Teenage Dead escrita por Nik


Capítulo 6
Capítulo 6 - Feelings




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Feelings

“A criatura retorna ao colégio. Foi ai que eu comecei a entrar em pânico.”

Já era fim de tarde, se a noite chegasse e nós estivéssemos presos no colégio com essa criatura chamada ‘B.O.W.’ estaríamos muito vulneráveis a ela. Rei estava preocupada com os outros, Igou tentava acalma-lá, e eu como sempre estava pensando em tudo.

- Temos que ir ao ginásio – Disse Rei.

- Mas e essa criatura dentro desse colégio, não podemos ficar de bobeira, se não seremos mortos – Disse Igou.

- Não sabemos se essa criatura consegue nos ver, se ela nos ouve, ou se ela nos sente, estou muito confuso – Afirmei.

Aquela situação estava me desgastando muito, precisava descansar, e sabia que Saya fazia muita falta agora, ela iria vir com um plano e idéias para nos podermos dormir.

Tenho que começar a confiar mais em mim, eles precisam de um líder, Igou e Rei, não me parecem com muitas esperanças.

- Rei. Ela me olhou fundo nos olhos. – Fiquei um pouco chocado com aquele olhar. – Pensei.

- Pegue aquela maca, e descanse um pouco, ficarei de guarda com o Igou.

- Mas eu estou cansado – Disse Igou. – Por pouco não dei um soco no rosto dele.

- Precisamos ficar de guarda nós dois, caso aconteça algo, eu distraio as criatura, enquanto você foge com a Rei.

- Não precisa bancar o herói agora Komuro – Disse Rei.

- Não estou bancando o herói, apenas quero proteger meus amigos. – A cada momento que se passava, eu achava que ela se impressionava mais comigo, para falar a verdade eu estava gostando disso.

- Então ta, se você quer assim – Disse Rei.

Rei foi se deitar, Igou ficou ao meu lado, já estava quase dormindo, então estaria sozinho se acontecesse algo, mas o que estava me preocupando também era aquela poça de sangue e o nervosismo de Tai, - Será que ele está infectado? – Pensei comigo mesmo.

Voltei a escutar os barulhos nas encanações que estavam em cima de nós, não estava gostando nada daquilo, se for mesmo o monstro, a qualquer momento ele irá nos atacar. O silêncio permaneceu naquela noite obscura, já não havia mais luz na escola, peguei meu celular e vi uma foto minha, do meu pai, e da minha mãe, não consegui resistir, o sentimento foi mais forte, a lágrima escorreu pelos meus olhos. – Será que eles estão vivos? Será que estão seguros? Aonde será que eles estão? Meus pensamentos estavam acabando comigo, não conseguia ter aquela firmeza de antes, precisava de alguém mais forte do que eu para eu poder me segurar e soltar tudo o que eu estou sentindo.

Contra a minha vontade, acabei adormecendo, tive um sonho meio esquisito, mas não é importante, acordei com alguém me cutucando acho que era a Rei.

- Ei dorminhoco, acorda. – Disse Rei.

- O que aconteceu? – Disse assustado.

- Nada, só que você dormiu demais, Igou achou que você estava morto. – Ela sorriu. – Ver aquele sorriso era algo encantador, mesmo eu sendo amigo dela, não conseguia segurar meus sentimentos diante daquele rosto com um sorriso.

- E cadê ele? – Eu disse, preocupado.

- Ele foi dar uma volta, para ver se acha algum celular, ou algo do tipo. – Disse Rei.

- Entendo, mas não é perigoso? – Perguntei um pouco preocupado.

- Aquelas criaturas já foram para fora do colégio, se estiver alguns por ai são poucos, só temos que nos preocupar com aquele monstro.

- É verdade. Afirmei.

- Sabe Rei, eu sei que não é o momento, mas posso te perguntar uma coisa?

- Pode sim, somo amigos né?

- Bom, porque você está com o Igou? – Perguntei seco.

Na hora ela travou me olhando com uns olhos muito suspeitos – Rei o que foi? – Perguntei assustado.

Ela ainda estava paralisada, com os olhos arregalados, e com a boca semi aberta. – Atrás de você. – Ela falou com pausas.

Olhei para trás, e tentei alguma reação, mas aquilo me pegou de surpresa.

Uma língua gigantesca estava se enroscando no meu corpo na altura da cintura, apertava muito, estava quase sufocando, aquilo era muito nojento, não conseguia fazer nada a não se chamar por um nome, Rei.

