ATAQUES!!!

Capitulo 23

Bella

Acordei sentindo um vazio na cama e ao esticar meu braço não encontrei Edward. Onde ele foi tão cedo? Eu queria acordar ao lado do meu marido poxa!

Nossa primeira manhã como casados e já acordo sozinha. Uma vontade de chorar me dominou, mas respirei fundo para conter as lagrimas.

Para com isso Isabella Cullen! – ordenei a mim mesma e ouvir meu novo nome me deixou menos triste.

- Que tristeza é essa, meu amor – perguntou ele entrando no quarto.

- Queria acordar ao lado do meu marido – reclamei manhosa.

- Seu marido foi providenciar sua reposição de sangue – disse ele me mostrando uma sacola de onde tirou duas bolsas de sangue dessas de hospital.

- Nossa você agora tem visões também – perguntei me esticando para pegar a bolsa da mão dele que a levantou para que não alcançasse. – Edward me dá – pedi sentindo os bebês se revirarem em minha barriga.

- Só vou te dar por causa dos bebês – disse ele sério – nós temos que parar com isso Bella. – afirmou com olhar duro.

- Parar com o que – perguntei me fazendo de desentendida. – coloca em um copo para mim enquanto vou ao banheiro – pedi me levantando com dificuldade todo meu corpo parecia pesado.

- Esta vendo só, você não esta bem – declarou ele franzindo o cenho – eu sou um irresponsável mesmo – recriminou-se andando ao meu lado até a porta do banheiro.

- Eu estou bem Edward – falei me virando para ele – Nós estamos bem – alisei a barriga e os bebês se mexeram. – Você nem chupou tanto sangue assim dessa vez – me defendi do jeito que deu.

- Mas a partir de agora chega de sugar seu sangue – afirmou de forma convicta e firme que nem me atrevi a discordar.

Quando sai do banheiro Edward estava me esperando na porta e me carregou até a cama e depois me entregou o copo com o sangue que tomei tudo como se fosse uma vitamina, estranho, mas como da primeira vez não parecia sangue, olhei para Edward e o vi tenso, seus olhos estavam mais escuros.

- Edward você quer? – perguntei meio sem jeito.

- Não Bella pode tomar tudo – afirmou e se virou em direção a janela. – Você já pensou em como vai ser depois que os bebês nascerem? – perguntou ele sem me olhar e entendi que era por causa do sangue.

- Como assim? – indaguei confusa.

- Vai seguir a dieta normal de um vampiro ou a dieta da minha família? – perguntou ele se virando em minha direção após eu ter terminado de tomar.

- Apesar de achar lindos os seus olhos vermelhos – comentei alegremente – Não consigo me imaginar mordendo alguém – acrescentei séria e ele assentiu se sentando ao meu lado e tirando o copo da minha mão. Nesse momento o celular dele começou a tocar, Edward apenas viu quem era, mas não atendeu.

- Você quer mais? – perguntou me fitando longamente.

- Já chega – admiti, mas em minha barriga os bebês protestaram – Aiii – gemi sentindo um chute nas costelas que me tirou o fôlego.

- Bella você esta bem? – perguntou Edward preocupado.

- Acho que eles querem mais – falei mal conseguindo me mexer.

Edward rapidamente me deu outro copo com sangue que tomei rapidamente, mas dessa vez não foi tão bom quanto havia sido antes. Não sei dizer por que, mas agora senti que realmente estava tomando sangue e isso me enjoou. Percebendo meu mal estar Edward me levou para o banheiro e jogou água fria em meus rosto e pulsos.

- Respira Bella – ordenou ele e eu obedeci respirando profunda e lentamente.

- Estou melhor – falei me deitando em seu peito me sentindo exausta.

- Me perdoa Bella – pediu ele com olhar consternado – A culpa é minha, eu não devia ter te mordido – recriminou-se me levando para a cama.

- Fui eu quem pediu isso Edward – lembrei-o passando a mão em seu rosto preocupado.

- Sim, mas eu devia ter evitado – lamentou-se.

