Teenage Dead escrita por Nik


Capítulo 8
Capítulo 8 - The truth is




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The truth is

“Não sabia se era capaz de ajudá-lo, não sabia o que fazer, estava mais desesperado do que ele e agora, o que será do Tai?”

- Komuro me ajude, eu sei que você é capaz. – Disse Tai desesperado.

Estava desesperado, não sabia o que fazer, eu não o conhecia por muito tempo, mas ele precisava da minha ajuda, ele estava morrendo em minhas mãos e eu não sei o que fazer.

- Tai você vai ficar bem, acredite em nós. – Disse Rei.

- Eu confio em vocês. – Disse Tai.

Isso foi o suficiente para fazer Rei cair em lágrimas, Igou a abraçou e disse que tudo ficaria bem.

Saya olhava para o horizonte, como se nada estivesse acontecido, Kouta acompanhava tentando entender seu olhar, Busujima recolhia a escada e já voltara para perto de mim, para ajudar com o Tai.

- Tai o que você está sentindo nesse momento? – Perguntou Busujima.

- Estou sentindo algo na minha barriga, como se algo estivesse me corroendo por dentro, isso machuca muito, faça parar! – Exclamava Tai, com um gemido ao final da voz.

- E então Busujima, o que você acha que é? – Perguntei.

- Na verdade eu não sei, infectado ele não está, e isso não é qualquer doença que conhecemos. – Cochichou Busujima.

- Ele reclamou de dores na barriga, acha que deveríamos examinar? – Perguntei com esperança.

- Seria bom, mas será que ele aceita? – Disse Busujima.

- Não saberemos até tentar. – Disse eu.

- Tai, podemos ver a sua barriga? – Perguntei.

- Não, não toquem na minha barriga, tudo menos isso. – Dizia Tai.

- Mas nós queremos te ajudar, apenas isso. – Disse Eu.

- Eu sei, mas vocês não podem encostar na minha barriga! – Gritava Tai.

Foi quando eu fiz um sinal para Igou, e ele o agarrara pelas costas e o segurava com força.

- Agora Komuro, veja o que ele esconde na barriga. – Disse Igou.

Foi quando me deparei com aquela coisa esquisita, Algo ficava se remexendo na barriga do Tai, atrás de uma cicatriz. Era algo super estranho, além de se mexer, dava impressão que ela te olhava também.

- Tai, o que fizeram com você? – Perguntei desesperado.

- Não fizeram nada, me deixem em paz. – Respondeu um pouco desapontado.

- Se você não nos disser, não poderemos te ajudar. – Disse Busujima.

Rei ainda continuava chorando, acho que ela estava com medo de que Tai morresse, Saya estava vindo em nossa direção junto com o Kouta.

- Se ele não quer falar joguem ele aos zumbis. – Disse Saya.

- Você enlouqueceu? O que acha que está dizendo? – Perguntei a ela.

- O que você acabou de escutar, Joguem ele aos zumbis. – Respondeu Saya.

Não sabia o que ela tinha em mente, deveria ser algum plano.

- Se vocês não fizerem faço eu. Continuava Saya.

- Você está maluca Saya? – Disse Kouta.

- Cala a boca idiota. – Retrucou Saya.

- Então, o que vocês estão esperando, ele pode ser uma ameaça a nós, nunca pensaram nisso? – Continuou Saya.

Todos ficaram em silêncio por um tempo, enquanto Tai gemia de dor.

- Está certo, eu falo. – Disse Tai.

- Não devo ter muito tempo, até que essa coisa me mate. – Continuava ele.

- O que irá te matar? – Perguntei.

- Uma larva que implantaram em mim. Disse ele com um tom triste.

- Larva? Quem faria isso com você? – Perguntei desesperado.

- Bom deixa eu começar a contar a história. – Disse Tai.

- Há uns dias, eu fui visitar o trabalho do meu pai, ele trabalhava em uma farmácia, bom era o que eu achava. Em um dia como outro, veio um senhor comunicar o meu pai que os experimentos estavam prontos, e que eles precisavam de mais cobaias, pois as que ele havia providenciado não deram muito certo. Ele teria apenas cinco horas até o prazo final, se ele não conseguisse iria matar o meu pai, a mim e a minha mãe. – Disse Tai.

- E o que você fez a respeito? – Igou havia interrompido a história.

- Bom, acho que fiz o que era para ser feito. – Disse Tai.

- Me ofereci como cobaia. Continuava ele.

Todos ficaram em choque, não tínhamos idéia disso tudo.

