Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 75
Chapter Seventy-Five.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/11320/chapter/75

Frank olhou o corpo de sua amada tornar-se cinzas, ao mesmo tempo que sentia que seu coração também sofria tal metamorfose. Respirou profundamente, tomou Michael em seus braços e seguiu floresta adentro com uma rapidez incrível. Ao avistar uma pequena cabana, dirigiu-se à ela e a porta fora aberta instantaneamente.
- Behwi, cuide dele. Preciso retornar à guerra.
- Que a sorte esteja ao seu lado e que energias positivas estejam com vocês.
Frank assentiu em forma de agradecimento e virou-se para sair, porém ouviu a voz da feiticeira atrás de si.
- Haverá um dia, Frank, que todo este sofrimento tornará-se nulo. Acredite...
- Este dia nunca chegará, Behwi...
- Não era você que se dizia sempre forte?
- Aquela criança que você conheceu, com a qual cresceu, já não existe há muito tempo. A força física não me adianta muito se a força que me mantinha em pé fora extinta. Adeus!
- Você voltará, Frank...
Sem olhar para trás, Frank retornou para a guerra. Pegou a arma de Gwen e a escondeu. Lutou com bravura e paixão. Em poucas horas, o sol nasceria e ele teria que se abrigar. Matou a quem podia, protegeu seus guerreiros como podia. Quando o primeiro raio se sol apontou no horizonte, correu o máximo que pôde para sua casa. Seus guerreiros sabiam o motivo, entendiam e não o julgariam como um covarde.
Aconteceu em minutos, alguns Vampiros conseguiram escapar e proteger-se, outros morreram em poucos segundos. Estava acabado. Fim. Os Werewolves venceram. Todos comemoravam lá fora, enquanto Frank chorava em sua casa. Por que viveria? Para quem viveria? Havia cumprido sua promessa... Protegeu si mesmo e ao amigo de Gwen dos inimigos, mas ela não havia pedido para proteger-se de si mesmo...
Pegou uma das estacas da arma de sua amada e já a cravejava em seu próprio peito quando a porta abriu-se de imediato. Frank assustou-se e deparou-se com um assustado, Scott...
Gerard segurava a criança chorosa em seu colo. Era um lindo menino. Tão lindo quanto... “OMG!”. Ajeitou-o em um de seus braços e apoiou a cabeça de Lauren no outro. Ficava ainda mais pálida a cada segundo que se passava, ao mesmo tempo em que perdia mais e mais sangue.
- Lauren, meu amor!
- Ge...Gerard! Desculpe-me. Queria ser...mais forte...
- Lauren não... – ela o calou com um dedo.
- Cuide... bem de nosso filho.
- Não fale assim, meu amor. Você vai se salvar... Eu a salvarei! – Os caninos de Gerard, naquele momento, ficaram ainda mais avantajados e suas íris tão brancas quanto a maior parte do globo ocular.
- Eu não quero Gerard.
- Como não? Você quer me deixar? Quer deixar nosso filho sozinho no mundo?
- Ele... não estará sozinho. Brian... tem...você...meu amor. – uma lágrima escorreu de um dos olhos verdes dela. – Eu te amo, Gerard. Amarei para todo o sempre.
Lauren levantou uma de suas delicadas mãos em direção ao rosto do amado, que caíra antes mesmo de tocá-lo.
Gerard soltou um grito de revolta e desespero. O bebê chorava em seu braço, assustado e alheio a tudo que acontecia a sua volta.
O jovem vampiro deitou a criança sobre a grama e abraçou o corpo inerte da mulher a quem amaria para todo o sempre. Chorando, beijou-lhe os lábios já frios.
- Não vá meu amor. Não vá! – alisava o rosto delicado de Lauren, ainda chorando.
Fechou-lhe os olhos e, sem olhar para trás, pegou Brian em seu colo e seguiu seu caminho. Sentia-se o homem mais sozinho e infeliz da face da terra.
Gerard seguia pela mata fechada sem rumo, havia perdido qualquer noção. Viu um vampiro sobrevoar sua cabeça e o seguiu com o olhar. À sua frente, uma cabana pequenina. Seria uma miragem, tal quais se tinha apenas no deserto escaldante? O mesmo vampiro visto minutos antes, saíra da cabana e passou por Gerard mais uma vez.
Gerard olhou para a criança em seus braços. Ele precisava de ajuda. Como cuidaria de seu filho. Caminhou decidido para a cabana e bateu levemente à porta da mesma.
- Estava aguardando você, Gerard...
- Como sabe meu nome?
- Eu sei de coisas que você, nem ao menos, suporia. Vamos! Dê-me a criança.
Gerard estendeu Brian à Behwi. Olhou à sua volta e avistou Michael deitado em uma cama de solteiro. Caminhou, assustado, até o pálido irmão.
- O que aconteceu a ele?
- Foi atacado por um vampiro na guerra.
- Que guerra?
- Pensei que soubesse, Gerard. O clã de vocês estava em guerra...
- Não me disseram nada...
- Michael quis protegê-lo.
- Ele... sobreviverá?
- Claro. Só perdeu sangue, porém já foi reposto. Ingeriu muita quantidade. - Behwi conversava com Gerard enquanto acalmava o choroso Brian durante o banho. Cuidou-lhe delicadamente. - Nunca havia visto um vampiro recém nascido... É engraçado não possuírem cordão umbilical, não?
Gerard a olhava, extremamente confuso. Behwi se aproximou com a criança limpa e coberta com um lençol branco. Os cabelos tão negros quanto os dele e os traços delicados, em uma mistura de Gerard e Lauren. Era uma bela criança.
- Como ele se alimentará?
- Sangue, oras! Espere, acho que eu posso fazer-lhe algo. - Behwi pegou uma de suas luvas de borracha, fez um furo pequenino em um dos dedos e a colocou sobre um grande copo com sangue, tampando-o. - Dê a ele e deixe que ele mame. Tenha paciência...
Gerard sentou-se, enquanto amamentava seu filho e observava o sol nascer no horizonte. Após alimentado, Brian dormiu, e assim como o filho, depois de tantas emoções por um dia, Gerard também adormeceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Londons Sin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.