- Meu amor se existe um culpado sou eu – falei sentindo meus olhos pesarem – Me perdoe por te preocupar desse jeito, não farei de novo – declarei me aconchegando em seu peito e adormecendo instantaneamente.

Quando acordei encontrei Edward parado ao lado da cama me observando com uma expressão de arrepiar. Nunca o vi daquele jeito.

Tentei me levantar, mas me senti estranha, ao roçar a mão em minha barriga senti a pele sensível, parecendo irritada, quando olhei para baixo entendi o porquê da expressão de Edward.

Meu ventre esta ainda maior, a pele da barriga parece que vai se romper a qualquer momento de tão esticada.

- Ohh! – exclamei e colocando a mão em meu ventre senti a pele extremamente fina e dolorida.

- Já fiz nossas malas – avisou Edward de forma seca.

- Não quero ir embora agora – falei me sentindo muito mal por estragar nossa lua de mel com minhas atitudes impensadas.

- Você não estragou nada Bella – disse Edward se sentando ao meu lado e secando uma lagrima que corria pelo meu rosto. – A culpa é minha por ceder a você – acrescentou ele de maneira fria, me causando um aperto no coração.

Respirei fundo tentando me controlar, não queria chorar, não agora que ele esta aqui tão frio parecendo aquele Edward que eu vi na boate a tempos atrás.

- Não fique assim Bella – pediu ele suavizando sua expressão – Só estou preocupado com vocês – comentou me abraçando e isso fez, mais lagrimas descerem pelo meu rosto molhando sua camisa.

- Por favor, vamos ficar até amanhã – implorei tentando fazê-lo mudar de idéia – Eu estou bem, não me sinto mal – afirmei tentando parecer segura.

- E se acontecer alguma coisa Bella? – perguntou ele indeciso.

- Não vai acontecer – falei com um suspiro – não vou fazer nada de imprudente novamente eu prometo – garanti olhando em seus olhos.

- As malas vão ficar prontas e deixarei um jatinho fretado para qualquer emergência – cedeu ele ainda sério.

- Obrigada, Edward – agradeci afundando meu rosto em seu peito e aspirando seu cheiro delicioso.

Depois disso ele preparou a banheira para o meu banho e me carregou no colo até lá, me deu banho e me secou e vestiu, não deixando que eu fizesse absolutamente nada. Pediu o meu almoço no quarto e só então eu percebi que já passava das 14 horas.

Ficamos no quarto o resto da tarde assistindo TV e conversando sobre os planos para depois que os bebês nascessem.

Eu já não aguento ficar aqui dentro do quarto. O brilho das luzes da cidade lá fora esta me deixando impaciente, não que eu não goste de ficar grudada em Edward o tempo todo, muito pelo contrario, mas estou curiosa para ver a cidade e os cassinos. Nunca sai de Forks e agora que tenho a chance de conhecer um lugar diferente eu estrago tudo.

- Bella você não estragou nada já te falei – disse ele me beijando a testa.

- Então me leva para jantar em um desses cassinos, por favor – pedi torcendo para ele concordar.

- Você vai se cansar – começou ele, mas não deixei terminar.

- Eu estou bem Edward – afirmei totalmente segura – Por favor, eu quero sair um pouco.

- Esta bem, mas só um pouco – concordou ele me levando para o banheiro e me ajudando com o banho.

Senti meu corpo se acender ao toque de suas mãos e quando me aproximei para tocá-lo ele recuou.

- Nada disso Sra. Cullen – disse ele firme.

- Mas...

- Se você quer mesmo conhecer um cassino se controle – ordenou ele com uma expressão debochada.

- Mas uma coisa não impede a outra – falei passeando meus olhos por seu corpo perfeito.

- Isabella Cullen você só pensa nisso é – zombou ele me envolvendo em uma toalha enorme e macia. – Sei que sou gostoso, mas...

- Ora seu... seu metido – falei batendo em seu peito enquanto ele ria de mim.

