Angel In Disguise escrita por kouelho


Capítulo 10
Capítulo 10 - Carnival Of Rust


Notas iniciais do capítulo

Oi gente *-*

Sobre a música: escutem essa musica do Poets Of The Fall, é muito boa *o*

Desculpem pela demora, mas eu realmente estava sem nenhuma inspiração pra escrever esse capítulo '-'

Mas aqui está *-*

Ah, e sobre o novo Nyah, eu não gostei ^^



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 Bill parecia estar desconfiando das minhas palavras. Mas não era pra menos. Eu estava super nervosa, eu estava tremendo até. Mas pelo jeito ele resolveu não tocar mais no assunto. Fomos juntos para uma imobiliária. Não havia nenhum imóvel que desse pra morar de verdade. Ou eram bairros ruins, ou lugares ruins e quando era algo bom, eu não poderia pagar. Eu e Bill fomos em 4 imobiliárias e nada. Nenhum que desse certo.

-Nossa Bill... eu achei que isso pudesse ser mais fácil... - eu suspirei cansada me encostando em seu carro depois que saímos de mais uma imobiliária.

-É, eu também. - ele se encostou do meu lado. Já eram quase 6 horas da tarde e as imobiliária já iam fechar, então não tinha como irmos em outra hoje. -Por que você não continua lá em casa? Eu não me importo. Até acho legal. - ele deu de ombros e sorriu pra mim. Ficou me encarando, talvez esperando uma resposta. Eu suspirei e disse:

-Bill, é sério, não dá. Eu preciso ter a minha própria casa. Não posso depender de você a vida toda!

-Mas você não ta morando de graça, você está trabalhando em nosso bar. Isso já é uma maneira de você nos pagar. - ele tentava me convencer a ficar. Pelo Bill eu até ficaria. Mas meu real problema é o Tom.

-Ah Bill... não sei... acho que não dá, é sério. - eu disse tentando despista-lo, mas ele é bem insistente.

-Fica Ally, por favor! - nossa, eu não estava entendo porque o Bill estava implorando tanto pra que eu ficasse. Mas era tão difícil recusar a um pedido do Bill.

-Ah Bill... tudo bem, por você eu fico. Mas não pense que vai ser sempre, ouviu? Vou continuar procurando mais imóveis. - eu cruzei os braços. Ele me abraçou de lado. Corei com aquela aproximação. Será que o Bill também é safado, porém mais sutil? Que medo. Então ele apenas sorriu pra mim. Porém não moveu o seu braço que estava em volta do meu corpo. Ficamos ali parados por alguns minutos. Bill era tão fofo, tão querido. Era incrível como ele conseguia me fazer sorrir com apenas uma gesto.

-Por que a gente não sai pra comer alguma coisa? - ele disse olhando pra mim agora.

-Ah, pode ser... tudo isso já me deu fome. - rimos e entramos em seu carro. Eu precisava perguntar uma coisa pro Bill, não sei porque, mas eu precisava. Então tomei coragem e falei -Bill, por que você faz tudo isso por mim? - ele me olhou de um jeito diferente, parecendo estar estranhando a minha pergunta. Eu fiquei esperando a sua resposta.

-Não sei... acho você especial e gosto de você. - ele disse isso sorrindo. Eu fiquei paralisada com as suas palavras. 'Eu gosto de você' ficou martelando várias vezes na minha mente. Isso era algo novo pra mim. Eu nunca ouvia tais palavras. Fiquei paralisada enquanto observava aquele sorriso doce que estava no rosto de Bill. Ele me olhava com ternura.

-Isso... isso é verdade? - balbuciei.

-Sim, é verdade. Você é uma pessoa incrível! Eu gosto de você, de verdade! - ele disse isso se aproximando mais de mim. Estávamos muito perto um do outro. Seu sorriso foi se desmanchando e seu rosto mantinha uma expressão séria. Vi ele olhando em direção aos meus lábios e ele mordeu seu lábio inferior. Minha respiração começou a ficar falha. Mas eu não podia. Não podia estragar a minha amizade com o Bill. Então me afastei rápido, tentando não parecer muito nervosa. Ele também se afastou e se ajeitou no banco do carro. Não falamos nada. Bill apenas ligou o carro e saímos. Então pra quebrar aquele gelo, eu resolvi falar alguma coisa.

-Er... você gosta de que bandas? - vi que ele pareceu ficar menos tenso quando eu disse isso.

-Ah, gosto de Placebo, Keane, Coldplay... e você? - ele disse sorrindo pra mim.

-Eu também gosto dessas bandas! Mas curto também metal, tipo Iron Maiden e afins...

