Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 74
.Chapter Seventy-Four.




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Gwen sentiu uma mão tocar-lhe o ombro. Virou-se, assustada, e deparou com um lobo com um objeto curioso em mãos.
- Calma, Gwendolyn, sou eu: Scott.
- Scott?
- Desculpe se a assustei, Gwendolyn... É que fiz algo para você... - ele disse estendendo o objeto.
Gwendolyn o olhou sem entender.
- O que é isso?
- É uma arma que a ajudará muito na guerra...
- E o que ela faz?
- É uma lançadora de estacas. Veja, aqui em baixo tem um vão, onde vc irá recarregá-la com até cinco estacas por vez. Dentro desta bolsa, preparei milhares delas para você. Tudo o que precisa fazer é mirá-la no coração do vampiro e atirar.
- Muito simples.
- Não. - a voz grossa de Frank os interrompera.
- O que foi, Frank?
- Você não usará isto...
- Por quê?
- É perigoso. Ainda mais quando não se sabe manuseá-la.
- Não é difícil, Frank. E será menos perigoso do que lutar contra eles competindo nossos poderes ou decepando cabeças... 
Concorda?
- Tudo bem, Vampira, no final você sempre acaba fazendo o que quer. - com um profundo suspiro, Frank se afastou e posicionou-se à frente dos guerreiros.

Gerard aproximou-se de Lauren e segurou-lhe a mão.
- O que quer que eu faça?
- Eu... Eu não sei...
- Lauren! Você precisa de ajuda, mas não minha...
- Gerard, não me deixe aqui. Tenho medo.
- Eu a levarei comigo!
- Não dará tempo, meu amor. Ajude-me, por favor?
- Nem você sabe como ajudá-la...
- Siga seus instintos...
Lauren soltou um grito agudo de dor, enquanto apertava fortemente a mão de Gerard. O mesmo não sabia o que fazer. Sabia que não seria capaz de ajudar a amada sozinho, porém também não poderia deixá-la ali sozinha em mata fechada. Teria que fazer o que ela sugerira: seguir seus instintos. Ela gritou mais uma vez.
- Eu... eu não vou agüentar...
- Força, meu amor...
- Eu... - gritou mais uma vez. - Dói muito, Gerard. - Gerard sentia a pressão dos dedos dela. Segurou a grande barriga de Lauren e a empurrava para baixo.
- Então me ajude, meu anjo. Empurre com toda a força que você puder... - Lauren assim o fez, mas a força foi nula. Gerard, pacientemente, disse-lhe: Isso! Muito bem! Agora tente com mais força. - Lauren tentou mais uma vez e, desta vez, conseguiu empurrar a criança um pouco. - Isso! Mais uma vez... Força!
Gerard incentivava Lauren e ela, mesmo fraca e já, inexplicavelmente, perdendo muito sangue, conseguia empurrar a criança cada vez mais. Pouco tempo depois, a cabecinha já apontava e com mais um pouco de força, o casal conseguira trazê-la ao mundo.
Lauren suspirou aliviada ao ouvir o choro de seu bebê. Repousou a cabeça sobre a grama fofa, sentindo-se estranhamente tonta.

Gritos eram ouvidos. Multidões se avançavam. A guerra iniciava.