Vesti uma das roupas que comprei no shopping quando sai com as meninas, por sorte era um vestido de grávida com uma regulagem na barriga então não tive problemas.

Saímos do hotel em um taxi e Edward pediu ao motorista para primeiro fazer um tour pela cidade me mostrando as principais atrações, os cassinos mais famosos, enfim todo o glamour de Las Vegas.

Fomos a um dos cassinos mais chiques da cidade e Edward me levou até as maquinas caça níqueis onde brincamos por algum tempo e depois me mostrou as mesas de jogos me explicando como funcionava cada uma delas, era muita informação para uma noite só. Eu olhava tudo aqui fascinada. A única coisa que me incomodou foram os olhares que as mulheres lançavam em Edward. Mas fiz questão de grudar em seu braço e exibir minha barriga enorme para que todas vissem que ele é meu.

- Você costuma jogar? – perguntei curiosa, afinal não é muito justo da parte dele, pois ele lê a mente dos outros jogadores.

- Não sou muito de jogar – disse ele sorrindo – não me representa nenhum desafio – completou respondendo minha pergunta silenciosa. – Amor você é a única mulher que me importa, relaxa – comentou ele ao me ver olhar feio pra uma lambisgoia desnutrida que praticamente comia Edward com os olhos. Dizendo isso ele me beijou mostrando para todas no salão que ele é meu, só meu.

Fomos para o luxuoso restaurante do cassino onde haveria um show. Eu comi muito bem enquanto esperávamos pelo show que foi maravilhoso. Ao final voltamos para nosso hotel que não devia nada ao que acabamos de visitar.

- Amanhã te ensino a jogar em uma das mesas aqui do hotel – prometeu Edward e eu entendi que ele não queria que eu me cansasse saindo novamente pela cidade.

- Vai ser ótimo – concordei me aninhando em seus braços enquanto o elevador nos levava para nossa suíte.

Ao entrarmos fui direto para o quarto onde tirei a roupa e tomei um banho quente e vesti uma camisola das que Alice insistiu em comprar.

Voltei ao quarto e Edward estava apenas de boxer olhando pela janela para a cidade que brilhava lá fora. Me aproximei e o abracei pelas costas o que não foi uma boa idéia já que minha barriga enorme me impedia de ficar muito perto dele.

- Você esta tão cheirosa – disse ele se virando e me olhando de cima a baixo – e muito gostosa também.

- É muito feio mentir Sr. Cullen – falei debochada.

- E quem disse que estou mentindo – disse ele me envolvendo em seus braços e me beijando apaixonadamente. – tem certeza que esta bem – perguntou ele indeciso.

- Melhor do que nunca – afirmei e é a mais pura verdade, me sinto radiante e cheia de energia.

Ele me pegou no colo e levou para a cama onde nos amamos com intensidade, mas com extremo cuidado por parte dele, explorando outras posições para não machucar minha barriga, mas nem por isso deixou de ser maravilhoso e cai em sono profundo após atingirmos o êxtase.

No dia seguinte tomei café da manhã no restaurante do hotel e depois fomos dar uma volta a pé pela rua onde ficava o hotel que é a mais badalada da cidade. Durante o dia a cidade perde um pouco daquele glamour todo, mas mesmo assim continua incrível e cheia de movimento.

Almoçamos do hotel e depois Edward cumpriu a promessa e me levou para jogar em uma das mesas de roleta, foi divertido e acabei ganhando alguns dólares.

Jantamos no hotel e assistimos ao show daquela noite que foi lindo. Apesar de curta nossa lua de mel esta sendo maravilhosa.

Decidimos ir embora apenas na manhã seguinte já que não poderia ir ao colégio mesmo, pois com a barriga daquele tamanho não teria como disfarçar. Edward ligou para Carlisle que disse já ter providenciado tudo para uma licença médica por tempo indeterminado devido há uma doença ainda não diagnosticada.

Acho que as coisas vão ser mais rápidas do que imaginávamos, pois não tenho nem um mês de gestação e já pareço estar de pelo menos seis meses.

