TAYLOR PDV.

Era incrível como eu sentia coisas mais fortes, cada vez que eu beijava ou abraçava Hayley.

Só aquela baixinha me fazia sentir tão vivo.

Nós acabamos de lavar a louça, e nos juntamos aos outros na sala. Eles conversavam animadamente, exceto por Josh, que encarou Hayles por alguns segundos, e depois continuou a conversar. 

"Well, acho que já vamos, sweetie?" Josh perguntou olhando para sua noiva.

"Yeah." Jenna concordou. 

(...)

Só restavam eu, Hayley, Dakotah e Jon na casa de Kath e Jeremy.

Zac e Emily foram e levaram Justin. Eu não quis ir, pois queria ir junto com minha Sponge.

Nós estávamos apenas esperando Jon ir embora para termos que parar de disfarçar. Eu estava louco para sentar ao lado de Hayley, abraçá - la e beijá - la.

Mas Jon ainda não sabia, e Hayley não tinha intenções de contar para todos agora. Por enquanto somente Kath, Jeremy e Dakotah sabiam.

Por mim o mundo inteiro saberia, mas eu sabia que as coisas ficariam muito difíceis, então, pelo menos por enquanto, ficaríamos escondidos.

"So...Acho que vou indo. Já está tarde." Anunciou Jon se levantando. 

YEAH!

"Okay. See ya tomorrow." Nos despedimos dele, e Kath o levou até a porta.

"Então..." Dakotah começou, com gigante sorriso no rosto. "O mais novo casal de Nashville!" Ela falou rindo, enquanto seu olhar passava de mim para Hayles. Nós rimos.

"Yeah, I think that's right." Hayley riu novamente e me olhou.

"Okay, quero ver um beijo!" Kath exigiu.

"Oh, me too!" Eu falei indo em direção a Hayles.

"Oh my God, querem me matar de vegonha? Claro que não!" Ela falou escondendo o rosto entre as mãos.

HAYLEY PDV.

"Sem essa dona Hayles!" Falou Taylor se sentando ao meu lado. Ouvi todos rirem, inclusive ele.

"Você é um idiota." Eu falei lhe olhando, e dando - lhe um tapa no braço.

"Okay, I know. But now I want my kiss."

Ele me abraçou, e tentou me beijar mas eu virei a cabeça, e ele acabou beijando meu rosto.

"Jeremy, você não vai fazer nada?" Oras, ele não queria dar uma de irmão mais velho?

"Oh, Hayles, pensei melhor, e...Acho que já pode se cuidar sozinha." Ele sorriu. "E eu também quero ver um beijo!" Rolei os olhos.

Man, aquilo era muito estranho. Eu. Taylor. Beijar na frente dos outros.

"Okay." Suspirei e dei um selinho em Taylor.

"Eu disse um beijo. Selinho não é beijo!" Kath reclamou. "Quer que eu te mostre?" Perguntou, e lascou um beijão em Jeremy.

"Viu?" Ela disse ofegante. Eu ri. 

"Oh my, essa mulher ainda me mata." Jeremy suspirou prendendo a cabeça para trás.

"Isso ai, Hayles, vai com tudo!" Dakotah se empolgou.

"Acho que isso serve para você também, não?" Perguntei,me referindo a Hunter, mas ela se fez de louca.

"What? Do que você está falando?"

"Você sabe perfeitamente do que eu estou falando, Dak!" 

"Okay, okay. Talvez eu saiba. Mas isto não vem ao caso, então, beije Taylor agora!" Ela falou naquele tom mandão que me dava medo.

"Okay." Rolei os olhos, e Taylor comemorou. "Kath, veja o que é um beijo de verdade." Falei, divertida, segurando o rosto de Taylor entre minhas mãos.

Mirei seus olhos, que sorriam, e lhe dei um beijo daqueles.

Com certeza aqueles outros seres na sala ficaram boquiabertos.

Acho que eu e Taylor ficamos nos beijando durante uns dois ou três minutos, então não aguantamos mais.

"Oh. My. God."Taylor ofegante, disse pausadamente, se afundando no sofá. "Essa mulher ainda me mata." Disse olhando para Jeremy e os dois riram.

"Wow, e eu pensando que a minha irmãzinha era uma santinha!" Reclamou Jeremy, e eu ri.

"Você anda muito mal informado, irmãozão." Provoquei, e ele semicerrou os olhos.

(...)

"Hey, não vão querer uma carona?" Dakotah perguntou quando estávamos fora da casa de Jeremy.

"Não, nós vamos a pé." Respondi sorrindo, e ela de ombros.

"Okay. Juízo, hein? Bye!" Ela riu e entrou no seu carro, dando a partida.

"Alright, agora me diga sobre o que vocês estavam falando no jantar?" Taylor pediu quando começamos a caminhar.

"Tay, você não percebeu?" Perguntei surpresa.

"Percebeu o que?" Ele ficou confuso.

"Dak e Jon!" Homens. Tão burrinhos.

