Teenage Dead escrita por Nik


Capítulo 3
Capítulo 3 - The scene




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The scene

“E quando vimos aquela cena ficamos paralisados.”

Olhamos atentamente para aquela cena, quando pensei, ‘a morte será a única saída desse inferno?’

Sabia que se as coisas continuassem desse jeito, não sobreviveríamos por muito tempo, - tenho que fazer alguma coisa, tenho que achar algum lugar para nos escondermos, tenho que encontrar ajuda, eu quero meu pai!

Rei estava paralisada ao lado de Igou, enquanto eu estava tentando reorganizar minhas idéias. Foi quando Igou me cutucou.

- Temos que chegar ao observatório do outro lado desse pátio.

- Mas não temos muitas chances, já viram quantos são?

Rei ainda estava paralisada, mas conseguia falar algo, era baixo mas eu entendi.

- Komuro, tire a gente deste lugar, eu sei que você consegue, pense em algo.

Olhei a nossa volta, só tinha cadáveres perambulando pelo pátio, atacando os poucos sobreviventes que ali restavam.

- Igou, Rei, temos que ser fortes, vamos correndo até o outro lado, não parem por nada, nem se um de nós cairmos ou formos pegos por aquelas criaturas, continue correndo, e se algo aparecer na sua frente, ataque com intenção de matar, eles não ligam se somos adolescentes ou não, apenas querem a nossa carne.

Corremos feito desesperados, atacando qualquer morto vivo que aparecia na nossa frente, o caminho parecia que não acabava qualquer arranhão ou mordida seria fatal. Depois de tanto correr chegamos até a escadaria que daria até o observatório, foi quando haviam cercado Rei, e eu pensei “é o fim” mas eu havia esquecido que ela sabia esgrima, mesmo sendo uma garota, ela era forte. Com apenas um golpe, ela conseguiu sair da emboscada e veio em nossa direção, toda assustada e coberta de sangue. E finalmente chegamos ao observatório, estávamos exaustos e assustados, trancamos a porta e ficamos na espera de algum sinal de ajuda.

No andar de baixo na sala 2A estava Saya e um garoto chamado Kouta, eles pareciam estar esperando algo, foi quando Saya teve uma brilhante idéia

- Ei você Kouta, quais são suas intenções em ficar ao meu lado nesse caos que está acontecendo ai fora?

Kouta respondeu um pouco sem graça

- Bom er, eu pensei que poderíamos ficar juntos e sobreviver disso tudo.

- Você só pode ser um idiota, eu sou um gênio, não preciso de nenhum garoto para me defender, sei me cuidar sozinha.

Enquanto Saya se gabava como sempre fazia um zumbi aparecia por trás dela.

- Então pode começar se defendendo desse ai atrás

Saya olha para trás com desconfiança e da um grito:

- AAAAAAAH!

Com um simples puxão, Kouta tira Saya daquela situação e a leva para a sala de química.

- Não vai agradecer não garota?

- Eu disse que não precisava de ninguém me protegendo, ele só me pegou porque eu estava distraída, sou um gênio não preciso de você.

Disse Saya com um tom preocupado.

- Ei olhe estamos na sala de química.

- Jura imbecil, não fique ai igual a um idiota, procure por algo que seja útil.

Kouta da uma olhada na sala inteira e só encontra uma mala de ferramentas.

- Olha Saya, uma mala de ferramentas, da para fazer uma arma com essas coisas.

- Não seja burro, só tem pregos, furadeiras e outras coisas fúteis.

- Olhe e aprenda.

Kouta pega uns pregos, mistura com uma furadeira, enrola com fita isolante e faz uma espécie de arma que dispara pregos.

- Como você conseguiu fazer isso?

- Eu sou um gênio.

Um barulho acaba com a conversa dos dois, os zumbis haviam derrubado a porta da sala, e eram uns três,

- Kouta faça alguma coisa.

- Calma!

Kouta dispara três tiros certeiros na testa dos mortos vivos.

- Uauu como você fez isso?

- Quando estava de viagem com o meu pai, eu fiz um curso de tiro ao alvo com um ex agente da S.W.A.T. bons tempos.

- Sei, agora vamos temos que sair daqui.

Eles saíram da sala sem fazer muito barulho e se esconderam por um tempo debaixo da escada, e então Saya pega um estojo do chão e faz um teste com os mortos vivos. Ela taca o estojo em um armário perto de onde eles estavam, e os mortos vivos vão atrás do barulho.