Edward

Me senti péssimo ao ver Bella passar mal por causa do sangue que tomou, mas foi pior ter que observar sua barriga crescendo enquanto ela dormia. Ver a pele se esticando como se fosse um balão, ficando cada vez mais fina até que todos os vasos sanguíneos ficassem visíveis e seu ventre parecesse que ia estourar a qualquer momento.

Nunca mais vou fazer uma loucura como essas, onde é que esta minha força de vontade, basta Bella pedir que eu já estou fazendo suas vontades, sem pensar nas consequências.

Alice e Carlisle estão cobertos de razão em ligar e me passar o maior sermão a respeito de responsabilidade.

Porra! Eu nunca fui assim, por que agora virei um fantoche nas mãos dessa garota.

A resposta é fácil Edward Cullen, você nunca esteve apaixonado antes, e agora que esta, simplesmente não consegue dizer não a Bella.

Tentei ser firme com ela depois disso e até fiz nossas malas para irmos embora, mas foi só ela me olhar com aqueles olhos chocolate cheios de lagrimas que minha resolução caiu por terra. Virei um bocó nas mãos dessa garota, essa é que é a verdade.

Quem poderia imaginar que o vampiro mais temido em todo o mundo vampírico fosse ser subjugado por uma réles humana. Ela ainda conseguiu me convencer a sair com ela a noite e devo confessar que foi muito agradável, Bella brincou nos caça níqueis e foi engraçado vê-la com ciumes de mim, mas deixei bem claro que só ela me importa e mais ninguém. Depois que jantou assistimos ao show que foi muito bonito e Bella adorou, me senti muito bem por poder dar aqueles momentos de alegria a ela que já sofreu tanto, sem contar que senti muito orgulho vendo os olhares de inveja dos outros homens, afinal minha esposa esta ainda mais linda grávida.

Ao voltar ao hotel mais uma vez Bella me convenceu a fazer amor com ela mesmo eu tendo a firme resolução de não tocá-la naquela noite, mas minha força de vontade não dura nada quando ela vem com aquele jeitinho todo fogoso dela. Exploramos outras posições o que foi bem interessante e muito prazeroso, minha mulher é um furacão na cama disso não posso reclamar.

Ficamos no hotel até segunda pela manhã, afinal ela não poderia ir ao colégio mesmo. E como estava cansada no domingo a noite, depois de passar parte do dia andando pelas ruas de Las Vegas e a outra parte jogando no cassino do hotel além de assistir a outro show, resolvemos voltar a Forks só no meio da manhã de segunda.

Assim que chegamos Carlisle foi examiná-la e depois de uma serie de exames ficou constatado que Bella estava muito bem e que os bebês estavam ótimos e com idade gestacional de 26 semanas.

- Você quer saber o sexo do bebê Bella? – perguntou Carlisle e eu pude ver em sua mente que um dos bebes é menino.

- Quero – concordou ela com voz embargada.

- Bem infelizmente só deu pra ver de um deles – começou Carlisle deixando Bella ainda mais ansiosa ela olhou em minha direção e sorri lhe dando força – É um menino – disse Carlisle e os olhos de Bella se encheram de lagrimas.

- Um menino – ela repetiu em lagrimas totalmente emocionada.

- Sim um garotão – confirmou Carlisle sorrindo – ele é bem grande tanto que esta escondendo o outro – ele explicou feliz.

- Você gostou Edward? – perguntou Bella ansiosa com minha resposta.

- Claro que gostei meu amor – confirmei e ela sorriu feliz – Tomara que ele seja tão lindo quanto você – falei lhe beijando amorosamente.

- Não! Ele vai se parecer com você – disse rapidamente – Os dois serão tão lindos quanto o pai – afirmou ela sonhadora imaginando dois garotos com cabelos iguais aos meus – Edward de que cor eram seus olhos? – perguntou curiosa.

- Verdes – respondi e ela imediatamente viu dois garotinhos ruivos de olhos verdes correndo pelo jardim.

