Ready To Love Again escrita por luciana_seixas


Capítulo 4
Menino Mau


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se!



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Elisabeth e Stefan chegaram em casa carregados de sacolas. Após terem certeza que Elena não estava por perto, trataram de guardar todos os presentes. Depois de terem saído da livraria, ainda tinham parado em outras três lojas para conseguir tudo o que precisavam. Mas estavam contentes. Liz tinha certeza que a amiga ficaria encantada quando recebesse seu presente.

Voltaram a sala e ela jogou-se no sofá. Stefan foi até o bar e se serviu de uma bebida, oferecendo-lhe outra. Ela recusou. Agora que parara, se lembrara da discussão com Damon, mais cedo naquele dia. Estava chateada. Não gostava de brigar com ele. E aquela havia sido a primeira Riga dos dois, desde qe haviam se tornado oficialmente um casal.

Stefan a ouviu suspirar e se virou, com a testa franzida, numa clara expressão de dúvida.

“O que foi?” ele quis saber. “Está cansada? Ou é outra coisa?”

“Não é nada importante. Eu só estou pensando no Damon.” Ela respondeu. “Eu até tinha esquecido o quanto ele ficou bravo hoje de manhã.”

“Não foi culpa sua. O Damon é meio infantil, às vezes.” Ele se sentou ao seu lado. “Ele só está inseguro. E é normal. Ele nunca manteve um relacionamento com ninguém além dele mesmo. Mesmo comigo, ele sempre tentou se manter distante.”

“Eu sei. Eu só não queria fazê-lo sofrer.”

“Essa é boa!” Stefan abriu um sorriso. “Ele briga com você e você é quem fica preocupada dele estar sofrendo! Você não existe, sabia?” ele se curvou e deu-lhe um leve beijo no rosto. Liz fechou os olhos e se deixou consolar. Ela realmente gostava de Stefan e era bom saber que o sentimento era recíproco. Mas seu alivio durou apenas um segundo.

“Que lindo!” Damon falou atrás dos dois, fazendo o corpo de Liz se arrepiar apenas por ouvir sua voz. “Se divertiram no apertamento?”

“Damon” Stefan começou em tom de censura. “Você sabe que nós não fomos ao apartamento. Então por que você não para com essa ceninha toda, hein?”

“Eu não sei de nada.” Ele deu de ombros, encostando-se na parede, os braços cruzados sobre o peito. “O que sei é que passei o dia todo sozinho, enquanto a minha namorada passava o dia com meu irmão.”

“Deixa de ser ridículo, Damon! Quantas vezes você já não passou o dia todo com a Elena? Até pra Geórgia com ela você já foi!”

“E, se eu bem me lembro, você não gostou nada disso.” Ele respondeu, irônico.

“A questão não é essa.” Stefan balançou a cabeça e se levantou, caminhando em direção ao irmão. “Você está sendo injusto. Está querendo me atingir, mas só está machucando a Elisabeth.” Ela escutou Damon suspirar, antes de Stefan acrescentar. “Você sabe que ela não merece isso. Especialmente vindo de você.”

Stefan voltou-se para pegar o copo que havia deixado sobre a mesa e pousou uma mão no ombro de Liz, lançando-lhe um olhar amistoso. Depois, caminhou até a porta e falou a Damon. “Vou deixar vocês a sós. Conversem! Elena não vai gostar de ver vocês brigados no dia do aniversário dela.”

Elisabeth permanecera calada o tempo todo. Não queria ter de falar. Apenas fechou os olhos e esperou Damon despejar sobre ela a raiva que sentia. Mas a avalanche não veio. Ele apenas parou à sua frente e lhe estendeu a mão. “Vem comigo. eu quero te mostrar uma coisa.”

Ela aceitou a mão que ele lhe oferecia e se levantou. Damon a puxou em silêncio até o quarto e abriu a porta para ela. Esperou que ela entrasse pra fechar a porta falar, num tom de voz mediano. “Dá o fora, Stefan! A conversa é particular.” Liz soube que ele ouviria e, segundo depois, ela escutou a porta da frente bater. Ela sentou na cama e ele foi até o criado-mudo, pegou um livro e lhe entregou.

“O que é isso? Um diário?” ela tocou com delicadeza a capa de couro. Parecia antigo. “É seu?”

“Não. Era do meu pai.” Ele sentou seu lado. “Eu sei que tenho sido um mala...”

“Tá mais pra contêiner!” ela o cortou, rindo.