"Oh, Taylor, você é cego?" Perguntei rindo. Ele continuou sem entender. "Okay, Dakotah gosta dele!"

"Ela te falou?"

"No, mas eu vi."

"Um...Posso te contar um segredo? Mas você não pode contar para Dakotah!"

"Okay. Tell me!" Eu disse pulando, já curiosa. Ele riu.

"Eu acho que Jon tem uma quedinha por ela!" Ele disse rápido.

"OH MY GOD!" Esbravejei. "Sério?! Ah, isso é tão lindo!" Falei abrindo os braços.Ele riu de novo.

"Mas não conte para ela, hein!" Meu sorriso desapareceu.

Continuamos a caminhar, em silêncio.

Quando estávamos perto da casa dele, senti gotas em meu rosto.

"Damn!" Falei colocando o capuz, que não resolveu, porque a chuva começou a se intensificar cada vez mais. 

"Let's go!" Taylor pegou minha mão, me puxando enquanto corríamos em direção a casa dele, que por sorte, era a menos de uma quadra.

"Oh, mas que droga!" Ele reclamou, quando já estávamos dentro da sua casa, então tirou seu grosso casaco, que estava ensopado.

Eu nunca havia reparado no corpo de Taylor. Ele era forte. 

Não era do tipo sarado, mas ainda assim, era muito gostoso!

Ele se virou, e me viu o analisando. Ele sorriu, malicioso. "O que foi?"

"Um...Nothing." Eu falei, corando. 

"Sabe...Acho que é melhor você tirar esse moletom." Ele falou, ainda com aquele sorriso, apertando a manga do meu moletom, da qual escorreu água.

"É mesmo."  Eu tirei, com dificuldade. A água deixou a peça pesada. Taylor me ajudou, e deixou em cima do apoio do sofá, junto com seu casaco.

Olhei para ele, que não tirava os olhos de mim.                                                            

Ele tirou uma mecha de cabelo do meu rosto, e o acariciou. Fechei meus olhos ao sentir seu toque suave, e então senti seus lábios sobre os meus.

O beijo começou calmo, apaixonado. Mas quando ele me puxou para perto, um desconhecido fogo se ecendeu dentro de mim, e o beijo se tornou urgente, cheio de paixão e desejo.

"Sabe..." Eu comecei, entre selinhos. "...Acho que...Você...Deveria...Tirar essa camisa molhada..." Ele riu."...Se não pode pegar uma gripe."

"Concordo plenamente." Ele falou já tirando a camisa, e me beijando novamente.

Não sei como aconteceu, mas quando me dei de conta, já estávamos no seu quarto. E então estávmos na cama, e as roupas no chão.

Eu percebi uma diferença. Uma grande diferença, e era no jeito que ele me tocava.      O jeito que ele tocava meu rosto enquanto me beijava, o jeito que suas mãos passeavam pelas minhas costas, cintura, quadris...

Um toque carinhoso, não apenas com o fogo do desejo, mas também com delicadeza, carinho.

Era tão diferente de quando Chad me tocava, ou até mesmo Josh.

Foi como se fosse a primeira vez. 

E de fato, fora a primeira vez. A primeira vez em que eu senti que aquilo poderia dar certo. Que poderia ser para sempre. A primeira vez que eu me senti tão feliz com palavras. Com atos.

Minha primeira vez com Taylor. 

Primeira, de muitas vezes.

(...)

Eu estava deitada, nos braços de Taylor. Eu não conseguia dormir, e apesar do silêncio, eu sabia que ele também não dormia, pois seus dedos brincavam com a alça do meu sutiã.

O único som que eu ouvia era o da chuva, e o do coração dele. 

"OH MY!" Eu disse ao me assutar com um trovão. Taylor deu uma risada.

"Você tem medo de trovão?" Eu fiz uma careta no escuro.

"Não. Mas eu me assutei. Qual é, parecia que estavam explodindo alguma coisa." Falei. 

Me aconcheguei no seu peito, depois de dar um beijo no seu rosto.

TAYLOR PDV.

Me perguntei por um momento se aquilo era mesmo real. 

Era tudo perfeito demais. Hayley, a garota pela qual que estava perdida, e incondicionalmente apaixonado, estava ali, nos meus braços.

Eu a abracei ainda mais forte, checando se ela não iria desaparecer de repente.

E com aquela maravilhosa sensação, eu adormeci.

(...)

Abri meus olhos, lentamente, me acostumando com a claridade. Me sentei na cama, e me assustei ao perceber que Hayley não estava ali.  

Me levantei, e vestindo a minha camiseta que estava atirada no chão, desci as escadas rapidamente.

A medida que eu me aproximava da cozinha, um cheiro forte de algo quimado aumentava.

Parei na porta da cozinha, vendo a razão daquele cheiro.

Eu sorri ao ver Hayles, de pés descalços, vestindo uma camisa minha xaderez, que parecia um vestido nela.