Depois do exame levei Bella para o quarto sob protesto, pois ela queria ir andando, mas não deixei. Coloquei-a na cama e pouco depois ela estava dormindo serenamente.

- Edward seu pai me disse que um dos bebes é menino – comentou minha mãe que havia acabado de chegar das compras. – Parabéns meu filho – disse me abraçando e seus olhos brilhavam emocionados.

- Obrigado mãe – retribui ao abraço sentindo todo carinho que ela tinha por mim e por Bella e a alegria que ela sentia em ser avó.

- Vou preparar o almoço de Bella – avisou indo para a cozinha.

- Mãe eu vou sair para caçar – avisei indo para a porta – Não deixe Bella se esforçar muito ela exagerou esse final de semana. – pedi sabendo que minha mãe conseguiria conter Bella melhor do que eu.

- Não se preocupe filho – assentiu me garantindo que cuidaria de Bella.

Fui em direção a floresta o mais rápido possível, pois estou sedento e depois de ver Bella tomando aquele sangue fiquei ainda pior. Fui em busca de animais carnívoros, pois seu sabor é melhor do que os herbívoros. Quando me dei por satisfeito voltei e encontrei minha família reunida em meu quarto, todos olhavam para a barriga de Bella aturdidos e felizes por saberem que um dos bebês será um menino.

- Tomara que o outro seja menina – disse Alice já pensando em laços e vestidos de babados.

- Devemos preparar os quartos dos bebês – lembrou Rose, pensando em um quarto todo azul e outro rosa ou amarelo.

- Vocês bem que podiam ver isso para mim – sugeriu Bella pensando que era uma negação em matéria de decoração.

- Jura que podemos? – indagou Alice batendo palmas e dando saltinhos feito uma louca.

- Claro, ainda mais agora que estou deste tamanho – afirmou ela indicando a barriga.

- Sugiro que façam isso logo – disse sentando ao lado de Bella – acho que não vai demorar para esses bebês nascerem.

- Tem razão Edward – concordou Alice já arrastando Rose para seu quarto em busca de coisas na internet.

Todos saíram e pude ficar com Bella algum tempo conversando e alisando sua barriga.

- Não entendo o porque não ouço os pensamentos dos bebês – comentei depois de algum tempo.

- Eles são muito pequenos ainda Edward – disse Bella olhando para o ventre que se agitou.

- Pode ser – concordei beijando seus lábios. – Quer tomar banho agora – perguntei.

- Eu quero você agora – respondeu ela maliciosa.

- Nada disso – falei me afastando – você precisa descansar – lembrei-a.

- Fiquei nessa cama o dia todo – reclamou fazendo bico – Sozinha! – acrescentou.

- Foi por uma boa causa – falei acariciando seu ventre – além do mais eu precisava caçar – expliquei.

- Eu sei Edward, não estou reclamando disso – afirmou em tom de desculpa. – Mas senti sua falta, acho que estou ficando mal acostumada.

- Tudo bem, vamos eu te ajudo com o banho e depois você vai jantar – falei pegando-a no colo e recebendo um tapa de protesto.

- Eu posso andar sabia – reclamou, mas afundou o rosto em meu peito.

- Ah sei, e também sei que você adora quando eu te carrego – afirmei rindo – só não admite isso em voz alta.

- Assim não vale Edward – reclamou ela – você tem que me dar um pouco de privacidade sabia – comentou.

- Privacidade é algo que não consta no meu dicionário – lembrei-a e lhe dei um beijo. – E você não é das mais discretas – comentei sarcástico – Ou já se esqueceu dos seus gritos quando fazemos amor.

- Ai Edward assim não vale isso é golpe baixo – lamentou-se – Não tenho culpa de ter um marido tão gostoso.

- Bella desista – falei – não adianta me paparicar que não vai rolar.

- Estraga prazeres – disse rindo quando a coloquei na banheira.

No dia seguinte fui ao colégio com meus irmãos, pois Carlisle não queria que levantássemos suspeitas, por mim eu mandava todos para o inferno e ficaria em casa com Bella.

