Teenage Dead escrita por Nik


Capítulo 10
Capítulo 10 - The Rescue?




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The Rescue?

“... vi dois helicópteros vindos em nossa direção, isso poderia ser a nossa salvação, ou apenas um passo para a nossa morte.”

- Estamos aqui! – Gritava Kouta e o resto do grupo.

Rei e Igou eram os mais esperançosos, meu melhor amigo, e minha amante estavam tão felizes, que eu também fiquei feliz, mas eu estava um pouco preocupado com aquela situação.

Os helicópteros pararam acima de nós, e duas cordas foram lançadas por cada aeronave, por elas desceram quatro soldados, armados até os dentes, dois de cada helicóptero, Após chegarem ao ginásio, perguntaram:

- Onde está o coração da experiência? – Disse um dos soldados.

- Está ali. – Disse Saya.

Logo que avistaram o coração, já foram direto pegá-lo, nem se importaram com o corpo que estava no chão.

- Ei, o que vocês vão fazer com esses restos? – Perguntei.

- Não é da sua conta garotinho, volte para sua sala de aula – Disse um dos soldados com uma risada.

- Vocês vão deixar a gente aqui? – Perguntou o motorista.

- É claro, não somo nenhum tipo de esquadrão de resgate. – Disse o soldado que soltou a piada.

Depois dele passar por mim, consegui ler seu crachá “Agente Joe B+”,

esse era o nome do cretino.

- Não pode nos deixar aqui, estamos em perigo, essas coisas irão nos matar. – Continuava o motorista quase desesperado.

- Não é problema nosso. – Dizia Joe com seu tom de voz frio e mesquinho.

Foi quando o motorista foi para cima dele e apontou a arma na cabeça dele.

- Você vai nos levar, querendo ou não. – Falava o motorista confiante.

Por um momento me senti a salvo, mas foi só por um momento, com apenas um movimento de dedos, o motorista levou um tiro na cabeça.

- Não! – Gritava Saya.

Seu sangue escorria pelo rosto inteiro, alguém do helicóptero deveria ter atirado, sua cabeça estava com um buraco na testa, e ele continuava em pé por apenas uns segundo, até que Joe o empurrou para os mortos vivos.

- Comam isso seus miseráveis. – Disse Joe.

- Isso também vale para vocês crianças, não tentem nenhuma gracinha, ou vão ficar igual ao amiguinho de vocês.

Ele era muito frio, parecia que não tinha coração, mesmo mantendo uma boa aparência, seu cabelo era curto, seus olhos eram de um castanho claro, estava em boa forma e sempre com um sorriso, mas as atitudes deles faziam dele uma pessoa horrível.

- Você não pode nos deixar aqui agente. – Disse Kouta.

- É mesmo, estamos indefesos, não sabemos onde nossos pais estão. – Disse Saya.

- Mesmo meu pai sendo policial, não acho que ele virá nos buscar, você tem que nos ajudar. – Disse Rei.

- Me desculpem crianças, mas não sou babá de ninguém, não me levem a mau, estou apenas fazendo meu trabalho, que é de recuperar o chip e os restos de uma criatura horrenda. – Disse Joe.

- Joe, não seja tão cruel com essas crianças. – Dizia o outro soldado.

- Calado aspira, você não tem direito de nada aqui. – Retrucou Joe.

E depois disso o soldado ficou quieto, e então Joe e seus soldados, pegaram as cordas para poderem ir embora. Estávamos acabados, nosso fim seria ficar em cima daquele ginásio, até morrermos de fome e sede.

- Bela maneira de morrer. – Disse Saya.

- Cala a boca garota. – Disse Rei.

- Cala boca você sua vadia, você se acha porque está namorando o Igou, mas todo mundo sabe que você gosta mesmo do Komuro. – Disse Saya.

- O que foi que você disse? Repete na minha cara sua ridícula. – Disse Rei.

- É isso o que você acabou de ouvir, sua babaca. – Disse Saya.

- Caladas, precisamos bolar um plano antes que eles vão embora. – Comentei.

- Komuro tem razão, não tem cabimento ficarmos brigando entre nós mesmos, já perdemos dois integrantes do nosso grupo, não queremos perder mais. – Disse Busujima.

- Busujima tem razão, mas olhem porque eles estão parados ali perto do corpo do Tai? – Perguntei.

Vi Joe conversando com alguém por um rádio, com quem ele estaria falando, será que era com o pai de Tai, ou era com seu superior, ah estou muito confuso com isso tudo.

Joe estava vindo com seus soldados, senti um calafrio, aquele olhar não era muito bom.

- Crianças, vocês querem vir conosco? – Perguntou Joe.

