Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 61
.Chapter Sixty-One.




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Após Olsen descer novamente, devidamente vestido, o mesmo encaminhou Ryan até o seleiro de sua residência a fim de selarem dois cavalos. Ryan o olhou de soslaio.
- Eu não irei.
- Oh sim, Conde! Por mais especulações que eu tenha ouvido de sua adorável noiva rebelde, eu nunca tive o prazer de vê-la. Portanto, não a reconheceria...
- Mas o que dirão se me verem com o senhor?
- Esqueceu-se de que sou um detetive. Meu trabalho é agir com a máxima discrição.
- E... Por onde começaremos a procura?
- Pela floresta.
- Mas... Já escureceu!
- E...?
- Ouve-se falar de muitas criaturas noturnas que habitam a floresta...
- O senhor acredita mesmo em mitos populares?
- Não... - o Conde limpou a garganta. - Claro que não!
- Então não há nada que nos impeça de buscá-la. Certamente adentraram a floresta. Monte em seu cavalo e vamos logo. Antes que eles encontrem algum esconderijo e fujam de nosso alcance.
O conde anuiu e montou em seu cavalo.

Georgia andava de um lado a outro no quarto da filha. Oscar havia ido à outra reunião do antigo parlamento. "Ainda bem!", Georgia pensava, "Se ele tivesse em casa, procurasse pela filha e não a encontrasse, sabe-se lá qual seria sua atitude. Oh Lauren! Por que fez isso? O casamento será daqui a dois dias.".
O vestido de noiva, que havia chegado naquela manhã, encontrava-se jogado sobre a cama. Intocado. Georgia levou as mãos ao rosto e suspirou. Em seguida, caminhou até a janela e olhou para o céu estrelado.
- Que Deus a proteja, minha filha. Que Ele faça o que é certo...

Gerard sentia-se inquieto. Havia atendido ao pedido da amada, mas, se seu sexto sentido estivesse certo, aconteceria o pior. Ela repousava a cabeça em seu peito enquanto observava o céu, maravilhada.
- Que bela noite! Não acha, Gee?
- Não.
- Como não?
Gerard olhou-a e sentiu-se comovido. Sentia vontade de dizer o que angustiava o coração e arrastá-la para dentro da gruta, mas com apenas um olhar ela conseguia desarmá-lo.
- Nada consegue ser mais belo que você, meu anjo.
- Oh Gerard! - deu-lhe um tapinha inofensivo no ombro. - Imagine! - Retomou a posição em que estava e, com um suspiro, disse-lhe: - Só de pensar que eu me casaria em dois dias...
- E com outro... - Gerard disse entre os dentes.
- Oh Gee, eu não tive culpa! - Virou-se novamente para ele.
- Eu sei, meu amor. Eu sei... Não sinto raiva de você! E sim de seu pai!
- Também sinto raiva de meu pai. Ultimamente ele tem andado muito estranho. Sai todas as noites e volta apenas durante a manhã. Diz que vai à reuniões do antigo parlamento, mas não consigo acreditar...
- Com certeza ele mente, meu anjo. Meu pai faz parte do grupo do antigo parlamento. E... Bem, ele não tem saído para as tais reuniões. Portanto, são inexistentes...
- Então... Para onde meu pai vai todas as noites?

Oscar bebeu mais um gole do vinho contido em sua taça. Olhou para a figura majoritária à sua frente.
- Bom, já que acertamos o que deve ser feito, creio que devo ir agora. Prometo fazer valer sua confiança em mim. Com licença!
Com uma mesura, se retirou do local rapidamente.

