E se Fosse Verdade escrita por EmyBS


Capítulo 11
Meu remédio




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Acordei sorrindo lembrando-me dos olhos dele e rolei na cama me sobressaltando. O colchão ao meu lado estava gelado. Sentei de imediato e busquei pelo quarto.

- Onde você está?

Nenhuma resposta.

- Carlos, eu sei que você pode me escutar.

Nada.

- Por favor... – sussurrei – Eu quero te ver – fechei os olhos num pedido mudo.

Pareceu uma eternidade, mas eu senti a brisa gelada me envolvendo e abri vagarosamente os olhos para encontrar aqueles olhos dourados numa expressão divertida me encarando.

- Bom dia, Isabella... – ele disse rouco me dando um beijo no pescoço.

Senti meu corpo mole ao toque dos lábios dele na minha pele, parecia que a distancia tinha piorado as minhas reações a presença dele. Era tão bom me embriagar com o seu hálito gelado e fresco, apreciar a sua pele gelada deslizando sobre a minha quente, sua respiração contra a minha.

Percebi Carlos rindo de encontro a pele do meu ombro e me dei conta que meu coração estava tão acelerado que eu poderia ter um troço a qualquer momento. Tentei me acalmar, mas não tive muito sucesso ao sentir o frio dele sobre as cobertas na minha perna.

- Calma Bella! – a voz doce e rouca no meu ouvido me fez estremecer e me desligou da realidade, puxei seus cabelos buscando seus lábios com a minha boca, não tinha muita certeza do que me fazia agir assim, mas era uma vontade desesperadora de sentir mais.

O beijo era intenso, mas ele não me deixava explorar a sua boca e aquilo me deixava profundamente desesperada. Não tenho idéia de como, mas não demorou muito Carlos estava deitado na minha cama comigo por cima dele, eu não tinha duvidas que ele estava se deixando conduzir pelo meu ataque. Levantei meu olhar e vi que ele mantinha os olhos fechados.

- Por que não me deixa beijá-lo direito? – perguntei mordiscando seu corpo enquanto abria a sua camisa.

Ele suspirou pesadamente, mas tinha uma expressão serena.

- Eu sou venenoso, Bella. – ele praticamente gemeu quando eu cheguei perto do cinto dele.

Não falei mais nada muito concentrada em acariciar seu corpo e beijar aquela pela fria e branca na minha frente.

- Você não facilita as coisas... – Carlos disse rouco, mas não fazia nenhum movimento para mudar aquela posição e isso me deixou muito contente.

Carlos ainda mantinha os olhos fechados e parecia fascinado em experimentar a sensação da minha pele na dele, parecia gostar tanto quanto eu gostava quando ele fazia isso comigo, abri toda a blusa dele e a tirei beijando e acariciando seus músculos definidos, a pele tão branca que me fazia parecer morena, suas veias eram levemente arroxeadas e percorri cada uma deles com a língua o sentindo estremecer e gemer levemente. Era fascinante saber que eu era capaz de fazer isso nele.

Eu ainda acariciava seus braços quando aconteceu, foi a coisa mais linda que eu já tinha visto, nada em minha imaginação um dia tinha chego aos pés da realidade, nem meus sonhos mais loucos, Carlos abriu os olhos assustado e me fitou apreensivo, mas relaxou quando viu meu olhar. Eu estava fascinada, era mágico, lembrava a minha infância quando minha mãe me levava na pedreira de mármore da família. Eu adorava o branco brilhando ao sol, pois brilhava em diversos fragmentos de maneira surreal e agora eu via algo muito mais belo, peguei a mão dele e coloquei próximo do meu rosto para analisar, sabia que ele ainda me olhava analisando minhas reações, mas eu estava encantada demais para prestar atenção. A pele dele brilhava de maneira extraordinária. Comecei a rir como criança e me joguei em cima dele enchendo ele de beijos.

- Você é louca! – Carlos disse rouco entre os meus beijos tentando não me machucar sem querer devido ao meu ataque.

- Você é lindo! – sorri boba olhando seus olhos escurecerem.

- Você não faz idéia do que faz comigo! – ele disse serio beijando meu pescoço.

- Se for metade do que você faz comigo estamos ferrados... – disse arfando enlaçando minhas pernas na cintura dele e ele riu.

- Você precisa trabalhar... – a voz rouca dele demonstrou o esforço que ele fazia para tentar manter o controle.

- Estou doente está manhã... – respondi chorosa olhando-o triste.

- E o que minha doentinha precisa? – arqueei o corpo involuntariamente em direção ao dele quando senti as suas mãos nas minhas coxas.

- Um remediozinho bobo... – mal consegui falar com uma das mãos ele acariciava minha cintura e com a outra brincava com a lateral da minha calcinha. – "Eu odeio esse vampiro!"

- E qual seria esse remédio? – os lábios dele estavam a milímetros dos meus seios e meu coração disparou ainda mais rápido que já estava, nem eu imaginava que conseguiria controlá-lo desse jeito.

- Você...

Se algum dia Carlos teve algum controle eu imaginei que ele perderia tudo naquele instante, pois senti minha calcinha sendo rompida e o leve peso do corpo dele entre s minhas pernas, seus lábios subiram para os meus num beijo ardente e desesperado, pela primeira vez Carlos me deixava livre para explorá-lo e eu teria feito isso se um barulho irritante não tivesse feito-o voar para o outro lado do quarto.

Procurei, irritada, meu celular pelas cobertas já imaginando na desculpa que daria para o pessoal do escritório por ainda não estar lá, mas para minha mais profunda irritação não foi a voz da minha colega de trabalho que escutei do outro lado da linha.

- Bom dia, Flor do dia! – a voz animada de Rodrigo pareceu fazer eco no quarto e eu vi a expressão de Carlos se fechar ainda mais, apesar dele estar ainda tentando se controlar, a respiração acelerada dele o denunciava.

- O que foi? – respondi irritada, ainda não acreditava que tinha parado aquele momento mágico por causa desse idiota.

- Nossa! Está tendo um mau dia? – era incrível a capacidade dele de continuar animado.

- Estava ótimo até agora! – murmurei e vi que Carlos sorriu já totalmente controlado vestindo a sua blusa. – Fala!

- Vou melhorar o seu dia! – ele disse e eu pensei "Vai sumir da minha frente!"

-Vou te buscar para almoçar! – eu tive vontade de rir da animação dele.

- Eu não vou almoçar com você. – eu não tinha nenhum motivo para fazer aquilo mesmo.

- Não? – Rodrigo pareceu incerto e surpreso. – Jantar então?

- Muito menos jantar! – quase gritei.

- O que houve Bells?

- Uma pessoa muito importante voltou. – eu disse encarando os olhos negros do Carlos e ele sorriu torto e convencido e quando pisquei os olhos ele estava beijando meu pescoço.

Rodrigo ficou mudo no telefone sem saber o que dizer.

- Desculpe! – murmurei antes de desligar.

Carlos me beijou suavemente cariciando meus cabelos antes de se levantar.

- Você tem que trabalhar, Isabella! – a voz de veludo dele me dava uma paz e um alivio inexplicável.

- Certo! – disse vencida me dirigindo para o banheiro. – Quando eu sair você não vai estar mais aí não é? – ele percebeu meu tom triste.

- Eu volto, não pense que vai se ver livre de mim tão fácil.

- Quem disse que eu quero me livrar de você? – sorri me encaminhando para o banho, depois daquele inicio de manhã eu realmente precisava de um bom banho frio.


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