Todos no colégio comentavam a misteriosa doença de Bella que impedia até mesmo o contato com outras pessoas, mas essa foi a maneira que Carlisle encontrou para evitar possíveis visitas.

“Edward veja isso” – chamou Alice e me mostrou Charlie Swan me esperando no estacionamento e os Quileutes me abordando na estrada.

“Não se preocupe eu resolvo isso” – tranquilizei-a

“Nós vamos comprar algumas coisas para o quarto dos bebês”. – avisou e eu assenti.

“Então Bella Swan esta doente em casa, muito interessante isso” – pensou Laurent e isso me deixou incomodado, afinal qual o seu interesse em Bella.

Na saída lá estava Charlie parado ao lado do meu carro. Seu pensamento não é nenhum pouco paternal, ele queria saber se Bella ia morrer, pois fez um seguro de vida em seu nome.

- O que você quer aqui Charlie? – perguntei controlando minha raiva.

- Fiquei sabendo que Bella esta doente e quero vê-la – disse ele na maior cara de pau.

- Se te informaram corretamente, então você sabe que ela não pode receber visitas – falei entredentes.

- Isso é absurdo – disse ele elevando a voz – ela é minha filha e eu exijo vê-la, eu tenho meus direitos.

- Em primeiro lugar ela não é sua filha – lembrei-o e o vi ficar tenso – Em segundo lugar você não tem mais direito algum sobre Bella, ela é minha mulher agora.

- Ah deixa de brincadeira moleque – ironizou ele – Bella é menor de idade e para se casar precisa da minha autorização.

- Bella e eu nos casamos na sexta feira em Las Vegas – informei sentindo prazer em ver seu choque.

“Esse moleque metido só pode estar mentindo” – pensou Charlie indignado.

- Isso é mentira – disse Charlie exaltado – Ela não pode se casar sem a autorização de seu responsável, que no caso sou eu.

- Rennee transferiu a tutela de Bella para o meu pai – informei e ele empalideceu – Eu sou o responsável por Bella agora.

- Você não passa de um moleque – gritou ele revoltado. – Eu vou anular esse casamento.

- Pode tentar, mas vai ser inútil – falei e entrei no carro e sai de lá cantando pneu.

Sujeito desprezível, torcendo para que Bella tenha uma doença grave e que morra, que vontade de apertar seu pescoço até vê-lo sufocar, sim porque tomar aquele sangue podre esta fora de questão, pode até me fazer mal.

Como Alice me disse os Quileutes estavam me esperando no meio do caminho. Hoje não é meu dia. Uma moto passou por mim a toda, mas não me liguei de ver quem era.

Desci do carro e me vi rodeado pelo bando que não parecia estar disposto a conversar.

- Vocês estão me atrapalhando – falei cínico.

- Nós queremos saber o que aconteceu com Bella Swan – perguntou Sam o Alpha do bando.

- Acho que isso não é da conta de vocês – falei arrogante. – agora saiam da minha frente. Ah e o nome dela é Cullen agora.

- Nós queremos vê-la – disse Jacob e recebeu um olhar torto por parte de Sam.

- Vocês não podem exigir nada de mim – lembrei-os – estão em nosso território, então caiam fora.

“Vou acabar com esse vampiro maldito” – pensou Paul.

- Vocês ainda não aprenderam que não se deve brincar comigo – falei seco.

- Esta nos ameaçando Cullen – perguntou Sam tenso. – Nós queremos ver Isabella para confirmar que ela ainda é humana.

- Bella é humana sim e se esses idiotas do seu bando não te informaram ela esta grávida e não há como transformá-la sem afetar o bebê – falei entredentes me sentindo cada vez mais irritado.

Tem alguma coisa errada estou sentindo isso. Nesse instante meu telefone toca e o pego para atender e vejo que é Alice.

- O que foi Alice – perguntei irritado.

- Edward corre para casa tem problemas com a Bella – disse ela desesperada. Nem me preocupei em me despedir e me embrenhei na mata, pois iria mais rápido.

