz dela parecia tão doce, mas do que adiantava, eu iria morrer mesmo.

Achei que a criatura estava demorando muito, quando abri meus olhos levei um susto, e dei um pulo para trás.

A criatura estava com a boca aberta, em direção ao meu rosto, mas a espada de Busujima estava atravessada a seu coração.

- Você está maluco? – Perguntou Busujima.

- Só queria fazer alguma coisa certa na minha vida. – Respondi.

- Você não acha que está fazendo de mais, arriscando sua vida todos os dias, para proteger todos e a si mesmo? – Continuava Busujima.

- Você pode ter razão, mas eu não consegui salvar um amigo. – Respondi.

- Ele não tinha mais salvação, já estava condenado a morte de qualquer maneira, era o destino dele, ele mesmo escolheu isso.

Fiquei parado de cabeça baixa, pensando no que Busujima me dizia sobre aquela situação.

- Nunca mais tente fazer isso, para tentar aparecer. Tome, pegue o coração, ache o chip e o destrua. – Terminava Busujima.

Depois dessas palavras, Busujima ia em direção aos outros, e eu corri ao corpo de Tai com o coração da criatura na minha mão. Mesmo chorando por alguma pessoa que eu não conhecia muito, eu ainda me sentia fraco:

- Olhe Tai, conseguimos o coração da criatura, assim como você falou, sua morte não foi em vão. – Eu dizia para o corpo sem vida, enxugando as lágrimas dos meus olhos.

Com uma pancada eu consegui amassar o coração e fazer o chip disparar. Era um barulho insuportável, e estava atraindo todos os zumbis para onde nós estávamos por sorte o lugar era alto, e eles não iriam conseguir subir.

- Agora teremos que esperar o pai de Tai buscar o chip com defeito. – Dizia Kouta.

- É, mas e se eles não vierem? – Argumentava Saya.

- Se por algum acaso, todos os funcionários daquele laboratório estiverem mortos, ou estejam vagando por aí igual aos outros zumbis?

- Saya, seja mais um pouco esperançosa! – Gritava Rei.

- Sou apenas realista. – Respondia Saya.

- Ei vocês duas olhem! – Gritava Kouta.

Quando me virei, vi dois helicópteros vindos em nossa direção, isso poderia ser a nossa salvação, ou apenas um passo para a nossa morte.