Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 39
.Chapter Thirty-Nine




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Frank abriu a porta do quarto onde Gwendolyn se encontrava. Ficou ali por alguns instantes admirando-a dormindo. Tão linda... tão indefesa. Tão diferente do que realmente era.
Aproximou-se e colocou a garrafa sob nariz dela. Lentamente, ela abriu as pálpebras. Ao ver Frank, sua expressão era pura surpresa. De repente, sorriu:
- Frank! - depois, séria: - Estou... morta?
- Não. Está viva... assim como, aparentemente, também estou.
Ela se jogou em seu pescoço.
- Oh Frank! Está vivo! Como é maravilhoso!
- Você, realmente acredita nisto, vampira?
Gwen piscou duas vezes.
- O-o que disse?
- Está na hora de sua máscara cair, Gwendolyn Moore. Precisamos conversar...
Gwen o olhava ainda mais incrédula.

Belle estava sentada em um canto qualquer da pequena capela, enquanto observava Gerard, ainda imóvel, no chão. Sua enegias haviam se esgotado e ele havia perdido grande quantidade de sangue.
Belle sabia perfeitamente que aquele lugar era impróprio para o que acabara de fazer, mas ela nao pôde resistir à tentação. Era, no mínimo, estranho uma mansão vampírica possuir uma capela, não? Mas esta, existente na mansão Moore, não era uma convencional. Ao invés de Santos e Anjos Celestes que a decorava eram Anjos Caídos e Demônios. No altar, a própria Besta ao invés de Jesus Cristo e sua Cruz. Por mais estranho que pareça, aquela também era uma casa de oração e seu ato fora imprudente.
Aproximou-se lentamente de Gerard, sentindo os olhares de todas aquelas imagens em sua direção. Alisou-lhe o rosto palidamente cadavérico.
- Pequeno Gerard, acorde!
Com o olhar vago, Gerard a encarou. Estava hipnotizado. Belle disse-lhe:
- Venha Gerard, beije-me. - ela cortou a própria língua com os caninos afiados, criando uma poça de sangue em sua boca.
Gerard a obedeceu. Com o beijo, acabou ingerindo o sangue dela. Ela interrompeu a carícia e, segundos depois, Gerard se contorcia ao chão, enquanto os órgãos de seu corpo morriam temporariamente, causando-lhe uma dor insuportável. Ems eguida, ele se tornou quieto. Muito quieto.
- Gerard...? - Ao ouvir seu nome, Gerard sentou-se, ainda em transe. Belle beijou-lhe levemente os lábios. - Bem-vindo ao meu mundo, Gerard!

Michael adentrou o quarto e sentou-se ao lado de Mia.
- Mia?
Ela o ignorou. Permanecia com o rosto coberto pelas mãos, imóvel.
- Mia? - Michael insistia. Sentia-se preocupado.
- Deixe-me sozinha, Michael. - a voz dela soou estranhamente fanha.
- Tem certeza?
Ela apenas assentiu. Michael, então saiu. Sua preocupação ainda não havia passado. Porém outra pessoa o precupava mais: Gerard. Onde estaria metido? O que teria acontecido a ele? Sentia-se culpado. Se não fosse por ele, Michael, nada daquilo teria acontecido.
Desesperado, continuou à procura do irmão.