Inesperadamente, Damon também abriu um sorriso. Pegou uma das mãos dela e levou aos lábios, depositando um beijo doce. “É por isso que você me ama, princesinha!”

Ela não pode deixar de concordar, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, Damon continuou. “Eu só queria que você lesse tudo com calma. Não tem pressa. depois, nós conversamos.”

“Damon, eu...” ele a calou com um beijo suave, um mero roçar dos lábios. Foi o suficiente para que Elisabeth derretesse. Mas ele logo se afastou e Liz suspirou, contrariada. Ele riu, convencido. “Eu sei, princesa. É difícil resistir. Eu sou tão gostoso!” ela lhe deu um soco no braço, mas sabia que apenas os seus dedos doeriam. “Por favor, Lizzie. Lê o diário e depois a gente conversa. Eu vou esperar lá embaixo.”

Ele a deixou com o diário nas mãos. Ela não conteve mais a curiosidade. Recostou-se nos travesseiros e começou a leitura, numa página aleatória, já próxima ao fim.

Diário de Giuseppe Salvatore

Hoje foi um dia muito triste. Meu filho voltou da guerra como um desertor. Damon sabia como me sentiria sobre isso, mas não pensou em mim. Como sempre, pensou apenas em seus próprios interesses, sem se importar com a vergonha que me faz passar.

Mas o que mais me entristece é que não poderei cumprir a promessa que fiz a Thomas. Não posso permitir que a pequena Lizzie seja forçada a casar-se com um desertor. Abrirei mão desse compromisso, e espero que Thomas me perdoe.

Elisabeth não conseguiu terminar o restante da página. Avançou alguns dias e voltou a ler.

O problema com os vampiros só vem aumentando. Thomas, Johnathan e eu não sabemos mais o que fazer. E o pior é que minhas suspeitas estão cada vez mais fortes. E se for verdade? O que farei com um desses monstros dentro de minha própria casa?

E como se fosse pouco, ainda tenho que contornar a situação com meus filhos. Parece que não conseguem enxergar o que está diante dos olhos. Agem como se estivessem enfeitiçados, amaldiçoados. Numa hora, estão felizes, conversam tranqüilos. No momento seguinte, estão trocando ofensas.

Uma dessas discussões quase foi presenciada pela pequena Lizzie hoje. Thomas a enviou com o recado de que manteria o casamento. Não sei se me sinto aliviado ou apreensivo. Mas tenho esperanças de que, após o matrimônio, Damon se torne um homem melhor. Para o bem de todos. Principalmente o dele.

Liz passou apressada para o próximo relato. Levara alguns dias até que Guiseppe voltasse a escrever.

Tomei medidas drásticas. Fiz Stefan ingerir verbena. Sei que não foi o mais sensato a ser feito, mas não podia mais ficar de braços cruzados.

É estranho ver o modo com o pobre Stefan tem se comportado. Parece um filhote que corre atrás de uma criança, buscando um afago. Já Damon faz tudo conscientemente, como se sua única intenção fosse me atingir. Ele é um homem feito, enquanto Stefan mal passa de um menino. Como ele pode fazer isso? Não vê que é perigoso?

Por isso, precisei fazer algo. Não suportaria. Posso agüentar qualquer coisa. Menos que um de meus filhos se torne uma monstruosa atrocidade. Se isso acontecer, não terei alternativa. Eu mesmo terei de matá-lo.

As lágrimas que a muito corriam pelo rosto de Liz agora jorravam incontroláveis. Como um pai poderia jurar matar seu próprio filho? Nunca imaginara que Giuseppe pudesse ser um homem tão intransigente. Foi quando conseguiu criar coragem para ler a última passagem.

Hoje finalmente conseguimos por nosso plano em prática. Infelizmente, nem tudo saiu como o planejado, mas o desfecho foi o mesmo. Conseguimos ter a confirmação de que Katherine é mesmo um deles. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde, ela se alimentaria em um dos meninos. Stefan parecia atordoado, mas entendeu meus motivos.

Já Damon... que desgosto! O que fiz para merecer um filho como ele? Rebelou-se contra mim. Disse que, se para ficar com Katherine precisasse virar um monstro, ele o faria! Eu o esbofeteei, não me contive. Pude ver a ira em seus olhos. Nós sempre nos desentendemos, não eu nunca havia chegado a agredi-lo.