- Sim. – Disse Rei sem pensar.

- Ok – Disse Joe.

Estava feliz, que iríamos sair daquele inferno, não via a hora de encontrar meus pais, e sair daquela escola.

- Agente Andy, pegue as algemas. – Disse Joe.

- Algemas? Para quê? – Perguntou Igou.

- Precisamos de cobaias. – Disse Joe.

Sabia que aquela sensação que eu tive em relação a Joe não era muito boa, ele era frio e faria qualquer coisa que estivesse em sua missão.

- Não pode nos prender, corram! – Disse Saya já presa.

- Não adianta corrermos. – Afirmei.

- Se corrermos e escaparmos deles, ficaríamos aqui para sempre, e seríamos mortos por aquelas coisas ali embaixo.

- Se entreguem por bem, ou por mal. – Disse Joe.

- Pode deixar Joe, nós nos entregaremos sem nos queixarmos. – Afirmei.

- Garoto esperto, gostei de você. - Disse Joe com um sorriso maléfico no rosto.

Fomos todos algemados, e então uma corrente desceu junto ao resto das cordas.

- Amarrem essas crianças, o chefe vai gostar da surpresa que teremos a ele. – Ordenou Joe.

Logo fomos amarrados e presos, feito ratos. Estava feliz por sair daquele colégio, mas por outro lado, não sabia o que iria nos esperar naquele laboratório.

- Não fiquem tristes crianças, o chefe não irá maltratar vocês, ele apenas irá tornar vocês mais fortes para que sobrevivam a esse apocalipse zumbi. – Disse Joe.

- Se forte significa ser transformado em um monstro, prefiro ficar fraco do jeito que eu estou. Falei para Joe.

- Olhe aqui garoto, estou de saco cheio de você, não foi porque você se entregou quer dizer que eu goste de você, uma cobaia a menos não irá fazer falta para o chefe. – Disse Joe com uma faca em meu pescoço.

Eu sentia aquela faca de metal querendo atravessar o meu pescoço, o vento da janela do helicóptero batia em meu rosto, todos estavam assustados com a situação.

Joe continuava rindo da minha cara, só porque estava com uma faca no meu rosto, mas do mesmo jeito eu o encarava, sem demonstrar medo algum. Mas por dentro eu estava morrendo de medo dele, se ele foi capaz de nos ameaçar, o que seria matar apenas um adolescente indefeso. Busujima fazia um sinal para eu parar de encarar ele e ficar quieto. Entendia como ela se sentia, não queria mais perder nenhum membro de nossa equipe. Então eu parei de encará-lo e abaixei a cabeça.

- É assim que eu gosto garoto, respeito. – Disse Joe.

A viagem parecia que não ia ter fim, e as torturas de Joe estavam ficando insuportáveis, não agüentava mais aquilo. E então ele colocou minha cabeça para fora do helicóptero e me mostrou a cidade.

- Olhe garoto, não é lindo isso tudo? – Disse Joe.

Lindo, como esse caos todo pode ser lindo, esse cara tem problemas só pode.

- Sinceramente, eu discordo. – Respondi.

- Como você não pode gostar do caos, o que eles ensinam na escola de vocês, com os coelhos são bonitos? – Perguntou Joe.

- Eles nos ensinam a fazer um mundo melhor. – Respondi.

- A faça me o favor, o mundo já era um caos mesmo antes disso tudo, ninguém respeitava ninguém, e de agora em diante, quem tem uma arma é que está no comando, são as novas leis humanas. – Disse Joe.

- Eu não acho, ainda há esperança disso tudo acabar e todos os sobreviventes se salvarem, e a paz retomar a reinar. – Eu disse.

Depois de minhas palavras, Joe me acertou com o cabo da faca, por sorte não pegou no meu olho, mas conseguiu-me fazereu sangrar.

- O que você acha que está falando? – Disse Joe.

- Esse mundo não tem mais salvação, nunca teve, não é agora que seis adolescentes irão salvar o mundo com sua esperança, olhe bem o que você está falando.

- Pare com isso Joe, já foi longe de mais. – Dizia o soldado sentado ao lado dele.

No crachá desse estava escrito “Agente Andy O-“, ele também tinha uma boa aparência, cabelos loiros um pouco longo, seus olhos eram azuis e possuía um piercing na orelha. E suas atitudes eram bem diferentes de Joe, ele era normal, sua expressão não era de atormentador, mas sim de protetor, acho que dava para confiar no Andy.

- Só vou parar, porque eu cansei de torturar este aqui, agora eu vou descansar um pouco, me acorde quando chegarmos. – Disse Joe.

