Angel Of Darkness. escrita por Mari Trevisan


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Enjoy!



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Uma parte de mim me dizia para pegá-la ali mesmo e afogar meu sofrimento em seu sangue, e outra parte dizia para eu me controlar. (...) Era difícil, eu a queria.(...) Ela era minha, apenas minha (...)

Realmente fui à aula no dia seguinte, como eu havia prometido à Yuuki.

Depois daquilo, porém, muitas coisas aconteceram; havíamos brigado, aquele Kuran me ameaçara, dizendo que estava me deixando viver só para manter a Yuuki feliz – aquele maldito fala como se fosse algo mais do que um monstro que se esconde na forma humana – e pior, que é muito próximo da minha Yuuki.

Então eu fora chamado para caçar mais um Level E – e Yuuki me seguiu até o prédio abandonado onde eu deveria cumprir a missão – a intromissão dela quase lhe custou a vida – afinal, é claro que o Level E ficou atraído pelo cheiro delicioso que emanava dela e que atrairia qualquer vampiro, não só eu, mas também os vampiros nobres como Shiki e Rima, que também se intrometeram no meu trabalho. Monstros idiotas.

E depois... ah, maldição. No dia seguinte à caçada, entrou uma aluna nova na Turma da Noite, uma puro sangue chamada Maria Kurenai, que foi guiada por Yuuki pela escola. Assim que a vi, eu soube que havia algo errado – não pelo fato de ser vampira – e apontei minha Bloody Rose para ela umas duas vezes, na tentativa inútil de proteger Yuuki, mas ela ficou na frente da vampira as duas vezes, me impedindo de protegê-la.

Depois Aidou me chamou para uma conversa particular, o que achei estranho, mas ele começou a falar de Shizuka – a mulher que assassinou a minha família e me transformou, estava desaparecida desde a carnificina que causou em minha antiga casa – e disse que só eu saberia se ela estivesse de volta, já que eu, querendo ou não, tenho uma ligação de sangue com ela.

Mas continuei mantendo minha suspeita, e avisei Yuuki para ficar longe da garota, mas parece que ela não me ouviu. Tanto que, enquanto eu estava lhe ensinando um pouco de matemática – senti que o meu pescoço – mas especificamente no lugar onde aquela mulher havia me mordido e me condenado a um sofrimento eterno – estava doendo. Era a prova irrefutável de que havia algo que não ia bem. E quando ela pareceu preocupada, lhe expliquei o que aquela puro-sangue fizera conosco.

Yuuki se mostrou preocupada e acabei segurando sua mão, meu corpo atrás do dela, dizendo sinceramente que era por causa dela que eu pude continuar vivendo.

Depois lhe dei boa noite e fui até Shizuka; tentei matá-la, mas a sede me atingiu, de modo que ela me cortou com uma espada japonesa e ouvi a voz de Yuuki por um segundo. Depois caí de joelhos, por causa da perda de sangue. Droga. Se eu tivesse me alimentado de Yuuki mais cedo...

Acabei desmaiando, para acordar num quarto estranho, onde estava Ichiru – meu irmão que eu achava que estava morto – e trocamos ameaças e fraquejei novamente.

Ele já ia saindo do quarto quando meu Mestre entrou, para me ajudar, colocando um dos meus braços sobre meus ombros, sustentando a maior parte do meu peso, quando Ichiru nos apontou a espada, e avancei para ele, mas Yagari entrou na frente, sendo atingido pela espada no ombro.

Ichiru saiu, mas consegui deixar Yagari aos cuidados do Diretor e saí mancando, procurando Yuuki.

E a encontrei arrumando o salão para o baile. Ofeguei, atravessei o salão e abri outra porta; Yuuki me seguiu.

-Está tudo bem Zero? – ela perguntou docemente.

-Você tem visto a nova aluna? – mudei de assunto. Onde andava Shizuka?

Sua resposta foi fechar a porta da sala.

-Zero, você não está machucado, está? – ela se virou para mim.

-Não, não estou – bem, se o desejo pelo sangue dela pudesse ser considerado um machucado... mas eu estava conseguindo me controlar. – Já me recuperei.

-Mas você não parece bem, Zero... – ela insistiu como das outras vezes. Uma parte de mim me dizia para pegá-la ali mesmo e afogar meu sofrimento em seu sangue, e outra parte dizia para eu me controlar.

Era difícil, eu a queria.

Yuuki se aproximou, decidida. Então ela ia fazer o que minha parte vampira implorava tão desesperadamente?

-Está tudo bem se você fizer o que quiser... – certo, então. Novamente, ela adivinhara. Mesmo assim, mesmo naquela situação, principalmente emocional, eu ainda não queria... não...

-Aqui, onde você quiser – voltei a lutar contra mim mesmo e a me odiar quando ela afastou seu cabelo, expondo o pescoço... aquela pele macia e quente... o sangue que fluía dentro dela, naquelas veias... – Só tente não derramar muito.

Mais intensamente do que nunca, meu lado animal me dominou, só que dessa vez fui ainda mais brusco e violento – assim que senti meus olhos mudarem, eu agarrei seus pulsos e a encostei bruscamente na parede, ficando atrás dela. Yuuki era tão pequena que meu corpo praticamente cobria o dela, menos o pescoço.

Eu a mordi com força e ela suspirou quando sentiu a mordida. Eu sabia que a estava assustando muito – das outras vezes Yuuki não tivera medo, ou pelo menos não tanto quanto agora, eu podia sentir.

Eu ia aumentando a pressão física sobre ela enquanto o sangue fluía para dentro de mim, novamente aquele gosto, tão doce, um elixir maravilhoso... mas agora parecia ainda mais delicioso do que sempre – eu não conseguia parar...

Ela era minha, apenas minha, pertencia a mim naquele momento.

-Como é o meu gosto, Zero? – ela me interrompeu. E como ainda podia perguntar? Será que ela não sabia?

Não gostei de ser interrompido, mas decidi responder. Então me levantei e segurei um de seus pulsos, virando-a bruscamente para mim. Senti que se assustou, estava com medo de mim.

-O que você fará se souber? – respondi, meu corpo implorando por mais sangue. Então ela me fitou por alguns segundos, o bastante para eu encostá-la na parede novamente, agora de frente para mim, o que devia amedrontá-la ainda mais, ao ver minha expressão animal.

Ela voltou a se entregar a mim, e pude continuar minha refeição.

Eu estava sentado em minha cama algum tempo depois, refletindo sobre o que fizera. Novamente... como eu pudera pensar por um momento que ela uma refeição, ou pior, que ela me pertencia? Eu era um monstro mesmo.

E eu só consegui me acalmar depois que tomei tudo o que queria... pobre Yuuki, pensei. Por que eu a fazia sofrer?

Embora o arrependimento não vá mudar o que eu fiz, talvez haja uma possibilidade...

Levantei-me e vesti o uniforme, decidido.

Eu iria ao baile.


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Notas finais do capítulo

Desculpem, eu sei que ficou enorme, mas já que o capítulo 2 se passa no episódio 6 e o 3º se passa no episódio 11, tive que explicar um monte de coisas que aconteceram nesse meio tempo.
Juro que vou postar o próximo capítulo logo!
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Nyah~~