Better With You 2 escrita por Larissa


Capítulo 8
I Need Somebody, I-I Need Somebody.




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Justin's pov. 

Foi mais fácil do que eu imaginei que seria fazer com que Tina e Ryan fizessem as pazes. Mas foi mais difícil do que eu imaginei que seria convencer o Scooter, a me deixar dirigir o range rover. Eu queria sair com a Nic e nos meus planos não incluía levar o Kenny para ser minha babá esta noite. Eu já tenho quase 17 anos e sei me cuidar... A não ser que apareça algumas fãs malucas para me atacarem eu posso sobreviver.

Eu levei Nicole para patinar no gelo, e depois que comemos alguma coisa a levei num lugar especial. Depois que terminamos eu voltei aqui uma ou duas vezes apenas. E é engraçado que nessas duas vezes em que eu estive aqui sozinho, lembrei justamente do dia em que a trouxe neste lugar pela primeira vez. E me lembrei também que naquele mesmo dia ela me fez uma pergunta “Quem é você, Justin Drew Bieber?” E notei que não fui totalmente sincero com ela nesse ponto. Ela só conheceu o Justin Bieber. Não o Justin Drew Bieber. Ela conheceu o garoto que eu apresentei para o mundo. Isso não foi justo com ela.

E acho que também não a conheci tão bem quanto gostaria.

- Um supra novinho pelos seus pensamentos – ela falou enquanto sentava-se ao meu lado. Será que ela estava falando sério sob o supra?

- Qual sua cor favorita? – ela riu após ouvir minha pergunta.

- Tá brincando, né?

- Não. Você nunca falou e eu fiquei pensando...

- Branco – ela falou rapidamente, me interrompendo.

- Um hobby? – desta vez ela demorou um pouco para responder.

- Acho que não tenho um.

- Todo mundo tem um.

- Mas eu não – ela rebateu – qual o seu?

- Jogar videogame. Mas sou eu quem faz as perguntas – falei tentando parecer sério, mas o modo como o qual ela me olha as vezes me faz rir a toa.

- Desculpe senhor das perguntas. Mas alguma?

- Qual o nome dos seus pais?

- Minha mãe se chama Anna.

- E seu pai, como se chama? – é a primeira vez na qual toco nesse assunto e é a primeira vez em que ela parece se fechar para mim. Ela franziu a testa e mordeu o lábio, virando o rosto e as luzes da cidade o iluminaram de uma forma tão linda que eu não pude deixar de sorrir.

- Chamava – ela me corrigiu automaticamente.

- Ahn, por que chamava?

- Ele faleceu – ela respondeu com a voz rouca, levando uma das mãos ao rosto, tentando escondê-lo.

- Sinto muito, Nic. Se soubesse...

- Tudo bem – ela me interrompeu – eu não falo disso nem com a minha mãe, mas precisava conversar com alguém – ela respirou fundo voltando seu olhar para mim, sorrindo, mas seus lábios não expressavam alegria alguma – eu entendi o que você quis dizer quando disse que nossos problemas não eram tão diferentes, numa noite em Bahamas. Escutei uma briga dos seus pais – eu fiquei surpreso com a confissão, afinal ela nunca havia me contado nada a respeito – o meu pai tinha problemas com bebida – ela continuou – foi na mesma noite em que... Você sabe, nós... Aconteceu aquilo com a gente... – ela desviou o olhar novamente – ele chegou de madrugada e minha mãe brigou com ele... Depois ele pegou o carro e aconteceu um acidente...

- Não queria te fazer lembrar disso, deve ser difícil – ela não respondeu, apenas começou a chorar e sem saber o que eu devia fazer ou dizer, eu a abracei. Nós ficamos longos minutos assim – tá melhor? – perguntei afastando seu cabelo do rosto, vendo as lágrimas escorrerem pelo mesmo. Meu coração diminuiu ao vê-la sofrer.

- Ele se chamava John – Nic se afastou de mim, se levantando. Eu também me levantei, a tempo de vê-la limpar as últimas lágrimas – Qual é a do interrogatório, Bieber?

- Ahn, eu... tem certeza de que está tudo bem? – para minha surpresa ela começou a rir.

- Aham. Agora você vai me responder ou não?

