Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 71
.Chapter Seventy-One.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/11320/chapter/71

Algum tempo depois, Gwendolyn encontrava-se olhando através da janela a madrugada negra. No céu não havia estrelas. A lua estava escondida sob espessas nuvens.
Alisou o ventre, até então reto e chorou. Sentia um aperto no peito. Algo que, inexplicavelmente, a deixava triste. Olhou para Frank dormindo profundamente. Era como uma despedida. Como se nunca mais fosse vê-lo novamente.
- Não. Não poderei contar-lhe. Ele não me deixaria lutar... É melhor eu ficar quieta.
Assim dizendo, voltou-se para sua cama e deitou-se ao lado de seu pequeno vampiro teimoso.

.Na noite seguinte.

- Está pronta?
- Será que desta vez dará certo, Gee? - Lauren fechava a pequena mala. Olhou para Gerard, que sorria, maravilhado ao contemplar seu doce anjo. - Gerard?
Ele pareceu acordar de um sonho e disse, timidamente:
- Desculpe-me... Não ouvi. O que disse?
- Será que desta vez dará certo?
- Claro. O repug... Seu marido está viajando. Nada mais poderá nos impedir de sermos felizes. - Gerard caminhou até Lauren e a abraçou com carinho. Ela riu levemente. - O que foi?
- Aconteceu novamente...
- Ele mexeu?
- Sim. É só você chegar perto... Será um menino muito esperto.
- Igual a mãe.
- Se for tão belo quanto o pai.
- E se for uma bela moça como a mãe?
- Não será. Eu sei que será um menino. Brian...
- Quem?
- Nosso filho. Não gostou do nome?
- Brian Way. Nome forte. Gostei. - Gerard comportava-se como um pai-babão. Lauren adorava vê-lo falar do filho. Era tão adorável o brilho de seus olhos. - Vamos?
- Tem certeza que conseguirá?
- Lauren! Sou um vampiro! Carrego comigo a força de vinte homens!
- Não exagere, Gerard!
- Está bem... Cinco? - ela o repreendeu com o olhar. - Okay... Dois. Ah! Vamos!
Lauren sorriu e se permitiu ser carregada. Além de carregar Lauren em seus braços, Gerard mantinha a pequena maleta junto a si. Sem muita dificuldade, atravessou a janela, voando por Londres até sua casa. Lá chegando, colocou Lauren de pé e, ao virar para se encaminhar para o quarto, avistou Thomas. Assustou com a aparência do amigo, que estava muito pálido e com profundas e roxas olheiras, contrastando com os lábios muito vermelhos.
- Gerard! - Thomas o abraçou, sorridente. - Há muito não nos vemos...
- Tem razão... Você está... diferente.
- Sim. Mudei um pouco.
- Não me diga...
- Sim. Também sou um vampiro agora. Encontrei minha Mia. O único e verdadeiro amor da minha vida. E você, meu amigo, o que me conta?
- Serei pai.
- Mesmo?
- Sim.
- E quem é a mãe? - Gerard apontou para Lauren, que sorria para Thomas de sua forma mais doce e gentil. Ao vê-la grávida, Thomas empalideceu ainda mais e sua expressão tornou-se surpresa e sombria. Puxou Gerard pelo braço e sussurrou-lhe: - O que você fez?
- O-o quê? Por que me pergunta isso, Thomas?
- Você não poderia tê-la engravidado, Gerard!
- M-mas por quê?
- Esta criança não nascerá!
- Como sabe? Por acaso virou vidente?
- Não. Eu passei por esta experiência. Mia era uma vampira e eu um mortal. Ela engravidou e... perdeu nosso bebê. Filho de mortal e vampiro não nasce, Gerard. E... Quando nasce, possuirá algum defeito, algo que o marcará por toda a eternidade.
Gerard levou a mão à cabeça e mumurrou para si mesmo.
- Por todos os Anjos Caídos! O que eu fiz? - olhou de soslaio para Lauren, que o olhava preocupada, e sorriu-lhe, em uma forma de acalmá-la. Ela sorriu-lhe de volta e distraiu-se olhando para a janela, enquanto alisava a barriga.
- Acalme-se, Gerard. Pelo menos esteja preparado para consolá-la, ela precisará de seu apoio. - Thomas segurava-o firmemente pelos ombros.
- O que fazia aqui, Thomas?
- Estou aguardando Michael.
- Mikey? - Thomas assentiu. - Para quê?
- Uma longa história. Espero sobreviver para contar-lhe. Ouça! Ele já vem. Foi bom vê-lo, Gerard. Seja forte!
Naquele momento, Michael apontou na escada com Rebecca à tira-colo. Ela o abraçava com carinho. Parecia que queria mantê-lo ali, junto a si. Com dificuldade aparente, Michael se afastou e a beijou longamente antes de se transformar em um morcego e voar com Thomas, já também na mesma forma, pela janela.
- Lauren! - Rebecca desceu as escadas correndo, ao ver a amiga. - Mas que barriga linda!
Gerard sentiu-se aliviado por Rebecca aparecer naquele momento. Ele precisava, realmente, de um tempo para colocar suas idéias em ordem antes da fuga. Sentou-se antiga poltrona de Donald, enquanto Lauren e Rebecca conversavam felizes sobre a criança que, provavelmente, nem nasceria. Uma angústia tomava-lhe o coração e em seus olhos, lágrimas comprimidas. O filho que tanto já amava, não poderia ter este triste destino... Não. Ele não o permitiria... Mas, como o faria?

Era uma noite fria. Fria e calma. Calma até demais.
Frank fechou seus olhos a fim de concentrar-se. Gwendolyn, que não saiu de seu lado momento algum, apertou-lhe sutilmente a mão. Frank abriu os olhos e deparou com a Vampira que tanto amava e tanto temia a vida.
Era loucura o que a permitiu fazer. Seu coração permanecia apertado, prevendo algo de muito ruim.
- Ainda está em tempo, Vampira. Volte para casa e me espere, sim?
- Não.
- Vampira...
- Frank, isto só esta ocorrendo por minha culpa. Portanto eu tenho o direito e o dever de participar desta guerra tanto quanto você.
- Tenho medo...
- O que teme?
- Não sei. Algo me diz que eu não devia deixá-la participar desta loucura.
- Besteira! Eu participarei.
- Vampira...
- Não insista! Ouça! Lá vem eles...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Londons Sin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.