Sam Winchester.

Me encarava no espelho do camarim ainda deprimido, pra quem pensou que apenas iriamos cantar e dançar a música Barbie Girl, estava muito enganado, Sweeney obrigou a produção arrumar nossos figurinos. Eu estava com uma calça jeans escura, uma blusa “mamãe to forte” da cor branca e um boné daqueles garotos vida louca. Um óculos que era totalmente estranho, aqueles óculos escuros que os camelôs passam vendendo na praia, os mais baratos por sinal.

Me deprimia, me dsentia fora de meus domínios, porque diabos eu usaria aquilo? Estava parecendo um daqueles assaltantes de comunidades carentes. Pra piorar a situação, um dos homens da produção ainda me trouxe um cordão que aparentava, sim, só aparentava ser de ouro e era da grossura dos meus polegares. Os sapatos eram um all star velho com cadarços de cores diferentes, um relógio preto digital bem esquisito, mas que de acordo com o Marcos, o nosso amigo da câmera, era a prova d'água. Grande merda.

Não conseguia aceitar estar pagando um mico mundial, tudo isso por causa do meu irmão Dean, mas falando nele? Se eu estou usando figurino, sou o Ken, e estou reclamando... Imagine ele que sera a barbie? Ri comigo mesmo enquanto sentava na minha cadeira o aguardando.

Se passou um bom tempo e nada do Dean se destrancar no banheiro, tentei dar porradas na porta, chutes, gritos, berros... Mas ele sempre dizia que estava terminando. Finalmente, a porta se abriu, bem lentamente, mas ela se abriu. Juro pelo Castiel que me segurei para não rir, mas foi inevitável quando o Dan pôs as pernas extravagantes que estavam à amostra pra fora do banheiro, ele estava com uma sainha rosa com uma blusa coladinha branca, sem mangas. Usava um cintinho dourado na cintura e … Oh céus, ele estava com uma peruca loira que ia até abaixo dos ombros, estava de barba feita e …. Ah, eu não conseguia parar de rir, que batom era aquele? Por favor. Ele me lembrou muito uma daquelas vendedoras barangas que custumam ficar em esquinas de hotéis... Aquelas vendedoras que vendem a sí mesmo, se é que me entendem...

Dean usava um salto alto da cor rosa também e por cima da peruca um arco com um lacinho branco. Um blush nas bochechas que pareciam que tinham sido apertadas até quase sangrarem. Tipo apertos de vovós que não vêem os netos a um bom tempo, sim, Dean estava nos seus tempos de brilho e completa demência mental.

Dean Winchester

Sai do banheiro meio cambaleante por não saber andar naquele pedaço de tortura que estava calçando. Aquilo tinha o que? Vinte centimetros, por favor, chamarei ele de Empire State salto. Uma saia rosa que dançava a cada passo que eu dava, e aquela blusa ridícula? Me incomodava horrores, Deus que me livre ser mulher, sei que seria gostosa, mas prefiro ser o gostosão mesmo, pois é mais lucro. E o babaca do Sam? Não ia parar de rir mais não? Quem estava parecendo o Sérgio Malandro não era eu. Eu apenas estava parecido com... Melhor deixar pra lá. Passei mancando que nem uma égua até o espelho em frente a minha cadeira... Fora ali que meu ingresso do AC/DC havia morrido, preciso fazer um enterro e... Meu Deus! Que baranga é essa? Ah... Sou eu... Olha só, meu lado feminino é uma delícia!

Me apoiava nos objetos para andar sem dar com a fuça no chão... Minha coluna se curvava automaticamente, eu tinha tanto medo de cair do Empire State salto que eu saia andando que nem um velho... Uma velha manca.

— Olha só... — Falei olhando para o Sam — Você para de rir agora ou eu vou rodar a baiana...

— Não duvido nada! — Sam falou rindo ainda mais. Deixei ele lá sozinho e fui cavalgando, digo, andando até o palco, o Sérgio Malan... Digo, o Sam, vinha atrás de mim.