-Nossa, eu não sou muito fã de metal, mas pelo jeito temos um gosto musical parecido. - ele sorriu e eu também. Enfim chegamos em uma lanchonete que ficava perto do seu bar. Sentamos em uma mesa e pedimos suco e torta doce. Ficamos conversando sobre coisas banais até que ouvi uma voz indesejável atrás de mim.

-E aí, iam começar a festinha sem mim? - disse Tom colocando as mãos em meus ombros. Fiquei incomodada com a sua atitude. Eu ainda estava tensa. Acho que ele se tocou e tirou as mãos dos meus ombros. Vi que Bill lançou um olhar de reprovação para ele.

-Cala a boca Tom. E o que você está fazendo aqui? - depois desse comentário de Bill, percebi que Tom soltou uma risada de deboche.

-Ah, eu estava andando aqui na rua e vi vocês aqui dentro e resolvi vir aqui falar com vocês. - ele deu de ombros e tinha um sorriso arrogante estampado em seu rosto. Aquele mesmo sorriso que me irritava. Por que ele tinha que ficar andando na rua justo agora? E maldita lanchonete com paredes de vidro!

-Tom, será que dá pra você ir embora? - Bill disse de uma maneira calma, fechando os olhos e respirando fundo em seguida.

-Por que eu iria embora? Tenho certeza que a Ally adora a minha companhia, não é mesmo? - ele colocou seu braço em volta de mim. Sim, ele teve a coragem de fazer isso. E não parou por aí. O maldito me puxou pra mais perto dele e ainda acrescentou em meu ouvido:

-E não adianta negar, eu sei muito bem o quanto você me quer... - eu confesso que aquilo me causou um arrepio na espinha. Mas eu não podia me deixar levar por um cafajeste assim. Percebi que Bill nos olhou de um jeito estranho. Então eu tratei de me afastar logo do Tom. Mas o demônio continuou com seu braço em volta do meu ombro.

Ai. que. raiva.

Os nossos pedidos finalmente chegaram. Comemos em silêncio. Agora o ser já tinha se tocado e me largado. Finalmente. Quando acabamos de comer, Bill finalmente quebrou o silêncio:

-Vão indo pro carro que eu vou pagar a conta. - quando ele disse isso, gelei. Por que o Bill é tão ingênuo? Ele vai mandar eu ir pro carro logo com quem? Eu ia falar alguma coisa, dar uma desculpa, sei lá, mas Tom foi mais rápido e foi me puxando pra fora. Ele segurava em meu braço e aquilo estava me irritando. Então chegamos na calçada e resolvi falar.

-Por que você me persegue? - olhei seriamente para ele. Eu achei que ele poderia ficar um pouco incomodado, mas eu me enganei. Ele deu um sorriso irônico.

-Acho que é impressão sua...

-Af Tom, isso não é impressão minha! Eu quero saber porque você me persegue! - eu já me alterei. Era impossível manter a calma com ele.

-Eu posso até te perseguir, mas eu sei que você adora. Não adianta negar. - ele começou a se aproximar de mim. Eu fui indo pra trás até me encostar em um carro que estava estacionado na calçada. Seus olhos tinham um desejo que chegava a me assustar. Minha respiração começou a ficar falha, como sempre acontecia quando ele se aproximava de mim. Encostei meus braços no carro. Detalhe: todas as pessoas que estavam na rua passavam e olhavam pra nós.

Seus lábios estavam entreabertos e quase encostando nos meus. Eu fechei os olhos. Eu não queria ver o que iria acontecer. O pior é que eu não sentia nenhuma vontade de afasta-lo. Com uma de suas mãos ele segurou minha nuca e com a outra ele segurou minha cintura. Nossos lábios finalmente se encontraram. Ele colou meu corpo com o dele, me deixando cada vez mais sem-ação. Eu não sabia explicar como eu me sentia quando eu estava perto dele. Então involuntariamente, minhas mãos foram em direção ao seu tronco. Ele era muito gostoso, mas eu precisava parar com aquilo. Não podia continuar. Porém eu não conseguia parar, simplesmente não conseguia. Não sabia explicar porque. Até que ouvimos uma voz, que nos fez parar com o que estávamos fazendo. Era a voz de Bill, a voz que me salvou.

-Vamos embora? - ele tinha um ar sério. Muito sério. Fiquei até com medo de seu olhar. Agora ele deve estar pensando que eu e Tom temos sim alguma coisa entre a gente. Ai meu Deus, e agora? Eu preciso parar com isso! Preciso mesmo! E preciso conversar com o Bill.

-Eu vou andando, pode deixar. - disse Tom já saindo. Ele se virou e lançou aquele sorriso malicioso pra mim.

Eu e Bill entramos no carro e ele disse uma coisa que me deixou totalmente sem chão e magoada:

-Você me decepcionou.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*

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