Os sentimentos do meu coração

25° Capítulo: Close my eyes.

(Dica de música: Alexisonfire - Rough Hands, eu particularmente adoro essa música. Tem uns berros legais *--*, mais pra quem não curte muito, a tradução esta disponível em alguns sites. Combina com o capitulo).

A luz solar entrava pelas persianas do meu quarto e despertaram-me. Uma dor de cabeça terrível dominou-me após abrir meus olhos.

 Fui à cozinha e peguei um remédio e tomei. Ryuh logo acordaria e eu tinha que preparar o café da manhã.

Hoje seria um dia de luta. Itachi viria novamente e eu não sabia se estava preparada para enfrenta-lo. Não agora e nem nunca.

 Flash Back

Eu não posso mais aguentar

Tudo me lembra ele

Principalmente o que eu mais posso amar

Sangue

Sangue

Eu comecei a gritar.

Meus gritos ecoavam

Como se o vento cortasse tudo.

Dói.

Flash back off

Pequei a caneca de leite do fogão e despejei seu conteúdo sobre um copo, coloquei o nescau e misturei. Peguei um pedaço de bolo e coloquei em um pratinho pequeno.

Depois da mesa totalmente arrumada, fui ao quarto do meu filho e cheguei perto do mesmo. Toquei sua face com as minhas mãos pálidas e sussurrei um bom pra ele que acordou com os olhos brilhantes.

_ Mamãe não foi um sonho, foi? Papai estava aqui não estava? _ ele me perguntou com os olhos cheios de água e um sorriso entre os lábios.

Olhei um momento para baixo e logo o fitei.

_ Sim querido, ele estava aqui. Ele vai chegar aqui daqui a pouco, então trate de ir tomar o seu café da manha e tomar um banho! _ Ele pulou da cama e saiu correndo em direção a mesa, com suas pantufas de cachorrinho e seu pijama do pato Donald.

Enquanto ele comia rapidamente, ouvi o soar da campainha. Ryuh saiu correndo da mesa e foi abrir a porta.

_PAI_ Gritou enquanto se jogando nos braços de Itachi, que estava parado em frente à porta, com um terno negro.

Ele pegou Ryuh entre os braços e o ergueu, fitando-me. Olhei seriamente para ele e fingi desdém.

_ Ryuh, você tem aula ainda, vai direto para o chuveiro querido _ Disse-lhe, enquanto ele descia dos braços de Itachi e olhava-me beiçudo, dei um beijo no rosto do meu filho que saiu correndo para o banheiro.

Depois disso, tudo parecia ter parado no tempo, em quanto eu esperava que ele falasse algo eu andava em direção a cozinha.

Ele veio atrás de mim e ainda me fitava com os olhos furiosos. Eu sabia que a discursam logo viria e com certeza eu não poderia perder, porque se perdesse, eu perderia a única coisa que eu tenho de importante nesse mundo, a única que me restou. O meu filho.

Comecei a colocar a louça na pia, enquanto ele me observava de uma maneira misteriosa.

_ Tenho uma proposta Sakura, aposto que você vai aceita-la. Porque você não tem opção _ Disse-me ele com uma voz rouca e cínica, que me deixou apavorada.

Eu já não sabia o que ele se tornara e agora mais do que nunca, não sabia do que ele era capaz.

_ O que você esta querendo dizer? _ Perguntei a ele, enquanto me virava e fitava seus olhos, o Deus, que doce engano, toda vez que eu olhava para aqueles olhos um calor percorria meu corpo, como se fosse pequenos choques e um impulso incontrolável dizia para agarra-lo ali mesmo.

Ele chegou bem perto do meu rosto, quase unindo nossos lábios. Um pequeno sorriso cínico se formou em seus lábios. Aquele sorriso que só os Uchiha podem dar.

_ O que eu quero dizer, simples meu anjo. Quero que você seja minha novamente, não posso magoar o Ryuh _ Depois daquela declaração, a cor sumiu do meu rosto e meus olhos se arregalaram _ Então vou te suportar. Se bem que na cama, a nossa sintonia sempre era perfeita, isso pode bastar _ Ele falava tudo com descaso, como se tudo não significasse nada pra ele.

Recuei rapidamente para trás, olhando ele com perplexidade. Droga, o que ele estava pensando?

_ Você só pode estar louco! _ Falei em um tom áspero para não gritar.

_ Nem de longe, não fui eu que fui internada em um manicômio! _ Ele me respondeu com um tom ríspido.

Eu parei na hora, fiquei paralisada. Ele não podia saber, claro que não. Como? Como?

_ Então era verdade. Eu não entendi quando o Ryuh falou, achei que era uma brincadeira. _ Ele me olhava confuso.

Meu coração começou a palpitar e eu acabei decidindo tentar adiar essa conversa.

_ Já que você queria um tempo como o nosso filho, leve-o para a escola.O endereço esta em um papel da mochila dele. _ Depois disso, peguei a bolsa em cima da mesa e sai correndo para a porta.

Eu estava tão enganada, como se ele fosse me deixar sair tão rápido.

_ Você não vai a lugar nem um. Você vai me dizer agora porque ficou em um manicômio! _ Ele gritou a plenos pulmões, o que fez o Ryuh vir correndo para a cozinha e me abraçou com lágrimas nos olhos.

_ Papai não grita com a mamãe, por favor, _ Ryuh falou com a voz entrecortada por causa das lagrimas, Itachi ficou comovido mais ainda queria uma resposta e as teria.

_ Ele não gritou comigo Ryuh, a gente só estava conversando _ Eu menti com uma voz doce e um sorriso falso acostumei-me a mentir pra ver o sorriso dele.

Ele então sorriu de volta, e foi correndo para o quarto buscar a mochila.

_ Você vai me responder agora ou não? _ Itachi perguntou-me impaciente, falei em um tom de deboche “Não”.

Ele me olhou com ódio e declarou “Então eu descubro sozinho” e logo eu já estava sozinha, já que ele levou o Ryuh para a escola.

Fim do capítulo.