— Nunca notei que o palco era tão longe você já ti... Sam? Sam? — Olhei pro lado onde o Sam deveria estar, mas ele já estava muito na minha frente... Droga de salto! Talvez eu pudesse tirar o salto e por um chinelo, sei lá, o pessoal tem que ter uma realidade melhor da vida, a minha versão da Barbie é que nem a versão dos irmãos Grimm para os contos de fadas, e a minha versão barbie era pobre e malandra, chinelo é uma maravilha!

Me encostei nas paredes ali dos corredores dos bastidores e fui tirar aquele pedaço de inferno do meu pé... Que alívio que senti, acho que depois dessa vou andar descalço por bastante tempo...Ia voltar a andar, mas quando olhei para cima só vi a lâmina maravilha que parecia faca de passar manteiga em pão mas que servia como facão de churrasco nas mãos daquele psicopata do Sweet, quero dizer, Sweeney.

— Porque tirou? — Ele perguntou com uma voz fria que me fez sorrir de medo.

— O que?

— O salto

— Salto? Que salto, não gosto de corridas de cavalos, mas sim, gosto bastante dos saltos.

— Coloque logo essa maldição em seu pé! — Ele gritou enquanto imediatamente eu me apoiava na parede pra calçar o Empire State tourturing Salto.

— Agora me agrada mais.

— Me desculpe, mas não sou mulher pra você — Falei jogando para trás as medeixas loiras da peruca, só que meu charme foi pro brejo porque ao invéz de ir só algumas medeixas se foi logo o resto da peruca. Sorri pra ele e a recolhi do chão, notei algo estranhamente estranho que tive que comentar!

— Você se parece tanto com o Jack Espirro! — Disse o analisando.

— Quem? — Ele abaixou a lâmina — Jack Sparrow?

— Espirro, esperma, Sparrow, espada... Tanto faz.

— Ele é meu irmão largado, mamãe nunca gostou muito dele, muito... Argh, vamos falar de coisa melhor, não de pobres sonhadores que pensam que podem com tudo.

Comecei a rir involuntáriamente.

— Qual a graça ? — Sweeney perguntou trincando os dentes.

— Ela preferiu ficar com você do que com o espirro em quesitos de beleza? Por favor! Se você fosse ator você seria escalado pra fazer alguém morto no filme animado A noiva Cádaver, o que houve? Sua mãe se casou com a depressão? Porque só pode pra ter nascido essa misericórdia...

Eu ria demais, mas achei melhor sossegar quando ele colocou aquela coisa brilhante e afiada no meu pescoço.

— Acho melhor se apressar pra ir ao palco! Temos uma dança agora.

Me virei insatisfeito para ir em direção ao palco, voltei a cavalgar/andar com o empire state torturing salto nos pés. Sammysinho malandro estava sentado em sua poltrona, já eu? A princesa dos plebeus... A verdadeira gata borralheira, a baranga dos neandertais, mais a gostosa barbie … Não tinha lugar para sentar, porque? Porque a maldita poltrona de brechó ainda estava só a ruinas lá no palco.

Mal cheguei e já pude ouvir centenas de gargalhadas frenéticas ao mesmo tempo enquanto a madame aqui passava. Hum, não sabem como sou uma mulher dificil...

Sweeney se sentou no sofá dos entrevistados a vontade e nos olhou com um sorriso.

— Comecem!

— Já está ótimo não acha? — Perguntei a ele enquanto sossegava num canto antes que beijasse o chão. — Sam se defende malandro!

Olhei pro Sam, mas esse sim parecia um esquisôfrênico, acho que ele estava com a senhora vergonha, por isso escondeu a cabeça entre as pernas enquanto o boné quase caía de sua cabeça.

— Não! — Disse Sweeney super simpático como sempre. Sabe como é, cheio de boas maneiras — Ainda havera a música.

Quando ele falou isso, uma música soou no fundo, uma música que mais parecia de balada gay, e era a maldita da música que ele tanto queria, Barbie Girl.

— O que quer que a gente faça? — Perguntou Sam se levantando com o rosto mais vermelho que os meus pés depois de tirar o tortouring salto.

— A música sera versão original, então quero que dublem enquanto encenem de acordo ela, não se esqueçam que o Ken, é o namorado da Barbie... Ele esta indo busca-la em casa agora para irem sair.

