Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 40
.Chapter Forty.




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Frank levantou-se, pegou um cobertor e jogou-o sobre o corpo de Gwendolyn e sentou-se novamente a seu lado, encarando-a.
- Obrigada. - ela o olhou, surpresa com o ato gentil.
- Não me agradeça. Conte-me sua versão da história.
- Está mesmo disposto a ouvir? - debochou.
Frank apenas lançou-lhe um olhar ameaçador. Gwendolyn, então, suspirou e contou-lhe a verdadeira versão da história. Algum tempo depois...
- É a verdade?
- Juro pelos Anjos Negros que sim!
Frank a olhou nos olhos. Mais uma vez, se via tentado a confiar nela. Mas... Não poderia tomar uma decisão precipitada. Não. Depois de tanto esforço e tanto tempo planejando o dia em que poderia se vingar de Gwendolyn Moore, ela não poderia desarmá-lo apenas com aqueles olhos. Levantou-se novamente e começou a se vestir.
- Você vai embora?
- Preciso... pensar...
Após se vestir, Frank se virou e caminhou em direção à porta. Porém, foi impedido pela voz doce e macia de Gwendolyn:
- O que fará comigo, Frank?
- Não sei... Ainda não sei... - respondeu sem olhar para trás e saiu, em seguida.

Michael andava pelo jardim, ainda à procura do irmão. Gwendolyn havia sumido também... Teria desistido da procura?
Parou em frente à capela e sentiu uma forte vibração vinda dali. Alguma coisa estava errada. Ao adentrar a mesma, petrificou ao ver Belle beijando Gerard nos lábios, enquanto dizia-lhe:
- Bem-vindo ao meu mundo, Gerard!
Ela percebeu a presença de Michael e, assustada, virou-se em direção à ele. Assim, desligou-se a conexão que mantinha Gerard em transe e o mesmo caiu com toda a força ao chão, desacordado.
- O que você fez? - Michael estava furioso.
- Não se meta em meus assuntos, Mikey...
- Belle, não me provoque... - olhou de relance para o corpo do irmão, ainda jogado ao chão. - Sabe qual será a reação da Mia ao saber disto?
- Não me importo com Mia Moore. Os poderes dela não me intimidam.
- Deveriam intimidá-la. - Michael invadiu a capela e caminhou, decidido, até Gerard.
- O que pensa estar fazendo?
- Ele é MEU irmão. Não me pergunte o que farei com ele.
- Agora ele me pertence... Bebeu do meu sangue, Mikey... - riu sadicamente.
- Ele só pertence a si mesmo. - jogou o irmão em seu ombro e já saía, quando, utilizando apenas um movimento de sua mão, Belle fechou a porta da capela e disse-lhe em tom de ameaça:
- Se eu fosse você não daria mais nem um passo...
- O que fará comigo? - Michael arqueou uma de suas sobrancelhas e a encarou, cínico.
- Ouse e verá... - Michael a olhou fixamente por alguns segundos. Belle sentia-se estranha. Ao olhar ao redor, pôde perceber que flutuava. - Mas... o que...?
Em seguida, fora atirada à imagem de um dos Demônios, ficando pendurada pelos cabelos. Michael sorriu, debochado, e saiu, em seguida.
- Mikey! Mikey! Volte aqui agora mesmo! Ah! Que ódio! Você ainda me pagará caro, Mikey! Me ouviu? Muito caro...
Michael voou para casa o mais rápido que pôde. Precisava cuidar do irmão. Precisava protegê-lo. Sentia-se mal... Seu estômago revirava-se... Tudo ocorrera por sua culpa. SUA culpa!

Thomas não havia ido embora. Estava confuso demais. Triste demais. Precisava de mais respostas...
Subira até o andar superior e procurou por Mia quarto por quarto, até que a encontrou sentada em uma cama, com o rosto coberto pelas mãos. Ele entrou, fechando a porta atrás de si.
Mia levantou o rosto e o olhou para Thomas. Seu rosto estava muito vermelho e inchado de chorar.
- O que ainda faz aqui?
- Preciso saber... Por que, Mia?
Os olhos dela se encheram de lágrimas novamente.
- Você não entenderia, Thomas... - ela abaixou a cabeça.
- Deixe-me entendê-la... - sentou-se ao seu lado e levantou-lhe o rosto com o indicador.
Com um soluço, ela o abraçou.
- Oh meu amor! Você não sabe como tem sido a minha vida nos últimos anos...
- A minha também não tem sido fácil. - respondeu de forma fria, afastando-a. - Agora diga-me... Por que fez aquilo comigo? Por que fez aquilo conosco?
- Eu... Não podia ficar com você, Thomas. Sou uma criatura... diferente.
- Vampira...
- Sim. Tenho raiva de mim mesma. Odeio a minha vida e a sorte que não tive...
- Este não era motivo para me abandonar e me enganar...
- Por favor, Thomas... Não me pergunte mais nada...
Tentou se levantar, mas ele a impediu, segurando-a pelos ombros. Ela sabia que seria capaz de sair dali a qualquer momento, mas manteve-se de frente à ele.
- Diga-me de uma vez, Mia. Chega de mentiras...
Mia respirou fundo e encarou os olhos verdes de Thomas.
- Eu... te deixei... porque... - abaixou a cabeça, adquirindo a coragem que lhe faltava. - Eu estava grávida, Thomas...

Michael entrou com Gerard no quarto do mesmo. Com cuidado, o deitou sobre a cama e o observava. Ele parecia-lhe fraco... Precisava se alimentar. Desceu e, como sempre fazia para Rebecca, retirou sangue fresco de um dos animais que mantinha em cativeiro no porão de sua casa e levou para o quarto de Gerard, onde, ajudando-o, o fez tomar todo o conteúdo da cuia, mesmo desacordado.
Em pouco tempo, Gerard recuperava um pouco de sua cor, mas não a habitual. Esta, ele não recuperaria mais. Observou-o por mais alguns instantes e saiu do quarto dele em seguida. Precisava ver Rebecca.
Tirou a chave do quarto da correntinha que a prendia em seu peito e abriu a porta. Ela assustou com a visita inesperada, afinal, ele já tinha levado seu alimento naquela noite. O que mais ele queria ali?
Ao vê-la, ele sorriu.
- Boa noite.
- Estava melhor até agora... - voltou-se para alguns papéis. Michael olhou para ela, visivelmente irritado. Caminhou até a escrivaninha e a levantou pelo braço, não muito sutil.
- Mas... o quê...?
A interrompeu com um beijo possessivo. Michael a prendia com firmeza em seus braços, enquanto ela se debatia e virava o rosto contínuas vezes. Porém, com um gemido de derrota, entreabriu os lábios, recebendo a lingua voraz dele em sua boca. As mãos dele percorria o corpo feminino em toques ansiosos e apaixonados. De repente, ele parou e encarou seu olhar, foi então que percebeu uma lágrima solitária escorrer do olho muito azul pelo rosto pálido dela. Limpou-a, carinhosamente.
- Vá embora, Michael, por favor...
- Becca...
- Por favor, Michael...
Ele a olhou por alguns instantes.
- Quando me ouvirá, Becca?
- Nunca. - livrou-se das mãos dele e sentou-se novamente em frente à pilha de papéis. Ele levou a mãos aos cabelos e saiu do quarto, batendo a porta atrás de si. Ela não teria percebido, ou ele não havia trancado a porta?


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