- Rei, me ajude! – Exclamei assustado.

- Rei, por favor, não me deixe morrer. – Estava quase chorando de tanta dor, aquela língua apertava muito, acho que estava sentindo meus ossos quebrarem.

- Rei! – Depois desse meu grito, Rei pegou sua arma e deu uma pancada na língua, e eu fui solto. – Senti um alívio imenso depois de ser pressionado.

- Rei fuja, ele é extremamente forte.

- Não posso deixar meus amigos para morrer, foi você mesmo que disse isso. – Fiquei impressionado com suas palavras, nunca tinha visto Rei falar daquele jeito.

- Rápido se esconda em algum lugar, vou tentar ganhar tempo até o Igou chegar. – Rei dizia com esperanças no namorado.

Estava tentando descansar naquela situação, quando escuto um estrondo.

Rei havia sido golpeada, por sorte não foi ferida, mas estava no chão gritando de dor.

- Rei agüente firme, eu irei dar um fim nisso. – Afirmei convencido de que iria acabar com aquele monstro.

Levantei com muito esforço e com uma dor infernal na costela, e fui chamar a atenção da criatura.

- Ei seu idiota, venha me pegar.

Com isso a criatura veio atrás de mim, enquanto eu corria para a saída, mas o que eu havia esquecido era que o monstro era rápido, e com apenas um pulo, ele já estava na minha frente, me olhando, e com aquela língua para fora. E para piorar a situação quando fui tentar correr para o lado oposto ao dele, eu escorregara na poça de sangue, e fiquei jogado no chão foi quando pensei:

- É o meu fim.

Fechei os olhos e senti a criatura chegar mais perto de mim. Sentia também sua baba encostando-se ao meu rosto, era uma coisa muito nojenta, eu não planejava minha morte desse jeito, queria algo mais tranqüilo, e não queria envolver ninguém nisso também, mas temos que aceitar a nossa morte, fechei meus olhos mais forte que eu podia. E então alguém aparece com uma arma e acerta dois tiros na criatura, alem ‘daquilo’ ser forte, era pesado também. Pensei que estivesse morto, mas quando abri os olhos vi aquela criatura toda ensangüentada, com a boca aberta e com sua língua para fora, tentei entender como consegui sobreviver, mas quando olhei para frente vi o motorista com uma arma na mão perguntando se eu estava bem, foi quando respondi:

- Estou sim, mas como você conseguiu nos achar aqui?

- Bom, escutei seus gritos e vi correndo para cá.

- Mas você já não estava aqui antes?

- Eu queria estar, mas tinha uns mortos vivos bloqueando minha passagem, ai não consegui entrar, e tentei a sala dos professores, mas também não tinha nada lá. – Disse o motorista.

- Me parece que sua amiga está meio traumatizada – Disse o motorista.

- Quem a Rei?

- Rei, vamos, o motorista conseguiu matar a criatura, temos que achar o Igou e ir para o ginásio encontrar com os outros. – Disse eu.

- Estou com medo. – Disse ela com um tom preocupante.

- Você consegue, já chegamos até aqui, vamos conseguir sair desse colégio e procurar ajuda. – Tentei criar esperanças, para que ela saísse daquele estado.

- É você está certo, vamos sair desse lugar logo, e encontrar com os outros. – Disse Rei.

Alguém havia entrado na sala desesperado, isso havia nos assustado, e por pouco o motorista não matou a pessoa culpada por isso, quando olhamos para ver, era Igou, ele estava pálido e cheio de medo.

- O que foi Igou? – Perguntei

- Eles estão vindo, muitos deles, não existe mais vida nesse colégio! - Exclamou Igou.

- Nós temos que sair daqui o mais rápido possível e descer para o ginásio. -Afirmei.

- Seus gritos devem ter atraídos todo para esse lado da escola, agora eles irão nos perseguir! – Disse o motorista.

- Então nós temos que estar preparados. – Afirmei.

- Minha arma, só tem mais algumas balas, não dá para todos eles. – Disse o motorista.

- Eu tenho um taco de beisebol, a Rei é boa em esgrima, e o Igou é bom em karatê, vamos conseguir.

Então estava decidido, iríamos todos para o ginásio o mais rápido possível, mas isso seria muito difícil, depois daquele acontecimento, nada me abalava mais, esses monstros, não se comparavam com aquela criatura que quase me matou.


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