Living a (a)normal Life escrita por BabiBressan, NatyAiya


Capítulo 2
A Filha de Atena


Notas iniciais do capítulo

Dedico esse capítulo para minha mãe, domingo foi aniversário dela.
Mãe, obrigada por tudo que você fez por mim até hoje. Obrigada pelas noites que você ficou acordada cuidando de mim. Obrigada por sempre estar ali, do meu lado me ajudando. Obrigada por tudo.
Nunca vou poder agradecer por tudo o que fez e ainda faz por mim. Feliz Aniversário!!!

À Leitura!!!



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Meu nome é Amanda Bennett. Morava em Washington D.C. com meu pai, Charles Bennett, e minha madrasta, Jessica Miller. Minha mãe, eu nunca conheci e meu pai, depois que se casou com a Jessica parou de falar sobre ela. Ou seja, a única coisa que eu sei sobre ela é o que meu pai costumava dizer. Ela e meu pai se conheceram no último ano da faculdade. Ele também dizia que eu era muito parecida com ela, tirando meus cabelos, que herdei do meu pai. Ele também dizia que ela era a mulher mais inteligente do mundo, e que eu tinha herdado a inteligência dela. Tudo era bobagem na minha opinião. Eu sempre achei que era modo de dizer ou apenas admiração.

Meu pai é advogado e amigo pessoal do primeiro ministro. Jessica também é advogada, mas por causa da gravidez de 5 meses ela se afastou do escritório e agora só fica em casa. Mesmo que Jessica fique em casa agora, nós não temos motivo para nos preocupar. Nossa conta bancária é bem gorda, cá entre nós.

Estudo na American University com 16 anos. Sou a mais nova e única aluna que tem TDAH, sem dizer, que sou uma das melhores alunas da sala. Mas eu aprendi a controlar a TDAH e agora estudo normalmente, ou quase, às vezes eu dou uns escorregões bem bonitos...

Curso Biogeologia e consegui entrar nas aulas sobre a Grécia Antiga (N/A: A universidade existe, mas esses cursos eu já não sei dizer.) e mitologia grega. Não sou muito fã da história do país, mas sou fascinada, ou melhor A-M-O mitologia grega e as histórias da Grécia Antiga. São coisas fascinantes, eu sou principalmente obsecada pelas histórias dos heróis e dos deuses. Atena é minha deusa favorita. Não gosto muito dos titãs, e quanto aos deuses primordiais, amo todos. Mas tudo isso, sempre foram histórias para mim. Até aquele dia...

Era um dia normal e ensolarado, ou pelo menos eu pensava que era normal. Eu tinha ido para a universidade normalmente pela manhã e como eu tenho uma sorte maravilhosa (ironia modo on) perdi o ônibus para voltar pra casa. Tive que voltar andando e no meio do caminho, adivinhem o que eu encontrei? Saindo dos meus livros de mitologia, duas dracaenaes (mulheres-cobras). O que eu fiz? Fiquei paralisada e em pânico. Só voltei a me mexer quando elas investiram contra mim. Eu saí correndo e elas vieram atrás de mim.

Depois de correr mais de 5 quarteirões, consegui chegar em casa mas por azar, elas ainda me seguiam. Para a minha sorte, ou meu azar, não sei, meu pai estava em casa e a Jessica tinha ido para a casa de uma amiga. Entrei em casa feito um furacão e tranquei a porta, deixando elas do lado de fora.

- PAAAIIII!!! - comecei a gritar pela casa atrás do meu pai.

- Amanda! Pra quê tanta gritaria? - ele perguntou saindo da cozinha enquanto eu colocava o pé no primeiro degrau da escada.

- Umas dracaenaes. Sabe aquelas mulheres-cobras da mitologia? - eu perguntei parando na de frente para ele e começando a arfar. - Elas me perseguiram na rua, e estão ao redor da casa.

Para a minha total surpresa, ele não me chamou de louca. Só me olhou espantado e com medo.

- Eu esperava que esse dia ainda demorasse. - ele falou indo para a sala e se sentando no sofá enquanto colocava as mãos na cabeça.

