Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 41
.Chapter Forty-One.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/11320/chapter/41

Georgia cochilava no sofá, enquanto Lauren se mantinha acordada.
- Mamãe... - Lauren a chamou de uma forma doce. - Mamãe, vá se deitar na cama.
Geogia abriu os olhos lentamente. Sentou-se, alarmada e olhou para Lauren, em seguida.
- Ele ainda não apareceu?
Lauren forçou um sorriso.
- Ainda não... Mas aparecerá, mamãe. Eu sei que vai...
- Lauren, ele não virá.
A jovem lançou-lhe um olhar triste, porém ainda sorria, em uma vã tentativa de enganar a mãe.
- Eu... sei que ele virá, mamãe.
- Lauren, já são três da manhã. Não são horas de um cavalheiro comparecer a uma casa de família. Vá para seu quarto, durma, descanse e espere-o amanhã.
- Mas... mamãe...
- Lauren, ouça-me. Deve ter ocorrido algo a ele, certamente. Amanhã ele contará o que houve. Não adiantará nada se você passar a noite inteira na sala aguandando-o... Hoje ele não virá.
Vencida pelo cansaço e triste pela situação, Lauren subiu as escadas abraçada à mãe, que a acompanhou até o quarto, ajudou-a a desfazer o penteado e a trocar-se. Ao terminarem, Lauren abraçou a mãe:
- Mamãe... Fique aqui comigo? Não me deixe sozinha...
- Claro, meu amor. - Georgia alisava-lhe os cabelos negros e lisos. - Ficarei aqui com você.
E assim Georgia o fez até que Lauren caísse em sono profundo, o que não demorou muito. Em seguida fora para seu quarto, onde constatou que Oscar também não havia chegado... Onde ele estaria até aquela hora?

- G-grávida?
- Sim, Thomas. Fizemos amor mais de uma vez e... uma vampira engravidar-se de um mortal não é a coisa mais natural do mundo, mas aconteceu.
- Eu entenderia, Mia. Seria capaz de me casar com você...
Mia sorriu por entre as lágrimas.
- Eu sei disto. Mas como poderíamos nos casar? Se eu não posso nem me aproximar de um crucifixo quanto mais de uma igreja...
- Como não? - Thomas apalpou seu pescoço em busca da correntinha recebida no seminário, porém não a achou. - Ah sim... Mas poderia ter me dito a verdade...
- Eu tinha medo, Thomas...
- Medo?
- Sim... Medo de você me rejeitar por ser o que sou.
- Jamais faria isso! - ele a tocou no rosto levemente.
- Tem certeza? Nem o fato de saber que me alimento de sangue humano? Que acabo com muitas vidas para saciar-me?
- Não me afeta saber disto, Mia. O que me afeta é o fato de saber que mentira para mim... - Ela abaixou a cabeça. Sentia-se constrangida. - O que houve com a criança?
- Eu... a perdi no quarto mês de gestação. Os Anjos Negros não permitem que uma criatura tão anormal nasça, Thomas...
- Anormal?
- Imagina o que seria o filho de um mortal com uma vampira!
- Eu o amaria da mesma forma...
- Eu também... - Mia suspirou. Olhando fixamente para o rosto bonito do amado: - Thom...
Ele sentiu sua respiração falhar. Há anos não era chamado daquela forma. Levantou o olhar para o dela.
- Me perdoa, Thom?
- Mia...
- Por favor, Thom... Eu... Eu sei que errei e que... Olha, eu não sou muito boa nisto, então facilite a situação...
- Sempre doce e delicada... - ele ironizou sorrindo. Tomou-lhe o rosto entre as mãos e a beijou docemente. - Claro que a perdôo. Eu te amo, sua louca.
- Também te amo, Thom. - disse-lhe com lábios colados. - Por mais estranho que seja o meu jeito de amar, eu sempre te amei...
Thomas sorriu e a puxou para mais perto, colando seus corpos.
- Prove-me.
Mia sorriu-lhe de modo travesso e começou a desabotoar-lhe a camisa.
- Sim, senhor...

O primeiro raio de sol adentrou por uma fresta em uma das janelas velhas e gastas da casa de Raymond. Frank desviou-se de um que quase o atingiu. Havia perdido a conta de quanto tempo havia ficado ali pensando. Tanto tempo pareceu-lhe pouco. Ele, que chegara tão determinado, naquele momento sentia-se confuso. Extremamente confuso. Adentrou o quarto onde ela se encontrava e a encontrou encolhida sobre a cama, com o corbertor, ainda, sobre o corpo.
Aproximou-se cautelosamente, afinal poderia se tratar de uma armação. Mas, após chegar perto o suficiente para vê-la melhor, pôde verificar que ela, realmente, dormia. Foi até o armário, apanhou mais um cobertor e o prendeu na janela, por trás das cortinas. Por mais ódio que sentisse por ela, se é que ainda o sentia, não queria que o sol a ferisse novamente. Ele sabia na pele, literalmente, como era sentir aquela dor.
Andou novamente até a cama, tocou-lhe o braço e ela mexeu-se na cama. Com o movimento, ele percebeu que ela não havia recolocado o vestido, já que seus seios ficaram à mostra. Teve que prender a respiração e contar até dez para que aquela vontade de tomá-la para si se esvaísse. Um fogo o invadiu e o fazia sentir um imenso calor. Abriu alguns botões da camisa e sentou-se ao lado dela. Sua respiração era lenta e compassada: dormia profundamente. Ali, com a fraca luz das velas que iluminavam o quarto, ela era ainda mais linda. E... Aquela visão de seus seios era ainda mais tentadora.
Levou as mãos ao cobertor e, involuntariamente, tocou-lhe em um dos seios. Um calafrio subiu-lhe pela espinha. Levantou-se e despiu-se, deitando ao lado dela na cama e puxando-a pela cintura, colando os corpos. Tentou concentrar-se e manter os pensamentos insanos fora de sua mente, mas não foi capaz. Mordiscou-lhe o lóbulo da orelha e disse-lhe ao ouvido:
- Vamos, Vampira... Deixe para dormir depois...

Gerard acordou sentindo-se estranho. Não se lembrava de muita coisa do que houve na noite anterior... Apenas que havia conhecido uma mulher e... Por todos os Santos! Lauren! O que ele havia feito? Levantou-se abruptamente, sentiu uma leve tonteira e sua visão falhar. Fechou os olhos e esperou voltar ao normal. Jamais havia sentido-se daquela forma. Com os olhos fechados ouvira algo estranho... Parecia um andar, mas muito longe. Procurou pelo quarto e não vira nada demais. Em um canto da parede, o som fazia-se mais presente. Foi aproximando o rosto do local de onde vinha o barulho até chegar bem próximo ao chão.
Olhou para o local e avistou uma pequena formiga, carregando uma pequena migalha de pão. Mas, era tão minúscula que, habitualmente não a veria, muito menos a ouviria. Estranho... Muito estranho.
Seu quarto estava muito escuro, também, mais escuro que habitualmente. Alguém havia mexido em suas cortinas. Por quê? Caminhou em direção à janela e abriu uma fresta da cortina. Um raio solar invadiu o pequeno espaço e tocou, decidido, sua mão, arrancando-lhe um grito ensurdecedor. Desesperado, olhou para a própria mão ensanguentada e gravemente ferida.
- Mas o que diabos está acontecendo comigo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Londons Sin" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.