- Bom, depois de ter conversado com o meu pai, além de mim ele tinha conseguido umas 3 cobaias, uma garota e dois garotos. O lugar era muito frio, havia muitos experimentos lá, coisas muito terríveis, pessoas gritando e sofrendo mutações. Ao me entregar para o encarregado do setor, meu pai caiu às lágrimas e disse que sentia muito, não era aquilo que ele queria para mim, e eu disse a ele que estava tudo bem, a decisão tinha sido minha não dele. Foi quando eles me deixaram em uma maca, me amarraram e me sedaram. Dizem que em casos raros, mesmo as pessoas sendo sedadas, elas continuam acordadas e vêem o que se passa mesmo os médicos não percebendo. E por incrível que pareça isso aconteceu comigo. Eu senti o bisturi cortando a parte do meu abdômen, eles implantando aquela larva de mais ou menos 10 cm de altura e 5 cm de largura, ela era gelada, e se mexia muito. De 56 cobaias, apenas uma havia sobrevivido, no caso eu. Eu pensei que meu pai havia retirado o verme de mim, mas ele disse que havia um chip rastreador no coração dele, qualquer dano, eles viriam buscar os restos da criatura. A cada dia que se passava minhas dores aumentavam, as vezes parecia que essa coisa iria perfurar a minha barriga, na verdade, eu não sabia do que essa criatura se alimentava, mas se fosse algo de mim, ela estava conseguindo. Então eu escutei uma conversa do meu pai com o coordenador geral da suposta farmácia, ele dizia que eu não tinha muito tempo, e que a cada dia a criatura se alimentava dos meus órgãos, e em uma semana ela iria estar na forma adulta. Depois de tanto assunto, eu estava desesperado, sabia que em uma semana eu iria morrer, e que tudo para mim iria acabar. Depois de uns 5 dias, o mesmo voltou para informar o meu pai que havia dado um problema com os experimentos, eles estavam se transformando antes do prazo, e alguns haviam fugido para a cidade, o caos era uma conseqüência. Na mesma hora, meu pai tinha tomado uma decisão vamos fugir, mas eu resolvi ficar, mas ele dizia que tudo isso iria ficar morto, monstros iriam surgir, e que deveria ficar protegido, foi quando eu respondi que eu já era um monstro, e que ficaria, foi quando eu fugi para essa escola no meio do apocalipse que estava a cidade. Quando cheguei aqui, já estava um caos, alunos matando professores, professores matando funcionários, um verdadeiro apocalipse. E então corri para a enfermaria, com intenção de encontrar alguém que poderia me ajudar, mas quando cheguei lá não havia nada. E então eu comecei a passar mal, e vomitei sangue no meio da enfermaria, depois escutei uns ruídos, algumas criaturas estavam atrás de mim, precisava me esconder, e então fiquei no armário, até você Komuro me encontrar. – Disse Tai terminando sua história.

- Por que você não nos contou isso no começo? – Perguntei.

- Achei que você iriam me matar na primeira oportunidade. – Disse Tai com uma lágrima nos olhos.

- Nós não somos monstros, diferente de você. – Disse Saya.

- Não é hora para brincadeiras Saya. – Disse Rei.

- Não tenho muito tempo, hoje completa uma semana. – Disse Tai chorando.

- Calma, vamos tirar isso de você. – Disse a ele.

- Não adianta isso já devorou todos os meus órgãos, não tenho mais propósito para viver. – Disse Tai.

- Nós vamos tirar isso de você. – Prometeu Busujima.

- Não prometa algo que você não possa cumprir. – Disse Igou.

- Parem vocês! – Disse Tai.

- Komuro, me prometa uma coisa, quando essa coisa me matar, mate-a no coração, que os cientistas irão rastrear, e virão buscar vocês, aqui está a foto do meu pai. – Disse Tai.

Era um senhor com mais ou menos 34 anos, moreno, cabelos castanhos e com pinta de cientista.

- O nome dele é Hizashi, diga a ele que eu o amava muito, e o que eu fiz foi necessário, não queria que ele me visse assim. – Disse Tai.

Eu já estava chorando, em pensar na hipótese de perder um amigo que conhecia há pouco tempo, eu não queria que ele morresse, não assim, dessa formar. Foi quando aconteceu:

- Aaah, Komuro, está começando, não se esqueça de matar essa coisa no coração. – Foram as últimas palavras de Tai.

Ele estava em pé, há alguns passos a nossa frente, não parava de sentir dor, aquela coisa se mexia mais ainda, e então ela saiu. A criatura, havia perfurado sua barriga de uma forma tão brutal, que dava para ver as costelas do Tai, muito sangue estava no chão, eu não agüentei ver aquela cena, mas era preciso, eu tinha que matar aquela criatura pelo Tai.


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