- O que você quer dizer pai? - eu perguntei me sentando ao seu lado.

Nesse momento, uma das dracaenaes conseguiu quebrar a janela e entrou na sala, sendo seguida logo depois pela outra. Segundos antes que ela colocasse as garras em mim, meu pai tirou uma faca de bronze de algum lugar desconhecido e cortou a cabeça desta, e com um golpe lindo, digno de filme, ele cortou a cabeça da outra também. Segundos depois, a sala estava coberta com um pó estranho e fedorento.

Eu? Eu, durante todo o tempo tinha ficado pregada no sofá com os olhos vidrados.

- Amanda, você está bem? - Charles me perguntou se sentando ao meu lado e colocando a mão sobre meu ombro.

- O QUÊ FOI AQUILO??? - eu gritei começando a tremer.

- Amanda, se acalme. Eu vou te explic... - ele não terminou de falar, porque o carro da Anna, amiga da Jessica parou em frente de casa naquele instante. - Nós conversamos depois. Suba para o seu quarto e vá estudar.

Como eu ainda estava em estado de choque, obedeci meu pai sem fazer nenhuma pergunta. Quando estava entrando no meu quarto escutei a Jessica e a Anna entrando em casa e meu pai as recebendo. Larguei minha mochila no pé da minha cama e me joguei ali. Acabei dormindo por uma hora. Quando acordei percebi que em cima da minha escrivaninha tinha um pequeno embrulho dourado e cinza. Me levantei e peguei o embrullho embaixo deste, havia um pequeno bilhete:

"Amanda,

Isso lhe será útil em breve. Peça para o seu pai lhe contar a história, é vital para a sua sobrevivência.

sua mãe."

Simpática ela não? Então meu pai guarda um segredo de mim. E é sobre ela, minha mãe.

A Anna ainda estava em casa e como eu não suporto aquela mulher que se acha a tal, resolvi ir até o escritório do meu pai que ficava no segunda andar. Levei o bilhete junto é claro.

- Pai? - perguntei batendo na porta. Escutei um 'Entre.' meio abafado.

- Quem é a minha mãe? Qual é o segredo que você está escondendo de mim? - eu perguntei entrando no cômodo e me jogando na cadeira que tinha ne frente da mesa. Ele empalideceu um pouco e eu reparei que estava certa. Ele escondia algum segredo.

- Já falei que falo com você mais tarde. - ele disse entre dentes.

- Isso talvez aprece um pouco as coisas. - eu falei tirando o bilhete da minha mãe do bolso e entregando para ele.

- O quê lhe será útil? - ele perguntou mais pálido ainda. Eu entreguei o embrulho, e ele só ficou olhando. - Abra amanhã, depois da escola. - ele falou me entregando de novo. - Depois da escola amanhã, passe no meu escritório, no centro. Lá eu vou te contar o que você quer saber, e o que sua mãe insiste que eu lhe conte.

Eu assenti e sai dali. Amanhã seria o último dia de aula na faculdade. E logo depois começaria as tão esperadas férias. Pena que as minha férias não seriam tão normais...

...

No dia seguinte, acordei e fui para a escola, mas levei o embrulho que tinha recebido da minha mãe na bolsa.

Sai da universidade e fui para o centro na direção do escritório do meu pai. Chegando lá, a secretária dele disse que era para eu esperar que ele logo sairia.

Esperei por 20 minutos e finalmente ele saiu.

- Como foram as aulas? - ele perguntou como quem não quer nada.

- Normais. - eu respondi. - Mas o que eu preciso saber? - perguntei enquanto andávamos para o carro.

- Você está com aquele embrulho? - ele perguntou. Eu assenti. - Ótimo. Vamos para casa que eu te explico.

Durante o caminho fomos em silêncio. Quando chegamos em casa, a Jessica estava ali, e parecia estar nervosa.

- Oi Jessica. - eu falei quando entrei em casa.

- Você já contou para ela? - ela perguntou pro meu pai.

- Ainda não. Vou contar agora. - meu pai respondeu.

