Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 70
.Chapter Seventy.




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Lírios brancos por toda a igreja, enfeitando-a lindamente. Convidados, ansiosos, olhavam a cada momento em direção à porta da mesma. Ryan, impecavelmente vestido, aguardava por Lauren, ainda mais ansioso que qualquer pessoa presente ali. Não tirava os olhos da porta fechada da igreja.
De repente, a mesma se abre. Lauren aparece com um longo e elegante vestido branco. Seu rosto era coberto por um véu que caía-lhe do arranjo nos cabelos. Ao vê-la, Ryan sorriu. Não saberia dizer se ela fizera o mesmo, pois, como já narrado antes, seu rosto estava escondido sob aquele pano. Ela parou a seu lado. Ele tomou-lhe a mão e a beijou com respeito. Em seguida, fora iniciada a cerimônia. Como o casamento fora mais reservado, não houvera festa. O casal seguira para a casa do noivo, logo após a cerimônia.
Noite de núpcias. Lauren vestiu-se de sua camisola, puramente branca. E deitou-se à cama, ao lado do marido. Ele a analisou por um longo tempo. Em seu rosto, vestígios de choro eram evidentes.
- Não farei nada que não queria...
- Então não me toque. Deixe-me dormir.
Assim dizendo, virou-se de lado, com as costas para ele. Chorava em silêncio. Era apenas a primeira de muitas noites que teria de passar com seu marido.
Ryan, olhava-a bestificado. Esperara tanto por sua noite de núpcias e o que ocorrera? "Lauren, Lauren, minha doce Lauren. 
Ainda conquistarei esta pedra de gelo que ficou no lugar de seu coração.", pensava enquanto se aproximava e depositava-lhe um beijo em sua bochecha.

.Oito meses depois.

A barriga crescia cada vez mais a cada dia. Lauren alisava-a com carinho. Seria menino ou menina? Algo dizia que seria um menino... Se fosse, já até tinha um nome em mente.
Ryan mal falava com ela. Vivia em viagens e se passava um dia ou dois em casa no período de um mês era muito. Enquanto isso, Lauren permanecia encontrando-se escondido com Gerard.
O filho era dele, óbvio. Já que Ryan não havia tocado nela desde o casamento. Ao descobrir sua gravidez, mudou-se para sua casa de campo. Não queria passar pela humilhação de conviver com sua esposa infiel. Enquanto isso, Gerard e Lauren tramavam sua fuga.
Lauren já tinha economizado dinheiro suficiente para manter sua mãe por um bom tempo. Se bem que ela não precisaria...
- Como vão os amores de minha vida? - disse o vampiro, ao adentrar-lhe o quarto.
- Melhor agora ao vê-lo... - a abraçaram e beijaram-se longamente.

Georgia tricotava em sua poltrona um sapatinho branco para o futuro neto. Donald apareceu de repente, assustando-a.
- Que mania de aparecer assim!
Donald sorriu de canto dos lábios. Desde que soube que tornara-se um vampiro, sentira-se maravilhado. Era triste saber que, com a idade, não poderia viver o tempo que desejava. Depois, saber que seria imortal e que havia ganhado alguns poderes extras, não pareceu para ele de todo mal. Michael ficara surpreso com a concordância tão positiva do pai, afinal, nem para ele, muito menos para Gerard, pareceu algo bom de início e nem em seus atuais dias.
- É a saudade... - por mais cética que Georgia fora, Donald conseguira convencê-la do que havia se tornado, porém não a havia convencido, ainda, a fazer-lhe companhia para a eternidade.
Donna? Bem, ela não aceitou muito bem o fato de ser trocada por outra mulher. Mas, ela sabia no fundo que, mais cedo ou mais tarde, perderia Donald. Ela tinha consciência de que nunca fora amada verdadeiramente por seu marido.
Com a morte de Oscar, não havia mais nenhum impedimento para que o casal, enfim, fossem felizes juntos. Não era segredo para ninguém o quanto se amavam.
Donald enlaçou a amada em seus braços. Era bom senti-la ali. Lugar que nunca devia tê-la deixado escapar um dia...

- Então será amanhã?
- Sim...
- Mikey, por favor, não vá!
- Eu preciso ir, Becca...
- E se... - ela não havia conseguido terminar a frase.
- Eu voltarei. Eu prometo!
- Não me prometa algo que não está a seu alcance, Michael... - repreendeu-o com o olhar.
- Desculpe... - ele disse, abaixando a cabeça. - Apenas tentei acalmá-la.
- Não conseguirá. Por mais esforços que faça. Só me acalmarei se permanecer aqui comigo...
Michael beijou-lhe a testa.
- Isto também não está a meu alcance. Eles precisam de mim...
- Para quê guerrear? Que graça tem tirar a vida de alguém?
- Também não gosto disto... Mas será preciso...
- Você realmente "precisa" matar?
- Não necessariamente. Preciso me defender e me fazer presente...
- Fazer-se presente?
- Sim.
- Explique-se.
- Estar com eles no momento. Não necessariamente matando a alguém. Apenas pelo fato de eu estar ali...
- Michael, e se os inimigos o atacarem?
- Terei cuidado. Isto eu posso prometer?
- Pode. - Rebecca riu. - Amo você!
- Também a amo.
- Não quero perdê-lo...
- Não me perderá, meu amor... - beijou-lhe a testa novamente. - Não me perderá...

- Amanhã...
Gwendolyn brincava com a ponta dos dedos sobre o peito de Frank.
- Nem me lembre...
- Por quê? Seus homens estão muito bem treinados, Frank...
- Não é com eles que me preocupo...
Gwendolyn levantou-se repentinamente.
- Se é uma insinuação para me fazer desistir de lutar, pode desistir desta tentativa...
- Vampira...
- Cansei de seus discursos, Frank. Já os sei de cor. Ainda mantenho a minha opinião.
- Terei de trancá-la em casa?
- Arranjarei uma forma de sair.
- Gwendolyn! - Gwen olhou-o. Ele nunca a chamava pelo nome. - Por que tem de ser tão teimosa?
- O teimoso é você que não compreende. Será que não me conhece o suficiente para saber que não mudo minha opinião?
Frank a olhou com uma expressão cansada e vencida. Com Gwendolyn, não possuía mais argumentos. Era uma pessoa difícil de vencer alguma discussão.
- Venha... - bateu a mão a seu lado na cama.
- Não.
- Por quê?
- Porque não quero.
- Duvido...
- O quê? - perguntou, dispersa.
- Que não queira...
- Pois duvide...
Frank levantou-se também e caminhou até ela. Segurou-a pela cintura e brincava com seu pescoço.
- Vampira...
- Sai Frank!
- Não. Porque... - mordiscou-lhe o lóbulo da orelha. - ...eu não quero.
Virou-a em um único movimento e capturou seus lábios para um beijo selvagem.


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