[Bella]


Já se faz um mês desde que Edward passou a morar aqui, Rosalie não deu notícias, e ele vivia triste certa vez enquanto eu dormia, ele apareceu aqui e conversou com a bebê, é que ele tocou na barriga e eu no mesmo instante despertei. 


- Acho que seremos nós dois não é? Minha filha. Queria tanto que Rose fosse sua mãe, mais pelo jeito, ainda mais agora, foi viajar e a mãe dela não me conta a verdade. Eu até entrei com o papel do divórcio, e o advogado dela é que está respondendo. Fica tranqüila viu, tem muita gente pra te amar, e eu te amo por todos. – Ele estava chorando. Eu tinha que fazer algo

- Edward não fique assim. – Eu tenho quase toda a certeza do que está acontecendo com Rosalie, porque minha mãe disse que Emmet foi viajar, Alice confirmou que os viu juntos na oficina várias vezes, e se eu tivesse realmente provas não deixaria o Edward sofrer. – Ele me abraçou e chorou. - Olha tá tudo bem viu, a pequena aqui não pode te ver triste.


Depois desse dia, Edward passou a se vincular mais comigo, ele passava mais tempo dedicado a sua filha.

Hoje iríamos a um piquenique, Edward, Ângela e eu. 

-Vamos Bella. – Edward quase derrubava a porta de tanto que batia.
- Estou quase pronta só preciso calçar os sapatos. – Estou um pouco inchada, ainda no quinto mês, tenho muito o que engordar ainda.

Nós descemos para a sala.

- Mãe cadê a Ângela?
- Deu problema na loja dela ela teve que ir lá resolver.
- Que pena.
- Vamos mesmo assim Bella. Que tal? Quer ir mãe?
- Obrigada meu filho, mas hoje chega coleção nova de móveis para bebês, temos o quarto da minha netinha.
- Vamos. – Eu disse.

Nós fomos até o parque principal da cidade, não estava muito cheio, em dia de semana é meio difícil acontecer. Nos sentamos em uma manta.

- Sabe Bella, eu quero escolher o nome da minha filha.
- Jura? Tava na hora.
- Queria que você me ajudasse. Na verdade quero te pedir outra coisa também.
- O que?
- Quero que você seja mesmo a mãe da minha filha. Sabe pra ela ter uma visão de mãe. Não precisa continuar a morar em casa, eu sei que você sente falta da sua, mas acho justo que seja você, já que eu vejo seus momentos a sós e da forma carinhosa que se refere a ela. 

É bobo demais chorar? Pois é, eu estou chorando.

- Tá Bella, eu sei que é demais pra você, é que a imagem da Rosalie como mãe dela não é o certo, não é o legal, eu... Ainda dói falar dela.
- Escuta Edward o que eu tenho pra te dizer não é uma coisa legal, não é do meu direito fazê-lo, mas mesmo assim eu preciso.

Ele me olhou sério.

- A Rosalie te traia com meu irmão.

Ele ficou lá estático, seus olhos marejando.

- Me traia? Como você sabe?
- Uma pessoa que eu conheço já os viu na oficina, e aquele dia que eu fui em casa, eles estavam juntos, e nus na cama, conversando como se fosse o mais habitual de tudo. E por último, Emmet também foi viajar por aí, sem dar notícias, nós não temos dinheiro pra viajar do nada, mas Rosalie tem.

Ele estava em choque ainda.

- Se não quiser acreditar eu até entendo.
- Eu devia ter imaginado mesmo. Ângela estava certa, ela é uma vadia. – Ele estava chorando.
- Calma Edward, você é um homem bom, um dia ainda encontra a mulher que te valorize, ou se não nossa filha fará por isso. – Assim que falei nossa filha, senti um alívio, pois era horrível não chamá-la de minha.

Ele deu um sorriso fraco e se sentou de frente pra mim.

- Obrigado mesmo, não só por ela, mas também por todas as vezes que me consola é sério Bella, você me ajuda muito.

Eu apenas sorri.

Nossos rostos próximos e eu não pude conter, o beijei, seus lábios ainda sim gentis; ele me abraçou e eu baguncei seus cabelos, eu o queria tanto, que comecei a me sentir excitada. – Bem que a doutora Davis me informou sobre o desejo sexual e a gestação -.

Nos separamos em busca de ar, e eu olhei pra baixo envergonhada.