Vampiros e Werewolves se atacavam ferozmente. Sangue e mais sangue era derramado a todo momento.
Gwendolyn havia se afastado um pouco dos guerreiros, sob os protestos de Frank, enquanto mirava as estacas. Sua mira era altamente eficaz, e seus lances, quase todos, eram certeiros. Frank, de longe, observava-a, preocupado. Na verdade, queria-a ao seu lado durante todo o tempo. Sabia que vampiros não possuíam escrúpulos. Ainda mais quando lutavam contra inimigos.
Um vampiro voou em direção a Frank que, ágil, decepou-lhe a cabeça com um único golpe. O corpo do vampiro caiu ao chão e tornou-se cinza em questão de segundos. Gwendolyn, que assitia a cena de longe, levou a mão aos lábios quando viu Frank ser atacado, e sorriu aliviada quando o viu agir. Um vampiro correu em sua direção. Com seu perfeito poder de reflexo, apenas mirou-lhe o coração e o matou a sangue frio. Porém, nem toda perfeição é tão perfeita assim...
Angelus a puxou pelo braço, surpreendendo-a e a levou consigo, imobilizando sua arma. Frank assistiu a cena ao longe e, decepando cabeças, correu, seguindo o caminho feito pelos dois. Parou abruptamente ao ver que Angelus mantinha sua espada sobre o pescoço de Gwendolyn.
- Mais um passo ou não hesitarei em matá-la...
- Não a soltarei. Fugirei com a minha Dolly e não será você ou qualquer um de seus lobos que me impedirão.
Frank olhou para trás e avistou uma pequena matilha atrás de si.
- Voltem para a guerra. Deixem-no comigo.
- Mas... Capitão...
- Vão! - os lobos saíram velozmente e Frank virou-se para Angelus. - Pedirei pela última vez: Solte-a.
- O que fará?
- Quer ver?
Gwendolyn olhava de um para outro. Na verdade, não temia sua própria vida. Conhecia bem as artimanhas de Angelus e do que ele era capaz. Temia a vida de Frank e o que poderia acontecer-lhe. Gwendolyn sabia que Angelus não a mataria. Sempre a amou e nunca teria coragem de fazê-lo. O que ele queria, na verdade, era que Frank o atacasse para que o matasse, enfim.
O que aconteceu não foi muito diferente: Frank avançou sobre Angelus e jogou Gwendolyn no chão e preparou-se para o contra-ataque. Com um golpe calculado, Angelus tentou acertar Frank, que desviou-se do mesmo. Ambos travaram uma luta entre si, enquanto Gwendoyn se aproximava de sua arma, pouco a pouco.
Frank mordeu o ombro de Angelus e sugava-lhe o sangue vorazmente. O outro vampiro sentia-se encurralado e buscava algo que pudesse tirar o parasita de si. Outro vampiro pulou atrás de Angelus e, assustado, Frank soltou o último e partiu para cima do primeiro. Cair sobre a grama, Angelus fugiu com o restante de forças que possuía.
Ao ver Frank atacando o magro vampiro à sua frente, Gwendolyn se horrorizou. Correu em direção aos dois.
- Frank! Não! Ele é amigo!
Frank afastou a boca ensanguentada do corpo à sua frente e olhou para Gwendolyn. Em seus olhos havia frieza, tal sentimento comum a todos os vampiros.
- Nenhum deles são nossos amigos, Gwendolyn. São nossos inimigos.
- Ele é MEU amigo, Frank. Não o mate... Por mim. Proteja-o.
- O que ele fez para tamanha proteção?
- Michael Way é seu nome. Extremamente procupado e diferenciado de nosso clã. Ele já sofreu muito na mão de minha irmã, Frank. Sempre me senti penalizada pela situação dele. Não seja injusto. Liberte-o e deixe-o viver. Melhor, esconda-o em nossa casa. Longe dos Werewolves...
- Vampira...
- Por mim, Frank!
- Tudo bem.
- Huh! - Frank olhou assustado para Gwendolyn. A vampira mantinha os olhos arregalados para seu peito, atravessado por uma estaca. Atrás dela um vampiro, com a maldade estampada em sua face, segurava sua arma. Sorria vitorioso. Com um movimento único, Frank atira-lhe a própria espada e decepa-lhe a cabeça.
- Vampira! Vampira, meu amor, fale comigo.
Frank retirou-lhe a estaca cuidadosamente. Para sua surpresa não cicatrizou. Olhou para Gwendolyn, bem confuso. Gwendolyn tentava manter os olhos abertos com dificuldade aparente. Com a mesma dificuldade conseguiu dizer-lhe:
- Acertou...meu...coração. Desculpe-me. Eu deveria tê-lo... ouvido.
- Não fale, vampira.
- Frank... Eu... Eu estava... grávida.
Frank petrificou. Lágrimas cada vez mais abundantes escorriam por seu rosto.
- Não fique triste, meu amor. - Frank dizia-lhe com a voz embargada. - Teremos muitos outros...
- Não... Frank... Eu... Eu estou... morrendo.
- Não. Shh! Não fale isso!
- Proteja... o Michael... - Frank desviou o olhar e não respondeu.
- Por... favor...
- Você não morrerá, Gwendolyn. Você não deixará aqui sozinho... - Frank dizia em seu desespero. Seus olhos já estava vermelhos, devido à intensidade de seu pranto. - Eu não conseguiria viver sem você...
- Será preciso... força, Frank. Lembra o... o que... a Yan disse? - Frank tomou-lhe a mão e, depois, beijou-lhe os lábios. Fraca e quase sem vida, Gwendolyn mal correspondeu. - Proteja Michael... Proteja a... si mesmo...
- Protegerei...
- Eu te amo, Frank...
- Também a amo, Vampira... Mais que a eternidade que me espera...
Com um último suspiro, Gwendolyn deixou este mundo e nele, um choroso e infeliz Frank.


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