Rebecca repousava sua mão sobre o peito de Michael, que envolvia a mesma com a sua, maior e mais grosseira.
- Becca...
- Hum...?
- Tenho algo a propor-lhe...
Ela se ajeitou na cama e apoio o queixo sobre o peito dele, tornando seus rostos bem próximos.
- Diga.
- Se tudo der certo... Se... Se nada de ruim me acontecer e... Se você acreditar em mim... - Michael ficou mudo por alguns momentos. As palavras morreram em sua garganta e a coragem, que demorou a adquirir, se esvaiu.
- Se eu acreditar em você...? - Rebecca tentava instigá-lo. No fundo, ela sabia que já acreditava nele. Mesmo com todas as evidências, seu coração dizia-lhe que não era Michael. Que não poderia ser ele. Levou a mão delicada até o rosto dele e o tocou levemente. - Mikey?
- Casaria-se comigo, Becca?
- Ca-casar?
- Sim, casar...
- Mikey... - Rebecca levantou-se e andou pelo quarto. - Acho que está levando as coisas à sério demais.
- Não estou levando as coisas à sério. Estou levando você à sério. Eu a amo, Becca. E a única coisa que temo, a única coisa que torna meus dias agonizantes, é o fato de apenas imaginar que posso não vê-la mais...
- Mikey, sobre o quê está falando?
- Nada... Ou melhor, falo em casamento.
- Michael... - Rebecca olhava-o, séria. Ela sabia que ele esquivava-se do assunto. Por isso, não permitiria. - Explique-se. Por que não me veria mais? O que está acontecendo?
- Não posso contar agora, Rebecca... Na hora certa, você saberá.
Rebecca sentiu um frio percorrer-lhe a espinha. Como se algo ou alguém a avisasse de algum perigo.
- Não faça isso comigo, Michael. - Rebecca voltou para a cama e deitou-se sobre ele, tomando-lhe o rosto entre as mãos. - Por favor, diga-me o que está havendo... Por favor...
Michael a encarou por longos segundos.
- Eu posso morrer, Rebecca.
- Michael, todos nós estamos propensos a morrer. Por mais imortais que sejamos, temos pontos fracos. A luz solar é um bom exemplo disto e...
- Lutarei em uma guerra Rebecca...
Ela parou de falar abruptamente e o olhava com os olhos levemente arregalados.

Frank abriu os olhos lentamente e sorriu ao ver Gwendolyn ao seu lado, olhando-o.
- Oi.
- Como se sente?
Ele sentou-se rapidamente e sentiu sua cabeça latejar. Levou as mãos até a mesma e praguejou.
- Merda! Como dói!
- Sabia que se sentiria assim. Fui até a floresta e peguei algumas ervas medicinais ótimas para o que sente. Aprendi com minha avó. Meu avô também bebia demais e era a única coisa que o curava da ressaca no dia seguinte...
- Eu não bebo demais...
- Não discutirei, Frank. Agora beba tudo.
- É sério... Foi apenas hoje... - ele tentava soar convincente.
- Frank... Beba o remédio.
Gwen levantou-se e deixou Frank sozinho, olhando para aquele líquido mal-cheiroso.
- Ótimo! Agora ela pensa que sou um bebum...
- Em vez de preocupar com o que penso, poderia me explicar o motivo de ter chegado daquele modo?
Frank bebeu todo conteúdo do copo e olhou para Gwen com uma pequena careta. Ela riu e sentou-se novamente ao lado dele.
- Estou ansioso com esta guerra e...
- E...
- É tudo. - mentiu.
- Mas isto não é motivo para beber. Vejo que seus homens dão o melhor de si para este confronto e tudo dará certo.
- Não sei, Vampira. No fundo, eu não sei...
- Quando ocorrerá?
- Ainda não se sabe.
- Yan não disse?
- Não. Apenas disse que será próximo. Este suspense todo está me matando. Tudo isso me deixa tenso demais...
- Oh, pequenino, venha aqui. - ele olhou-a com meio sorriso e se aproximou dela, que se ajeitou à suas costas.
Lentamente, ela apertava-lhe os ombros e pescoço com os dedos em leves pressões. Frank não sabia explicar ao certo o motivo, mas aquilo o acalmava.
- Isto é bom...
- E agora? Como se sente? - ela sentou-se novamente à sua frente.
- Bem melhor... - Frank encarava-lhe os olhos verde-musgo. - Tudo fora um sonho ou fizemos amor?
Gwendolyn ficou séria e tentou disfarçar.
- Já que sente-se melhor. Tente dormir... - disse enquanto levantava-se.
- Antes... - segurou-a pelo braço. - Responda-me.
Ela desviou o olhar por alguns segundos. Depois, retornou ao olhar dele.
- Aconteceu.
Ele levou a mão aos próprio cabelos e deixou-se cair nos travesseiros.
- Desculpe-me... Não cumpri o trato...
- Já se desculpou ontem... Está tudo bem...
Frank a olhou, desconfiado...
- Certeza?
- Sim. - ela sorria-lhe. - Hum... Frank...
- Sim...?
- Posso pedir-lhe algo?

Ryan e Olsen galopavam a toda velocidade pela floresta até Olsen parar, repentinamente. Ryan, assustado, fez o mesmo.
- O que houve?
- Veja! - Olsen apontava à sua frente - É ela?
Ryan olhou em direção ao dedo dele e avistou Lauren deixada sobre o peito de Gerard.


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