— Ah não! Eu me travesti, to dando uma de masoquista aqui andando com essa coisa no meu pé... Mas fingir que o Sam... Esse palerma — Apontei pra ele — Fingir que ele é o meu namorado? NUNCA!

— Então venha cá conhecer minha amiga — Falou Sweeney pegando a lâmina...

— Aaaah não — Dei uns passos para trás — Tenho alergia a prata.

A platéia ainda ria... Bando de gente ingrata...

— Já entendemos — Falou Sam se aproximando de mim. — Quando tudo isso acabar, considere-se morto, nem que seja por faquinha de plástico! — Sam sussurrou perto de mim.

Euhein, não fiz nada contra ele, e além do mais ele tem sorte de ser o homem dessa nossa relação, tá reclamando demais pro meu gosto.

A música voltou do começo e começamos a dublar.

Sabe, naquele momento pensei que era pra ter nascido mulher, excluindo a parte do salto claro! Aquele trecho do começo de “ Oi barbie” “Oi Ken” Foi o mais gay possível, mas tudo bem, dei um aceno de miss simpatia estilo Sandra Bullock para o Sam que estava parecendo o Hulk naquela blusinha apartada de boneco de ação. Ele fingia ter um carro invisivel e eu fingia me sentar no banco do carro... Mas ah não! Poeira... Ah, agora sim, limpei. Aiai, eu e meus dotes teatrais! Tenho orgulho de mim mesmo.

O esquema só ficou meio sério quando começou “ Sou a barbie Girl, se você quer ser meu namorado...” Mas que porra era aquela? O pior é que fui crucialmente obrigado a me fazer de sedutora pro meu irmão, ah minha paciência! Sweeney quase espetou minha linda barriguinha com aquela maldita navalha dele. Meio que por instinto me joguei pra cima do Sam que não sei por qual motivo, razão ou circunstancia me agarrou e me levantou... Tudo bem, nada que uns tabefes na cara dele não tenham resolvido.

“ Anda Barbie, vamos Barbie!” Mas o que????? Morri com o Sam fazendo isso... Ele estava com tanta má vontade, mas com tanta má vontade que chegou perto de mim falando isso que mais me pareceu aqueles crackudos em final de baile funk...

“ Presta atenção, na minha condição, sou diferente, sou muito exigente” Que viadisse mais sem escrupulos... Músiquinha dos infernos... Quem compôs? Enfim, soltei meu lado beija-flor e dei uma de viadão pra cima do Sam, fiz ele beija rminha linda mão, adorei ver a cara dele de vaca sem leite...

Sweeney que ainda não estava nada satisfeito nos obrigou a dançar, falou que eu, Dean Winchester, o galã do programa das oito rebolasse, mas o que? Como alguém pode rebolar calçando o salto da morte? E aquela saia? Qual era a dela?

“ Sou assim uma flor delicada demais, minha cor preferida é o rosa” Ah porra, que merda era aquilo? O pior é que eu tive que fazer tudo no esquema, tá eu rebolando lá que nem doente que deslocou as costelas de lugar. Sam virou de costas só pra me ferrar, a atenção foi toda pra mim... Ah mas que raiva, preferia mil vezes apanhar como todas as outras entrevistas, mas nãaaao, hoje é o dia de azar do Dean, primeiro perco um ingresso pro show do AC/DC, depois minha poltrona quebra... E pra piorar … Tenho que virar a baitola loira do meu irmão.

“Uma loira legal e que sabe o que quer, decidida, fatal, mas dengosa” e essa foi a vez do Sam de dançar, mas que merda hein, vou chama-lo de bizuinha, porque aqueles óculos de mosca eram a coisa mais sensual que já vi na vida... E que dança era aquela? A dança do salgueiro lutador? Já pode ir pra Hogwarts. Depois ele veio se aproximando de mim, fiquei só olhando pra cara dele do tipo” Vem cá benzinho” e ao mesmo tempo “Te quebro a cara muleque esquisito”

Sim, eu estava sorrindo pra el enquanto tentavamos dançar junto sum... Arrocha? Lambada? Seria melhor chamar de A rocha flopada, porque ele não sabia dançar, meu pé que já doía ele fez o fazor de pisar em cima, me espatifei no chão, minha peruca parou nos meus olhos ele foi tentar me ajudar e a blusa dele rasgou atrás... Comecei a gritar ele de viado e de tudo quanto você possa imaginar, o irônico é que quem era o travesti da história era eu, mas eu estava com tanta raiva e com tanta dor no meu pé que eu não me toquei.