- Frank...
- Não, Gwendolyn, você me escutará primeiro...
Ela se ajeitou na cama e o olhava, atenta.
- Fale...
- Primeiro me responda: por que me enganou?
- Não podemos sair por aí dizendo para todos: "Oi! Como vai? Sou vampira e você?", no mínimo nos tomariam como loucos.
- Pelo menos seria a verdade...
- Frank, escuta... - ela tentava buscar as palavras certas, mas não foi capaz. - Não tem lógica nisto!
- Para você não, Gwendolyn... Você foi fria... extremamente calculista. Enganou-me. Depois, me transformou nesta criatura asquerosa...
- Frank, eu...
- Não quero mais ouvir suas mentiras, Moore!
Ela o olhava visivelmente irada.
- Eu não tenho culpa se você é tão orgulhoso a ponto de não ouvir a verdade...
- Eu estava disposto a ouvir a verdade quando eu confiava em você. Você me obrigou a isso, Gwendolyn. Após acabar com minha vida, fugiu. Nem ao menos deixou pistas... Por um lado, toda esta situação fora boa... Fez-me amadurecer, conhecendo o pior lado das pessoas... Se é que posso me referir a você deste modo...
Gwen o olhava bestificada. Não conseguia acreditar no que ouvia. Depois de tudo que fizera para trazê-lo de volta à vida e sofrer por julgá-lo morto, ser tratada daquele modo era o fim. Fez menção em dizer-lhe algo, mas ele a interrompeu.
- Há um mês você me ofereceu algo que não fora capaz de me dar...
- C-como?
Sem resposta, Frank a puxou pela cintura e a beijou de modo brutal. Tudo bem, ele sabia que comportava-se como um crápula, mas seus hormônios falavam mais alto quando estava com ela. A desejava, fato que não podia ser mudado.
Gwendolyn, assustada, tentou se afastar, mas Frank a manteve junto a si. Então lutou contra ele, que ainda a mantinha em seus braços e não se incomodava com os pontapés em suas canelas. Ele desceu as mãos pelo quadril dela e puxou-lhe a perna, jogando-a ao chão. Gwendolyn assustou-se com o movimento brusco, ainda mais quando sentiu o corpo dele sobre o seu. Ele mantinha os braços em volta de sua cintura e as pernas em volta das suas, impedindo-a de fugir. Ele estava mais forte do que nunca, foi apenas então que ela percebeu os caninos maiores e afiados dele e comrpeendera o que quis dizer com as palavras: "transformou-me nesta criatura asquerosa".
- F-Frank... - Gwen tentou falar, mas sabia que nada do poderia fazer ou dizer o impediria de continuar, nada...
Gwen fechou os olhos. Ao perceber que Gwen havia parado de lutar, fora menos cruel, mas nem um pouco gentil. Seus toques e beijos, a enlouquecia, mas eram apenas reflexo da volúpia. Não havia paixão em seus gestos... Ele se levantou e se despiu, sem tirar os frios olhos dos dela. Ela, por um momento prendeu a respiração. Apesar da situação, sentia saudades de Frank e das sensações que ele a submetia. Em seguida, ele deitou-se ao seu lado e a puxou para si. Levou as mão às suas costas enquanto tentava desabotoar-lhe o vestido. Ao se atrapalhar com alguns botões, ele, impacientemente, arrancou os que faltavam abruptamente.
A despiu sem deixar de encará-la. Em seguida a beijou, um beijo diferente dos anteriores... Com sentimento. Por mais brutal que parecesse. Ele também a tocava de modo diferente, era mais gentil e carinhoso... Gwen deixou que um suspiro lhe escapasse dos lábios quando ele capturou-lhe um dos mamilos com os lábios. Seus dedos se perdiam entre os cabelos de Frank, ainda envolvido demais para parar...
Instintivamente, ela tentou escapar da penetração, algo que fora-lhe em vão. Sentiu uma dor, suportável, porém intensa e, em seguida, uma ardência. Não tinha mais volta. Consumia-se a vingança. Vingança.
Agarrou-se aos ombros de Frank, que disse-lhe:
- Gwendolyn, sua tola! Por não me disse que... nunca...
Tentou evitar encará-lo, mas ele manteve seu rosto entre suas mãos, obrigando-a a fazê-lo. Por um momento ela ficou sem reação. Ela, então, olhou friamente para aquelas duas pedras de gelo.
- Adiantaria alguma coisa?
- Gwendolyn...?
- Você pararia?
- Mas que merd*!
- Acreditaria em mim?
- Não. Mas...
- Teria sido mais gentil? Você me deixaria ir?
- Não... Eu não posso deixá-la ir...
Gwendolyn não sabia como dizer que não queria ir embora. Que, na verdade, só se sentia em casa estando com ele. E que... Apenas queria ser amada...
- Abrace-me, Frank... E me beije...
Ele a obedeceu. Sentiu o gosto salgado das lágrimas em sua boca. Tocou-lhe levemente no rosto e retomou o que fazia. Porém, seus movimentos eram de uma forma mais lenta e gentil, contendo o vulcão interior disposto a entrar em erupção. Em pouco tempo ela se tornou menos tensa e um gemido, trêmulo, escapou-lhe dos lábios. Em seguida, enterrou o rosto em seu pescoço e beijou-lhe sutilmente.
Seus corpos se modulavam e se encaixavam com precisão. Fato que o excitava ainda mais. Em instantes, atingiram o ponto máximo do prazer, trêmulos e ele, após um gemido triunfante, deitou-se ao seu lado.
Mal sabia ele quão grande fora sua vingança e a angústia que aflorava no peito de Gwen.
- Gwendolyn...
- Não...
- Gwendolyn...
- Você já conseguiu sua vingança, me deixe em paz!
- Oh não, Srta. Moore, eu apenas comecei.
- Frank...
- Abra os olhos, Vampira. Precisamos terminar nossa conversa...


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