Aira Snape escrita por Ma Argilero


Capítulo 2
Sonserina


Notas iniciais do capítulo

[Capítulo editado em 26.12.2012]
Obrigada pelos reviews. Quatro no primeiro dia? Uau!
Respodendo a pergunta feita pela VicBergler: o Snape sabe que tem uma filha sim.
Continuem mandando reviews.
Obs. entre aspas são pensamentos, mas se estiver dentro de um paragráfo é uma fala.



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O dia chegou. Fomos à estação King Kross procurar a plataforma. Reparei que havia muitas pessoas com roupas diferentes e ninguém reparava.

Fiquei observando cada detalhe pra não me perder em meio a multidão. Observando, vi uma mulher gordinha, atravessar uma parede com seus filhos e um garoto magricela - não parece muito com ela para ser seu filho. E não achava que seria.

- É ali - apontei em direção a parede, entre as plataformas nove e dez.

- Tem certeza Aira? Não tem nada ali - minha mãe estava preocupada em saber que a filha é bruxa. Ela havia se acostumado um pouco com a ideia, mas imaginar atravessar uma parede para ela era sinal de loucura.

- Tenho - Não tinha não. Estava em dúvida se era essa... Claro que tinha certeza, por isso corri até ela, como fez a senhora gordinha..

Apareci em outra plataforma, lotada de pais se despedindo de seus filhos. E garotos correndo para conseguirem um lugar próximo à janela. Corri atrás de alguns alunos, para achar um acabine vazia, mas como cheguei quase em cima da hora, restavam poucos lugares disponíveis.

Vi uma porta aberta com somente três garotos ali dentro.

- Posso ficar aqui? - estava com medo de dizerem não, mas a única coisa que ouvi foi um "Sim" sem vida, frio...

Sentei-me próximo à porta, observava o movimento ao lado de fora. Tinha uma garota de cabelos castanhos e cacheados que não parava de andar e na cola dela, um garoto gordinho com a expressão assustada.

Retirei a varinha da minha bolsa e a fitei por alguns instantes. Nada de anormal em ser uma bruxa? apontei ela pra janela. Não tentaria um feitiço sem antes estudá-lo. E os meus livros estavam dentro do malão. E para falar a verdade, nem havia lido-os.

- Qual seu nome? - virei o rosto para os garotos. Quem falou era o loiro. Os gordinhos estavam rindo. O loiro acotovelou os dois, que ficaram em silêncio.

- Aira Stwert. É um nome feio.

Agora olhava para os meus sapatos. Muito formais para o meu gosto.

- O meu É Draco Mlfoy. Eu nunca ouvi falar na sua família.

Começava a achar que meu nome não era tão feio quanto o do garoto.

- Sou adotada, deve ser por isso -olhou-me com sua face séria e gélida. - Sua família é de bruxos?

Não devia ter perguntado, pois era aparente.

- Desculpa - ele me olhou incrédulo. Como se eu fizesse alguma coisa errada.

- São. Tudo sangue-puros nada de sangue-ruins.

Isso de sangue-ruins pareceu-me um insulto. Mas não me atrevi a perguntar o que significava.

Vaguei o olhar pela cabine, para a paisagem ao lado de fora, para o corredor... Foi nesse instante que vi uma mulher empurrando um carrinho. Parecia ser o almoço.

Optei por algo tragável. Coisas com aparência, textura ou cheiro estranho eram descartadas na hora. Como não sabia fazer a contagem do dinheiro bruxo, dei algumas moedas.

As horas demoraram pra passar. Quando o trem parou na estação de Hogsmead, os primeiranistas - são como os alunos do primeiro ano são chamados - vão de barco pelo Lago Negro, à Hogwarts. Descobri isso, ao esbarrar em um homem enorme, que estava guiando os alunos para o porto. Fui atrás dele.

Cinco alunos em cada barco. E para facilitar a visão noturna tinha archotes na proa. Ao longe davá-se pra ver as luzinhas do castelo. E quanto mais nos aproximávamos, mais víamos o quanto o castelo era imenso.

Ao atracar no porto, seguimos até o salão principal, onde McGonagall esperava por nós, para ditar as instruções para a seleção das casas.

- Silêncio - todos ficaram calados imediatamente. - Vocês entrarão em fila. Quando eu chamar seus nomes, sentarão em um banquinho, onde colocarei o Chapéu Seletor para selecionar a casa onde ficarão.

Ao entrar, sentia-me como se estivesse sendo vigiada. Se como cada passo que dava, pudesse ser perigoso... 

Os nomes iam sendo chamados... e o meu estava cada vez mais próximo. Draco foi o próximo da lista. O chapéu mal tocou sua cabeça, e foi escolhido pra entrar na Sonserina.

Os três garotos da cabine foram pra Sonserina, será que eu também ia? Na verdade não me importava em casa ia. Não conhecia a história delas.

- Aira Stwert.

Sentei-me no banquinho e quando recebi o chapéu, não encherguei mais nada.

"Uma garota ambiciosa, muito astuta e curiosa também", ouvia ele dizer em mim mente. "Mas possui coragem... Você se daria bem na Grifinória..."

Esperava com anseio pela resposta. Cada centésimo de milésimo de um segundo, era uma eternidade.

"Tão novinha e já sofreu tanto?... Sonserina"

Aplausos da Sonserina ao receber mais uma aluna.

Os outros alunos foram indo para as suas mesas.

Um velho de túnica cinza - ou era prateada? - barba e cabelos longos e grisalhos; oclinhos de meia-lua e um chapéu cone na cabeça, se levantara.

- Antes de iniciarmos a nossa refeição, cataremos o Hino de Hogwarts.

"Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts,

Nos ensine algo por favor,

Quer sejamos velhos e calvos

Quer moços de pernas raladas,

Temos as cabeças precisadas

De ideiais interessantes

Pois estão ocas e cheias de ar,

Moscas mortas e fios de catão.

Nos ensine o que vale a pena

Faça lembrar o que já esquecemos

Faça o melhor, faremos o resto,

Estudaremos até o cérébro desmanchar"

Os alunos voltaram aos seus lugares. Aqueles sapos eram estranhos... Mas o que não é estranho aqui?

- Antes ainda, tenho que relembrar alguns memorandos - olhou por cima dos oclinhos. - Quem vaguear pelos corredores tarde da noite, levará uma detenção. A Floresta Negra está proibida para qualquer que seja o aluno - olhou pra mesa da Glifinória. - Já tirei no ano anterior de lá alguns alunos... Que fique claro. E o terceiro andar está proíbido, a não ser que queriam uma morte lenta e dolorosa.

Não preciso dizer que vários alunso ficaram com medo e surpresos após essa citação.

Após comer tudo a que eu tinha direito. Os monitores guiaram os alunos para as salas comunais. A da Sonserina é nas masmorras.

A sala comunal era grande, com poltronas, estantes cheias de livros e uma lareira ao canto. A luz verde proporcionava a sensação sombria.

No meu quarto, vi o meu malão ao pé da minha cama. Era grande, com cinco camas. Não havia janela.

Meu primeiro dia longe dos meus pais. Seria emocionante dormir naquele lugar claustofóbico. Sorte que eu não tinha fobia com lugares fechados.



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Notas finais do capítulo

Mandem reviews.