Teenage Dead escrita por Nik


Capítulo 7
Capítulo 7 - Run




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Run

“Esses monstros, não se comparavam com aquela criatura que quase me matou.”

Teríamos que pensar em algo bem estratégico para passar pelos zumbis, afinal haviam muitos deles. Foi quando eu tive uma idéia:

- Lembram do que a Saya nos disse há um tempo?

- Ela disse que essas criaturas reagem ao som. – Afirmou Igou.

- Então se nós conseguirmos chegar até o ginásio sem fazer barulho, passaremos por todos eles. – Disse eu.

- Mas isso é loucura, existem muitos deles lá fora, não conseguiremos passar por todos! – Exclamou Rei.

- Nós só temos essa alternativa, ou é isso, ou é a morte. – Disse o motorista.

- Komuro, então como você quer que a gente passe por todos eles sem fazer barulho? – Perguntou o motorista.

- Bom, eu estava pensando em irmos em fila indiana, um atrás do outro, sem fazer qualquer barulho, sendo que essa fila teria uma boa combinação. – Disse eu.

- E qual seria essa tal combinação? - Perguntou Rei.

- Rei, você é boa na esgrima, e seus golpes são silenciosos, vai ser a primeira da fila. – Disse eu, contando o plano para todos.

- Igou, você ficará logo atrás dela, caso algo saia do controle – Continuei.

- E você motorista, será o último, sua arma com certeza iria atrair vários deles, e ela só será utilizada em caso de extrema emergência, e eu ficarei a sua frente. – Disse eu, terminando plano.

Estávamos todos prontos, a formação estava feita, tudo perfeito, pelo menos para mim. Rei estava um pouco nervosa, porque seria a primeira da fila, mas Igou estava acalmando-a. Eu tinha certeza que nós conseguiríamos chegar no ginásio, mas o meu medo mesmo seria encontrar alguma criatura, feito aquela que quase arrancou minha vida.

- Vamos pessoal, não temos muito tempo a perder. – Disse o motorista.

Rei confirmou e foi na frente, logo atrás estava Igou, eu e o motorista, nessa mesma ordem.

A porta foi aberta, até agora nem sinal de nada, apenas de alguns gemidos de zumbis. Fomos caminhando ao decorrer dos corredores e encontramos sangue no chão, janelas quebradas, corpos estraçalhados, e mais sangue e ao final do corredor havia um zumbi, mas era apenas um não iria causar problema. Passamos por ele, sem fazer qualquer barulho. Rei como sempre ficou nervosa, mas usou isso a favor, fechou seus olhos e continuou andando. Quando descemos as escadas, encontramos mas uns zumbis, mas conseguimos passar por eles, quando chegamos ao pátio perto do ginásio, encontramos um grupo de jovens com três membros, dois garotos e uma garota, eles pareciam normais, perguntamos se eles queriam vir conosco e eles aceitaram, então a fila aumentou. A formação era: Rei, Igou, o garoto, a garota, o segundo garoto, eu e o motorista, ficar com mais pessoas no grupo não era o que eu queria naquele momento, mas eles precisavam de ajuda. Então nós passamos por mais zumbis, mas infelizmente algo aconteceu, a garota começou a passar mal, estava evitando os gritos, mas fazia uns sons de dor.

- Você foi mordida ou algo assim? – Perguntei.

- Eu apenas fui arranhada na barriga. – Respondeu a garota.

- O quê? Como assim? E você não conta nada para a gente! – Falaram os garotos.

- Eu pensei que era transmissível apenas pela mordida. – Disse a garota chorando.

- O que nós faremos agora? – Disse Rei impaciente.

- O melhor a fazermos é matá-la. – Disse Igou.

- Isso é o melhor a se fazer mesmo. – Confirmou o motorista.

- Mas ela ainda é humana, de repente ainda exista alguma cura. – Disse eu.

- Isso é impossível. – Disse o motorista.

- Você já viu como está lá fora? – Continuou o motorista.- Posso te garantir que não está melhor que aqui.

- Mas não podemos simplesmente matá-la, eu não conseguiria fazer isso. – Eu disse.

- Ela pode escolher o que é melhor para ela. – Disse Igou.

- É, devemos escutar o que ela quer. – Confirmou Rei.

Quando olhamos novamente para a garota, ela estava vomitando apenas sangue, mal se agüentava em pé, e o arranhão estava ficando mais vermelho ainda, sua pele estava ficando pálida, seus olhos começaram a virar, foi quando ela apagou.

- Temos que sair daqui, ela irá se transformar! – Gritaram os garotos.

E isso foi a pior coisa que eles fizeram, gritaram. Os outros zumbis escutaram, e estavam vindo em nossa direção, a garota se levantava e já agarrara um dos garotos, e com uma mordida no meio do rosto o garoto gritava mais ainda, ele tentava se livrar daquele agarrão mortal, mas não conseguia, os gritos aumentavam mais e mais, isso era ruim.

- Vamos sair daqui agora! – Exclamei para todos.

- Vamos rápido. – Disse o motorista.

Fomos correndo para o ginásio, ele não estava muito longe, mas com aqueles gritos, teríamos que lutar com alguns zumbis para poder chegar lá.

Rei vinha com sua vassoura derrubando alguns zumbis, Igou estava dando uns golpes que faziam os zumbis ficarem nocauteados por instantes, eu estava dando tacada na cabeça de muitos deles, o motorista estava apenas correndo, ele só iria usar sua arma em caso de emergência. O outro garoto foi pego por dois zumbis enquanto corria, não podíamos ajudá-lo, sei que era errado, mas meus amigos primeiro. Depois de tanto esforço, chegamos ao ginásio.

Começamos a bater na porta feito desesperados, e quando olhava para trás os zumbis se aproximavam mais ainda, estava desesperado, gritava pelo nome de todos, mas não recebia resposta nenhuma, foi quando uma pedra me acertou. Nunca pensei que ficaria tão feliz por ver aquela pessoa sorrindo para mim, era Saya Takagi.

- Ei seu idiota, venha logo para cá, será pego se continuar ai. – Gritou Saya do telhado do ginásio.

Estava pensando em como chegaríamos ali, foi quando Busujima jogou uma escada, daquelas que se usam em helicóptero, foi quando nós três subimos desesperados.

- Muito obrigado Saya, não sei o que seria de nós sem você. – Agradeceu Igou.

- Deixe seus agradecimentos para depois, Tai não está nada bem. – Disse Saya meio nervosa.

- O que ele tem? – Perguntou Rei.

- Não sei, ele começou a ficar assim do nada. – Respondeu Busujima.

- Será que ele está infectado? – Perguntou Igou.

- Infectado ele não está, procuramos por alguma mordida ou arranhão nele, e não achamos nada. – Disse Kouta.

Enquanto discutíamos, eu reparava em Tai, como ele sofria, gritava, dava pena só de olhar, o que estaria acontecendo com ele? Será que tudo iria ficar bem?

- Komuro me ajude, por favor, não me deixe morrer. – Disse Tai com voz de choro e com uns gemidos.

Não sabia se era capaz de ajudá-lo, não sabia o que fazer, estava mais desesperado do que ele e agora, o que será do Tai?


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