- Foi como eu pensei, eles só reagem ao som, e não a temperatura do corpo humano, vamos Kouta temo que chegar a sala dos professores.

- Você é um gênio mesmo Saya.

Estava em um pesadelo, só poderia ser isso, a resposta disso tudo.

Acordei assustado, pensei que todos estavam mortos, mas Rei e Igou estavam ao meu lado, estava pensando em algo, mas estava desesperado, então Igou acorda e me vê preocupado e pergunta:

- Cara, você está bem?

- Quer que eu te responda?

- Bom isso você que sabe, apenas tentei te ajudar.

- Desculpa, estou muito nervoso com essa história toda, não consigo pensar em nada.

- Não fica assim não, você tem a mim e a Rei, iremos te ajudar no que você precisar.

- Obrigado, mas por hora não é o bastante.

Rei acorda assustada, e vai para os braços de Igou, isso ainda me abala, mas preciso me preocupar com outras coisas, e esquecer isso.

- Tenho uma idéia.- Eu disse.

- Vamos para a sala dos professores, talvez eles saibam de algo.

- Pode ser uma boa idéia, o que você acha Rei?

- Vamos né, o que nós temos a perder?

Saímos com cuidado do observatório e escutamos o som das hélices de um helicóptero, mas não era apenas um, eram vários, Rei gritou e fez sinal, mas eles continuaram a sua rota, ele foram para oeste,

- O que será que tem lá? – Disse eu, tentando descobrir o que estava acontecendo.   

Depois desse fato, pegamos as escadas do fundo que davam para dentro do colégio invés do pátio.

Após descermos 2 andares, fugindo de zumbis estávamos novamente perto da sala 2A, a sala dos professores ficava a mais um andar abaixo, mas ouvimos algo na enfermaria, foi quando encontramos Busujima, a garota que era campeã e mestre nas artes de espadas, chamavam ela de ‘A espadachim de Haraku.’ Ela era da turma 3B um ano na minha frente, estava com um pouco de sangue na roupa, deveria ter acabado de sair de uma batalha, e sua espada estava lá também, nos apresentamos a ela.

- Oi meu nome é Takashi Komuro, sou da sala 2A.

- Oi sou Miyamoto Rei, sou da sala 1A.

- Eu sou Hisashi Igou, também sou da sala 1A.

Ela olhava para nós com um olhar calmo e tranqüilo, como se nada estivesse acontecendo.

- Meu nome é Saeko Busujima, sou da sala 3B, e também sou mestre em espadas.

Isso todos nós sabíamos, foi quando eu perguntei:

- Ei Busujima gostaria de se juntar a nós?

Ela continuava a olhar para nós com os mesmos olhos.

- Claro, aqui está um caos mesmo, preciso de uns companheiros para essa batalha.

Com essa resposta fiquei mais tranqüilo, pelo jeito dela, eu não seria o único a tomar atitude do grupo.

- Então vamos à sala dos professores.

- Eu não faria isso se fosse você.

Disse Busujima.

- Por que não?

- Vamos descer que eu lhe mostro.

Descemos com muita cautela para não chamar atenção.

Quando vi aquela cena me deu um aperto no coração, alunos da turma 5A, crianças para falar a verdade, chorando e chamando seus pais, e pedindo os professores para abrirem a porta, e quando a porta foi aberta, apenas zumbis saíram de lá. Foi a cena mais cruel de toda minha vida, aqueles gritos, e lágrimas escorrendo dos olhos daquelas crianças.

- Temos que fazer alguma coisa Busujima. Disse Rei com um rancor nos olhos.

- Eu disse que vocês não iriam querer vir aqui.

- Mas pensamos que aqui estaríamos seguros.

- Nenhum lugar nesse colégio é seguro.

Com essas palavras não tive outra escolha tive que ir tentar ajudar.

- Komuro volte aqui.

- Não Igou temos que ajudar aquelas crianças.

- Elas já estão mortas.

- Olhe e verá.

Do nada as crianças que um dia foram humanas levantaram, ensangüentadas, e cheias de mordidas pelos seus rostos que um dia foram angelicais.

Mas ao final da cena eu vi duas pessoas entrando desesperadas pela outra porta da sala dos professores, uma delas eu conhecia, era a Takagi Saya.


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