— Aaaaah seu desgramado! Pode vindo aqui que agora a barbie quebrou a unha! — Joguei o salto num canto lá do palco e sai correndo atrás do Sam que saiu dali derrubando o óculos, boné e o resto d eroupa que sobrou da blusa dele...

— Mas a culpa de tudo isso é sua! — Gritava Sam enquanto dava voltas no palco até não ter mais controle e pisar no seu próprio pé, caindo no sofá dos entrevistados ao lado de Sweeney que parecia achar graça. Soltei minha saia... Ela subia quando eu corria, então achei melhor segura-la.

— Aaaah, não vou mais te bater, ele pode fazer algo melhor — Apontei para o barbeiro.

Mas o inútil só sabia rir, como isso? Se eu piscar os olhos ele me aponta aquela faquinha maldita dele, se o Sam quase bater nele ele ri?

— Já chega! Produção, tira logo essa música! — Sam gritou se levantando.

— Minha dignidade já foi pro brejo, então pode continuar! — Falei olhando feio pro Sam.

— O que?
— Continua!

— Não, Para!

— Continua!

— PARA!

— Excelente! — Berrou Sweeney deixando uma de suas navalhas caírem ao estender os braços.

Pisquei os olhos o encarando confuso, o mesmo fez o Sam.

— Já os destraí tempo suficiente

— Oque? — Perguntei — O que você quis dizer com isso ô Adams

— Adams? — Perguntou ele confuso — Me chamo Sweeney.

— Sweeney Adams

— Não — Disse Sam — É Sweeney Todd.

— Ah eu não te contei? — Perguntei pra ele tirando aquela maldita peruca — Ele é irmão do Jack espirro. E ele ainda falou que achava ele o irmão mais bonito, você acredita nisso? Então o sobrenome dele é Adams, porque com uma família dessas ele só pode pertencer a família Adams, a família dos estranhos.

Sam baçançou a cabeça negativamente enquanto Sweeney arqueava uma de suas sombrancelhas.

— Não importa! O que importa é que enquanto vocês se humilhavam por vontade própria... MEU PLANO DAVA CERTO!

Sam e eu nos olhamos.

— Nós não estavamos nos humilhando por vontade própria não! Cada uma, você ouviu essa Sammy? Ele aponta a porcariazinha da faquinha dele de gente hipócrita e diz que a gente, pelo menos eu, gostei de me travesti no meio do meu próprio programa.

— Dean! — Sam me empurrou

— Que que é caramba?!

— Ele tem um plano e você aí preocupado com a merda da sua vida nos holofotes... — Sam continuou falando, mas eu preferi começar a cantar Barbie Girl de novo, o musiquinha grudenta!

Sam revirou os olhos me deu outro empurrão e olhou pro Sweeney Espirro segundo.

— Que plano foi esse ?

— Seus amiguinhos já devem ter virado tortas!

— To nem aí — Dei de ombros — Nunca fui com a cara daquele vampirinho metido a besta... E aquela outra? De preguiçoso brincalhão já basta eu !

— Dean|!

— Para de me empurrar!

O telão acendeu de repente, Alex estava parada olhando pra camera.

— Alex? — Nós tres perguntamos ao mesmo tempo.

— Oi gente... Quem é esse monstrengo aí? Ele parece com alguém que eu conheço... — Ela falou parando pra pensar.

— Ainda bem que esta viva. — Disse Sam.

— Lógico que eu estou viva! Enlouqueceu ou o que? Dean, já falei que seu irmão anda muito paranóico? Pois é, ele está... Dean? — Alex começou a rir.

— O que foi agora?

— Nada, mas o que aconteceu? Desistiu de ser homem? Eaí, cobra quanto pela hora? — Ela caiu na gargalhada.