Não pus mais os olhos nele desde então. Preocupo-me com o que acontecerá. Não poderei permitir que esse banho de sangue continue. Nem mesmo que, para tanto, precise destruir meu primogênito. O meu consolo é que, se essa hora chegar, aquele não será mais meu filho. Será apenas o monstro.

Elisabeth enxugou as lágrimas. Não precisou continuar para saber o desfecho da história. Ela era parte disso. Assim como Damon. Mas, diferente das crenças de Giuseppe, ambos eram vitimas, assim como todos aqueles que haviam perdido a vida naquela época. Ela deixou o diário de lado, e caminhou até a porta.

“Damon.” Ela o chamou com naturalidade. Ele escutaria. Voltou para dentro e logo ele se juntou a ela.

“Você já leu tudo?” ele perguntou, surpreso.

“Não. Mas li o suficiente.” Ela foi sincera. “As últimas entradas. Depois que você voltou da batalha.” Liz lhe tocou o braço. Ele lhe encarou e Liz viu os olhos azuis turvarem. Seriam lágrimas?

“Elisabeth, eu pedi pra você ler aquilo por um motivo.” Ele a fez sentar-se novamente na cama e a acompanhou. “Depois que eu briguei com você, eu sai com muita raiva. Mas não de você, raiva de mim!”

“Damon...” ela lhe tocou o rosto, mas ele não lhe permitiu interromper.

“Eu sempre me senti excluído, renegado. Sempre o desprezado. Nada que eu fizesse era bom o bastante. Todos sempre preferiam o Stefan a mim. Meu pai, Katherine, Elena. Não seria nenhuma surpresa se você descobrisse amá-lo também. Mas, depois de mais calmo, eu pude raciocinar direito. Você é especial. E não mentiria pra mim. Eu sabia que vocês iam procurar o presente da Elena, você mesmo me disse. Mas te ver com Stefan me fez me sentir estranho, como se estivessem tirando um pedaço de mim.”

Liz lhe acariciou o rosto, sorrindo abertamente. “Damon, você estava com ciúmes!” Ele se aproximou e lhe deu o beijo que ela ansiara durante todo o dia, que lhe tirou o fôlego.

“Você é minha. Pela primeira vez, eu sou a primeira escolha de alguém! E isso me deixa muito feliz. Feliz como eu nunca achei que pudesse me sentir. Durante muito tempo, eu tentei me convencer de que não me importava. Que eu era melhor do que qualquer um deles e que não precisava de nada disso. Me protegi do jeito que sabia. Magoava antes de ser magoado. Abandonava antes de ser abandonado. Mas isso mudou quando você voltou pra minha vida. Eu senti que podia abrir meu coração de novo, que você cuidaria bem dele.” Ele sorriu e acrescentou. “Mas eu estava errado.”

“Errado?” Liz não escondeu a surpresa.

“Errado. Você roubou meu coração e até agora não me devolveu!” Damon a puxou até que ela sentasse em seu colo e passou os braços dela por seu pescoço. “Mas eu não estou reclamando.” Ele a beijou suavemente, para depois pedir com os olhos grudados nela. “Você pode me perdoar por ser tão idiota?”

“Você é o idiota que eu amo! E eu não preciso perdoar nada. Eu me sinto lisonjeada por você sentir que pode confiar em mim. Mas numa coisa você está certo.” Foi a vez dela o beijar, explorando-lhe a boca com a língua. “Eu sou sua! Só sua!”

Damon a deitou na cama, tomando o controle do beijo. Ela não protestou. Apenas se deixou levar pelas sensações. Correntes elétricas passavam por todo o corpo, enquanto as mãos de ambos tateavam, exploravam, buscavam dar tanto prazer quanto recebiam.

Elisabeth deu um impulso, fazendo Damon cair deitado sobre o colchão. Ele se surpreendeu pela iniciativa. “O que foi princesa?” ele perguntou, a curiosidade estampada no rosto bonito.

“Hora da vingança!” ela respondeu com um sorriso. Depois, se colocou sobre ele, posicionando uma perna de cada lado de seu quadril. Damon suspirou em antecipação. Liz apenas se inclinou até que alcançasse-lhe a boca. O beijo foi sensual. Ela o saboreou com intensidade, e ele a segurou pela cintura, aprofundando a caricia.

Ela abandonou o beijo apenas para que seus lábios pudessem explorar-lhe o pescoço. O cheiro dele a deixava ardendo de desejo. Ela lhe deu mordidinhas, fazendo-o arfar. Liz se sentiu triunfante. Normalmente ela se sentia assim. Entregue. Mas hoje seria diferente.