Joe pulou para o banco de trás e deitou-se, para o meu alívio, agora estávamos nós e Andy.

- Você está bem? – Perguntou Andy.

- Estou sim, mas porque está me ajudando? – Perguntei.

- Diferente do Joe, eu acredito na paz e na volta do mundo de antes, não acredito que tudo está acabado, serão dias difíceis, mas iremos conseguir. – Disse Andy com um sorriso tranqüilizador no rosto.

- Sabe garoto, eu não costumava a viver assim, eu era apenas um policial qualquer, até que aceitei uma promoção e vim parar nesse laboratório.

- Mas você não tem vontade de sair, mesmo sabendo o que acontece no laboratório? – Perguntei.

- Como você sabe do laboratório? – Perguntou Andy.

- Bom eu era amigo do Tai, o pai dele era algum cientista, aqui tem uma fotografia dele.

Entreguei a fotografia ao Andy e ele se espantou.

- Esse homem, ele foi o criador desse caos todo, ele está comandando as experiências e mandando missões a todos os soldados.

- Não é possível, Tai disse que o pai dele era um homem bom, e que só fez aquilo com o filho por opção de vida. – Disse a Andy.

- Opção de vida? Aquilo tudo era encenação para ele conseguir o corpo do filho, porque ele sabia que o filho dele era especial, por conter o mesmo tipo sanguíneo que o dele.

Fiquei espantado com todos aqueles comentários de Andy, Todos do grupo estavam dormindo, apenas eu e Andy estávamos a acordados, até o piloto estava quase dormindo. Já estava tarde, a noite parecia tranqüila, uma boa hora para dormir.

- Ei garoto, já está tarde, chegaremos pela manhã no laboratório, e vocês terão um dia difícil naquele lugar. – Disse Andy.

- Você vai deixar com que façam experiências conosco? – Perguntei.

Tentarei proteger vocês o máximo possível, farei de tudo para que ninguém encoste em vocês, mas eu não garanto de salvar a todos.

- Bom pelo menos você foi sincero em responder a minha pergunta. – Sorri para ele.

Ele sorriu de volta e me mandou dormir. Era difícil dormir com aquela corrente, e com aquelas algemas, a noite estava perfeita para uma boa noite de sono, e isso era uma coisa que eu não tinha a um bom tempo, e então adormeci.

Logo pela manhã, acordei com a voz horrível de Joe:

- Acordem seus ratos, chegamos ao nosso destino.

Acordei rapidamente, para evitar mais tortura, todos já estavam acordados, e ele havia nos soltado.

- Em fila todos para o laboratório, iremos cobrir vocês, vá Andy leve-os com segurança. – Disse Joe.

Ficamos em fila única e descemos em uma rua devastada pelo apocalipse, haviam muitos carros, batidos e com as janelas quebradas, sangue nas calçadas, zumbis por toda a parte, e então a correria começou.

Um zumbi surpreendeu Andy, que quase fora mordido no braço, a sorte era que Joe era bom de mira e o acertou em cheio, mas isso foi fatal, com o som da metralhadora, atraiu o restante dos mortos para a nossa direção.

- Corram crianças, direto para a farmácia! – Gritou Andy.

Corremos feitos loucos, todos estavam desarmados, apenas Busujima continuara com sua espada, e então um mutante salta em nossa frente. Esse era diferente, tinha aparência de um sapo, mas tinha uns dois metros, e garras enormes, e sua língua fora cortada, não possuía olhos, andava sobre duas pernas, e sua cor era de um azul escuro, até um verde musgo, além de ser muito nojento. Mais disparos foram ouvidos, dessa vez eram de Andy, ele possuía uma shotgun automática, que foi capaz de derrubar o mutante com apenas dois tiros.

- Continuem rápido. – Disse Andy.

Com muito esforço, conseguimos chegar a farmácia a salvos.

- Que viagem. – Disse Saya.

- Estou com muito medo. – Disse Kouta.

- Igou o que será de nós? – Perguntou Rei para Igou.

- Não sei. – Respondeu Igou.

- Andy e agora? – Perguntei ao agente.

Ele foi até o caixa, e creio eu que ele tenha apertado um botão embaixo da máquina registradora, e assim uma prateleira na parede se tornava uma porta.

- Aquele é o elevador, que irá nos levar para o laboratório. – Disse Andy.

Mesmo sabendo que estávamos com Andy e não com Joe, meu pressentimento não era um dos melhores sobre aquele elevador, não sabia se iria morrer se iria me transformar em um monstro, ou se acharia as respostas para tudo.

Mas o que mais estava me preocupando naquele momento era o que iria acontecer com a gente naquele laboratório.


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