Olhei pra mim mesmo e notei que estava com a roupa da Barbie...

— Sei que gostaria de virar lésbica por mim...

— Aham... As lésbicas é que gostariam de voltar pros homens com uma baranga horrorosa que nem você... — Ela riu mais um pouco.

— Hahahaha — Ri sem vontade — Adorei a sua piada.

— Poooxa cara, eu tava falando sério. Esta vendo Kevin? Ninguém me leva a sério. — Alex falou com sei lá quem na frente dela e emburrou a cara.

Fiz cara feia também e me sentei na poltrona do Sam virando ela pro telão.

— Onde esta o Emmet? — Perguntou Sam.

— Ah, ele tá ali olha lá! — Ela apontou pro lado e a câmera virou, Emmet estava sentado numa cadeira empoeirada com um copo na mão.

— Odeio suco de grosélia! — Falei fazendo careta.

— Ah se você quer chamar isso de suco de grosélia então vai em frente — Alex deu de ombros.

Arregalei os olhos junto com o Sam do pagodinho.

— Sr Todd?! — Alguém gritou perto da Alex... Era aquela bruxa... não, ela não é ua bruxa, ah sei lá que diabos ela é... Mrs Lovett eu acho...

— Mrs Lovett? — Exclamou Sweeney olhando pro telão.

Alex puxou a câmera pra ela e abriu um bocão.

— Então esse é o Toddy? Tá mais pra Toddynho — Ela gargalhou.

— Basta! — Sweeney gritou. — Porque não os transformou em torta ainda ?

— O Toddynho — Alex o chamou. — Você se esqueceu foi? Você que corta a garganta, mata, esgana... Como preferir chamar... E ela apenas recolhe o corpo e faz a torta... Não é?

Sweeney ficou imóvel.

— Bem feito! — Falei me levantando. — Quer brincar comigo, da nisso meu irmão cara de feijão! Seu plano? Deu errado lá lá lá láá.

— Porque ainda não foi trocar de roupa garoto? — Alex perguntou. — Você tá parecendo uma gazela cantarolando desse jeito...

— Cala a boca!

— Bom … — Sam falou.

— Bom nada Sam, essa foi a pior entrevista do mundo!

— Só não reclamo porque vocês me pagam uma graninha boa — Disse Alex — Porque vou te contar hein... Que espelunca! Esdsa velha aqui não sabe nem passar um blush... Acho que até o Dean tá mais feminino que ela...

— Chega de humilhação por hoje! — Falei me preparando para sair...

Sam me puxou.

— Você não pode largar o programa, ainda estamos no ar.

— No ar, na terra, no céu, no inferno, não me importa! Vou procurar um buraco para enfiar a cabeça e morrer de vergonha talvez — Falei me soltando do Sam.

— Tio Sam já posso ir embora também? — Alex perguntou — Eu não aguento mais ouvir esse pessoal cantando... Prefiro ir ver High School Musical, talvez Glee...

— Você me chamou de que? — Sam perguntou.

— De tio! Todo velho você, todo certinho! Acorda pra vida, nem parece que é meu irmão!

— Ah cala a boca você também!

— Havia um barbeiro e sua mulher e ela era linda... — Sweeney voltou a cantar.

— Ah não! Pra mim já chega — Falei olhando pro Sam — Ele só sabe cantar isso? Manda ele contratar uma prostituta e ser feliz...

— Então ele pode contratar você que tá mais perto — Falou Alex rindo... Pude ver o Emmet rindo lá no fundo.

Olhei pra ela com cara feia.

— Você vai ver... Não! Melhor... Você não vai ver... Não vai ver seu dinheiro este mês... — Falei cruzando os braços.

— Porque? Se isso ajuda você é a baranga mais arrumadinha que eu já vi... É elas geralmente estão fora de mo...

— Chega! — Gritei com ela.

— E ele era... Ingenuo... — Sweeney continuava a cantar.

— Aaaaaaaah! Alguém faz esse merda parar com isso? — Dei meu chilique no palco pra ver se dava certo.

— Se controla Dean! — Sam pediu.