Os lábios dela agora procuravam o queixo anguloso, para depois mordiscar o lóbulo da orelha. Os dedos afundavam nos cabelos macios e negros. Ela sussurrou junto a seu ouvido. “Hoje quem manda sou eu!” Ele suspirou e, com as mãos ainda em sua cintura, fez com que ela sentisse o quanto ele estava excitado. Liz continuou as caricias, enquanto as mãos dele avançavam para as costas dela.

Liz passou a desabotoar a camisa dele, mas perdeu a paciência. “Coisa estúpida!” ela reclamou enquanto a arrancava, com botões e tudo.

“Eu gostava dessa camisa!” ele reclamou, rindo. Mas ao ver o olhar cheio de desejo dela, ele completou. “Mas prefiro você sobre meu corpo.”

Ela investiu novamente sobre ele, trabalhando agora para livrá-lo da calça. Tirou a peça, juntamente com a cueca. Ela olhou o corpo nu dele, sabendo que jamais havia visto nada mais bonito.

“Você não acha que está vestida demais?” ele perguntou, erguendo a sobrancelha. “Eu também quero ver você.”

“Depois.” Ela respondeu. Posicionou-se e tomou-lhe o membro entre as mãos. Damon fechou os olhos e gemeu, fazendo-a tomar coragem para prosseguir. Os dedos lentamente começaram a mover-se sobre ele, por toda a extensa ereção. Liz umedeceu os lábios e levou-o a boca.

“Elisabeth, você não...” ele não foi capaz de concluir a frase. Ela havia colocado boa parte do membro rijo na boca. Sugando. Provocando. Excitando. Ela o estimulava enquanto ele entrava e saía de sua boca. Liz podia senti-lo tentar se controlar.

Liz continuou até vê-lo se contrair, num forte orgasmo. “Foi rápido, hein? Quantos anos você tem, treze?” ela caçoou.

“Falar é fácil!” ele mantinha os olhos fechados, tentando normalizar a respiração. Ela aproveitou para rapidamente tirar as roupas. Depois, voltou-se a sentar sobre ele, e lhe beijou, sentindo-o voltar a enrijecer-se junto a sua umidade.

Não demorou para que ele estivesse pronto novamente. Sem conter um gemido, ela desceu sobre ele, enquanto o membro ereto a preenchia por completo. Ela começou a movimentar-se sobre ele, e Damon a guiou, as mãos em sua cintura.

O ritmo logo foi acelerado. As investidas se tornaram mais fortes. Damon arfava, enquanto Liz arranhava-lhe o peito. Estavam próximos ao ápice, quando ela jogou sua carta final. Algo típico dele, e que inevitavelmente a fazia perder o controle.

Ela sorriu e se inclinou sobre ele. Mordeu-lhe a orelha e disse, finalmente. “Goza pra mim, Damon!”

O efeito foi imediato. As mãos dele fizeram as estocadas se tornarem ainda mais intensas. Ele não se controlou mais e gozou dentro dela, gemendo e gritando seu nome. Liz também deixou que o prazer a dominasse e atingiu o clímax segundos depois dele.

Os tremores de seus corpos demoraram a passar por completos. Ficaram apenas deitados, aproveitando a sensação de satisfação que haviam proporcionado um ao outro. Alguns minutos depois, Damon foi o primeiro a falar.

“Não foi justo!”

“O que?” ela ergueu a cabeça para olhá-lo.

“O que você disse. No final. Foi golpe baixo!”

Ela riu, contente. “Quando você faz comigo, eu não reclamo.” Ela lhe beijou e se aconchegou junto a ele. “Sabe o que mais? Descobri uma coisa hoje.”

“O que?” foi a vez dele de perguntar.

“Que apesar de querer ser um cara mau, você é muito sentimental. E possessivo.” Ela acrescentou, rindo.

“Eu também fiz um descoberta hoje.”

“É mesmo?” ela já fechava os olhos junto ao peito dele. “Qual?”

Ele abriu um sorriso largo antes de beijar-lhe os cabelos e finalmente dizer. “Que se todas as suas vinganças forem assim, eu vou brigar com você todos os dias!”


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Notas finais do capítulo

Florzinhas, desculpem pela demora... mas espero que a espera tenha valido a pena.E aí, o que acharam? Não deixem de comentar, ok?Bijos!!! Luv U!!!