- Só estava tendo a certeza que você não era uma espiã da CIA ou trabalhava pro FBI – eu falei brincando, ouvi sua risada gostosa mais alta desta vez.

- É sério, Bieber.

- Só queria te conhecer melhor. Nós não tivemos muito tempo pra isso.

- É. Você estava ocupado demais com uma certa aposta – meu coração diminuiu um pouco mais, se isso é possível.

- Me desculpa – não consegui formular nada melhor para dizer – Todas as outras vezes em que nós começamos, acho que foi da maneira errada. Em primeiro lugar, eu sei que fui um idiota de aceitar aquela aposta, segundo o Scooter não devia ter feito com que eu escolhesse entre você e a Jasmine e terceiro, eu devia ter esperado pra dizer que nós estávamos namorando. Eu não posso pensar só em mim, eu tenho que pensar na reação de um milhão de meninas que... – mas eu não cheguei a dizer nem a metade do que eu estava planejando dizer. Nicole me interrompeu. Senti suas mãos agarrarem meu casaco, e no minuto seguinte senti algo macio encostar suavemente contra meus lábios. O que constatei mais tarde serem os seus lábios. Ela se afastou minutos depois – Você me beijou? – ela deu de ombros – por que você me beijou?

- Você fala demais, Bieber – eu acabei rindo – e então mais alguma coisa que você queira saber sob mim? – ela vai ignorar o fato de que ela acabou de me beijar? Sério?

- Ahn, eu... – eu fiquei sem fala – qual o dia do seu aniversário?

- 6 de abril – ela respondeu rapidamente – que foi? Por que você está me olhando com essa cara de... De bobo?

- Você acabou de ignorar que me beijou! – ela revirou os olhos.

- Você se aproveitou de mim no elevador, e eu me aproveitei de você agora. E não foi um beijo de verdade, foi só um selinho, quer ele de volta?

- Na verdade, eu quero sim – ela ergueu uma sobrancelha.

- Eu não sou idiota, Bieber. Se eu for devolver vou ter que te beijar outra vez – oh, droga.

- Mas o que esse beijo significou?

- Nada, eu só quis te beijar e beijei.

- Wow, espera aí! Então se você pode, eu também posso.

- Bieber...

- Não, agora é sério, Nicole! Eu quero saber o que você sente por mim e como nós vamos ficar de agora em diante – ela fechou os olhos e os abriu lentamente me encarando.

- Eu ainda te amo. Toda vez que eu pensava que ia te esquecer, lá estava você. Na televisão, no rádio, ou na maldita caixinha de cereal...

- Caixinha de cereal, sério?

- É... Minha mãe só compra daquela marca e... Esquece. Voltando ao que importa. Você sempre voltava toda vez que eu achava que ia te esquecer e então eu... Eu... Desistia.

- Mas espera aí, você disse que me ama?

- Você é surdo ou o quê? – eu ri.


- Eu também ainda te amo, Nicole – eu confessei, me aproximando mais dela.

Nicole’s pov.

Eu voltei meu olhar para sua mão, que foi descendo lentamente até minha cintura. Ele ergueu meu rosto com a outra mão, me encarando. Meu corpo todo estremeceu. Acho que agora eu não posso mais mentir. Eu esperei secretamente para que esse momento chegasse outra vez. E agora não havia ninguém para nos interromper. Éramos apenas eu e ele.

- Jus...

- Não fala nada, por favor – ele riu nervoso, eu respirei fundo, esperando a próxima ação dele, mas essa nunca chegou. Eu ouvi um barulhinho irritante vindo de dentro do bolso dele. Ele encostou minha testa a dele e riu – Merda, eu devia ter desligado o maldito celular.

- Pode ser importante.

- Mas nós...

- Nós esperamos até agora, não esperamos? – ele meneou a cabeça e foi atender o celular. Eu podia ouvir a voz do Scooter do outro lado da linha – Problemas? – eu perguntei quando ele desligou o celular e olhou para mim.

- Meus pais estão aqui.

- Ahn, então é melhor voltarmos... Você me deixa na minha casa?

- Tá... Mas, antes eu preciso que você me prometa uma coisa.

- O quê?

- Vai ter uma festa na casa do Usher e você vai, certo?

- Ahn, claro – ele sorriu e me roubou aquele selinho. 


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