Ela estava em frente ao fogão, praguejando, entanto colocava a frigideira queimada em cima da pia. Ela ficou um tempo ali, e então abriu um dos meus armários, e pegou duas tigelas, e em seguida pegou o meu cereal favorito, despejando uma grande quantidade em cada um dos recipientes.

Ela foi até a geladeira,pegou amoras,  morangos, e leite.

Ela despejou leite na tigelas, e então pegou as amoras, e despejou em apenas uma tigela. Ela hesitou em colocar na outra, e ficou pensativa.

Então eu entendi.

"Para mim apenas morangos." Eu avisei, ainda parado. Ela sorriu, e então me olhou.

"Good morning." Eu me aproximei dela, enlaçando sua cintura, e selando longamente os nossos lábios.

"Good morning." Eu respondi. "Então, não quis me dar um café da manhã queimado?" Perguntei olhando para a frigeira, da qual ainda saia fumaça. Ela riu.

"Não sei o que houve. Eu estou estranhamente distraída e desastrada.Então apelei para o cereal" Ela fez careta, e deu de ombros.

"Isso parece um sonho, sabia? Você aqui na minha cozinha, fazendo meu café da manhã, vestindo a minha camisa, com cara de sono."

"Pode crer que isto não é um sonho, darling." Ela falou colocando seus braços em volta do meu pescoço, e me beijando.

(...)

"AAAAAAAAHHHHHHH TAYLOR!" Gritou Hayley da sala. Eu, que estava na cozinha, fui correndo ver o que era. "TIRA AQUILO DALI!" Ela gritava de pé em cima do sofá, e apontava para o chão, perto da mesa de centro. 

Olhei para onde ela apontava. 

Uma pequena aranha parada.

"Oras, Hayley, é só uma aranhazinha de nada!" Eu ri. Ela não era do tipo fresquinha.

"Aranhazinha? Isso é uma assassina sanguinária gigante, prontinha para arrancar a perna de alguém!" Ela falava apavorada. 

Oh, me lembrei. Ela tinha fobia.

"Você devia tentar enfrentar essa fobia." Eu disse me aproximando do sofá.

"Pra quê? Não gosto de aranhas, e elas não gostam de mim. Ponto final!" 

"Oh, venha cá!" Chamei lhe estendendo a mão. Ela me olhou confusa. "Me dá sua mão!" Insisti, e hesitante, ela pegou minha mão, apertando - a bastante. Ela estava bem nervosa. "Okay, agora desça do sofá." Mandei.

"Não mesmo! Sem chance!" Ela balançou a cabeça.

Eu a agarrei pela cintura e a coloquei no chão. 

"Ahh, Taylor!" Ela choramingou ficando atrás de mim.

"Hayley, você confia em mim?"

"Se você está perguntando isso para eu me aproximar daquela coisa, então não." Ela choramingou mais uma vez.

"Come on, Hayles. Eu juro que essa aranha é inofensiva. E eu acho que ela até está morta, nem se meche!" Ela agarrou meu braço, e me encarou.

"Você promete que ela não vai me matar?" Ela perguntou insegura.

"Prometo." Sorri, e lhe dei um rápido beijo, a incentivando.

"Okay...Alrigh." Ela começou a caminhar lentamente, ficando ao meu lado. Ela continou a dar os passos em câmera lenta. Quando ela estava a uns dez centímetros da "assassina sanguinária" eu me aproximei também.

"Okay, agora encoste nela." Eu sussurrei.

"Are you crazy?!" Ela se apavorou. Eu tirei minha pantufa azul, e encostei meu dedo na aranha, que nem se mecheu.

"You see? Vamos, Hayles! Aranhas não são tão ruins assim!" Falei usando meu olhar mais persuasivo.

Qual é, eu queria ajudar a minha pequena!

"You sure?" Balancei a cabeça, e ela - muito devagar - foi aproximando seu pequeno pé em direção á aranha. Ela encostou seu dedão no animalzinho, com uma expressão engraçada de nojo, misturado com medo e nervosismo. 

Ela tirou o dedo rapidamente, e choramingou. Ela olhou para mim, e eu sinalizei para ela fazer de novo.

Ela estava quase encostou na aranha, quando de repente ela começou a andar em direção a Hayles. 

"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!" Ela gritou pulando em meu colo e escondendo seu rosto no meu ombro. "AH, MATA ESSA COISA! MATA ESSA COISA!" Eu pisei no bichinho, que ficou todo esmagado.

Coitado.

"Pronto, Hayley. A sanguinária assassina está morta." Avisei, rindo.

"Ai, seu idiota!" Ela deu um tapa em meu peito. Doeu!

"O que eu fiz?!"

"Você me obrigou a interagir com aquela coisa!" Ela falava irritada, mas eu percebia seu leve tom de diversão.

"E você, muito esperta, se aproveitou da situação, não é?" Eu ri, balançando ela nos meus braços. Ela virou o rosto, tentando não rir.

"Maybe." Falou indiferente. Ela nme olhou novamente, sem esconder o sorriso, e me beijou.