- Legal! O que eu não sei? E por que vocês estão conversando como se eu não estivesse aqui? - eu perguntei irritada.

- Amanda, sente-se e nós te contamos. - Jessica falou.

Eu me sentei e meu pai começou.

- Amanda, sabe as histórias dos deuses olimpianos, os heróis, os monstros, a mitologia grega em geral? - meu pai me perguntou receoso.

- Pai, eu estudo isso na faculdade. Se esqueceu? - eu falei sarcástica.

- Não, eu não me esqueci. Bom, toda essas histórias são verdade, e você faz parte de tudo isso. - ele falou e ficou me encarando.

- OK. Algum cliente seu não gostou do seu serviço e bateu na sua cabeça? O que você está falando não faz sentido. - eu falei brava. - Deuses Olimpianos vivos? Eles não passam de mitos pai. MITOS.

- Eu sempre falei que sua mãe era a mulher mais inteligente do mundo. Eu não estava brincando, Amanda. Sua mãe é Atena. Eu e ela nos conhecemos na faculdade. Ela apareceu ontem aqui em casa quando você estava dormindo e deixou aquele bilhete e o aquele embrulho para você. É uma corrente que vira uma espada de bronze celestial. Disse para nós dois que estava na hora de contar para você sobre sua verdadeira identidade. - ele falou.

- Jessica, meu pai ficou doido. - eu falei olhando para minha madrasta e apenas assentiu concordando com o que meu pai tinha falado. - Ótimo. Vocês dois estão loucos. Os deuses olimpianos não existem.

- Então me explique Amanda, como aquelas dracaenaes te seguiram? Como você explica elas? - Jessica perguntou.

- Eu não sei. Eu devo ter ficado louca, devo ter tido uma alucinação. Sei lá Jessica. - eu falei realmente irritada.

- Então me explique essa janela quebrada. - ela pediu.

- Ai, meu deus. Os deuses Olimpianos realmente existem. - eu falei finalmente aceitando o que eles estavam falando.

- Amanhã nós vamos te levar para um lugar onde os semideuses são treinados. Arrume sua mala. - meu pai mandou.

- Vão me levar para onde? - eu perguntei antes de subir para meu quarto.

- Acampamento Meio-Sangue. Long Island. - Jessica respondeu pelo meu pai.

Assenti e sua as escadas correndo. Entrei no quarto, tranquei a porta e me joguei na cama.

Ok. Eu sou uma semideusa. Ai caramba. Agora tudo fica mais fácil de se explicar. As coisas estranhas que aconteciam comigo. A dislexia, a TDAH. Tudo. Ai caramba.

Arrumei minha mala, e me joguei novamente na cama. Dormi com a roupa do corpo, de sapato e tudo. Acordei no dia seguinte com o sol no meu rosto.

Me levantei, tomei um banho, me troquei e fiquei esperando que meu pai e a Jessica acordassem. Nesse meio tempo, eu abri o embrulha que tinha recebido da minha mãe. Era uma corrente com um pingente de coruja. Dentro do embrulho tinha outro bilhete:

"Pressione a coruja, ela vira uma espada de bronze celestial."

Eu fiz isso, e não é que virou mesmo uma espada? Depois isso, a Jessica e meu pai acordaram, fizeram o café da manhã e depois que eu terminei de comer, eles mandaram eu ir pro carro que iriam me levar para Long Island. Durante a primeira metade da viagem, eu fiquei quieta no banco de trás enquato eles foram conversando na frente. Durante a segunda metade da viagem a Jessica fez questão que eu participasse.

- Amanda, se o bebê for menina, que nome você acha que nós devemos dar. - ela perguntou.

- Lizzie. - eu respondi.

- E se for menino, Amanda? - meu pai perguntou.

- Miguel ou Michael. - eu respondi novamente.

- Sabe o que eu estou pensando Amanda? - Jessica perguntou.

- Eu não sou adivinha. - respondi seca. Eu queria ficar quieta e a Jessica e meu pai ficam puxando assunto comigo...

- Eu estava pensando em como deve ser esse acampamento. - ela falou.

