Os Sentimentos do Meu Coração escrita por ka_emiemi


Capítulo 6
Capítulo 6




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Os sentimentos do meu coração

6° Capítulo: doença psicossomática da Sakura.

As aulas já tinham começado, e Itachi procurava Sakura na sala mas não a encontrara, ele queria tanto pedir desculpas pelo ocorrido de ontem.

E... Queria perguntar se a Sakura tinha algum problema, uma doença algo assim.

Ele poderia estar levando tudo muito a serio mas, a reação que ele viu nos olhos da Sakura, aquele pavor, não era normal, ela parecia que ia passar mal por causa da raiva que sentia.

Foi por esse motivo que ele pesquisou ontem sobre isso, e a única coisa que ele achara fora a doença psicossomática.

Onde dizia que era uma doença que não apresenta sintoma orgânico real e que quando você tinha um sentimento, isso poderia fazer sua mente começar a agir em qual quer forma, e no caso da Sakura uma doença.

Mas, o problema é que ele não tinha certeza de nada, então resolveu parar de pensar nisso, e ficar calado. E não comentar nada, isso seria totalmente o melhor.

Enquanto ele pensava em tudo que estará acontecendo, uma jovem acabara de abrir os olhos verdes, que agora demonstravam um cansaço enorme.

Se sentou na cama, e foi onde percebeu que ela acabara dormindo muito, já eram sete horas da noite, começou a pensar um pouco no que havia acontecido, e foi ai que se lembrou.

Olhou para todos os cantos, procurando um sinal de que seus pais estivessem preocupados, ou tivessem descobertos do que acontecera.

Mas, nada aconteceu, então se levantou da cama e começou a caminhar pelo chão coberto por um tapete de veludo preto, foi até o armário e abriu a primeira porta.

Esticou o braço e retirou uma calça “jeans” preta com alguns detalhes em cinza escuro, pegou uma camiseta colada branca, e sua jaqueta favorita, branca com estampa de caveiras negras.

Fechou a porta, e abriu a do lado, onde retirou duas toalhas e deixou a porta do armário aberta, e foi caminhando lentamente ao banheiro.

Adentrou no aposento, onde os azulejos eram na cor verde água escuro, com a pia branca de mármore, o vaso sanitário da mesma cor, e o boxe de vidro preto.

Colocou suas roupas, em cima da tampa do vaso que estava fechado, e pendurou as toalhas, e se despiu.

Se colocou a baixo do chuveiro, e abriu a torneira, onde a fumaça começou a tomar conta de tudo.

Após uns vinte minutos, a jovem saiu do banheiro vestida e foi para a penteadeira onde procurou a escova, e começou a escovar o cabelo longo.

Prendeu seu longo cabelo em um rabo de cavalo e se retirou do aposento.

Pegou suas chaves em cima da geladeira, e foi até o jardim, trancou a porta e foi caminhando até o consultório de sua psiquiatra Tsunade.

A cada passo que dava lembranças do meu passado me atingiam, deis daquele dia a minha vida virou de cabeça para baixo, não queria que aquilo houvesse acontecido, e por isso me culpo a cada instante de minha vida.

Me culpo por sempre ser essa garota inútil, me culpo por ser uma imprestável, me culpo por aquele acidente.

Meus pensamentos voavam em torno as imagens que apareciam em minha mente, os gritos dele, o sangue jorrado, tudo fora culpa minha.

Parei no meio da calçado, enquanto meu rosto já estava marejado, nada poderia mudar o passado por mais que eu quisesse.

Talvez ninguém me compreenda, talvez seja por isso que sempre machuquei-me, e por isso afetei meu subconsciente, e foi um modo de eu querer fugir de tudo que ele encontrou.

A sim, o modo de fugir, o modo mais fácil. Eu morrendo, então é por minha própria culpa que tenho essa maldita doença, e é por isso que cada vez me culpo por lembrar, por me afetar desse jeito.

Tentei esquecer um pouco das imagens, que jaziam marcadas em minhas memórias, e voltei a andar pelas ruas, passando por pessoas que nunca mais encontraria, que nem se quer sabiam que eu existia.

Até que cheguei no prédio de minha psiquiatra, adentrei no local, onde tudo era branco, parecia um ambiente monótono, e amargurado, que mais parecia um funeral, silencioso. Esse maldito silêncio que me incomoda.

O silêncio que eu odeio que me deixa repugnada, pois minha mente fica repleta de pensamentos, pensamentos que eu insisto em esquecer.

Sentei-me no sofá branco, com detalhes em um tom pastel, aquele ambiente me deixava louca.

Me fazia lembrar daquele dia, o dia que eu quero esquecer.