Olhei emburrado pro chão e vi a lâmina dele lá, ainda caida e esquecida no cantinho... Fui de fininho e peguei, HAHAHAHA agora ele iria ver!

— O sua desgraça! — Dei um empurrão nele fazendo ele parar de cantar ele mne olhou furioso. — Vai, a entrevista acabou, pode ir embora agora que já vai tarde, vai procurar o Edward mãos de tesoura...

— Eu odeio ele! Virou cabeleleiro, ainda acho que sou melhor como barbeiro!

Olhei pra ele meio zonzo.

— Ele também é seu irmão? — Perguntei — Eus ó tava brincando... Que família bizarra! Quem é a sua mãe? A nega Maluca? A loira do banheiro? Blood Mary? Quem é? Euhein... Cada uma.

— Acho melhor tomar cuidado ao falar comigo Winchester!

— O que vai fazer? Me matar?

— Dean, acho melhor se calar — Pediu Sam...

— Shhhh! Não atrapalha Sam — Pediu Alex pelo telão — Isso tá mais legal que novela mexicana... Parece aquela cena típica de que a mulher pobre e feia vai pedir pra casar com o ricasso velho e feio também pra esperar ele morrer e ficar com a mansão dele! É claro, o Dean devia trabalhar com novelas, posi ele tá fazendo o papel da pobretona feia perfeitamente!

Preferi ignorar o comentário dela e olhei pro Sweeney, ele procurava algo em seu bolso.

— O que foi? Que isso aqui é? — Perguntei apontando a lâmina no pescoço dele.

— Mas o que? — Ele piscou olhando a lâmina dele nas minhas mãos.

— Agora EU mando nessa droga! Eu domino essa parada!

— Dean — Sam me cutucou.

— Ah cala a boca Sam, não tá vendo meu momento de glória? — Falei pro Sam.

— Mas....

— Mas Blah blah blah! Você fala demais.

— Tudo bem... Depois não diga que eu não tentei... — Sam deu de ombros e sentou na poltrona.

Voltei a olha rpro Sweeney que estava com um sorriso tenebroso no rosto.

— Iiiih o que foi? É masoquista também? Eu vou te machucar e você tá aí sorrindo? — Perguntei a ele.

— Como gosta do corte de sua barba? Bem desenhado ou... Você prefere tirar tudo?

— Ah eu não sei as vezes eu... — Parei de falar e estreitei os olhos pra ele. — Porque quer saber?

Ele então levantou sua mão esquerda ond etinham mais DUAS lâminas de prata... Ele pôs uma em cada mão e olhou sorrindo para mim.

— Aaaaah quer saber... — Falei entregando a lâmina pra ele — Eu só queria polir ela... Ela tava meio sujinha e tals...

— Pode começar a correr agora...

— Posso tirar o salto primeiro? — Perguntei a ele.

— Como quiser.

Me abaixei e tirei o salto do tormento e olhei pra ele após um suspiro.

— Tchauzinho! — Comecei a correr pelo palco enquanto ele vinh atrás de mim cantando outra música sobre vermes malditos...

— O programa de hoje vai ficando por aqui, crianças, não tentem nada disso em casa — Falou Sam

— Ah porque não? Ficou tão maneiro hoje... Vou ver a reprise quando chegar em casa... — Comentou Alex.

— Alex posso encerrar o programa? — Sam perguntou.

— Ah, claro, vai em frente... Espera só um segundinho? — Pediu ela.

— Claro.

— Justin? Tá me assistindo? Se estiver... Toma essa na sua cara! Ah muleque! Consegui ir para a televisão e você tá fazendo o que mesmo? Não ouvi, é o que ? Ah é! Tá trabalhando na lanchonete do papai, vai lá, sempre te achei lindo com aquela rede na cabeça! Mané! Pronto Sam, pode encerrar agora.

— Er... Tudo bem... Bom, espero que tenham gostado do programa, e não se preocupem com o Dean, ele apenas vai ganhar uma cicatriz nova e … Bom, tudo vai ficar bem eu espero, até a nossa próxima entrevista... Espero que não seja com o Osama Bin Laden porque o Dean é muito... Ah, vocês sabem, até a próxima. — A camera foi desligada.