- Depois eu te conto como é Jessica. Eu posso ficar quieta um pouco? - eu perguntei e ela assentiu vendo que eu realmente não queria conversa.

Até o final da viagem eu fiquei quieta.

- Amanda, sua mãe disse que vai ter alguém te esperando. Acho que você consegue se virar. - meu pai falou quando nós chegamos no meio do nada onde só tinha uma colina.

Ele tirou minha mala do carro e me deu um beijo no rosto, a Jessica fez o mesmo. 

- É só você subir essa colina que você vai ver o Acampamento. - meu pai me falou.

Eu assenti e subi. Uma garota loura parecida comigo estava me esperando.

- Oi. Sou Annabeth Chase, filha de Atena. Você deve ser Amanda Bennett. Estou certa? - ela perguntou.

- Sim. Sou Amanda Bennett. Acho que sou sua meia-irmã. - eu falei e ela arregalou os olhos.

- Você já sabe quem é sua mãe? - ela me perguntou.

- Atena. - eu falei e a boca dela abriu.

- Você é morena. Tudo bem que seu cabelo é meio ondulado, mas você é MORENA! - ela falou como se isso fosse um crime. - Tá esquece esse meu ataque. Vem vamos entrar. QUÍRON!!! ELA CHEGOU.

 Espera, Quíron??? O treinador de heróis?

- Olá. Vamos te instalar no chalé 11. Annabeth leve ela até lá. - Quíron falou se virando para sair.

- Quíron, ela já sabe quem é a mãe dela. - Annabeth falou.

- Já??? Você é a segunda que chega aqui já sabendo só essa semana. - ele falou. - Deixe suas coisas na Casa Grande. Annabeth, mostre o Acampamento para ela, por favor.

- Vem Amanda. - Annabeth me puxou. - Vou te mostrar o Acampamento, mas antes você deixa essa mala aqui.

Deixei minha mala onde ela mandou e ela me arrastou por todo o Acampamento, todo mesmo. Ela me mostrou tudo.

Depois que ela me mostrou tudo, um barulho de concha sendo soprada soou pelo Acampamento e a Annabeth me puxou até o refeitório.

- Você vai ter que se sentar na mesa de Hermes. - ela me falou.

Me sentei na mesa de Hermes, e antes que eu pudesse comer, Camila, uma menina indeterminada disse que eu tinha que fazer uma oferenda para o meu parente Olimpiano.

Me levantei e fiz o que todos estavam fazendo, joguei um pouco da minha comida na fogueira e murmurei: 'Para Atena.'.

Antes que eu pudesse continuar a andar, um holograma de coruja, o símbolo de Atena apareceu sobre a minha cabeça.

- Temos uma nova filha de Atena. Amanda Bennett, filha de Atena. - Quíron falou.

Depois como tudo começou, terminou. Sei lá de onde que a Annabeth apareceu, mas ela me puxou para a mesa 6, a mesa de Atena. Tinha umas 5 garotas e uns 4 garotos, agora teria 6 garotas.

Annabeth me apresentou todos os filhos de Atena, e começou as perguntas entre a refeição.

- Onde você estuda? - Alyssa, eu acho me pergutou.

- American University. - eu respondi.

Todos os rostos da mesa viraram para mim.

- Você tem 16 anos. - Annabeth falou.

- E desde quando idade é documento? - eu rebati.

- O que você cursa? - Annabeth perguntou rindo.

- Biogeologia e aulas sobre a Grécia Antiga. - respondi.

- Tinha que ser minha meia-irmã. - Tiago que estava sentado do meu lado falou me abraçando, como se me já nos conhecêssemos a anos.

Todos na mesa começaram a rir, até eu. Depois da fogueira, Annabeth me levou para o chalé de Athena e me indicou uma cama. Eu só percebi que minha mala estava ali. Me joguei na cama e dormi até o dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Capítulo por NatyAiya (Natalia Aiya).
Gostaram? Não gostaram? Se estão lendo isso é porque leram o capítulo. Se leram, por favor deixem um review. O dedo não cai e deixa três autoras super felizes.



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