- Tudo bem Bella, eu sou um homem solteiro isso não é desrespeitoso pra você nem pra mim. E também eu sei que é coisa de grávida.

Resolvemos comer, e enquanto isso eu pensava naquele beijo quente. 

- O que acha de Mary? - Ele rompeu o silêncio.
- Mary? Não é comum e feio.
- Amanda?
- Não.
- Camila?
- Não.
- Claire?
- Da onde tirou esses nomes? Sua agenda de solteiro?
- Desculpe. Que tal Pietra?
- Pietra é, mas falta algo. Pietra Sophie.
- É bem diferente, eu gostei.
- Que bom. Será que vai ser esse?
- Pode ser Annabel.
- É nome de biscoito.
- Da onde você tira essas suposições Bella?
- Engraçadinho. - Eu me levantei, com certa dificuldade e peguei sua mão, um arrepio gostoso passou por mim. - Vem vamos que eu quero um sorvete.
- É um desejo?
- Desejo oficial ainda não.
- Droga será que não vamos passar por isso?
- Relaxa criança também tem desejo.
- Às vezes imagino você pedindo pra comer tijolo, beterraba com sal e limão, bolacha com requeijão, alface com brigadeiro.
- Me imaginou vomitando também?
- Também.

Ele ria, e era muito bom ver aquele sorriso sincero.

Eu me estiquei e em seguida fomos tomar sorvete. Depois pra casa.

No carro imaginamos diversas formas de contar aos seus familiares sobre a decisão repentina de Edward e o futuro de Pietra.

Eu não queria viver longe dos dois, eu queria estar ao lado da minha filha e do lado de Edward, eu não sei como, mas consegui me apaixonar por ele, e é por um sentimento egoísta de fazê-lo esquecer Rosalie que eu contei sobre a traição. Eu me sentia mal por vê-lo chorar, sofrer por alguém que não merece. Rosalie está se divertindo por aí? Isso é injusto, mas aliás o mundo por si só é injusto. Pessoas com muito dinheiro e sem caráter como Rosalie, e pessoas batalhadoras, que trilham seu futuro a cada passo que dão como Alice; também há aqueles que sofrem por injustiças e Edward entra nesse caso. 

Edward merece ser feliz e eu farei o possível por isso.

Depois do piquenique fui para um banho relaxante, ainda permaneci no quarto de Edward, ele ficava em um quarto de hóspedes não muito diferente, mas pediu pra que a filha já se acostumasse com o cômodo, sai do banho e fiquei vendo TV, eu passei a assistir muitos seriados, como The Big Bang Theory, é engraçado, Grey’s Anatomy, entre outros, dessa vez passava Gossip Girl, não era tão legal, mas não deixava de ser chato, pra falar a verdade Rosalie parecia a Blair. 

- Posso entrar? – Era Edward.
- Arrã.
- Como estão?
- Estamos bem, Pietra está tranqüila. Sente-se. E você?
- Estava pensando sobre Rosalie e aquilo que me disse.
- E?
- Decidi que vou me focar na nossa filha e que infelizmente não deu certo com Rosalie, mas não posso mais sofrer. 
- Isso é muito bom.
- E muito obrigado por tudo.

Ele tocou meu rosto, suavemente com as costas da palma da mão. E eu sorri.

- Espero que Pietra tenha seu sorriso. 
- Ainda prefiro o seu.
- Na verdade ela deveria se parecer com você.
- Não, não. Você é bem mais lindo do que eu.
- Não, eu espero que ela tenha meu gênio, você é bem teimosa.
- Ela tem que ser linda como você e geniosa como eu.
- Será poderosa.
- Muito. - Nós rimos.
- Vamos tomar café? 
- Acabamos de vir de um piquenique. 
- Pode ser apenas o café. 
- Tudo bem, já estou sentindo fome mesmo.
- Quero contar o nome da nossa princesa.
- Falando em contar. E sobre eu ser uma mãe também.
- Quero prepará-los. 
- Eu não sei nem ao menos o que dizer, isso é estranho.
- Bella não se preocupe. – Ele pegou a minha mão e a beijou.
- Tudo bem.

Naquele dia, ficamos esperando Carlisle chegar, e todos gostaram do nome, eles estranharam o Sophie e Edward optou por Pietra Marie. Igual ao meu nome, Isabella Marie. Esme me olhava bem mais radiante que o normal devia ser o nome.