Na metade do caminho me dei conta de que estava sendo seguido pelos malditos cachorros que pensaram que eu estava fugindo deles. Minha preocupação com Bella era tão grande que não consegui me concentrar e dizer a eles que não era nada disso, quando finalmente consegui entrar em contato com a mente de Sam já era tarde demais e me vi sendo abalroado por Paul.

Tentei me livrar dele o quanto antes, mas os outros chegaram e me atacaram, antes que eu pudesse falar alguma coisa senti as presas de Paul em meu braço sem pensar duas vezes agarrei o pescoço do desgraçado e torci ouvindo o barulho do osso se quebrando, ao perceberem a gravidade do ferimento do amigo eles estacaram o que me deu chance de fugir. Felizmente meu ferimento foi leve e logo se recuperou.

Cheguei em casa e o que vi me deixou em pânico. A casa estava com a frente parcialmente destruída, procurei pela mente de Bella e não achei, ouvi apenas os pensamentos de minha mãe que se recuperava caída em um canto da casa.

Subi para o quarto em um piscar de olhos e constatei que estava vazio e senti o cheiro de vampiro o cheiro daqueles três que encontramos na floresta.

- BELLA!! – gritei em desespero, corri para onde minha mãe estava.

- Mãe você esta bem? – perguntei aflito – Eles falaram alguma coisa?

- Não Edward, não disseram nada – falou ela chorando – Eu tentei impedir, mas não consegui, me perdoa meu filho.

- Tudo bem mãe, quando os outros chegarem diga que fui atrás deles – pedi e corri para fora só para me deparar com os malditos cachorros.

- Saiam daqui – gritei completamente descontrolado – Saiam ou vão ter o mesmo fim que aquele imbecil.

“Você matou um dos nossos” – Gritou Sam com um rosnado furioso.

- Por culpa de vocês levaram Bella – falei e tentei passar, mas se colocaram em minha frente. – Vocês sabem o que acontece quando me ferem – avisei – Saiam da minha frente eu preciso procurar minha mulher.

“Nós vamos acabar com você maldito” – pensou Jacob e investiu contra mim.

No auge do meu desespero não pensei duas vezes e com um movimento rápido o agarrei pelo meio do corpo apertando em um abraço tão forte que todos ouviram seus ossos se quebrando. Ele rosnou alto em agonia.

- Me deixem em paz ou todos vão morrer – avisei enquanto corria na direção que o cheiro daqueles desgraçados vinha.

Corri por cerca de vinte quilômetros até parar na beira do rio onde havia um pequeno ancoradouro.

- Não!! Não!! – meu peito parecia que ia explodir, levei minhas mãos aos cabelos e os puxei em agonia, cai de joelhos na beira do rio sem saber o que fazer, para onde ir.

- Edward – chamou Alice parando ao meu lado – nós vamos encontrá-la – prometeu ela.

- Alice por que não viu isso antes – culpei-a sem conseguir me conter eu precisava culpar alguém. – Levaram ela, levaram a Bella.

Os pensamentos de minha família estavam consternados, todos estavam preocupados e confusos sobre o porquê de seqüestrarem Bella.

- Edward foi uma decisão de ultima hora – explicou ela chorando – Assim que eu vi te liguei, me perdoe, mas não pude ver isso antes.

Tudo que eu fazia era balançar meu corpo pra frente e pra trás, sentindo uma dor tão forte que parecia me destruir.

Jasper ainda tentou me ajudar, mas não conseguiu. Levantei dali e sai derrubando tudo que via pelo caminho, meus irmãos tentaram me parar, mas não conseguiram.

Talvez na casa de Laurent tenha alguma pista. Corri feito um louco para lá sendo seguido por meus irmãos.

Entrei na casa derrubando a porta e a casa parecia limpa, vasculhei cada canto e não encontrei nenhuma pista que me levasse até aqueles malditos.

Meu desespero só fez crescer. Voltei para casa me sentindo morto, despedaçado. E dessa vez nada poderia me reconstituir.