O dia em que eu o matei, foi culpa minha. Foi por minha causa que ele morreu. O dia em que eu queria trocar o local com outra alma, com a dele.

Uma imagem se apoderou de minha visão, uma mulher de longos cabelos loiros, com um sorriso gentil e calmo, a pele branca em um tom um pouco pálido. Me recebia, era ela a Tsunade.

Tsunade – Oi querida! – Indagou ela vendo que meus olhos já expressavam uma amargura.

Sakura - ... Oi – respondi um pouco confusa, queria que aquilo acabasse logo.

Levantei-me do sofá, enquanto Tsunade voltava a caminhar, e a segui, entramos em um corredor longo, com varias portas, foi em um desses locais que eu entrei.

Na sala havia poucos móveis que eram uma poltrona e um sofá e uma pequena mesinha de centro.

Ela apontou a poltrona para eu me sentar, e logo começaria o interrogatório.

Tsunade – O que aconteceu? – perguntou-me ela um pouco aflita.

Sakura – Eu conheci um garoto o seu nome é Itachi, e a namorada dele teve um ataque de ciúme por causa dele querer ser meu amigo – Começou ela, um pouco calma, mas logo seu semblante transformava-se em um pavor – Ai nos duas brigamos, e ela queria me dar uma bofetada, e foi quando eu fiz o braço dela desviar o curso, e foi ai que eu comecei a ficar alterada, e percebi que o nervosismo tinha tomado conta de mim, e isso afetou meu subconsciente, e senti meu nariz começou a arder. E corri para a minha casa, liguei para você e tomei o remédio, e adivinha o meu sonho? Foi com aquele dia – lagrimas grossas escorriam da sua face, que agora tomava uma cor avermelhada.

Tsunade – Tu tende superar aquele acidente, não foi sua culpa! Não se maltrate assim Sakura – Afirmou ela.

Sakura – Foi minha culpa, se eu não tivesse pedido para ele me levar aquele lugar – Mas lagrimas saiam a cada segundo, varias imagens tomavam forma, e suas lembranças invadiram seus pensamentos.

E logo começou a sussurrar aquele acontecimento.

Era uma manhã linda, ótima para um passeio. Isso era o que passava pelo pensamento de uma menina de aproximadamente doze anos de idade.

Ela caminhava correndo e sorrindo pelos corredores de sua casa, indo em direção ao quarto de seu irmão gêmeo, Shinji.

Ao adentrar no quarto, encontrou seu irmão a observando com um sorriso de canto. E lhe disse:

Sakura – Maninho, me leva a cachoeira, eu amo aquele lugar, é tão lindo – Falava ela com um pedido suplicante nos olhos.

Shinji – Claro, por que não levaria a minha anjinha? – Falava seu irmão docilmente, enquanto se levantava.

Após isso, os dois se encontravam andando pelas ruas, ate adentrarei em um lugar um pouco mais fechado, por causa das árvores. E logo encontraram-se em cima da cachoeira.

O chão de pedra estava escorregadio, e a jovem sem querer caiu, e seu irmão lhe segurou sua mão, tentando levanta-la. Foi quando ouviram o barulho das pedras que formavam a represa, de onde vinha a água se roerem.

Seu irmão lhe olhou desesperado, e tirou o cinto que prendia sua calça, e amarrou em um galho da arvore com uma mão, e com a outra segurava sua irmã.

Ele desceu um pouco até onde se encontrava sua irmã, na ponta da cachoeira, e fez a segurar no cinto. E foi ai que a água começou a tomar conta do local.

Sakura se agarrara forte ao cinto, e tentava freneticamente esticar sua pequena mão ao irmão, mas logo o perdeu de vista pois a água o empurrará para baixo da cachoeira.

Shinji – Sakura... Socorro – Suplicava o irmão, mas nada poderia fazer a pobre menina.

Logo viu o corpo do menino jogado entre as rochas, e o sangue dominando a cor transparente da água.

Algumas horas depois:

Os pais deles já estavam naquele local, e faziam o reconhecimento do corpo, de seu filho morto.

Foi ai que o pai da garota, chegou-lhe perto, e lhe deu uma bofetada.

-          Isso foi culpa sua – E saiu andando e no meio parou – Esqueçam-se de mim!

E foi nesse dia que ela nunca mais reviu seu pai, e foi nesse dia que sua mãe tentou lhe dizer que ela não tinha culpa. E foi nesses anos que ganhará um outro pai, seu padrasto.

Sakura – São essas miseráveis lembranças que me fazem ficar assim – Dizia ela se alterando, enquanto seu nariz sangrava.

Tsunade retirou uma injeção do bolso de sua camisa, e aplicou em Sakura que logo teve sua vista escurecida.

Fim do Capítulo


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